“Temos a rede pronta” para “ser o 1.º a oferecer” o melhor 5G

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

Todo o processo do leilão do 5G "está repleto de ilegalidades e não serve os interesses do país", mas a Nos está pronta para lançar a rede de nova geração.

A Nos tem a sua rede de quinta geração “pronta” e está a desenvolver casos de estudo para poder ser “o primeiro operador a oferecer o melhor 5G” quando chegar “o momento”, disse à Lusa o presidente executivo.

Questionado sobre o longo processo do leilão 5G, que dura há mais de sete meses, Miguel Almeida afirmou: “temos a nossa rede pronta”.

“Estamos a testá-la em diferentes contextos e em diferentes setores, estamos a desenvolver casos de estudo, precisamente, para podermos ser o primeiro operador a oferecer o melhor 5G às empresas e ao país, quando chegar o momento”, salientou o presidente executivo da Nos.

“Gostaria que fosse o quanto antes, mas não depende dos operadores”, sublinhou o gestor.

Já quanto ao processo do leilão 5G, “a posição da Nos é pública e sobejamente conhecida”, referiu, apontando que “todo o processo está repleto de ilegalidades e não serve os interesses do país”.

Questionado sobre a nova alteração das regras do leilão, anunciadas na semana passada pelo regulador, Miguel Almeida rematou: “Já o fizemos em sede própria”.

A licitação principal dura há mais de sete meses (arrancou em 14 de janeiro) e, atualmente, nos países da União Europeia, só Portugal e a Lituânia não têm ofertas comerciais de quinta geração (5G).

Desde o início de julho passou a haver 12 rondas, na sequência da alteração ao regulamento do leilão, aprovada pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), tendo em vista a aceleração do processo, sendo que a mudança de regras foi alvo da contestação dos operadores históricos.

Entretanto, em 12 de agosto, a Anacom anunciou o início do procedimento de uma nova alteração do regulamento, no sentido de inibir a utilização dos incrementos de valor mais baixo que os licitantes podem escolher, 1% e 3%, tendo por objetivo acelerar, mais uma vez, o ritmo do leilão.

A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal, Nowo (Másmovil) e também a Dense Air, e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, depois de uma primeira fase exclusiva para novos entrantes.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento.

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Especialistas defendem fim das máscaras na rua antes de setembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Agosto 2021

O ECO ouviu três especialistas sobre a possibilidade de deixar de ser obrigatório o uso de máscara na via pública antes do início da 2.ª fase do plano de desconfinamento.

No momento em que anunciou o plano de desconfinamento, o Governo previu que deixaria de ser obrigatório o uso de máscara na via pública caso se atingisse 70% da população com a vacinação completa. Esta quinta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que Portugal chegou a essa meta, porém, a imposição do uso de máscara em espaços públicos deverá manter-se, pelo menos, até 12 de setembro, segundo a lei em vigor, proposta e aprovada pelo Parlamento. O ECO ouviu três especialistas sobre a necessidade do uso da máscara antes da segunda fase do plano de desconfinamento.

Defensor do desconfinamento “há bastante tempo”, o virologista Pedro Simas considera que este “devia estar condicionado ao efeito da vacinação na população portuguesa” e não “à percentagem de vacinação, apesar de haver um efeito entre a vacinação e o número de casos graves”.

Para o especialista, o Governo foi muito prudente com o plano apresentado e devia avançar-se já com outras medidas de desconfinamento, além do fim da imposição do uso de máscara na rua. “Uma pessoa [que] está vacinada e tem um contacto com uma pessoa que é positiva não deveria ficar em quarentena. Se não tem sinais clínicos e, ao fazer um teste PCR, é negativo, não tem que ficar em quarentena preventiva. Isso devia ser revisto”, defende.

Apesar disso, Pedro Simas aponta à necessidade de “ter alguma prudência, não desconfinar completamente e observar” o que acontece cá, mas também lá fora. “Israel está a ter algumas subidas de algumas hospitalizações, mas sobretudo em pessoas não vacinadas na mesma”, diz. “É importante estabelecer o equilíbrio endémico deste vírus e incutir a ideia na sociedade de que estamos muito protegidos pela vacinação”, acrescenta.

