Juros da casa atingem novo mínimo histórico de 0,826%

Considerando a globalidade dos contratos destinados à compra de casa, a taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se nos 0,826% em abril. É um novo mínimo histórico.

Os juros implícitos do crédito da casa baixaram novamente em abril, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos fixou-se nos 0,826% no quarto mês do ano, alcançando-se assim um novo mínimo histórico.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,826% em abril (0,841% no mês anterior). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,705% em março para 0,655% em abril”, revela o gabinete estatístico.

Olhando para o histórico do INE, que remonta até janeiro de 2009, verifica-se que os 0,826% registados em abril para a generalidade dos contratos de crédito à habitação se apresentam como o valor mais baixo alguma vez registado. Atingiu-se, deste modo, um novo mínimo histórico.

Taxas de Juro implícitas no Crédito à Habitação por Período de Celebração dos Contratos

Fonte: INE.

 

No caso da taxa de juro implícita para os contratos de financiamento de aquisição de casa, que se trata da mais importante no conjunto do crédito à habitação, vemos que esta também desceu, para os 0,844%. Está em causa uma redução de 1,4 pontos base em comparação com março. Os juros são ainda menos expressivos nos contratos celebrados nos últimos três meses, na ordem dos 0,652%.

À semelhança do que tinha ocorrido no terceiro mês do ano, o valor médio da prestação vencida subiu, para a totalidade dos contratos. Um aumento de três euros foi registado de um mês para o outro, com este indicador a fixar-se nos 231 euros em abril. Neste âmbito, 84% deste montante (193 euros) diz respeito a capital amortizado, enquanto os restantes 16% (38 euros) são relativos ao pagamento de juros. Contrariamente, para os contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu para os 276 euros (menos 22 euros face ao mês anterior).

Também o capital médio em dívida por parte dos clientes subiu, para a globalidade dos contratos, tal como tinha acontecido em março. Em abril, o valor atinge os 55.915 euros, uma subida de 244 euros face ao mês anterior. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, está em causa um aumento de 926 euros no capital médio em dívida, que chega aos 114.752 euros.

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)

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