Governo diz que não há reavaliação da taxa de recursos hídricos nas barragens vendidas pela EDP

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

Em resposta ao PSD, o ministério de Matos Fernandes defende que não há lugar a uma reavaliação do valor da taxa de recursos hídricos depois da venda das barragens pela EDP à Engie.

O Ministério do Ambiente e Ação Climática considera que não há lugar a uma reavaliação do valor da Taxa de Recursos Hídricos (TRH) depois da venda das barragens da EDP à Engie, de acordo com um esclarecimento divulgado esta terça-feira.

Esta nota é conhecida no dia em que o PSD voltou a questionar o Governo sobre o processo de aprovação e transmissão de barragens da EDP, perguntando porque não foi feita a “avaliação económica aprofundada” defendida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A tutela de João Matos Fernandes adiantou que “sendo, no tempo e no modo, a adquirente herdeira de títulos de concessão que não a modificam (o que era impossível de saber antes do pedido ter dado entrada na APA), não há lugar ao seu equilíbrio económico e financeiro; por outro lado, a TRH é paga, de acordo com a lei, em função do volume de água bombeado e, dessa forma, é completamente independente do valor dos ativos”.

Ou seja, como não foi pedida a alteração dos termos da concessão, como no caso de um alargamento do prazo, não há lugar a esta reavaliação.

“Em janeiro de 2020, quando questionada a Agência Portuguesa do Ambiente sobre o enquadramento da transmissão dos títulos de utilização de recursos hídricos de seis barragens do Bacia Hidrográfica do Douro pela EDP à Engie, o processo não tinha ainda dado entrada na APA e todas as questões estavam em aberto”, recorda a tutela, vincando que “nessa altura, não tinha ainda sequer sido apresentado o pedido de transmissão das barragens àquela Agência, o que só aconteceu no dia 23 desse mês de janeiro”.

Por isso, na altura, “e perante a questão em abstrato, a Agência considerou que poderia ser necessário analisar a relação entre o valor do equilíbrio económico e financeiro definido em 2007 e o valor da TRH, já que a TRH foi uma das parcelas consideradas em 2007 para o cálculo do valor então pago pela EDP ao Estado pela regularização dos prazos das concessões”, lembra o Governo.

No esclarecimento, o Ministério do Ambiente indicou ainda que “mais tarde, durante a análise do processo, e independentemente da questão do valor da transmissão, a propósito da qual foi suscitada a análise do Ministério das Finanças em setembro de 2020, concluiu-se que o cálculo da TRH teve apenas em consideração os volumes que potencialmente poderiam ser utilizados durante o prazo da concessão então estabelecido, pelo que não havia qualquer conexão com os cálculos do equilíbrio económico e financeiro pela extensão das concessões, estimado em 2007”.

A tutela realçou ainda que “o que sustenta o pagamento da TRH é o princípio do utilizador-pagador. Ou seja, a TRH é paga em função da água a utilizar, sem qualquer relação com o valor dos ativos que lhe estão afetos”.

Além disso, de acordo com a tutela, a APA solicitou “a análise do Ministério das Finanças que, através da Parpública, declarou tratar-se de um negócio entre privados, no qual era limitada a atuação do Estado. Também é sabido que a análise tributária desta transmissão de concessão das barragens se encontra a ser efetuada pela entidade competente”, explicou o Governo.

O Ministério do Ambiente deu ainda conta de que está em estudo “a definição do coeficiente de escassez por sub-bacia hidrográfica, adequando-o à realidade de cada local dentro da bacia hidrográfica” e que “será vertido na versão provisória dos planos de gestão de região hidrográfica, que se prevê que venham a ser colocados em discussão pública em junho de 2021”.

Nessa altura, “será anunciada, à luz destes princípios, a revisão da TRH, que será efetuada através da publicação da Portaria prevista no artigo 7.º n.º 4, do Decreto-Lei n.º 46/2017, de 03 de maio, que estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos”.

Por isso, foi “já introduzida uma cláusula aos contratos de concessão das barragens do rio Douro, estabelecendo a obrigatoriedade, caso se venha a verificar alteração do coeficiente de escassez para a sub-bacia onde se localizam, de pagamento do que resultar da aplicação deste coeficiente sobre os volumes captados, que complementará o valor já pago pela TRH”, garantiu a tutela.

Em 13 de novembro de 2020 foi anunciado que a APA tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie.

A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Supervisão multa 13 seguradoras e um mediador

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2021

Processos de contraordenação instaurados entre janeiro e março resultaram em mais de 70 mil euros de multas. Reparação de acidentes de trabalho e doenças profissionais foram infrações dominantes.

