Supremo Administrativo dá “luz verde” à contratação de enfermeiros estrangeiros

  • Lusa
  • 8 Março 2021

O Supremo Tribunal Administrativo dá razão ao Governo e indeferiu a providência cautelar interposta pela Ordem dos Enfermeiros para travar a contratação de enfermeiros estrangeiros.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) indeferiu a providência cautelar interposta pela Ordem dos Enfermeiros que pretendia impedir a contratação de enfermeiros estrangeiros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo decisão a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira.

Na fundamentação da decisão, com 17 páginas e datada de 06 de março, que dá razão ao Governo neste ‘braço-de-ferro’ com a Ordem dos Enfermeiros (OE), o STA considerou que “a requerente cautelar não podia fazer o tipo de pedido que fez, porque a lei não lho permite”, já que a OE não tem como “fim específico e primordial a tutela da saúde pública enquanto bem constitucionalmente protegido”.

Em 18 de fevereiro, o Governo tinha já decretado de “especial interesse público” a contratação de enfermeiros estrangeiros no âmbito do combate à pandemia de Covid-19, depois da providência cautelar interposta pela Ordem dos Enfermeiros. Isto, porque a contratação de enfermeiros formados no estrangeiro estava suspensa provisoriamente por causa da providência cautelar interposta pela Ordem dos Enfermeiros no STA.

A providência cautelar visava o decreto do estado de emergência que facilitou, no fim de janeiro, a contratação de enfermeiros formados no estrangeiro. Esta possibilidade de reforço de médicos e enfermeiros formados no estrangeiro para os hospitais públicos portugueses, contratados a título excecional e até ao limite de um ano, estava já prevista no decreto do Governo de 29 de janeiro que regulamentou o estado de emergência decretado pelo Presidente da República.

Este regime excecional foi prorrogado pelo decreto de 12 de fevereiro e, recentemente, pelo último decreto de 26 de fevereiro que estabelece as regras do estado de emergência no território continental em vigor até às 23h59 de dia 16 de março.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.565 pessoas dos 810.459 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Tecnológicas desvalorizam em sessão mista em Wall Street

A sessão foi de perdas para as tecnológicas. E o S&P 500 também terminou a sessão abaixo da linha de água. Já o industrial Dow Jones conseguiu escapar ao vermelho, tendo valorizado quase 1%.

A sessão desta segunda-feira foi sinónima de ganhos para o industrial Dow Jones, com os investidores de olhos postos no novo pacote de estímulos proposto pela administração de Joe Biden. Por outro lado, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam as negociações abaixo da linha de água.

Na primeira sessão da semana, o índice de referência em Wall Street, o S&P 500, desvalorizou 0,54% para 3.821,22 pontos. Também no vermelho, o tecnológico Nasdaq recuou 2,41% para 12.609,16 pontos. A contrariar, o industrial Dow Jones avançou 0,97% para 31.801.91 pontos.

Os investidores estiveram focados, nesta sessão, nos novos estímulos de 1,9 biliões de dólares propostos pela administração de Joe Biden, que foram recentemente aprovados pelo Senado dos Estados Unidos. O pacote tem agora de passar por mais uma votação (que deverá acontecer ainda esta semana) para chegar, oficialmente, aos cidadãos norte-americanos. Joe Biden já disse esperar que a passagem pela Câmara dos Representantes seja célere, para que possa conceder o quanto antes pagamentos diretos de 1.400 dólares aos norte-americanos.

A festejar esses estímulos, o Dow Jones valorizou, na sessão desta segunda-feira, puxado pelas cotadas que mais beneficiarão da recuperação da economia resultante desses estímulos. Já o S&P 500 e o Nasdaq recuaram face à preocupação em torno da possibilidade desse pacote provocar um disparo na inflação. Isto numa sessão em que também os juros das obrigações do Tesouro dos Estados Unidos quase atingiram máximos de um ano.

Os títulos da Apple recuaram 4,17% para 116,36 dólares, os da Alphabet caíram 4% para 2.024,17 dólares e os do Facebook perderam 3,39% para 255,31 dólares. Também no vermelho, as ações da Tesla deslizaram 5,84% para 563 dólares, constituindo um dos piores desempenhos do dia. As cotadas do setor da tecnologia são particularmente sensíveis às variações dos juros, daí a tendência negativa registada esta segunda-feira. Além disso, os investidores estão a sinalizar que consideram que, com o alívio de restrições à circulação, grande parte destas empresas tem menos força para crescer, no curso deste ano.