O professor e investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-UNL), Tiago Correia, argumenta no mesmo sentido, mas considera que a questão “deve ser vista por vários ângulos”.

Um deles é “a eficácia de medidas às quais a população já não adere”, como se verifica em relação à obrigatoriedade do uso de máscara na via pública. “É relativamente consensual que é mais prejudicial do que benéfico ter medidas de obrigatoriedade que não são cumpridas, porque causa descrédito às autoridades. Se a maioria da população deixar de cumprir, deixa também de ser eficaz”, remata.

Segundo o especialista do IHMT, neste momento não há uma mensagem eficaz para reforçar a utilização de máscara. “Esta medida é daqueles exemplos em que os comportamentos têm de condicionar a tomada de decisão”, defende, apelando à sua revisão. Tiago Correia concorda “em parte” com o facto de o Governo fazer depender o desconfinamento do processo de vacinação, porque sendo as vacinas eficazes, tal “vai fazer com que a circulação do vírus não produza doença com a intensidade que produziu no passado” e, também por esse ponto de vista, considera que o uso obrigatório de máscara em espaços públicos “devia cair”.

No entanto, critica o facto de o Governo não ter dito quais os critérios que possam fazer o país recuar ou fazer suspender o processo de desconfinamento. “O Governo vai-se rapidamente confrontar com esta necessidade, olhando para os casos de Israel e do Reino Unido”, em que, apesar de estarem mais avançados do que Portugal na vacinação, estão a ser confrontados com “uma realidade dura de compreender”: comparativamente às últimas semanas, os mortos e os internamentos estão a aumentar nos dois países.

Tendo em conta que o vírus “não vai desaparecer”, o especialista em saúde pública crê que os países ou deverão seguir a política de zero casos, como a Nova Zelândia – o que, na Europa, “não é concretizável, nunca foi concretizável e não será concretizável” -, ou assumir que o regresso a “alguma normalidade” tem como moeda de troca “um certo número de internamentos e de óbitos”.

Nesse sentido, considera que a discussão agora terá de ser “ética”, ou seja, definir qual o número diário “eticamente aceitável” de óbitos e internamentos “sabendo que as pessoas têm que trabalhar, que estão muito cansadas e que muitas pessoas querem assumir maiores riscos para retomar algumas rotinas”. “Mais do que nunca, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a meu ver, é o ponto central de toda esta discussão daqui em diante”, sugere.

Já o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, que integra a comissão técnica de vacinação contra a Covid-19, é mais prudente e chama a atenção para a necessidade de, mesmo em espaços abertos, “haver bom senso” após deixar de ser obrigatório o uso de máscara na via pública. O especialista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa apela a um desconfinamento gradual, estando “constantemente a acompanhar o que é que se está a passar nos hospitais”. “Hoje em dia, sou daqueles que concordam que não tem assim tanta importância o número de infeções como tem o número de doentes a necessitarem de hospitalização“, afirma.

Contrariamente à situação em Israel, um país muito avançado na vacinação mas que apresenta um aumento de casos com a variante Delta, Manuel Carmo Gomes diz que os números hospitalares em Portugal são, “para já, satisfatórios”, apesar de os internamentos terem aumentado com a quarta vaga de Covid-19, tendo agora estabilizado e não havendo “para já” sinal de subida. “Nós não estamos naquela situação, portanto, acho que sim, devemos gradualmente aliviar, tal como o Governo propôs. Agora, se é no dia 12, se é no dia 10, se é no dia 14, isso é daqueles preciosismos que ninguém é capaz de dizer com certeza“.

O membro da comissão de vacinação realçou ainda que, recentemente, foi analisado um indicador denominado “breakthrough infections, algo que também Israel e os EUA estão a acompanhar. Trata-se do número de casos de infeção em pessoas completamente vacinadas, um número que em Portugal, atualmente, é de 2,5 por 1000. “Por cada mil pessoas completamente vacinadas, nós temos 2,5 que testaram positivo depois de estarem vacinadas, e estar positivo não é estar doente, algumas nem sequer têm sintomas”, explica.

