Governo vai dar vouchers para a compra de eletrodomésticos eficientes
Com o intuito de combater a pobreza energética, o Governo vai distribuir vouchers de apoio à compra de eletrodomésticos mais eficientes pelas famílias de menores rendimentos.
O Governo vai distribuir vouchers para apoiar a compra de eletrodomésticos mais eficientes pelas famílias de menor rendimento, diz o secretário de Estado da Energia, João Galamba, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago). Medida visa combater a pobreza energética.
Na semana passada, tal como avançado pelo ECO/Capital Verde, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos fernandes, já tinha reafirmado no Parlamento que em 2021 o Governo vai lançar “cheques pagos à cabeça nos casos de pobreza energética” para obras de melhoria em termos de conforto térmico das habitações e redução da fatura energética.
“Uma das medidas que estão previstas, sobretudo para as famílias de menor rendimento, são vouchers de apoios na compra de equipamentos mais eficientes”, revelou João Galamba, ao mesmo jornal, quando questionado sobre que medidas estão a ser estudadas para combater a pobreza energética. Além disso, o secretário de Estado da energia destaca ainda outras medidas já criadas para combater esta situação, nomeadamente a “criação da tarifa social que prevê um desconto de quase 34%” na fatura da luz, bem como a descida do IVA em função do escalão”.
Para já não estão previstas descidas adicionais no IVA da luz, sublinha o secretário de Estado da Energia. O Governo já desenhou a estratégia para melhorar a eficiência energética dos edifícios em Portugal, que também irá ajudar a combater a pobreza energética. Com um investimento anual superior a 300 milhões de euros até 2050, o novo programa tem como objetivo alcançar a meta de 69% de edifícios renovados até final de 2030, revela o Jornal de Negócios.
Matos Fernandes revelou no Parlamento a nova Estratégia para a Renovação de Edifícios com uma dotação de 620 milhões de euros. Desse valor, cerca de metade, ou seja, 300 milhões, serão para edifícios residenciais. “Parte destes 300 milhões são para para continuar a suportar os investimentos de quem quer melhorar as suas casas e aumentar o conforto energético, e a outra parte para quem está numa situação mais grave, de pobreza energética”, disse o ministro.
“Não queremos deixar de fora aqueles que, desejando melhorar a sua casa para ganho de conforto térmico e do pagamento que fazem de energia em cada mês, não o façam por falta de liquidez. Nesses casos pagaremos à cabeça aquilo que é a verba necessária para as obras”, disse o governante logo no início de 2021.
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