Na sessão desta segunda-feira, destaque também para os títulos da Walt Disney, que avançaram 6,33% para 201,91 dólares, depois das autoridades californianas terem dado “luz verde” à reabertura dos parques de diversões, no início de abril.

E as ações da GameStop Corp dispararam 41,92% para 94,50 dólares, depois de a empresa ter anunciado a contratação de Ryan Cohen para liderar a transição para o negócio do comércio eletrónico.

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Governo ainda sem soluções na Groundforce, diz Comissão de Trabalhadores

  • Lusa
  • 8 Março 2021

Pedro Nuno Santos recebeu esta segunda-feira a Comissão de Trabalhadores da Groundforce para fazer um ponto de situação da negociação entre o principal acionista, Alfredo Casimiro, e o Governo.

O Governo ainda não tem soluções para resolver o problema dos trabalhadores da Groundforce, indicou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, em reunião esta segunda-feira com os representantes dos colaboradores, disse à Lusa a Comissão de Trabalhadores.

O ministro informou-nos que não estava ali para discutir soluções, mas na condição de informar o que tinha acontecido no dia de hoje. Descobriu que a maioria das ações está penhorada num banco, mas que Alfredo Casimiro [principal acionista] não quis dizer qual e está protegido pelo sigilo bancário. E que outras ações estão numa entidade que não conhece. Está a tentar descobrir”, adiantou João Alves, da Comissão de Trabalhadores (CT).

“Se nem o Estado nem a TAP injetavam dinheiro sem uma garantia, hoje em dia já sabemos que não há ações para penhorar” e por isso nem o Estado nem a TAP vão “investir nenhum dinheiro” na empresa de ‘handling’ (assistência em terra nos aeroportos), disse.

A empresa é viável, tem boa estrutura e o problema é conjuntural. Temos todas as condições de, numa situação normal, fazer a operação da empresa dar lucro e assim que haja uma retoma tem todas as condições para começar a faturar”, garantiu.

João Alves disse que o ministro “não está ainda em condições de poder avaliar as situações” porque não depende só dele. “Assim que tiver mais dados concretos diz que nos volta a contactar”, referiu.

Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, as negociações, que já se arrastavam há vários dias, falharam, porque Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, empresa que detém 50,1% da Groundforce, não pode entregar as ações como garantia para o empréstimo, uma vez que já se encontram penhoradas.

Em causa estão as negociações para um adiantamento de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários em atraso, relativos a fevereiro, que seria feito pela TAP à Groundforce, em que as ações da Pasogal seriam dadas como garantia.

A TAP é também acionista da Groundforce, com 49,9% do capital, e o principal cliente da empresa da ‘handling’ (assistência nos aeroportos), e desde novembro tem vindo a fazer adiantamentos à Groundforce, que teve uma grande quebra de receitas devido ao impacto da pandemia no setor da aviação.

Na quinta-feira, em conferência de imprensa, o ministro das Infraestruturas disse que o empréstimo bancário à Groundforce será dado com aval do Estado, realçando que as exigências para o financiamento aguardado serão “as mesmas” que as impostas para o adiantamento pela TAP.

 

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Prova dos 9: Apple só produz iPhones por causa das Forças Armadas dos EUA, como disse António Costa?

Para explicar porque é que o PRR também é amigo das empresas, António Costa disse que a Apple só produz iPhones "graças a anos de investimento e de investigação das Forças Armadas" dos EUA. Tem razão?

Os mais críticos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dizem que a “bazuca” europeia canaliza muito mais investimento para a iniciativa pública do que para a privada. O Governo, por seu lado, assegura que não, garantindo que esses investimentos no setor público geram procura adicional para as empresas.

No início do mês, António Costa, primeiro-ministro lançou mais argumentos. Explicou que, quando o PRR prevê que o Estado central ou autarquias construam 26 mil habitações para responder às famílias carenciadas, quem as vai construir “são empresas privadas”. Mas foi mais longe. Para detalhar como é que o público influencia o privado, deu a Apple como exemplo.

A afirmação

“Não podemos desvalorizar a importância que a encomenda pública tem no desenvolvimento de produtos de ponta. Hoje, toda a gente sabe que a Apple só produz o iPhones graças a anos de investimento e de investigação das Forças Armadas americanas. A internet existe porque foi criada pelas Forças Armadas americanas.”António Costa ao Público, 4 de março de 2021.