No primeiro trimestre de 2021, a ASF instaurou 19 novos processos de contraordenação, tendo concluído um total de 14, refere a Síntese da atividade sancionatória da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

“Os referidos processos resultaram na condenação de 14 pessoas coletivas, 13 das quais empresas de seguros e 1 mediador de seguros. As coimas aplicadas no âmbito dos referidos processos de contraordenação totalizaram 70 830,00 euros (setenta mil oitocentos e trinta euros)”, detalha o organismo de Supervisão.

Dos 14 processos de contraordenação concluídos, “13 respeitam a infrações ao Regime de Reparação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais (Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro) e 1 respeita à violação de normas constantes do diploma do Livro de Reclamações” (Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro), bem como de regras previstas no Regime Jurídico de Mediação de Seguros ou de Resseguros (Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho) e na Norma Regulamentar n.º 17/2006-R, de 29 de setembro”.

Ainda, segundo informação incluída na nota informativa da ASF, nos termos do artigo 6º-C da Lei n.º 1-A/2020, de 19 de março, aditado pela Lei n.º 4-B/2021, de 1 de fevereiro, os prazos para a prática de atos nos procedimentos contraordenacionais em curso na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões estiveram suspensos entre 22/01/2021 e 05/04/2021.

Dados da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) relativos aos primeiros dois meses deste ano indicam que, nos ramos não Vida, que perderam representatividade na estrutura de custos da sinistralidade (de 37,2%, para 26,8%), os gastos das seguradoras em indemnizações ascenderam a 502,39 milhões de euros, menos 6,5% face a um ano antes.

De acordo com os números da APS, os sinistros em Acidentes e Doença custaram menos 8,2%, tendência explicada por Acidentes de Trabalho (-12,7%, para 101,6 milhões) e Doença (-3,9%, para 112,9 milhões).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confederações empresariais criticaram no Parlamento burocratização dos apoios

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

Três confederações empresariais criticaram no Parlamento a burocratização dos apoios às empresas. CIP pede Banco de Fomento com urgência.

Três confederações empresariais criticaram no Parlamento a burocratização das medidas de apoio concedidas às empresas para enfrentarem a crise pandémica e reivindicaram a simplificação de procedimentos para que os financiamentos cheguem a tempo de ajudar à sua recuperação económica.

Os presidentes da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) aproveitaram a audição parlamentar conjunta na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social para salientar a dificuldade de acesso às medidas criadas pelo Governo e a morosidade da sua concretização.

António Saraiva, presidente da CIP, apresentou os indicadores macroeconómicos atuais, para mostrar as “dramáticas consequências da pandemia” e defendeu a urgência da concretização do Banco de Fomento para que as empresas consigam enfrentar o fim das moratórias ao crédito. “As empresas não precisam de mais endividamento, mas sim de injeção de capital”, defendeu junto dos deputados.

As empresas não precisam de mais endividamento, mas sim de injeção de capital.

António Saraiva

Presdiente da CIP

Para o presidente da CPPME, Jorge Pisco, as medidas de apoio às empresas “têm sido insuficientes, discriminatórias e burocráticas”, deixando os micro, pequenos e médios empresários “em desespero por não conseguirem aceder aos apoios”. “Estes empresários estão numa situação económica muito preocupante, por isso são necessárias medidas audazes, ajustadas à realidade do tecido empresarial”, disse.

O presidente da CCP, João Vieira Lopes, reconheceu que o Governo tem tomado algumas medidas positivas para ajudar as empresas, como as moratórias fiscais e bancárias, as linhas de financiamento e o lay-off simplificado, mas que foram prejudicadas pela burocracia e atraso na chegada do dinheiro às empresas.

As deputadas do PCP Alma Rivera, Bloco de Esquerda Isabel Pires, e PSD Filipa Roseta, que participaram na audição, questionaram os representantes empresariais sobre as principias dificuldades sentidas no acesso aos apoios, sobre os seus problemas de tesouraria e sobre o diálogo com o Governo. António Saraiva considerou que “o diálogo com o Governo tem sido permanente, mas nem sempre tão produtivo” quanto os empresários gostariam.

Jorge Pisco disse que o diálogo não tem funcionado, por falta de articulação entre entre o Governo e as micro, pequenas e médias empresas. “Desde o início da pandemia que temos tido um canal aberto, e desde março do ano passado que apresentámos as nossas propostas, mas o Governo não tem tido com as confederações empresarias o relacionamento que deveria”, apontou, reafirmando a necessidade de criação de um gabinete de apoio às micro, pequenas e médias empresas.

Para Vieira Lopes, “o diálogo com o Governo tem existido, mas as medidas têm sido complicadas de gerir” e até a consulta dos parceiros sociais, por vezes, “não tem sido feita de forma atempada”.

Estes empresários estão numa situação económica muito preocupante, por isso são necessárias medidas audazes, ajustadas à realidade do tecido empresarial.

Jorge Pisco

Presidente da CPPME

O deputado do PS, Carlos Pereira, preferiu falar do impacto da crise pandémica no desemprego e nas medidas tomadas pelo Governo socialista para moderar o aumento de desempregados.

