Braço-direito de Isabel dos Santos sobre Luanda Leaks: “No final a Sonangol ficou a ganhar”
O Expresso teve acesso a extratos bancários e ordens de pagamento da conta da Matter Business Solutions, gerida por Mário Leite da Silva, que revelam o destino do dinheiro pago pela Sonangol.
O principal gestor dos negócios de Isabel dos Santos, o português Mário Leite da Silva, fala pela primeira vez do Luanda Leaks ao Expresso e garante que “no final da Sonangol ficou a ganhar” e que não houve ilegalidades na Ironsea Consulting/Matter, empresa offshore liderada pelo próprio que foi contratada pela petrolífera angolana quando Isabel dos Santos era presidente da mesma.
De acordo com o semanário, a Ironsea/Matter foi contratada para coordenar o trabalho de várias consultoras internacionais — dos 131 milhões de euros recebidos da Sonangol, 31,2 milhões foram para a BCG, 21,4 milhões para a PwC, 15,4 milhões para a McKinsey e 5,3 milhões para a Vieira da Almeida –, levantando-se um problema de conflito de interesses por ter usado os pagamentos recebidos da Sonangol para subcontratar empresas detidas por Isabel dos Santos e dirigidas por Mário Leite da Silva. “A Matter assumiu o compromisso da prestação de um serviço perante a Sonangol, o qual implicou a contratação da referida equipa de consultores”, responde o gestor.
O braço-direito de Isabel dos Santos diz acreditar “firmemente que sem uma entidade a funcionar como master-contractor, como a Matter o fez, não teria sido possível juntar e colocar à disposição da Sonangol um conjunto tão alargado e experiente de consultores e obter os ganhos para a Sonangol que se obtiveram”, concluindo que “no final a empresa ficou a ganhar e muito com a intervenção da Matter”.
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