Cobertura digital do território do interior custa 400 milhões de euros
A ministra Ana Abrunhosa sublinhou que o investimento na cobertura digital de todo o território do interior está assegurado através de verbas do próximo quadro comunitário.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse esta segunda-feira que a cobertura digital de todo o território do interior, que inclui a cobertura de banda larga fixa e móvel, vai custar cerca de 400 milhões de euros.
“O que estamos a fazer é assegurarmos a conectividade digital para todo o interior. Hoje estamos a falar de 300 a 400 milhões de euros de investimento para assegurar toda a conectividade digital em todo o território do interior”, afirmou Ana Abrunhosa.
A governante falava esta segunda-feira em Castelo Branco, na cerimónia da tomada de posse dos novos órgãos da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), para o quadriénio 2021/2024.
Ana Abrunhosa sublinhou que esse investimento na cobertura digital de todo o território do interior está assegurado através de verbas do próximo quadro comunitário.
“Não vale a pena estarmos a falar de atrair investimento e pessoas para estes territórios, se não assegurarmos a cobertura digital. É objetivo e está plasmado numa resolução do Conselho de Ministros“, realçou.
A ministra adiantou ainda que o Governo está a trabalhar no processo para fazer um concurso internacional para assegurar a cobertura de banda larga fixa e móvel nos territórios do interior.
“Este Governo colocou o interior no centro da discussão pública. Nunca nos preocupamos tanto com estes territórios (e bem). Porque termos territórios desaproveitados, significa que somos um país menos desenvolvido do que aquele que deveríamos ser. Portanto, nunca seremos um país desenvolvido enquanto não explorarmos ao máximo o potencial destes territórios”, sustentou.
O despovoamento é uma realidade em muitos dos territórios rurais do interior, frisou a governante.
“Não é uma realidade de hoje. É um problema de há muitas décadas. É uma responsabilidade coletiva e não pode ser sinónimo de desertificação e nós contamos com a AEBB para que continue a fazer o seu trabalho”, concluiu.
Já a presidente da direção da AEBB, Ana Palmeira de Oliveira, destacou o projeto que está desenhado para a associação nos próximos quatro anos e que se encontra estruturado em eixos de intervenção, que incluem a promoção da formação, emprego e empreendedorismo, considerados “fundamentais para o incremento da competitividade empresarial e o desenvolvimento regional”.
“Hoje o interior já não é o interior de outros tempos, longe de tudo e perdido no mapa“, frisou.
A nova presidente da AEBB entende que ainda há muito trabalho para fazer e disse que as empresas são fundamentais neste processo.
Para já, deixou ainda a promessa de criar sete comissões setorias dentro da AEBB e um conselho empresarial regional.
“Não temos uma agenda individual, mas sim um sentido coletivo. É uma agenda ambiciosa para os próximos quatro anos. Assumo o compromisso de que darei o meu melhor”, vincou.
A ministra da Coesão Territorial seguiu depois para a inauguração do Parque Natural do Barrocal, em Castelo Branco.
Integrado nos territórios classificados do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO e da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Tejo|Tajo Internacional, a Câmara de Castelo Branco investiu 1,4 milhões de euros na criação do Parque Natural do Barrocal.
Com uma extensão de 40 hectares, o parque apresenta uma área visitável de 11 hectares, com sete mirantes, diversas formações geológicas de interesse, passadiços e trilhos naturais, parque infantil, observatório de aves, entre outras atrações naturais.
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