Os três representantes empresariais reconheceram a intervenção do Governo nesse sentido, porém salientaram também a resiliência das empresas para evitar o aumento do desemprego, embora temam pelo futuro das mesmas.

A audição conjunta realizou-se por videoconferência, com deputados a participar de forma presencial e por videoconferência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covéa fechou 2020 a lucrar 415 milhões, em quebra de 52% por conta da pandemia

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2021

Assumindo esforço global de 457 milhões de euros em medidas de solidariedade, incluindo indemnizações justificadas pelo impacto da pandemia, o volume de prémios adquiridos em França decresceu 3,3%.

A Covéa, mutualista francesa líder em diversos ramos de seguros, registou declínio anual de 4,5% no volume de prémios adquiridos, totalizando 16,62 mil milhões de euros, com quebra de dois dígitos na atividade internacional (-12,4%, para 1,9 milhões de euros e a representar cerca de 11% do total consolidado pelo grupo). Em França, o negócio recuou 3,3% para 14,73 mil milhões de euros.

A receita em seguros de bens e responsabilidade ascendeu a 9,56 mil milhões de euros (-7% face a 2019), decrescendo 8,0% no seguro de pessoas, para 5,17 mil milhões de euros. A quebra no conjunto do negócio reflete a diminuição da coleta bruta nos contratos de poupança em França e Itália, explica a companhia em comunicado. No segmento pessoas, a coleta bruta no negócio poupança-reforma teve declínio de 16,2%.

O declínio no volume de prémios reflete o impacto da crise sanitária na atividade, a que se juntou o esforço da mutualista francesa com as iniciativas de solidariedade tomadas por iniciativa própria, mas também pela adesão da Covéa às medidas lançadas pelo poder público, em apoio às empresas e ao sistema de previdência do país. De acordo com o reportado, o grupo Covéa desembolsou 457 milhões de euros (antes de impostos) a favor das medidas de solidariedade no combate à pandemia, em 2020.

Além dos gestos de solidariedade praticada pelas 3 marcas do grupo, a entidade afirma que desempenhou o seu papel de seguradora, assumindo custos com sinistros, na maioria decorrente de perdas de exploração, por um montante estimado de 456 milhões de euros, antes de impostos e líquido de resseguro.

O grupo liderado por Thierry Derez (CEO) reconhece que a pandemia de Covid-19 teve forte impacto na sinistralidade, em particular em França e nas linhas seguros profissionais e de empresas, por efeito da suspensão de atividades e perdas de exploração. Em consequência, o resultado líquido do grupo caiu 52%, ou 443 milhões face ao apurado em 2019, totalizando 415 milhões de euros, sendo que a França gerou 491 milhões (-365 milhões do que em 2019) e o negócio internacional fechou o ano com perdas de 76 milhões, contra lucro de dois milhões no anterior.

O rácio combinado do grupo mutualista foi calculado em 100,8%, agravando-se 2,7 pontos em relação à eficiência de um ano antes, enquanto o rácio de solvabilidade passou 406%, para 394%, de um ano para o outro.

Entre outros números destacados no comunicado, a Covéa fechou o exercício com uma carteira de 11,6 milhões de clientes e afiliados, 10,7 milhões de veículos segurados, 8,1 milhões de apólices habitação e três milhões de beneficiários de seguros/planos saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Imunidade parlamentar levantada a deputado socialista António Gameiro

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

A Comissão de Transparência votou, por unanimidade, a favor do levantamento da imunidade parlamentar ao deputado do PS, António Gameiro. Parecer ainda vai ter de ser votado em plenário.

A comissão de Transparência aprovou esta terça-feira um relatório favorável ao levantamento da imunidade parlamentar ao deputado António Gameiro (PS), envolvido na “Operação Triângulo”, que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António.

A decisão foi tomada por unanimidade na reunião de hoje da comissão de Transparência e do Estatuto dos Deputados, disse à Lusa uma fonte parlamentar. O parecer ainda tem que ser votado pelo plenário da Assembleia da República.

Há quatro dias, António Gameiro retirou a candidatura à Câmara de Ourém, demitiu-se da presidência da concelhia e vai manter-se como deputado.

A decisão surgiu na sequência de o parlamentar ter sido considerado suspeito na “Operação Triângulo”, que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita (PSD).

Quatro pessoas foram detidas em 13 de abril pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder na intermediação de um negócio imobiliário em Monte Gordo, Vila Real de Santo António, informou a PJ.

Os detidos foram a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, que, entretanto, renunciou ao cargo, um trabalhador da Administração Pública e dois empresários.

Em causa estão “factos suscetíveis de integrarem a prática dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder”, havendo “suspeitas de atuação ilícita de titular de cargo político, que beneficiou da colaboração de funcionários, bem como outros intervenientes, na intermediação de um negócio, de compra de imóvel, propriedade do município, na praia de Monte Gordo”, segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ).

