Governo “inteiramente disponível para colocar recursos públicos” ao serviço da transição digital
O ministro Pedro Siza Vieira disse estar "inteiramente disponível para colocar recursos públicos" ao serviço da transição digital e assegurou que o país "está preparado" para aproveitar fundos da UE.
O ministro que tutela a transição digital sinalizou esta quinta-feira que o investimento em tecnologias digitais na Europa “vai fazer-se com um nível de recursos que há um ano era impensável” e garantiu que Portugal também “está preparado para isso”. Pedro Siza Vieira disse ainda estar “inteiramente disponível para colocar recursos públicos ao serviço desta transição”.
Na abertura do segundo dia do congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), o responsável recordou que o fundo de recuperação da União Europeia (UE) tem 750 mil milhões de euros para investir e que 20% desses fundos “têm de ser alocados ao esforço de investimento e reforma nas tecnologias digitais”, incluindo investimentos em “infraestruturas de telecomunicações”.
“A transformação digital é, para Portugal, uma possibilidade de dar um salto para níveis de desenvolvimento superiores”, considerou Pedro Siza Vieira, afirmando ainda que, já aos dias de hoje, o país dispõe de “recursos humanos muito qualificados” e “empresas com um grau de maturidade digital muito significativo comparativamente com os pares” europeus.
O país é também “avaliado pela UE como fortemente inovador” e foi “capaz de captar para Lisboa a estrutura permanente da UE para acompanhamento do ecossistema empreendedor e de startups na Europa”, lembrou o ministro.
A transformação digital é, para Portugal, uma possibilidade de dar um salto para níveis de desenvolvimento superiores.
No discurso, Pedro Siza Vieira fez também um breve balanço da crescente adoção do digital, de forma mais acelerada, desde a chegada da pandemia a Portugal. “A verdade é que, em pouco mais de um ano, a humanidade deu conta das possibilidades de transformação que as tecnologias digitais oferecem às pessoas”, afirmou, assim como o “risco” que, por vezes, comportam.
“O último ano foi extraordinário como catalisador de mudanças que já intuíamos”, defendeu, apontando para tendências tecnológicas como a “computação em nuvem” (cloud), a “supercomputação” e “novas capacidades de comunicação entre dispositivos” resultantes da chamada internet das coisas (IoT). Tudo isto “começará a fazer-se sentir de forma imediata em todos nós”, asseverou.
“Mesmo quem tinha menos literacia digital foram forçadas a colher cada vez mais as tecnologias digitais no seu dia-a-dia e o seu grau de preparação era superior ao que pensavam”, rematou Pedro Siza Vieira. E, para explicar a importância da transição digital para a economia, o governante recordou que muitas empresas tiveram de reforçar a sua presença digital “simplesmente para serem capazes de manter a sua atividade”.
Por fim, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital mostrou-se surpreendido “com o modo como as empresas e a sociedade reagiram muito melhor [no segundo confinamento] do que no primeiro confinamento”, indicando que os primeiros meses da pandemia “já parecem tão distantes”.
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