EDP produz 81% de eletricidade renovável até junho
A geração eólica foi a que mais aumentou no primeiro semestre de 2021 (+5%) em comparação com o período homólogo, principalmente impulsionada pela Europa (+14%) e pelo Brasil (+27%).
A EDP deu conta esta terça-feira em comunicado à CMVM que as energias renováveis representaram 81% da eletricidade gerada pela empresa no primeiro semestre de 2021: mais de metade de origem eólica (51%), 29% hídrica e 0,5% solar.
A geração eólica foi a que mais aumentou (5%) em comparação com o período homólogo, principalmente impulsionada pela Europa (+14%) e pelo Brasil (+27%), “como resultado de maiores recursos e capacidade instalada”.
Em sentido contrário, refere a empresa, a produção hídrica diminuiu significativamente (-21% no total e -23% na Península Ibérica) devido principalmente à alienação de 1,7 GW de 6 centrais hidroeléctricas em Portugal em dezembro de 2020. “Excluindo este impacto, a produção hídrica na Península Ibérica aumentou 10% no período”, garante a EDP no seu relatório de Dados Operacionais Previsionais. A elétrica dará conta dos resultados dos primeiros seis meses do ano no dia 29 de jullho.
A empresa sublinhou ainda que entre janeiro e junho de 2021, “o coeficiente de geração hídrica em Portugal foi 11% acima da média histórica, enquanto o Brasil vive uma época historicamente seca”, o que se traduziu numa diminuição de 15% no período homólogo na produção hídrica brasileira.
Desde o início do ano foram adicionados ao portfólio da EDP 700 MW de energia eólica e solar de capacidade bruta e no final de junho estavam 2,9 GW de capacidade em construção. Globalmente, a capacidade instalada foi reduzida em 2,8 GW “devido à alienação das 2 centrais de ciclo combinado a gás natural em Espanha (800 MW), seis centrais hidroeléctricas em Portugal (1,7 GW) e ainda ao encerramento da central a carvão de Sines (1,2 GW), em 2020.
No que diz respeito à eletricidade distribuída em Portugal, a EDP diz que aumentou 2,8% no primeiro semestre, tendo em conta a recuperação do setor da indústria e dos serviços. No segmento residencial — maioria dos clientes portugueses — “o consumo esteve em linha com o ano anterior”.
Já em Espanha, o número de clientes mais do que duplicou por causa da aquisição da Viesgo em dezembro de 20. No negócio de comercialização na Península Ibérica, o volume comercializado de eletricidade manteve-se relativamente estável no trimestre, “apesar da queda significativa de -24,9% explicada pela alienação das atividades de comercialização de energia em Espanha”.
Por último, a EDP refere que o preço médio grossista da eletricidade no semestre atingiu os 58,6 euros/MWh, na sequência do forte aumento nos últimos meses, que registou um preço spot médio de 71,8 euros/MWh.
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