Ana Catarina Mendes quer jovens no mercado de trabalho com “salário assinalável”
Um grande desafio do país é o de "conseguir garantir que os jovens venham para o mercado de trabalho com um salário assinalável", salienta Ana Catarina Mendes.
A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, apontou, esta sexta-feira, como “grande desafio” do país garantir que jovens consigam entrar no mercado de trabalho com “um salário assinalável”.
Antes da sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PS, que decorrem desde quinta-feira em Caminha, Ana Catarina Mendes participou numa das três visitas temáticas realizadas pelo grupo parlamentar socialista a dias empresas e um centro de vacinação.
Na fábrica da Doureca, em Paredes de Coura, que produz componentes decorativos para automóveis e exporta cerca de 90% da produção, a líder parlamentar do PS ouviu os problemas sentidos pelo diretor-geral de uma empresa que emprega cerca de 300 trabalhadores.
“O nosso país está a formar quadros e depois as empresas não conseguem absorvê-los pela competitividade dos salários que têm noutros países”, afirmou Rui Lobo, lamentando que durante “vinte anos” não se apostasse na formação profissional de quadro médios, mas apenas no ensino superior.
A líder parlamentar do PS atalhou que “esse é o maior desafio” do país: “Conseguir garantir que os jovens venham para o mercado de trabalho com um salário assinalável, temos de fazer esse esforço”.
Na empresa, detida por um grupo francês – e que fabrica componentes para marcas como a Renault, Peugeot, Dácia ou Volvo, mas também outras de luxo como a Ferrari ou Corvette -, o salário médio ronda os mil euros, mas com cerca de 35% dos trabalhadores a ganhar apenas o salário mínimo.
O confinamento apenas encerrou a empresa durante “mês e meio” no início da pandemia de Covid-19, com recurso ao lay-off, e depois foi retomando a atividade, até com um pico de produção em novembro devido ao boom do mercado automóvel, talvez por só terem um outro concorrente a fazerem exatamente o mesmo na Europa.
Apesar de a empresa já estar a funcionar a 100%, Rui Lobo admitiu que a pandemia tem sido como “uma montanha-russa”, resumindo a situação com uma metáfora ligada à atividade da Doureca. “A gente aqui anda sem GPS neste momento”, disse.
As jornadas do PS decorrem sob o lema “O Estado presente para lançar o futuro”, e pretenderam fazer um balanço de um períplo pelo país por empresas e instituições feito pela direção da bancada para preparar o debate do estado da Nação, que se realiza na próxima quarta-feira.
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