De acordo com a PJ, foram realizadas “cerca de duas dezenas de buscas, designadamente domiciliárias, em estabelecimentos e escritórios de advogados”, diligências que “tiveram lugar na região do Algarve, Lisboa, Leiria e Ourém”.

O negócio imobiliário que esteve na origem das quatro detenções envolveu a venda de um terreno em Monte Gordo por 5,6 milhões de euros, aprovada em Assembleia Municipal no dia 03 de abril de 2020, com os votos a favor do PSD e contra da bancada do PS e da CDU.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Generali distingue agentes de Excelência. Mediador português nos 30 melhores do mundo

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2021

Mediadores de Espanha, França e Itália disputaram a finalíssima. A espanhola Carmen Martinez foi eleita a vencedora da grande final que elegeu os melhores da rede de distribuição global da Generali.

O grupo Generali, marca representada por 165 mil agentes de seguros distribuídos pelo mundo, distinguiu os melhores profissionais entre os que reconhece terem nível de Excelência na operação global da companhia. De uma lista inicial de 300 mediadores propostos por países, depois reduzida a 30 semifinalistas que melhor desempenham a missão e assumem o espírito da marca, o grupo – que em Portugal detém a Tranquilidade, Açoreana e a LOGO – tem Marco Rodrigues, da Septor Mediação de Seguros, como o melhor português da 3.ª edição do Global Agent Excellence Contest (GAEC).

Entre os 300 melhores do grupo Generali, Portugal contou com cinco mediadores pré-selecionados: Além da Septor, representaram o país a Fonseca e Veiga Mediação de Seguros; Pedro Quinta dos Santos Mediação de Seguros; António Ricardo Silva Correia Mediação de Seguros e a Inforrei Mediação de Seguros, esta última na categoria Young Lions e que terminou o desafio entre os oito do mundo no futuro da Generali.

A Septor, a melhor entre as agências Generali/Tranquilidade, “trabalha diariamente para encontrar a melhor solução para os seus clientes. Com a emergente era digital e com o surgimento de mercados novos, tem investido na inovação para acompanhar as necessidades dos seus clientes, assim facilitando a sua comunicação e contacto com a empresa”, explicou a Tranquilidade.

Os critérios de seleção dos agentes em Portugal foram: “Adopção digital; Estratégia/contacto com cliente e retenção e crescimento”, os mesmos utilizados para a globalidade da rede Generali no mundo. Na categoria Young Lion foram selecionados agentes com idade até 35 anos e mais de três anos de ligação com a marca.

Apesar de ser uma empresa cada vez mais digital, “alia a inovação à cultura de uma forma única no mercado, através de uma equipa qualificada e especializada que oferece a melhor solução para a carteira de seguros de cada cliente. Trabalhamos, por isso, com uma das melhores seguradoras a nível mundial para garantir que os nossos clientes têm sempre os melhores seguros aos melhores preços”, disse Marco Rodrigues a ECO Seguros.

Produzido com palco virtual na Praça de São Marcos, em Veneza, o evento apresentado por Isabelle Conner, Group Chief Marketing & Customer Officer, foi seguido por mais de 100 mil agentes e mais de 900 convidados online, a companhia que está este ano a comemorar os seus 190 anos de existência celebrou a 3ª edição do GAEC.

O encontro serviu igualmente para homenagear o papel dos mediadores na missão social The Human Safety Net Foundation, dedicada a apoiar as famílias vulneráveis e a integração dos refugiados através do trabalho. Na sua intervenção, o CEO do Grupo Generali, Philippe Donnet, comentou: “Sempre acreditei que os nossos 165.000 agentes são um um bem único para a Generali e os nossos milhões de clientes em todo o mundo. Isso nunca foi tão verdadeiro como quando venceram os desafios colocados pela pandemia de Covid-19 e permaneceram perto dos nossos clientes graças ao seu espírito de inovação e à sua flexibilidade para ir além da distância física”.

Homenageando os agentes de companhia distribuídos pelo mundo e, em particular, os 300 selecionados de mais de 20 países, entre os quais 63 mulheres, o júri composto por seis elementos da administração executiva do grupo Generali elegeu as 10 estrelas de entre os 28 semifinalistas.

Os profissionais da distribuição Generali foram avaliados com base em três critérios-chave – digitalização, contacto com o cliente, produção e retenção – todos parte integrante da ambição Generali (Parceiro para a Vida).

