Rio exige ao Governo coragem para tomar medidas mais pesadas em Lisboa e Braga
Rui Rio vincou a necessidade de as autoridades nacionais serem “firmes para não estragar tudo aquilo que está feito".
O presidente do PSD, Rui Rio, defende que o Governo tem que ter a coragem de defender medidas mais pesadas nos concelhos de Lisboa e Braga, e que as medidas de desconfinamento têm que ser claras.
“Há o problema dos concelhos que estão a disparar, designadamente Lisboa e Braga, e aí o Governo tem de ter a coragem de ter medidas mais pesadas, como é lógico, se não isto vai disparar”, disse esta quarta-feira o líder do PSD, Rui Rio, reagindo ao anúncio de que estes dois concelhos não vão avançar para a fase seguinte de desconfinamento.
Admitindo que em Lisboa possa ser “mais complicado” endurecer medidas, Rui Rio vincou a necessidade de as autoridades nacionais serem “firmes para não estragar tudo aquilo que está feito”, já que, nos últimos dias o número de casos “agravou-se mais do que todos nós poderíamos estar a pensar”.
Questionado pelos jornalistas sobre o evoluir da situação da pandemia no país Rui Rio disse não querer “ser muito agressivo” e acusar o Governo de incompetência, mas afirmou, o agravar da situação em alguns concelhos, “competência do Governo não é seguramente”.
“Acima de tudo o que o Governo tem de ser é prudente e muito claro para que as pessoas saibam exatamente aquilo que tem de fazer”, disse, considerando que “neste momento as pessoas não estão bem esclarecidas sobre o que podem e o que não podem [fazer].
No entender de Rio são precisas “regras muito claras” e o país não deve “embarcar numa situação eufórica de dizer que está tudo resolvido, porque de repente há os festejos que houve relativamente ao futebol, que estão ligados aquilo que é a degradação dos números” de casos de infeção no país.
Rui Rio falava em Santarém, à margem da visita que efetuou à Feira Nacional de Agricultura, que arrancou nesta quarta-feira no Centro Nacional de Exposições.
No final da visita o líder da oposição disse ter ouvido preocupações do setor a não conclusão da reforma da PAC (Política Agrícola Comum) durante a presidência Portuguesa [do Conselho da União Europeia]”, que vai terminar no final de junho, o que “deixa um quadro de instabilidade muito grande relativamente ao futuro”.
Rui Rio defendeu ainda “a necessidade de apoios públicos” para realizar investimentos que resolvam a “escassez de água” com se debate a agricultura portuguesa e implementação de políticas sustentada para atrair as camadas mais jovens para o setor.
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