Apesar de existir uma propensão para esta taxa “aumentar ao longo do tempo, eventualmente porque a titulação de anticorpos vai decaindo suavemente” nesse período, Portugal tem ainda uma taxa muito baixa, portanto, “os portugueses que estão completamente vacinados continuam protegidos” e “é de avançar com as medidas de desconfinamento que o Governo propôs”.

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Ex-TAP criam super virtual que leva compras até casa “a voar”

Startup portuguesa fundada por ex-comandante da TAP promete entregar compras de casa em menos de uma hora. Hoogloo quer expandir área de cobertura e está a contratar.

Há um novo concorrente no negócio das dark stores: a Hoogloo. Quer seja uma barra de chocolate ou as compras de mercaria para todo o mês, esta startup portuguesa promete fazer voar as encomendas do armazém até à porta da sua casa, com entregas em menos de uma hora e sem intermediários.

Não é mero acaso que, por detrás desta ideia, estejam dois ex-trabalhadores da TAP. João Alves, 39 anos, é o fundador e foi quadro da companhia aérea nacional durante mais de 15 anos, tendo desempenhado a função de comandante até há bem pouco tempo, em março de 2021. Maria Francisca Afonso, diretora de operações da Hoogloo, foi assistente de bordo da TAP durante dois anos, até junho de 2020.

Para já com um armazém na Amadora, nesta primeira fase, a área de cobertura da Hoogloo limita-se a esse concelho, mais Lisboa, Oeiras e uma parte de Sintra. Para aceder à “loja” virtual — através do site ou das aplicações para iOS e Android –, é preciso introduzir na plataforma uma morada dentro de um local abrangido pela cobertura. Só depois é que a Hoogloo permite aceder ao catálogo, prometendo entregas “sempre dentro de uma hora”, desde que feitas entre as 9h e as 23h.

A taxa de entrega cobrada pela Hoogloo é de 2,95 euros e não há uma “quantidade mínima” de produtos. “Nos pedidos abaixo dos 19,95 euros, temos uma taxa adicional de dois euros”, lê-se no site da startup, enquanto as compras superiores a 50 euros “escapam” a esta taxa. As categorias de produtos já disponíveis vão da saúde e bem-estar aos congelados, mas também produtos biológicos e até alimentos para animais. Mercearia em geral.

A Hoogloo tenta ainda captar a atenção dos clientes com descrições irreverentes em todos os produtos: sobre o leite Matinal, escreve: “Diz Matinal, mas podes beber à tarde e à noite.” Acerca da manteiga Milhafre, nota: “Se conheces alguém que não goste de manteiga barrada num pão quente, por favor envia um e-mail para essapessoa@nãoexiste.com.”

Para um piloto, “o céu é o limite”

A ideia que deu origem à Hoogloo surgiu em plena pandemia: “Queríamos fazer compras e não existia nada que fosse ao encontro das nossas expectativas. Ou eram os supermercados e as filas, e ficávamos à espera, ou os serviços online eram antiquados”, conta ao ECO o fundador e CEO, João Alves. Detetada a oportunidade de negócio, juntou uma equipa e meteu mãos à obra: “A ideia foi esta: criar uma marca divertida, com irreverência, uma aplicação funcional e conseguir captar clientes por aí.”

Experiência era “zero”, diz João Alves. “Nenhum de nós tinha experiência em logística”, confessa o ex-comandante. Mesmo assim, com a ajuda de consultores, “muita leitura e networking“, foi possível “ir à luta”. A Honesthorizon Lda. foi constituída oficialmente a 30 de setembro de 2020, “integralmente com capitais próprios”, e o serviço foi oficialmente lançado a 9 de agosto deste ano.

“Neste momento, somos nós que estamos a entregar” as encomendas, explica João Alves, quando questionado acerca das operações da empresa. Com uma campanha de comunicação prestes a arrancar, e esperando-se um aumento no volume de clientes, existem três alternativas para as entregas rápidas da Hoogloo: os serviços de um parceiro, a capacidade excedente oferecida por empresas tipo “Uber” ou trabalhadores independentes que se inscrevam para fazer as entregas da empresa.