Jaime Anchústegui Melgarejo (CEO da Generali International, divisão que agrupa mais de 15 mercados, entre os quais Portugal, representou oito entre os 30 melhores, de que se destacaram 4 agentes finalistas (Argentina; Índia; Turquia e Espanha) no top 10 de excelência do grupo. Os mercados Áustria, CEE (Europa Central e Este) e Rússia, liderada por Luciano Cirinà (CEO Regional) colocou 3 agentes no top 10, a região conta cerca de 13 mil agentes. Por seu lado, Jean-Laurent Granier, CEO da Generali France e Europ Assistance (França é o 3º maior mercado da Generali) defendeu Arnaud David, mediador francês como o “merecedor” do prémio máximo, por representar “tudo o que é a Generali.” Por fim, Marco Sesana (CEO Generali Italia), promoveu dois agentes como potenciais vencedores.

Carmen Martinez, Mediadora da Generali em Madrid, vencedora da 3ª edição do GAEC 2021.

Após a apresentação dos vídeos retratando o quotidiano dos 10 selecionados, foram revelados os 3 mais votados (Espanha; Italia e França), finalistas. Carmen Martinez, mediadora em Alcobendas (arredores de Madrid) foi distinguida como a vencedora da Grand Finale, pelo “dinamismo, empatia e a forma inovadora” como encarna a ambição “Parceira para a Vida.” Convidada a revelar o que destino para gozar o prémio, Carmen escolheu viajar para a Indonésia, onde encontrará uma equipa da Generali para a conduzir “numa viagem inesquecível”, assegurou Isabelle Conner.

No âmbito dos 190 anos da companhia italiana, o evento revelou ainda os vencedores de outras categorias (áreas estratégicas), que mereceram prémios especiais nesta edição do GAEC:

  • Special Seamless omnichannel (Experiência digital): teve seis distinguidos, dos quais 3 em Itália;
  • Young Lions: Oito agentes considerados o futuro da Generali, entre os quais André Alves;
  • Net Promoter Score (NPS): Nove premiados pelo critério de satisfação do cliente;
  • The Human Safety Net: Seis agentes premiados pelo empenho individual e ao serviço da companhia na transformação da condição de vida das pessoas mais vulneráveis;

A próxima edição do GAEC está agendada para setembro de 2022.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carris investe 60 milhões em 15 elétricos articulados e 30 autocarros elétricos

A Câmara Municipal de Lisboa estima que o primeiro autocarro elétrico seja entregue em novembro de 2021 e os restantes ao longo de 2022. O investimento abrange 16 novos postos de carregamento duplo.

A Carris anunciou que vai investir um total de 60 milhões de euros para comprar 15 novos elétricos articulados para a carreira 15E, que circula entre Algés e a Praça da Figueira, e também para adquirir 30 autocarros elétricos para a sua frota e 16 novos postos de carregamento duplo.

“Estima-se que o primeiro autocarro elétrico seja entregue em novembro de 2021 e os restantes ao longo de 2022. O primeiro elétrico será entregue 22 meses após o início do contrato, sendo os restantes 14 nos nove meses seguintes”, informou a Câmara Municipal de Lisboa em comunicado.

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, estará presente esta quarta-feira, 21 de abril, na cerimónia de assinatura do contrato de aquisição dos novos elétricos e lançamento do concurso público para a aquisição dos novos autocarros elétricos.

Mais de 20 anos depois, a Carris volta a comprar elétricos articulados, que fazem a carreira 15E, mais do que duplicando a atual frota deste serviço, num investimento de 43 milhões de euros”, acrescentou ainda o mesmo comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aethel nega qualquer relação com a família Espírito Santo

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

Aethel "desmente categoricamente as declarações" de Sérgio Monteiro, que considera "falsas e difamatórias".

A Aethel Partners negou esta terça-feira qualquer relação com a família Espírito Santo depois de ter sido referida por Sérgio Monteiro, antigo consultor para a venda do Novo Banco, sobre uma proposta de compra, numa audição na comissão de inquérito.

De acordo com um comunicado enviado à Lusa, a Aethel “desmente categoricamente as declarações” de Sérgio Monteiro, que considera “falsas e difamatórias“, proferidas em audição na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

Na ocasião, Sérgio Monteiro confirmou que o Banco de Portugal estava preocupado com uma eventual ligação de Ricardo Santos Silva – fundador da Aethel que tinha vindo do BES Investimento – à família Espírito Santo, que tinha sido afastada do BES.

“Sei que houve essa preocupação e posso confirmá-la”, disse então Sérgio Monteiro em resposta ao deputado do PCP Duarte Alves.

O também antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações do Governo de Passos Coelho (PSD/CDS-PP) confirmou que “o departamento jurídico do Banco de Portugal, que segue com muita atenção essas matérias, fez diligências e verificação para saber os beneficiários últimos, a origem de fundos e se eventualmente poderia haver problemas”.

Sérgio Monteiro frisou que “não disse que o responsável da Aethel era da família ou que o negócio era para ser feito para a família” Espírito Santo.

De acordo com o comunicado, a Aethel refere que a sua proposta “não tinha nenhuma ligação com a família Espírito Santo, e os investidores que a apoiavam foram expressamente identificados na proposta apresentada”.

