Sete anos de Maze medidos em 100 startups de impacto
Investidora social faz balanço da sua história de sete anos com relatório de impacto: acelerou 100 startups de impacto, investiu dez milhões em 18 projetos e ajudou a criar cinco Social Impact Bonds.
Sete anos, 100 startups de impacto aceleradas, 10 milhões de euros investidos (em 18 projetos) e participação na criação de cinco Social Impact Bonds (investimento em pagamento por resultados). Os números com que a Maze celebra o sétimo aniversário servem de prova ao impacto medido pela investidora europeia para o impacto social, lançada pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2013.
Este ano, a Maze quer “mais 10 milhões de euros para a economia de impacto, acelerar mais startups, atrair multinacionais para o impacto e continuar a trabalhar o futuro da Economia, que só pode ser social”, assinala em comunicado.
“Em 2013, o elemento dominante eram soluções com base em assistencialismo e filantropia pura. Descobrimos que há novas formas de investir para desempenhos e retornos interessantes, ao mesmo tempo que criamos impacto. O modelo que propomos para as empresas é que lucrem enquanto resolvem problemas sociais”, assinala António Miguel, managing partner da Maze, citado em comunicado.
O modelo que propomos para as empresas é que lucrem enquanto resolvem problemas sociais.
O empreendedorismo social é uma das áreas de ação do projeto, através do programa de aceleração Maze X, mas a Maze gere ainda um fundo de capital de risco de impacto, o MSM (40 milhões de euros que têm como principais investidores a Fundação Calouste Gulbenkian e o Fundo Europeu de Investimento), “ao mesmo tempo que colabora com o setor público no desenho de serviços inovadores, com vista a uma recuperação sustentável e inclusiva”.
António Miguel sublinha a “sensação de que o ecossistema de impacto está bem e recomenda-se e de que existe uma perceção de liderança de Portugal em impacto na Europa, o que há sete anos não se verificava, e nós temos muito orgulho em ter contribuído para este crescimento”.
Ao longo dos últimos sete anos, a Maze tem estado envolvida e tem investido em projetos que, entre outras coisas, promovem a empregabilidade. Exemplo disso são os investimentos na <Academia de Código_>, através de um Título de Impacto Social; na Chatterbox, através da aceleradora Maze X; e na Student Finance, através do fundo MSM.
“As duas maiores lições que retiramos deste “labirinto” é que o impacto faz-se, não se encontra; e que não interessa a ferramenta usada, mas sim a importância dada à resolução do problema para criar o maior impacto possível”, sublinha ainda.
Em entrevista ao podcast “Start now. Cry later”, em dezembro de 2020, António Miguel referia que o “impacto social e ambiental é a maior oportunidade económica dos nossos tempos”. Pode ouvir o episódio aqui.
Para os próximos sete anos, a Maze quer continuar a criar novos fundos de impacto e soluções de aceleração focadas em temas específicos como a economia circular, a saúde mental, o acesso a serviços de saúde, a educação, a empregabilidade e a recuperação económica.
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