A Hoogloo é, sobretudo, uma aposta a longo prazo de que o crescimento do comércio eletrónico veio para ficar, incluindo no retalho alimentar. À pergunta de “onde vê a startup daqui a uns anos”, João Alves responde: “Para um piloto, o céu é o limite.” O objetivo, por agora, é expandir a cobertura na Grande Lisboa, abrir mais armazéns, contratar mais gente para a equipa e, depois, rumar em direção ao Porto.

Dark stores saem da escuridão

Sendo um conceito pouco conhecido até à chegada da pandemia, a Hoogloo é mais uma dark store a operar no mercado português. Este tipo de negócio pode ser comparado, no caso do retalho alimentar, a supermercados virtuais localizados em armazéns: os estafetas entram, recolhem os produtos das prateleiras e entregam a mercearia diretamente na casa dos clientes.

Assim, à Hoogloo juntam-se outras plataformas concorrentes, mas estrangeiras. Em junho, o ECO noticiou a chegada a Portugal de duas dark stores, a Blok e a Gorillas, respetivamente, espanhola e alemã. Além disso, a Glovo, que também é espanhola, tem vindo a expandir a presença em Portugal e planeia ter 16 dark stores a funcionarem no país.

A Hooglooo concorre ainda com as lojas online das maiores insígnias do mercado, como é o caso do Continente Online. Isto porque um litro de leite comprado num grande hipermercado é um litro de leite que não é encomendado de uma dark store, como a Hoogloo.

De resto, foi notório o efeito que os confinamentos tiveram no comércio eletrónico, sobretudo nas encomendas de alimentos. À semelhança do que aconteceu um pouco por todo o mundo, muitos portugueses perderam o receio de encomendarem comida pela internet, acelerando a digitalização do retalho em vários anos.

A título de exemplo, em novembro do ano passado, Ricardo Batista, diretor-geral da Glovo em Portugal, falava num crescimento de 150% da plataforma desde o início da pandemia. Outro exemplo é o Mercadão, que faz as entregas online do Pingo Doce: em janeiro, por ocasião do segundo confinamento, fonte oficial da marca disse ao ECO que a operação cresceu mais de 700% desde o início da pandemia. A comida dos portugueses vai, assim, continuar chegar cada vez mais pelo “correio”.

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Israel vai dar terceira dose da vacina a maiores de 40 anos

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

A administração de uma terceira dose da vacina a israelitas com pelo menos 40 anos de idade deverá começar no próximo domingo.

Israel decidiu baixar para os 40 anos a idade mínima para a toma da terceira dose da vacina contra a Covid-19, a fim de combater o aumento das infeções ligadas à variante delta, anunciou o ministro da Saúde.

“Temos vacinas para todos e agora as pessoas com mais de 40 anos podem receber uma 3ª dose”, disse Nitzan Horowitz, quinta-feira na sua conta na rede social Twitter.

“A vacina é eficaz, vamos parar este Delta“, acrescentou o ministro, referindo-se à variante mais contagiosa da doença.

A administração de uma terceira dose da vacina a israelitas com pelo menos 40 anos de idade deverá começar no próximo domingo.

O estado hebraico lançou uma campanha há três semanas para permitir que pessoas com 60 anos ou mais fossem vacinadas com uma terceira dose da vacina, principalmente a da farmacêutica Pfizer/BioNTech.

No dia 13 de agosto, baixou para os 50 anos a idade mínima para este reforço.

A Organização Mundial de Saúde pronunciou-se a favor de uma moratória sobre estas terceiras doses de reforço, para se deixarem mais vacinas disponíveis para os países pobres, onde a taxa de vacinação permanece baixa.

O Primeiro-Ministro, Naftali Bennett, defendeu que a administração das doses em Israel, um país de nove milhões de pessoas, não afetaria as reservas mundiais e permitiria testar a eficácia de uma terceira dose.

Na noite de quinta-feira, Bennett, 49 anos, anunciou que iria hoje vacinar-se com uma terceira dose.

“Apelo a todos os que cumpram os critérios do Ministério da Saúde para que se vacinem (…), não devemos jogar com as nossas vidas”, disse, de acordo com um comunicado do seu gabinete.