A empresa também refere que “não tem nem nunca teve qualquer relação com a família Espírito Santo”.

Na audição de 13 de abril, Sérgio Monteiro catalogou a abordagem da Aethel como uma “iniciativa” e não “uma proposta”, dizendo que não progrediu porque “era mais um pedido de mandato para fazer gestão de ativos e passivos com os credores, na altura, do Novo Banco” do que uma ideia de compra.

No comunicado, a Aethel defende que “conforme é do conhecimento de Sérgio Monteiro”, fez uma “proposta para a aquisição do Novo Banco, cuja não aceitação apenas pode ser justificada pelo próprio”.

“Sugerir que a proposta de aquisição da Aethel Partners foi um mero pedido de mandato é falso”, defende a empresa sediada em Londres, que “continua comprometida a investir no mercado português, como tem vindo a fazer nos últimos anos”.

Em 2017, numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), Sérgio Monteiro tinha desvalorizado as acusações da Aethel Partners que reivindicava ter apresentado uma oferta melhor do que a Lone Star, dizendo que o grupo britânico não apresentou qualquer proposta.

“Sobre o candidato que disse ter uma proposta melhor do que a Lone Star, a isso nem sequer podemos chamar proposta”, afirmou Sérgio Monteiro, durante a sua audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) em 23 de maio de 2017.

E salientou: “Entrou em contacto connosco em janeiro. Foi-lhe explicado que tinha que se juntar a outro concorrente ou [só poderia participar] se o processo não tivesse um desfecho positivo”.

Isto, porque nessa altura já havia um longo caminho percorrido na operação de venda do Novo Banco, que contou com cinco interessados (quatro na venda estratégica e um na venda em mercado), além de já estarem em curso as negociações exclusivas com a Lone Star.

Na altura, foi noticiado que a Aethel Partners oferecia quase quatro mil milhões de euros pelo Novo Banco, tendo a sociedade britânica avançado mesmo com um processo judicial para travar a venda do banco de transição à norte-americana Lone Star.

Em 05 novembro de 2019, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) autorizou o “controlo da mina” de ferro de Torre de Moncorvo, Bragança, pela Aethel Mining, revelou a empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Manchester City abandona Superliga Europeia, Chelsea também estará de saída

O Manchester City confirmou oficialmente a saída da Superliga Europeia. Chelsea deverá tomar decisão semelhante, avança a imprensa internacional.

O Manchester City vai mesmo abandonar a Superliga Europeia: “O Manchester City Football Club pode confirmar que iniciou formalmente os procedimentos para deixar o grupo que está a desenvolver os planos para a Super Liga Europeia”, lê-se num comunicado publicado no respetivo site, que ficou entretanto indisponível, presumivelmente devido ao elevado volume de acessos.

A imprensa internacional avança que o Chelsea deverá abandonar também a Superliga Europeia, depois de protestos dos adeptos à porta de Stamford Bridge. Os jogadores do clube terão dito ao presidente, Bruce Buck, que não gostariam de jogar na Superliga se tal implicasse que ficariam proibidos de participar no futebol internacional, como ameaçou a UEFA.

O plano de 12 clubes ricos para fundarem uma Superliga, um clube fechado de elite, está a levantar muita polémica. No caso do Chelsea, muitos adeptos aglomeraram-se junto ao estádio, antes de um jogo da Premier League, para expressarem oposição à pretenção destes clubes, que está a abalar o futebol europeu.

Entretanto, o vice-chairman executivo do Manchester United, Ed Woodward, que também, esteve envolvido na criação da Superliga, anunciou que vai deixar o cargo no final deste ano. A notícia foi avançada pela BBC Sport.

Desde o início que FIFA e UEFA se posicionaram contra a criação da Superliga. Entretanto, várias federações e ligas europeias também já se manifestaram contra a nova competição, incluindo a LaLiga espanhola, a Bundesliga alemã e a Ligue 1 francesa. O anúncio da criação desta liga também já mereceu a reprovação de líderes políticos como Boris Johnson, Emmanuel Macron e até do primeiro-ministro português, António Costa.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CML é primeira “interessada no cabal esclarecimento dos factos”, diz Medina sobre buscas

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa aponta que os processos em causa nas buscas foram amplamente discutidos e escrutinados. Um deles partiu de uma queixa da própria autarquia.

Somos os primeiros interessados no apuramento cabal da forma como tudo correu“, diz Fernando Medina, na sequência das buscas realizadas na Câmara Municipal de Lisboa (CML). O autarca reiterou que está “tranquilo” com tudo aquilo que conhece, e que apoiará as investigações “com particular empenho para que se finalizem”.

Estão em causa oito processos relacionados com o urbanismo e obras, sendo que um deles “corresponde a uma denúncia que a própria Câmara tinha feito ao Ministério Público (MP) relativamente às obras na Segunda Circular“, sinalizou Medina, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões.