Os factos

A Apple é a maior empresa cotada dos EUA, valendo a preços de mercado muito perto de 2 biliões de dólares. O seu principal produto é o iPhone, um dos primeiros smartphones no mercado e o telemóvel mais vendido em todo o mundo no ano de 2020.

O primeiro iPhone foi apresentado em 2007 pelo então presidente executivo da Apple, Steve Jobs. Mas o lançamento já estava a ser preparado há vários anos. Uma cronologia dos rumores até ao lançamento do telemóvel mostra que a primeira referência ao aparelho foi quando a Apple registou o domínio www.iphone.org, que ainda hoje remete para o site oficial da empresa. Foi em 1999.

A internet que conhecemos hoje resultou de muitos anos de investigação e desenvolvimento por parte de particulares e organizações. Mas os seus primórdios remontam aos anos 60 do século XX, mais concretamente a um projeto desenvolvido no seio da Advanced Research Projects Agency (ARPA), um organismo do Departamento de Defesa dos EUA, atualmente conhecido por DARPA.

O projeto inicial, relacionado com comunicação entre terminais, deu origem a um projeto mais alargado, que ficou conhecido por ARPANET. Em 1981, já com vários protocolos desenvolvidos, o acesso à ARPANET foi expandido e, um ano depois, foi criado o protocolo de internet que serviria de base à massificação da rede global.

Prova dos 9

Comecemos pela origem da internet. O primeiro-ministro alega que “a internet existe porque foi criada pelas Forças Armadas americanas”. Terá razão?

A história da internet é muito concreta ao atribuir a origem da rede global ao projeto da ARPA, que é, efetivamente, uma entidade do Departamento de Defesa dos EUA.

Nessa medida, sim, a internet nasceu no seio das Forças Armadas americanas, embora para o seu desenvolvimento tenham contribuído muitas organizações civis. Porém, aos dias de hoje, o maior contributo para aquilo que a internet representa terá sido o das empresas e o da sociedade civil (aliás, a internet é hoje dominada por grandes empresas, como Google, Facebook, Microsoft, Amazon e outras, incluindo, também, a própria Apple).

Mas o primeiro-ministro português alega também que “toda a gente sabe que a Apple só produz iPhones graças a anos de investimento e de investigação das Forças Armadas americanas”.

Assumindo que “toda a gente sabe” é apenas uma forma mais coloquial de falar, para analisar esta afirmação é preciso um olhar mais aprofundado sobre o que é o iPhone.

O iPhone é um telemóvel “inteligente”. Apesar de recorrer à rede celular para fazer chamadas e para as mensagens, o equipamento recorre à internet para a esmagadora maioria das funcionalidades. O seu funcionamento assenta, aliás, em aplicações móveis, descarregadas e atualizadas pela internet a partir da loja oficial da marca.

Por isso, se partirmos do princípio de que sem internet nunca teria existido iPhone, então António Costa tem razão ao afirmar que, sem o trabalho das Forças Armadas dos EUA no desenvolvimento da internet, a Apple nunca teria lançado o iPhone no mercado, pelo menos o equipamento que conhecemos hoje por iPhone.

Mas será correto afirmar que o iPhone só existiu por causa da internet? A verdade é que não sabemos, nem nunca saberemos. Nessa medida, dizer que “a Apple só produz o iPhones graças a anos de investimento e de investigação das Forças Armadas americanas” não é 100% correto, visto que o seu desenvolvimento terá resultado, sobretudo, de “anos de investimento e investigação” da própria Apple enquanto empresa privada.

Todavia, o primeiro-ministro ganha pontos no lado do hardware, quando percebemos que algumas das tecnologias e componentes usadas pelo iPhone foram, efetivamente, desenvolvidas ao longo de anos pelo Departamento de Defesa dos EUA. É o caso, por exemplo, do sistema GPS, que foi efetivamente desenvolvido para uso militar antes de ser aberto à utilização civil.

Feitas as contas, António Costa está, por isso, quase, quase certo ao afirmar que alguma da inovação na base da internet e do iPhone foram o resultado de muitos anos de investigação do Departamento de Defesa dos EUA. Esquece, contudo, o investimento privado em investigação e desenvolvimento que serviu de base a muito do que também são hoje estas tecnologias.

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É “fundamental” que comércio automóvel esteja na 1.ª fase do desconfinamento

  • Lusa
  • 8 Março 2021

Anecra defende a inclusão do comércio de automóveis, novos e usados, entre as áreas de atividade económica contempladas numa primeira fase do plano de desconfinamento.

A Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (Anecra) considera “absolutamente fundamental” a inclusão do comércio de automóveis já na primeira fase do desconfinamento, de acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira.

Nessa nota, a associação diz ser “absolutamente fundamental que o Governo, face à clara melhoria da situação pandémica e perspetivando o previsível lançamento para breve de um plano de desconfinamento, considere desde já a inclusão do comércio de automóveis, novos e usados, entre as áreas de atividade económica, contempladas numa primeira fase do respetivo plano”.

A Anecra recordou que este “foi mesmo dos primeiros setores a retomar a atividade no primeiro desconfinamento em 2020, em grande parte, fruto do lançamento do protocolo sanitário do setor automóvel” uma peça “fundamental para o necessário sentimento de segurança e confiança de todos os diferentes atores envolvidos no processo: empresários, colaboradores, fornecedores e clientes”.

Além disso, de acordo com a associação “o setor do comércio automóvel, e em particular o da venda de viaturas novas, é uma das áreas que mais têm sido afetadas pelo processo de confinamento, com quebras acumuladas de quase 40% em 2020 e que no mais recente mês de fevereiro ficou muito perto de uma quebra de 60%”.

Para a Anecra, “as consequências da atual situação, de quase absoluta paralisia da atividade, podem ter como consequência, a muito curto prazo, um elevadíssimo risco do disparo de falências de empresas e de desemprego em larga escala”.

Por isso, a associação diz ser “absolutamente imperioso que o setor do comércio automóvel possa voltar a abrir as portas, assegurando, logicamente, o cumprimento por todos, de um conjunto de boas práticas e regulamentos emanados da DGS [Direção-Geral da Saúde] e que estão plasmados no já referido protocolo sanitário do setor automóvel”.

O Governo convocou as confederações sindicais e patronais para uma reunião de concertação social extraordinária na quarta-feira, para lhes apresentar o plano de desconfinamento.

A convocatória, a que a agência Lusa teve acesso, foi enviada na sexta-feira à noite aos parceiros sociais pelo Conselho Económico e Social (CES), a pedido do gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com a promessa de que a ordem de trabalhos lhes será encaminhada oportunamente.

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Passagem de alojamento local para arrendamento mais longo pressiona rendas

  • Lusa
  • 8 Março 2021

"A colocação de produto de alojamento local no mercado de arrendamento de longa duração tem aumentado a oferta, colocando pressão sobre as rendas", conclui estudo.

A disponibilidade e o custo de financiamento poderão ser os fatores com maior impacto nas decisões de investimento imobiliário e nos preços do segmento comercial, segundo um estudo da consultora Cushman & Wakefield hoje divulgado.

Na segunda edição do estudo “Covid-19 Portugal Market Update”, a consultora conclui que “a disponibilidade e o custo do financiamento poderão ser os fatores que mais irão impactar as novas decisões de investimento e, por conseguinte, os preços praticados nos vários setores do imobiliário comercial, revelando-se uma maior resiliência dos ativos core e core plus”.

No documento, a consultora imobiliária reafirma que o investimento em 2020 “alcançou historicamente o terceiro maior volume de transações com 2.800 milhões de euros, altamente influenciado por três grandes negócios”.

Quanto ao setor dos escritórios, é necessária “uma maior clareza sobre os impactos na procura e ocupação dos espaços”, indica a consultora, acrescentando que a maioria dos ocupantes “tem mantido uma estratégia cautelosa de espera” sobretudo quanto a pré-arrendamentos.

“À semelhança do ano de 2020, antecipa-se que a resistência à pressão de descida nos valores de arrendamento continue a ser compensada por uma maior flexibilidade dos proprietários em conceder incentivos, nomeadamente maiores períodos de carência de rendas”, lê-se no documento.

Segundo a Cushman & Wakefield, “a atual falta de oferta de qualidade poderá vir a ser suprimida pela entrada de novo produto no mercado, encontrando-se atualmente 172.200 m2 [metros quadrados] em construção em Lisboa e 46.000 m2 no Porto, dos quais 42% e 63% respetivamente já têm ocupação garantida”.

Já o setor do retalho tem sofrido impactos heterogéneos nos níveis de procura, indica a consultora. “No comércio de rua, as localizações mais dependentes do turismo foram as mais fustigadas, ao passo que as lojas de bairro e de conveniência revelaram ser as mais resilientes”, afirma.