No total, foram registadas mais de 970.000 infeções de Covid-19 em Israel e 6.700 mortes. Mais de 5,4 milhões de pessoas receberam as duas doses da vacina, ou 58% da população.

Israel foi um dos primeiros países a lançar uma campanha de vacinação em grande escala, em meados de dezembro de 2020, graças a um acordo com a Pfizer, que rapidamente entregou milhões de doses pagas em troca de dados sobre a eficácia da vacina na sua população.

Esta campanha levou a uma queda drástica das infeções, mas nas últimas semanas o número de contaminações aumentou novamente com a propagação da variante delta entre adultos não vacinados e também entre pessoas vacinadas há mais de seis meses.

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PAN quer reunião sobre OE2022 ainda em agosto. PCP, PEV e BE sem pressa

Desde a reunião de 26 de julho que os partidos e o Governo não voltaram a sentar-se na mesma mesa. O PAN quer continuar as negociações ainda em agosto. Já PCP, PEV e BE não têm pressa.

O Governo arrancou oficialmente as negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) no final de julho, primeiro com uma reunião de balanço do OE 2021 e depois com um encontro sobre o futuro já com a presença do primeiro-ministro. Porém, desde então, ao que o ECO apurou, não houve mais reuniões entre o Governo e os partidos que têm viabilizado os orçamentos. A menos de dois meses da entrega do Orçamento, o PAN quer retomar já o processo de negociação ao passo que PCP, PEV e BE não dão sinal de pressa.

A líder do PAN, Inês Sousa Real, regressou esta segunda-feira de férias e quer retomar as negociações orçamentais com o Governo na segunda quinzena de agosto. A expectativa do partido é que consiga agendar em breve as reuniões setoriais que estavam prometidas para as semanas seguintes às reuniões iniciais de julho. O PAN pretende ter um novo ponto de situação sobre a execução das medidas do OE 2021 — “palavra dada é palavra honrada” é a frase que se repete no partido — e arrancar a discussão técnica das novas medidas.

No caso do PCP, neste momento não está previsto que haja reuniões sobre o OE2022 ainda este mês, de acordo com a informação prestada pelo gabinete de imprensa do partido ao ECO. Em julho, o líder parlamentar dos comunistas queixava-se do calendário fixado pelo Governo com a marcação das autárquicas para 26 de setembro: “A opção que o Governo tomou de fixar a data das eleições para 26 de setembro só cria dificuldades ao processo de discussão da própria proposta de OE que o Governo irá apresentar“.

“Como deve calcular, com as eleições marcadas para 26 de setembro, há de ser muito difícil que antes disso haja condições para que se possa fazer uma discussão séria e ponderada como o Orçamento exige. Isso deixa apenas um período entre 27 de setembro e 11 de outubro para se fazer uma discussão que devia ter mais tempo para se fazer”, criticou João Oliveira, dando a entender já que esse será o período essencial das negociações entre o PCP e o Executivo.

O Bloco de Esquerda também não voltou a reunir com o Governo e não há intenção de voltar à mesa das negociações nos próximos dias, até porque Catarina Martins está de férias. Os bloquistas trazem para o OE2022 o mesmo caderno de encargos que não foi acolhido pelo PS no ano passado e que levou ao voto contra do BE, ao lado da direita.

Já o PEV confirmou ao ECO que ainda não tem uma data fechada, mas existe a expectativa de voltar a encontrar-se em breve com o Governo para discutir o Orçamento. A reunião só deverá acontecer no final deste mês, já na semana em que agosto acaba e setembro arranca, antes de se retomar os trabalhos parlamentares.

No final deste mês, o Ministério das Finanças também já deverá ter uma melhor noção do que contar para o próximo ano. A secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, encarregou os serviços da administração pública de entregar os seus orçamentos até 19 de agosto. Esta é a base a partir da qual será construído o Orçamento do Estado para 2022.

O PCP, PAN e PEV, em conjunto com as duas deputadas não inscritas, foram essenciais para viabilizar o Orçamento do Estado para 2021, dado o voto contra do Bloco de Esquerda. O Executivo volta assim a apostar na negociação com estes partidos, apesar de também ter incluído os bloquistas. Este ano há uma novidade: as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) já começaram a chegar e vão continuar a dar mais recursos ao Estado português, o que poderá facilitar as negociações à esquerda.