Para além disso, num outro caso, a Câmara ainda não apresentou queixa mas vai fazê-lo, no processo das piscinas da Penha de França. O presidente da CML apontou também que alguns dos processos já vêm de 2016 ou 2017 esão polémicas na cidade há muito tempo”, pelo que é a vontade da autarquia “o seu cabal esclarecimento”.

É o caso da operação integrada de Entrecampos, nomeadamente os terrenos da antiga Feira Popular, que foi um “processo muito acompanhado, foi amplamente escrutinada nas opções urbanísticas, acompanhada por MP em todo processo, chegou a estar suspensa operação da venda e depois foi retomada”, recordou Medina.

Estou tranquilo com tudo aquilo que conheço, que pude acompanhar e monitorizar e que tenho dever de acompanhamento e decisão”, sublinhou o autarca.

Questionado sobre se os processos recaiam sobre o antigo vereador Manuel Salgado, Medina confirmou que se debruçam de facto sobre os pelouros que detinha. Reiterou que “nenhuma das pessoas visada ocupa hoje funções”, mas reafirmou “confiança nas pessoas que aqui trabalharam”, apontando que não tem nenhum elemento que implique o contrário.

O candidato à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, reagiu às buscas em comunicado, apontando que a suspeita em volta da atuação política na CML “corrói” o funcionamento da democracia e “a confirmar-se, revela uma forma de governar a cidade” que considera “absolutamente inaceitável”. “Estas dúvidas minam a confiança dos cidadãos e dificultam as mudanças necessárias de comportamento e cultura política”, defendeu o candidato social-democrata.

(Notícia atualizada às 20h08)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa ataca proibição de exportações e guerras nacionais em torno das vacinas

  • Lusa
  • 20 Abril 2021

No Fórum Iberoamericano, o primeiro-ministro português disse ainda que todas as vacinas eficazes e seguras devem ser introduzidas no mercado, mesmo que produzidas na Rússia ou China.

O primeiro-ministro atacou esta terça-feira as políticas de fecho de fronteiras para impedir a saída de vacinas e as “guerras nacionais” em função do país de origem dessas vacinas, defendendo em contrapartida mais prevenção e regulação global.

Esta posição foi transmitida por António Costa na sua segunda intervenção no Fórum Empresarial Ibero-Americano, evento que decorre em Andorra-a-Velha e que antecede a cerimónia de abertura da XXVII Cimeira Ibero-Americana.

Falando depois de uma intervenção por videoconferência do Presidente de França, Emmanuel Macron, e imediatamente antes do discurso do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, o líder do executivo português defendeu a “importância de se criarem cadeias de valor global de produção”, criticando, em contraponto, “a tentação de se fechar fronteiras para se proibir exportações”.

A União Europeia é uma das regiões que nunca interrompeu a exportação de vacinas e grande parte (senão mesmo a totalidade) das vacinas disponíveis na Covax (cooperação mundial) foram produzidas aqui na Europa”, apontou o primeiro-ministro, país que detém até junho a presidência do Conselho da União Europeia.

Neste ponto, António Costa sustentou que Estados Unidos e Reino Unido, entre outros, devem seguir este exemplo, fornecendo vacinas à Covax.

Mas, nos seus recados, o primeiro-ministro português foi ainda mais longe, dizendo que, “assim como o vírus não tem nacionalidade nem conhece fronteiras, também as vacinas não têm nacionalidade”.

Todas as vacinas que demonstrem a sua eficácia e segurança sanitária têm de possuir licença de introdução no mercado. Essas vacinas tanto podem ser produzidas na Europa, nos Estados Unidos, na China ou na Rússia. A verdade é muito clara: todos somos poucos para produzir a quantidade de vacinas necessárias à escala global”, frisou.

O primeiro-ministro considerou então “inadmissíveis as guerras comerciais com base em bens essenciais, como são as vacinas”.

“Temos de possuir um organismo internacional para o reconhecimento comum da segurança das vacinas. Um organismo que confira uma licença global para essas vacinas serem comercializadas em todo o mundo”, acrescentou, numa intervenção em que também defendeu o reforço de poderes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple lança porta-chaves AirTags e aposta nas subscrições de podcasts

A Apple introduziu um novo acessório que permite usar a aplicação "Encontrar" do iPhone para localizar as chaves lá de casa. A empresa acaba de lançar também um serviço de subscrição de podcasts.

Depois dos telemóveis, tablets e relógios, a Apple vai apostar agora nos porta-chaves. Chegaram os AirTags, desenhados para que os utilizadores mais distraídos nunca percam as chaves lá de casa. Esta e outras novidades foram anunciadas esta terça-feira no evento de primavera da marca da maçã.

Os AirTags são o mais recente produto da Apple. Estes dispositivos interligam-se com a aplicação “Encontrar” e engana-se se pensa que são simples merchandising. Sempre que perder as chaves, ou outro objeto a que prenda estes acessórios, o iPhone é capaz de o guiar até ao local onde estão.