A evolução das rendas prime refletem a heterogeneidade do setor, com os centros comerciais e comércio de rua com descidas em 2020 entre 2% e 4%, enquanto os retail parks registaram um aumento de 5%.

A suspensão de rendas fixas em centros comerciais e a moratória de rendas aumentou a tensão entre retalhistas e proprietários/gestores, que ainda assim chegaram a diversos acordos diretos”, refere a consultora.

Por sua vez, a procura no setor industrial e logístico aumentou, “com o volume de absorção a mais do que duplicar no ano transato”. “O crescimento robusto das vendas online deverá continuar a contribuir para este dinamismo acrescido”, realça a consultora, acrescentado que “o interesse renovado neste setor, quer por parte de ocupantes quer de promotores, poderá sustentar a canalização de capital para esta classe de ativos, trazendo ao mercado de investimento mais oportunidades”.

Neste contexto, a Cushman & Wakefield antecipa que “novos players entrem no mercado a curto prazo suportando a atratividade do setor, com destaque para os principais eixos logísticos e os setores-chave que se encontram em franco crescimento”.

Quanto à hotelaria, setor fortemente atingido pela crise, “sublinha-se a retoma positiva dos níveis de ocupação no passado período de verão, que poderá dar esperança aos operadores para este ano, também sustentado pela provável democratização dos passaportes de vacinação nas políticas de viagem”.

“Os investidores neste setor continuam à espera de oportunidades, embora a maioria dos proprietários prefira aguardar cautelosamente de forma a evitar ajustamentos nos preços de transação”, diz a consultora.

No segmento residencial, apesar de a crise ter impactado a conclusão de negócios por parte de compradores estrangeiros, “a procura nacional conseguiu sustentar os níveis de procura”. “A correção nos preços de venda de apartamentos que vinha a ser registada já desde 2019 foi acelerada pelos efeitos da pandemia, registando no ano passado quebras de 3% em Lisboa e 6% no Porto”, lê-se no documento.

Segundo a consultora, “a colocação de produto de alojamento local no mercado de arrendamento de longa duração tem aumentado a oferta, colocando pressão sobre as rendas, com reduções que atingem os 10% em Lisboa e Porto em 2020”.

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Investidores “exigem cada vez mais” políticas de igualdade às empresas

  • Lusa
  • 8 Março 2021

“A diversidade é em si mesma um valor e deve ser praticada independentemente dos números”, disse ainda Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM.

Os investidores institucionais e particulares “exigem cada vez mais” às empresas a implementação de políticas que promovam, entre outras coisas, a igualdade de género, disse esta segunda-feira a presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Durante um debate, promovido pela Euronext, sobre igualdade de género, Gabriela Figueiredo Dias disse que, no âmbito das suas funções de regulador e supervisor, “há uma vontade clara dos investidores institucionais e particulares no sentido de exigir às empresas” práticas de igualdade de género e maior diversidade.

A responsável alertou, no entanto, para os resultados de tentativas em ligar o aumento de valor, por exemplo, a uma maior inclusão de mulheres em cargos em que hoje estão sub-representadas.

“Há uma pressão muito grande para serem encontradas, preparadas e estabelecidas métricas para medirem o impacto económico destas medidas”, indicou, referindo que há “uma carga de subjetividade que não é captada pelas folhas de Excel”.

A diversidade é em si mesma um valor e deve ser praticada independentemente dos números”, concluiu Gabriela Figueiredo Dias.

No mesmo debate, o presidente executivo do BCP, Miguel Maya, disse que não gostava de quotas, mas não conhecia “nenhum outro instrumento que possa ajudar a partir o tal vidro [‘glass ceiling’, expressão inglesa que significa barreira à progressão] e é preciso ter a coragem de impor algo” para alterar o panorama.

Por sua vez, Paula Antunes da Costa, ‘country manager’ da Visa, referiu que “é importante distinguir a fase de entrada no mundo do trabalho” em que mulheres e homens parecem estar mais em igualdade de circunstâncias.

“À medida que vamos avançando para uma base intermédia de ‘management’ vamos perdendo isso”, referiu, questionando a razão para esta situação acontecer.

“O ‘pipeline’ de talento feminino reduz-se de tal maneira que se torna mais difícil o acesso a cargos de topo”, perguntando o que deveria ser feito “para que as mulheres com talento não abandonem o setor financeiro ou as outras empresas”.