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Costa admite baixa de IRS e aumento “significativo” do abono de família no OE2022

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

Governo admite que está a trabalhar nas alterações aos abonos de família e IRS “numa prioridade clara que é o combate à pobreza infantil”.

António Costa admite rever os escalões de IRS, de forma a subir o rendimento da classe média, e pretende um aumento “significativo” do abono de família no próximo Orçamento de Estado para 2022.

Em entrevista ao Expresso, António Costa explica que o Governo está a trabalhar nas alterações aos abonos de família e IRS “numa prioridade clara que é o combate à pobreza infantil”.

Sobre a mexida no IRS, com a criação de mais escalões de forma a aumentar o rendimento da classe média, o governante apontou que essa medida “está inscrita no programa do Governo”.

“É uma matéria sobre a qual não só estamos a estudar, como estamos a conversar com os nossos parceiros e temos de medir se e como”, sublinhou.

Questionado se a medida é aplicada já em 2022, António Costa referiu que o Governo está “a medir”.

“Se me disser que vamos adotar uma única medida, posso escolher se vou mexer nos escalões, se vou aumentar as deduções para todas as crianças… Se me disser que ambas são necessárias, então tenho de compatibilizar o quadro orçamental”, apontou.

“Está consolidada que, com uma inflação prevista de 0,8%, todos os ministérios terão um aumento do seu orçamento em pelo menos 1,2% e depois há um conjunto de ministérios que têm um aumento superior a 1,2%: Ciência, Educação, Saúde, Administração Interna e Cultura”, acrescentou.

António Costa referiu ainda, questionado sobre a possibilidade de aumentar ou mudar o abono de família, que pretende que haja “aumento significativo relativamente às prestações para as famílias com crianças, em particular a partir do segundo filho”.

“Sabemos a grande dificuldade com que muitas das famílias têm passado do primeiro ao segundo filho e isso tem a ver com os seus rendimentos. Temos de continuar a investir no aumento do rendimento disponível que implica, por um lado, uma política salarial por parte das empresas, por outro, transferências não monetárias por parte do Estado, com bom investimento na educação, no pré-escolar, nas creches, na mobilidade acessível e na habitação a custos acessíveis. Mas também transferências monetárias, designadamente nos abonos de família”, frisou.

Na entrevista do Expresso, António Costa aborda ainda a manutenção em 2022 do lay-off simplificado e medidas de apoio urgente.

“O lay-off normal existe desde 1980. Quanto ao simplificado, não vamos retirar nenhuma medida extemporaneamente. Vamos manter as medidas e elas serão utilizadas ou não consoante as necessidades. Progressivamente, tem vindo a haver menos utilização dessas medidas”, vincou.

“A rede de segurança é fundamental que exista, porque a nossa ideia desde o início foi que esta crise [devida à pandemia de Covid-19] tem uma natureza conjuntural, só não sabemos quanto tempo dura”, explicou.

Costa realçou ainda que é necessário “manter os apoios às empresas, o apoio aos rendimentos dos que trabalham, aos que perderam o emprego e os que dependem de prestações sociais” admitindo que as medidas em vigor “podem ser modeladas”.

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Espanha abre investigação a gestão de barragens no Douro e Tejo

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

Governo procura explicar "situações de resposta inadequada" que ocorrem nesta altura do ano. A barragem de Ricobayo, gerida pela Iberdrola, baixou de 95% para 11% em quatro meses.

O Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico abriu investigações às empresas que gerem barragens nas bacias hidrográficas do Douro, Tejo e Miño-Sil, para apurar os respetivos aproveitamentos hidroelétricos.

O secretário de Estado do Ambiente, Hugo Morán, que anunciou as investigações depois de uma reunião com presidentes de câmara afetados pelo esvaziamento da barragem de Ricobayo (Zamora), disse que nestas três demarcações hidrográficas ocorreram níveis de exploração “acima do que seria recomendável”.

No caso de Ricobayo, gerida pela Iberdrola, que passou de 95% para 11% em quatro meses, com esvaziamentos especialmente notórios em junho e julho, a coincidir com os preços máximos da eletricidade, Morán indicou que não está em causa apurar só se ultrapassaram os limites da concessão.