Os AirTags vão estar disponíveis em Portugal, onde cada um custará 35 euros. Mas pode comprar um pacote de quatro por 119 euros. Segundo a Apple, estes dispositivos foram desenhados para localizar objetos e incluem mecanismos de segurança que evitam que sejam utilizados para seguir pessoas.

Os novos AirTags são personalizáveis e há versões em diferentes cores e materiais, incluindo couro.Apple

A Apple anunciou também que vai remodelar a aplicação Podcasts e lançar um novo serviço de subscrições de podcasts. No passado, com o lançamento do iPod, a marca foi pioneira deste formato e pretende voltar a inovar, face à ameaça da concorrente Spotify, que tem investido significativamente no negócio dos podcasts e continua a ter mais subscritores pagos do que o Apple Music.

As subscrições de podcasts da Apple deverão permitir várias vantagens aos assinantes, como episódios exclusivos, ou o acesso antecipado aos episódios, antes de serem lançados para o público em geral, explicou o presidente executivo, Tim Cook. Haverá também uma nova estrutura de canais, passando a ser possível assinar canais de podcasts.

O Apple Podcasts vai ser remodelado e passará a permitir subscrever canais de podcasts.Apple

Estas eram algumas das novidades já antecipadas para este evento, o primeiro dos três que a marca costuma promover todos os anos. Desta vez, sob o mote “Spring Loaded”, o evento voltou a ser totalmente virtual, gravado e sem presença de público, como tem sido habitual desde a chegada da pandemia.

A empresa continua também a levar o processador M1 para outras linhas de produtos. É o caso dos novos iMacs de 20 polegadas. Em Portugal, os preços começam nos 1.499 euros e vão até 1.949 euros. As pré-encomendas arrancam a 30 de abril e começam a ser entregues na segunda metade do mês de maio.

Os novos iMacs, mais finos e com novas cores. Usam o processador Apple M1.Apple

Para os novos iMacs, a Apple lançou ainda novos teclados. Há uma versão simples, mas mais moderna e com um botão para emojis. Mas a grande novidade é o teclado com um leitor de impressões digitais, trazendo o sistema de autenticação TouchID para o universo dos Macs de secretária.

A empresa desenvolveu também um novo cabo de energia para o iMac, com uma ficha magnética. E tem outro truque: para evitar que fique com muitos cabos acumulados em cima da mesa, nestes Macs, o cabo da internet liga-se ao transformador, feito para ficar no chão. Veja-o na fotogaleria:

O evento de primavera da Apple serviu ainda para apresentar novos iPads Pro, potentes máquinas, também elas equipadas com o processador M1. Uma das versões tem 11 polegadas e a outra, gigante, tem 12,9 polegadas.

Tal como nos iMacs, as pré-encomendas dos novos iPads Pro arrancam a 30 de abril e os tablets só estarão disponíveis para entrega na segunda metade de maio. Em Portugal, os preços começam nos 909 euros para a versão de 11 polegadas e 1.229 euros para a versão mais musculada.

Os novos iPads vêm carregados de tecnologia de ponta, mas a Apple destaca, em particular, a câmara ultra grande angular com enquadramento central. “É perfeita para usar com FaceTime”, anuncia a Apple no seu site. É o esperado para um produto que foi desenhado para o teletrabalho em plena pandemia.

Os novos iPads Pro, com o processador Apple M1.Apple

Por fim, foram ainda lançadas outras atualizações a produtos, incluindo um novo Apple Pencil, uma nova Apple TV 4K com processador A12 Bionic e, no iPhone, uma nova versão lilás.

Além disso, depois de ser criticada por discriminações na atribuição de crédito através do cartão bancário Apple Card, que ainda não está disponível em Portugal, a Apple tomou medidas para permitir que os casais fundam as suas linhas de crédito.

Os novos iPhones 12 em lilás.Apple

iOS 14.5 chega aos iPhones na próxima semana

Os iPhones e iPads elegíveis recebem já na próxima semana uma nova atualização para os seus sistemas operativos, respetivamente, o iOS 14.5 e iPad OS 14.5. Esta nova versão incluirá uma mudança nas definições de privacidade destes dispositivos que exigirá que as aplicações de terceiros peçam autorização aos utilizadores antes de os poderem seguir.

Esta novidade deverá gerar constrangimentos na operação de empresas como o Facebook, que já criticaram publicamente esta decisão da Apple. A imprensa internacional tem noticiado que um grupo de aplicações chinesas tem estado a trabalhar em formas de contornar esta nova definição da fabricante do iPhone.

O iOS 14.5 permitirá ainda que utilizadores do iPhone que tenham um Apple Watch elegível possam desbloquear o telemóvel através do FaceID, mesmo se estiverem a usar máscara de proteção facial contra o coronavírus.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h59)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.