INE confirma subida da inflação. Rendas deverão subir em 2022
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor chegou aos 1,5% em julho, dando ainda mais força às previsões de que as rendas irão subir no próximo ano.
A taxa de inflação bateu mesmo os 1,5% em julho, confirmando a estimativa rápida que tinha sido feita no final do mês passado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes dados dão, assim, ainda mais força à previsão de que as rendas das casas irão subir no próximo ano, tal como o ECO tinha avançado, uma vez que, excluindo a habitação, a taxa de inflação fixou-se em 0,29% em julho.
A taxa de inflação deu um salto no mês passado e chegou a 1,5%, estando a variação média dos preços (Índice de Preços do Consumidor) nos últimos 12 meses nos 0,4%. A subida para 1,5% é superior à observada em junho. “Esta aceleração reflete essencialmente a dissipação de efeitos de base, relacionados com o impacto da pandemia”, diz o INE, no destaque publicado esta quarta-feira.
O indicador de inflação subjacente (IPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 0,8%, taxa superior em 1,1 pontos percentuais à registada em junho. O agregado relativo aos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação de 8,7%, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 0,5%.
Por classes de despesa e face a junho, destaque para os aumentos das taxas das classes dos restaurantes e hotéis, dos transportes e das bebidas alcoólicas e tabaco, com variações de -1,1%, 5,3% e 1,5%, respetivamente. Pelo contrário, assinala-se a diminuição da taxa da classe do vestuário e calçado, da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e da saúde, com variações de -0,6%, 1,5% e 2,1%, respetivamente.
Excluindo a habitação, a taxa de inflação fixou-se em 0,29% em julho, o que indica que as rendas irão subir em 2022. Os dados de agosto é que permitirão saber oficialmente que evolução terão as rendas, mas uma subida é o mais expectável, uma vez que, este ano, a taxa média dos preços sem habitação apresentou em todos os meses valores positivos, pelo que seria necessária uma quebra acentuada este mês para o resultado ser diferente.
A estagnação das rendas este ano aconteceu depois da subida de 0,51% das rendas registada em 2020, do aumento de 1,15% em 2019, o de 1,12% em 2018, 0,54% em 2017 e de 0,16% nas rendas atualizadas em 2016 — o aumento de 2022 será, à partida, apenas superior ao registado em 2016. À semelhança do que aconteceu este ano, também em 2015 as rendas tinham ficado congeladas.
(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação)
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