Além disso, em concessões com décadas de existência, há que ver “se se superou o que o senso comum recomenda na hora de enfrentar a gestão de um recuso público tão sensível com a água”, acrescentou.

Morán afirmou também que há casos em que se abriram investigações não pela exploração hidroelétrica mas por outras razões, recordando que todos os anos, nesta altura, costumam ocorrer “situações de resposta inadequada“.

O anúncio de Morán foi feito depois de na semana passada a terceira vice-presidente do governo e titular do Ministério, Teresa Ribera, ter contactado com a Iberdrola devido à redução drástica de água nas barragens de Ricobayo, em Zamora, e Valdecanas, em Cáceres, declarando-se “escandalizada com o que estava a ver”.

Avisou na ocasião que, “se se constatar que houve uma má prática” na gestão da barragem vai ser ativado “o mecanismo sancionador correspondente e (aplicadas) as sanções que tenham de ser aplicadas”, avisou.

O secretário de Estado do Ambiente ​​​​​​​admitiu que as condições de algumas concessões hidroelétricas foram determinadas quando o impacto das alterações climáticas não era tão visível como é, pelo que os novos planos das bacias hidrográficas vão ser adaptados.

Estes planos estão em discussão pública e devem ser aprovados em meados de 2022.

A Iberdrola garantiu esta quinta-feira que está a fazer a exploração destas infraestruturas hidráulicas “sempre em contacto com as autoridades competentes”.

Depois de o Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico ter anunciado a abertura das investigações, a Iberdrola assegurou que está a explorar as barragens “dentro dos padrões estabelecidos e com normalidade“.

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Este site mostra os fundos europeus mais “adequados” à sua empresa

  • ECO
  • 19 Agosto 2021

We Incentivos lançou um formulário online que resume as oportunidades de financiamento de fundos europeus mais "adequados" a cada empresa.

Uma empresa especializada em candidaturas a incentivos financeiros e fiscais lançou um formulário digital que ajuda outros negócios a identificarem “quais as oportunidades de financiamento” e fundos comunitários mais “adequados”. A We Incentivos espera que a ferramenta ganhe expressão no quadro do Portugal 2020, Portugal 2030 e Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vulgarmente chamada de “bazuca” europeia.

Num comunicado, a We Incentivos diz ter identificado “como maior dificuldade” no acesso aos fundos europeus “o receio dos promotores pela burocracia na fase de candidatura e na de execução”.

Assim, o formulário de identificação de oportunidades “permite às empresas efetuarem, de forma rápida, a avaliação preliminar das necessidades de investimento e identificar oportunidades de financiamento disponíveis e adequadas aos seus negócios”, indica a empresa.

“É fundamental uma estrutura de acompanhamento de projetos com profissionais que tenham estado no terreno e sentido as dificuldades das empresas. É um desafio ter estruturas que se predisponham a ajudar de facto os promotores numa lógica cooperativa”, diz o diretor da We Incentivos, Dário Gaspar, citado na mesma nota.

Segundo a empresa, a plataforma e o formulário associado “é um dos instrumentos do laboratório de negócios da We Incentivos, que tem como objetivo apoiar os empresários, de transformação e de desenvolvimento estratégico, geradores de valor através da utilização dos apoios públicos disponíveis”.

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TAP assume compromisso de corte de slots em Lisboa

A companhia aérea está disponível para ceder menos de dez faixas horários no aeroporto de Lisboa. É a resposta às dúvidas da Comissão Europeia sobre o plano de reestruturação da TAP.

A TAP assumiu o compromisso de abdicar de menos de uma dezena de slots no aeroporto de Lisboa. Este é um dos pontos expressos pelo Governo na resposta às novas exigências da Comissão Europeia para a aprovação do plano de reestruturação da companhia aérea. Os slots, a joia da coroa de uma companhia aérea, são na prática as faixas horárias que as companhias aéreas podem usar para descolar e aterrar e chegam a ser vendidos por 75 milhões de dólares nos principais aeroportos do mundo.