Pedro Leitão, presidente executivo do banco Montepio, disse também que “não consta que, usando o mérito e as competências de base, haja uma dissonância da ‘pool’ de talento masculina e feminina. Portanto algo se passa nessa transição”, vincou.

Os intervenientes pediram ainda mais políticas públicas para uma maior conciliação do trabalho com a vida pessoal.

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Fusão Aon-WTW enfrenta objeções de Bruxelas

  • ECO Seguros
  • 8 Março 2021

Aon não fez concessões para reduzir impacto da operação no ambiente concorrencial do mercado único europeu. Acresce que seria muito difícil encontrar quem substitua a Willis Towers Watson.

 

O projeto de combinação entre a Aon e a Wlllis Towers Watson (WTW), operação anunciada há cerca de um ano para dar vida a um novo líder global na corretagem de seguros, está prestes a enfrentar uma lista de objeções das autoridades europeias da Concorrência.

Segundo a imprensa internacional, dado que Aon plc não avançou com concessões para reduzir o impacto da operação no ambiente concorrencial do mercado único europeu, as proponentes vão ser confrontadas com exigências de Bruxelas, que terão de ser satisfeitas para que a fusão não seja reprovada.

Depois de ter decidido sujeitar o projeto de fusão (por aquisição) a uma análise aprofundada (2º fase de avaliação dos processos de concentração), a Comissão Europeia, instituição que tutela a Direção-Geral da Concorrência da União Europeia (DG Concorrência UE), está agora a terminar a lista de objeções à operação e espera-se que faça uma comunicação enumerando os danos e obstáculos que a combinação criará ao nível da concorrência e acesso ao mercado europeu dos serviços de corretagem e consultoria de risco.

Segundo fontes da agência Reuters (conteúdo de acesso livre, em inglês), decorridos os prazos para as proponentes apresentarem remédios que respondessem às preocupações do mercado, a Aon plc tem tido conversações informais sobre eventuais concessões, mas até à data não fez qualquer proposta formal aos reguladores europeus da concorrência sobre eventuais cedências.

Entre as concessões que eventualmente poderiam satisfazer Bruxelas e que a Aon já terá recusado, está a venda do negócio de resseguro da Willis. Outra condição colocada na mesa das negociações será a venda dos serviços de coordenação global e consultoria nos planos de benefícios que as empresas clientes asseguram aos empregados. De acordo com pessoas que acompanham o processo, outra preocupação de Bruxelas, após consulta aberta a terceiras partes interessadas, é que, após a fusão, será muito difícil para um (atual) quarto concorrente do mercado conseguir assumir ou construir a posição concorrencial e competências que a WTW (3º maior player global) detém no mercado da corretagem e consultoria de risco. Isso “custa muito dinheiro e é realmente difícil de construir”, comentou uma das fontes.

Ainda, de acordo com a Reuters, há poucas semanas, as autoridades anti-trust da Austrália manifestaram preocupações relativamente ao impacto que a combinação Aon-WTW terá ao nível da concorrência na consultoria de risco comercial, resseguro e planos de benefícios de empregadores no mercado australiano.

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Justiça brasileira anula condenações judiciais do antigo presidente Lula da Silva

  • Lusa
  • 8 Março 2021

Todas as condenações judiciais do antigo presidente Lula da Silva, relacionadas com a Operação Lava Jato, foram esta segunda-feira anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou esta segunda-feira todas as condenações do ex-Presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da Operação Lava Jato.

A decisão foi tomada pelo juiz Edson Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato no STF.

A anulação foi decretada na sequência da decisão de Fachin de declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos processos sobre a posse de um apartamento de luxo no Guarujá, estado de São Paulo, e de uma quinta em Atibaia, também em São Paulo, que haviam levado a duas condenações do ex-chefe de Estado brasileiro, em decisões da primeira e segunda instâncias.

Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, de 75 anos, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, foi preso em 2018 após ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), num processo sobre a posse de um apartamento, que os procuradores alegam ter-lhe sido dado como suborno em troca de vantagens em contratos com a estatal petrolífera Petrobras pela construtora OAS.

O ex-Presidente brasileiro foi libertado no dia 08 de novembro de 2019, um dia após o STF decidir anular prisões em segunda instância, como era o caso do ex-governante.

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País poderá ter novo “termómetro” de risco. Nível máximo é acima dos 240 casos por 100 mil habitantes

Na reunião do Infarmed foi proposto que o nível máximo de risco da Covid-19 no país seja uma incidência superior a 240 casos por 100 mil habitantes, a 14 dias.

