Presidente do CDS-PP quer “cheque emprego” para pequenas empresas “em dificuldades”
O objetivo é que se possa "salvar postos de trabalho e evitar uma escalada descontrolada do desemprego, que volta naturalmente as pessoas para a pobreza e para a perda de qualidade de vida".
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, apelou esta terça-feira ao Governo que crie um “cheque emprego” destinado a micro e pequenas empresas que estejam “em dificuldades” por forma a “evitar uma escalada descontrolada do desemprego”.
“Nós defendemos que seja criado um cheque emprego para dar a todas as pequenas e micro empresas que estejam em dificuldades, de modo a que possam salvar postos de trabalho e evitar uma escalada descontrolada do desemprego, que volta naturalmente as pessoas para a pobreza e para a perda de qualidade de vida”, afirmou, deixando o apelo ao Governo.
O líder democrata-cristão visitou hoje duas esquadras da PSP no concelho de Odivelas, distrito de Lisboa, tendo sido questionado, à margem, pelos jornalistas sobre os números do desemprego conhecidos hoje. Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 25,9% em março em termos homólogos e 0,2% face a fevereiro.
“O Governo tem duas opções, ou apoia as empresas e o emprego ou engorda o Estado, porque todo o dinheiro que agora não utilizar para injetar na nossa economia e no nossos pequenos e micro empresários vai gastá-lo a título de subsídios de desemprego, muito mais até do que inicialmente estaria previsto“, defendeu Francisco Rodrigues dos Santos.
De acordo com o IEFP, no final de março, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 432.851 desempregados. Este número representa 70,7% de um total de 611.958 pedidos de emprego.
Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário, refere o IEFP.
Numa nota sobre os números divulgados pelo IEFP, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indica que a taxa de cobertura das prestações de desemprego é de 55,7%, o que compara com 50,6% em março de 2020, e a taxa de cobertura de medidas ativas de emprego subiu para 20,8%, o que compara com 20,5% em fevereiro de 2021 e com 19,6% em março de 2020.
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