Prego Gourmet fecha portas com dívidas a fornecedores e ao Novo Banco
Insígnia de restaurantes pediu insolvência e a sentença chegou na semana passada. Novo Banco, fornecedores e centro comercial entre os credores.
O Prego Gourmet foi declarado insolvente pelo Juízo de Comércio de Sintra do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste. O pedido de insolvência foi apresentado pela própria insígnia de restaurantes, depois de as restrições para o controlo da pandemia terem gerado uma forte quebra na faturação ao longo do último ano e meio.
A sentença ainda pode ser alvo de recurso e não foi possível apurar o montante devido. Mas, de acordo com informações publicadas no Citius, estão entre os credores o centro comercial Alegro Alfragide, fornecedores como a Pcarnes, Frustock e Easybatata, e o Novo Banco.
Esta lista pode aumentar. Foi fixado um prazo de 30 dias para que outros eventuais credores possam reclamar créditos junto do administrador de insolvência, Vasco Lopes Azevedo. Contactado, o responsável disse ter acabado de tomar conhecimento do processo, pelo que não pôde avançar informações adicionais.
O Prego Gourmet tem como principal acionista a holding Ardma SGPS, de Pedro de Almeida, que também é acionista do Observador. São ainda sócios da empresa de restauração David Saragga Igrejas e João Cota Dias, administradores da sociedade, através de outras empresas. O ECO tentou contactar os responsáveis da empresa e encontra-se a aguardar uma reação oficial.
Pandemia tira mais de meio milhão
Fonte familiarizada com o processo disse ao ECO que terá sido a pandemia a levar a este desfecho, com as restrições horárias e fecho dos centros comerciais a prejudicarem severamente o negócio da restauração. Isso acabaria por inviabilizar o Prego Gourmet, com a empresa a perder dinheiro todos os meses — entre 500 mil e 800 mil euros neste período de pandemia.
A mesma fonte disse ainda que, antes da Covid-19, a conjuntura estaria “agradável”. Mas já se notava nas contas a tendência global de redução do fluxo de clientes nos centros comerciais.
Com o slogan “Um Ritual Português Aperfeiçoado”, o Prego Gourmet era uma marca de restaurantes presente em vários centros comerciais da Área Metropolitana de Lisboa. E, apesar da tramitação do processo de insolvência, já encerrou todas as portas, desconhecendo-se, para já, se o destino é a liquidação da massa falida ou uma tentativa de recuperar a empresa.
Até recentemente, o Prego Gourmet mantinha seis estabelecimentos em funcionamento e empregava entre 50 a 60 pessoas. Chegou a ter presença no Alegro em Carnaxide, Amoreiras Shopping, Atrium Saldanha, Cascais Shopping, Oeiras Parque, Colombo, Alegro Setúbal, Vasco da Gama, Campo Pequeno e Armazéns do Chiado.
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