Novos registos de alojamento local caem para metade. Algarve continua a liderar
Número de novos registos de alojamento local caiu para metade no primeiro trimestre. Faro continua a concentrar a maior fatia, o que mostra a esperança que o setor ainda tem no Algarve.
O alojamento local sentiu o impacto da pandemia nas reservas e isso trouxe um abanão ao mercado. De olhos postos no passado, mas também no futuro, o número de empresários a entrar para o arrendamento de curta duração caiu para metade no primeiro trimestre do ano. Ainda assim, as esperanças estão a ser depositadas no Algarve, que continua a liderar no número de novos registos.
Entre janeiro e março de 2021, foram registados 1.154 novos imóveis de alojamento local, de acordo com os dados do Registo Nacional de Turismo (RNT) consultados pelo ECO. Este número mostra uma diminuição de 53% face aos quase 2.500 novos registos observados no primeiro trimestre de 2020.
Numa análise mais fina, Faro destacou-se ao concentrar 35% (400) dos novos registos em todo o país, o que mostra que as esperanças continuam a ser depositadas no Algarve, tal como nos anos anteriores.
Atrás aparece o Porto com 194 novos imóveis registados como alojamento local, seguindo-se Lisboa com 159. Novamente, estes números mostram que os destinos citadinos estão a perder adesão, tal como já tinha referido o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) em entrevista ao ECO, notando o aumento da procura por destinos do interior.
Na mesma entrevista, Eduardo Miranda explicou que “as pessoas ainda acreditam no turismo” e “sabem que esta crise é passageira”. Referindo que continua a haver pessoas a entrar para o arrendamento de curto negócio, tal como os números mostram, o responsável admitiu, contudo, que “agora as pessoas ponderam muito mais”.
O número de novos registos de alojamento local tem vindo a cair desde 2018. Nesse ano, houve 23.010 novos registos, enquanto em 2019 esse número caiu para 13.726, mostram os dados do RNT. Em 2020, ano de pandemia, contaram-se apenas 6.784 novos imóveis registados.
O ECO tentou contactar a ALEP para perceber de forma mais aprofundada a evolução destes indicadores, mas tal não foi possível.
Veja no mapa o número de de novos registos
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