Sessão mista em Wall Street. Tesla puxa por Nasdaq

Esta quarta-feira foi dia de sessão mista em Wall Street. Enquanto o S&P 500 e o Dow Jones desvalorizaram, o Nasdaq avançou para máximos, puxado pela Tesla.

O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, terminou a cair 0,11% para 4.241,89 pontos. Também no vermelho, o industrial Dow Jones recuou 0,21% para 33.873,19 pontos. Do outro lado da linha de água, o tecnológico Nasdaq avançou 0,13% para 14.271,73 pontos.

As negociações desta tarde foram influenciadas pelos comentários do presidente da Reserva Federal norte-americana, que disse considerar que o aumento da inflação é apenas temporário e afastou uma subidas dos juros nos Estados Unidos, o que veio mitigar o nervosismo que os investidores vinham a sentir. “Os mercados ainda estão a digerir as notícias da Fed”, sublinhou, por isso, Mo Kazmi, da UBP, em declarações à Reuters. “O maior debate nos mercados é se a inflação é transitória ou permanente”, acrescentou, no mesmo sentido, JJ Kinahan, da TD Ameritrade, à mesma agência.

A sessão desta quarta-feira ficou ainda marcada pela divulgação dos dados da atividade industrial, que atingiu um nível recorde em junho, apesar das dificuldades no abastecimento de matérias-primas e no recrutamento de trabalhadores qualificado. Tais números deram, de qualquer modo, gás às cotadas tecnológicas. “Os ganhos estão a ser protagonizados pelas gigantes tecnológicas“, confirmou Peter Tuz, da Chase Investment Counsel in Charlottesville, citado pela Reuters. Assim, os títulos do Facebook, por exemplo, somaram 0,46% para 340,59 dólares.

Destaque também para as ações da Tesla, que saltaram 5,27% para 656,57 dólares, puxando pelo Nasdaq. Isto depois de a empresa de Elon Musk ter anunciado a abertura de uma estação de carregamento, no Tibete, alimentada por energia solar com capacidade de armazenamento dessa energia no mesmo lugar.

Também no verde, os títulos da Nikola Corp subiram 4,27% para 18,06 dólares, depois da fabricante automóvel ter dito que irá investir 50 milhões de dólares na produção de hidrogénio para alimentar os seus veículos mais “amigos do ambiente”.