Numa altura em que o Governo se prepara para apresentar o plano de desconfinamento do país, os peritos que participaram na reunião do Infarmed, esta segunda-feira, apresentaram as sugestões para o desenho do levantamento de medidas. É proposto um novo “termómetro” do risco no país, ou seja, novos níveis consoante a incidência do vírus.

Na reunião desta segunda-feira, Óscar Felgueiras, da Administração Regional de Saúde do Norte e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, apresentou um plano para desconfinamento que tem em conta o “consenso chegado ao valor de 240 novos casos por 100 mil habitantes” como o patamar mais elevado.

Os patamares de risco para o país são assim desenhados consoante a incidência a 14 dias:

  • Nível 5 – risco elevado – acima de 240 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
  • Nível 4 – risco alto – acima de 120 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
  • Nível 3 – risco médio – acima de 60 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
  • Nível 2 – risco baixo – acima de 30 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias
  • Nível 1 – risco muito baixo – até 30 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias

O perito sugeriu também que o nível de risco dos concelhos fosse determinado tendo em conta os concelhos limítrofes. Estes níveis teriam ainda em conta um indicador adicional, que o especialista propõe que seja o crescimento percentual a 14 dias. Conjugando os indicadores, uma aceleração no crescimento deveria levar a que aumentasse o patamar de risco.

De recordar que, até agora, os concelhos com menos de 240 casos por 100 mil habitantes são considerados de risco “moderado”, os concelhos com mais de 240 e até 480 casos por 100 mil habitantes de risco “elevado”, os concelhos com mais de 480 novos casos e até 960 casos encontram-se em risco “muito elevado” e os concelhos com mais de 960 casos por 100 mil habitantes têm risco “extremamente elevado”.

Apesar desta divisão, atualmente o confinamento é aplicado a nível nacional, sem distinguir por regiões as medidas restritivas. No entanto, no plano de desconfinamento a ser apresentado pelo Governo daqui a três dias, deverão ser contempladas algumas medidas a nível regional.

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Vanilla Vice: “O propósito e storytelling dão valor à marca”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 8 Março 2021

O Vanilla Vice foi E-Commerce do Ano em Vestuário e Calçado e conquistou a prata na categoria "Maior Engagement de Redes Sociais" na 1ª edição do Portual E-Commerce Awards.

A Vanilla Vice é uma marca portuguesa de vestuário e acessórios com loja online desde 2014. Foi E-Commerce do Ano em Vestuário e Calçado e ganhou o prémio de prata na categoria “Maior Engagement de Redes Sociais” na edição passada do Portugal E-Commerce Awards, uma iniciativa do Lisbon Awards Group, em parceria com o ECO, que visa distinguir os melhores projetos de e-commerce no país.

Cátia Almeida, fundadora e diretora da Vanilla Vice, explica como tem sido a evolução da marca nos últimos meses e qual a sua perspetiva em relação ao crescimento do e-commerce em Portugal.

Quais eram as vossas expectativas quando se candidataram ao Portugal E-Commerce Awards?

Como estávamos a candidatar-nos pela primeira vez, embora o entusiasmo fosse muito, as expectativas eram contidas pois sabíamos que estariam grandes marcas a concorrer connosco e possivelmente melhor preparadas.

Qual foi a ideia ou necessidade que deu origem ao vosso e-commerce?

A loja online Vanilla Vice nasceu em 2014 quando começou o boom do Instagram em Portugal. Na altura ainda abrimos um showroom em Lisboa mas rapidamente percebemos que o online era o canal de vendas do futuro e onde poderíamos explorar a comunicação da marca numa forma totalmente diferente chegando a muito mais pessoas.

E-commerce em 2015 e agora em 2021 – como consideram este crescimento e evolução?

É sem dúvida uma grande evolução, os negócios online explodiram e a marca que não tinha e-commerce foi praticamente obrigada a criar. A evolução da tecnologia, dos telemóveis e dos métodos de pagamento também contribuíram de forma significativa para que comprar online através do e-commerce passasse a ser tão ou mais fácil e prático como ir a um centro comercial ou a um supermercado. É fantástico assistirmos a este crescimento e fazer parte dele.

Como é que a pandemia e o confinamento alteraram as vossas rotinas?

