“Recuperei aviões e iates” aos grandes devedores, diz CEO do Novo Banco
O presidente executivo do Novo Banco reitera que a instituição geriu ações judiciais com "dureza", tendo existido recuperação em alguns casos.
Depois da auditoria da Deloitte, o presidente executivo do Novo Banco vem assegurar que não existiu passividade para com os créditos malparados dos maiores clientes. “Gerimos as ações judiciais com dureza. Sofremos isso na pele”, reiterou António Ramalho, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), revelando que o banco tem 90 mil ações judiciais contra devedores. “Em muitos casos, fez-se recuperação”, nomeadamente de “aviões e iates”, acrescentou.
Quanto às moratórias, o CEO do Novo Banco defendeu uma extensão do mecanismo para um conjunto limitado de setores, negociada com a Autoridade Bancária Europeia. Olhando para setembro, Ramalho defende uma solução de partilha de risco que em parte “fosse suportada pela extensão dos prazos e pela própria capitalização de juros feita pelas próprias empresas”. Soluções devem, no entanto, “ser claras na setorização”.
Já no que diz respeito a uma possível aquisição do EuroBic, o presidente executivo do Novo Banco não confirmou o interesse mas apontou que tem toda a legitimidade para comprar, se tal permitir valorizar a posição dos acionistas. Reagindo a críticas, defende que pagou “o preço necessário à concorrência.” “Espero que ninguém me venha pedir que fique incapaz de gerir em concorrência até 2046”, atirou.
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