Uma vez que a nossa loja é 100% online, a pandemia acabou por afetar de forma mínima a nossa rotina. Sofremos alguns atrasos com entregas de stock mas, embora me custe um pouco dizê-lo pelas razões óbvias, a verdade é que as vendas online aumentaram significativamente no início da pandemia o ano passado.

Qual foi a característica funcional ou política de e-commerce que deu origem ao vosso prémio no Portugal E-Commerce Awards?

O nosso prémio está associado ao nosso trabalho nas redes sociais e acredito que a principal característica está ligada ao facto de termos uma comunicação muito próxima com as nossas clientes. O diálogo é diário, a interação é muito alta e estamos a trabalhar diariamente para construir uma marca com um propósito muito grande, onde valorizamos a nossa comunidade e os seus valores.

Com o grande crescimento de e-commerce nos últimos tempos, como é que se conseguem distinguir da concorrência?

A nossa marca não é apenas um canal de vendas e isso é muito visível tanto na nossa comunicação como nas redes sociais. Mais do que vender, queremos entregar às clientes uma mensagem positiva e fazê-las sentirem-se bem. Contamos a nossa história, a história dos nossos produtos, debatemos tópicos sociais e éticos em conjunto com as clientes. Todo esse propósito e storytelling dão valor à marca e faz a diferença.

Quais são os maiores desafios para quem trabalha na área do e-commerce?

Acredito que hoje em dia o principal desafio é conseguir um “lugar ao sol”. O digital está cheio de novos negócios, as redes sociais estão saturadas de conteúdo, todos os dias temos o desafio de tentar aparecer no feed das nossas seguidoras e possíveis clientes, de fazê-las lembrar-se que a nossa loja existe, sem ter de recorrer a orçamentos exorbitantes em publicidade.

Quais foram as vantagens da participação no Portugal E-Commerce Awards?

Esta participação veio consolidar a marca no mercado nacional e trazê-la ao conhecimento de mais pessoas, não só do meio mas do público em geral.

Quais as tendências que apontam nesta área para o futuro?

A principal tendência no e-commerce pós-pandemia é mesmo deixar as vendas óbvias e construir uma ligação com as clientes. O público já não quer receber e-mails com catálogos de produtos ou abrir o Instagram e sentir que está num site de classificados. A tendência é saber o que o público valoriza, conversar com ele, criar uma relação e fazer as marcas crescer nesse sentido. Basta abrir uma newsletter da Zara Home, por exemplo, para perceber que é isso que as grandes marcas já estão a fazer.

Com a constante atualização e desenvolvimento desta área, como é que se acompanha todas estas tendências?

Estando à frente de um e-commerce, estar atualizada é uma obrigação, especialmente no que se refere a marketing digital e branding. Leio livros da especialidade, estou constantemente à procura de informação em blogues e contas de Instagram de especialistas da área (muitos dos quais brasileiros, que estão a anos-luz no que toca a marketing digital) e participo regularmente em diversos workshops e webinars, não só específicos da área mas também de outras às quais possa ir procurar tendências.

Qual o futuro do e-commerce na sua marca: uma alternativa ou o caminho a seguir?

Acredito que na minha marca o e-commerce será sempre o pilar central e o maior canal de vendas. Há sempre a possibilidade de o conjugar com ações em campo, lojas pop-up, entre outras, mas não há dúvida que este é o caminho a seguir e a pandemia só veio reforçar que quem não está online, está longe de chegar a todos.

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Banca põe 950 milhões de lado para a crise da pandemia<span class='tag--premium'>premium</span>

Principais bancos nacionais viram lucros caírem mais de 900 milhões no ano passado, devido ao impacto da pandemia. Crise obrigou-os a constituir 950 milhões em imparidades e provisões.

Rui Rio disse no início da pandemia que seria uma "vergonha" se os bancos tivessem lucros com a crise. O ano de 2020 terminou e os efeitos do vírus estão à vista. Os resultados das principais instituições financeiras caíram para quase metade no ano passado, deixando a rentabilidade do setor em queda livre, depois das imparidades e provisões de cerca de 950 milhões de euros face a um cenário em que a única certeza parece ser a de subida do crédito malparado após o fim das moratórias. Outro impacto: mais um banco anunciou planos de saídas de pessoal ( Santander Totta),depois das notícias do Banco Montepioe do Novo Bancode que vão reduzir os seus quadros nos próximos anos. Já só falta o Novo Bancoapresentar as contas anuais e com elas virá a fatura para o Fundo de Resolução que o

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