Como o ECO revelou em primeira mão, o Governo tinha até ao dia 19 de agosto para responder à carta da Comissão Europeia em que justifica a passagem da avaliação do programa de reestruturação da TAP à situação de investigação aprofundada. Neste período, outras companhias concorrentes podem também pronunciar-se sobre o plano da TAP, e já se sabe que a Ryanair exige que a companhia portuguesa, agora de capitais públicos, deixe de ter alguns dos slots em Lisboa.

O plano de reestruturação da TAP, que resulta das ajudas públicas atribuídas à companhia e que poderão chegar aos 3,75 mil milhões de euros, obriga à saída de um quarto dos trabalhadores, à redução da frota de 108 para 88 aviões e ao abandono de várias rotas, mas no que toca às faixas horárias o Governo quer que o corte seja o mínimo possível e este tem sido um ponto-chave nas negociações.

Na carta ao Governo português onde expõe os argumentos para a abertura da investigação aprofundada, a Comissão Europeia aponta “a falta de um compromisso quanto à alienação de faixas horárias em Lisboa, dado o elevado nível de congestionamento desse aeroporto e à elevada percentagem de faixas horárias detidas pela TAP (50-60%)”. Agora, sabe o ECO, o Governo assume formalmente o compromisso de abdicar de cerca de uma dezena de slots. O diabo está nos detalhes: resta saber quais são as faixas horárias e as rotas atingidas que a TAP está disponível para ceder, e do respetivo contributo para o negócio.

Há dois exemplos comparáveis com a TAP: a Air France recebeu, em abril, autorização da Comissão Europeia para um plano de recapitalização de 4.000 milhões do Estado francês. A companhia aérea francesa teve de libertar 18 posições no concorrido aeroporto de Orly, o segundo maior do país, onde tem um peso dominante. Mas a companhia de bandeira francesa não foi a única a ter de sacrificar este bem precioso. Também a alemã Lufthansa teve de prescindir de 24 slots em dois aeroportos alemães para poder receber, ainda 2020, um pacote de ajuda de 9.000 milhões de euros.

Agora, a Comissão Europeia vai avaliar os novos compromissos do Governo português em nome da TAP — os slots e também as contribuições financeiras do Estado e dos acionistas privados — e os comentários das companhias aéreas concorrentes para uma decisão final sobre o plano de reestruturação da companhia.

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Wall Street fecha misto com Nvidia a subir 4%

Ações de algumas tecnológicas brilharam na sessão, enquanto as empresas industriais desvalorizaram. Índices recuperaram face às perdas do início da sessão, fechando mistos esta quinta-feira.

Os principais índices de Wall Street fecharam mistos esta quinta-feira, depois de uma sessão de forte volatilidade, desencadeada pelas perspetivas de que a Reserva Federal reduza os estímulos económicos ainda este ano.

O S&P 500 subiu 0,07%, para 4.403,24 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,01%, para 14.527,08 pontos, apesar de terem arrancado a sessão com perdas superiores a 0,6%. Em sentido inverso, o Dow Jones recuou 0,26%, para 34.868,64 pontos.

A valorização de algumas ações tecnológicas contrastou com as perdas de empresas mais expostas à ciclicidade da economia, como a energia.

A fabricante de placas gráficas Nvidia destacou-se pela positiva, tendo registado um ganho de 4,03%, para 198,07 dólares. A empresa revelou que espera receitas no terceiro trimestre acima das estimativas dos investidores, beneficiando da procura expressiva por semicondutores.

Em sentido inverso, a queda dos preços do petróleo pesou nas ações petrolíferas. Enquanto o WTI perde 2,20%, para 64,02 dólares, a Occidental desvalorizou 5,80%, para 22,09 dólares cada título.

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Erdogan adverte que Turquia não será “armazém de refugiados da Europa”

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

A Turquia acolhe 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu esta quinta-feira, perante a possibilidade de um forte afluxo de refugiados do Afeganistão, de que a Turquia não está disposta a ser o “armazém de refugiados da Europa”.

“A Europa transformou-se no centro de atração de milhões de pessoas, está a fechar as suas fronteiras e não pode ficar à margem deste problema”, disse Erdogan num discurso transmitido pela televisão.

“A Turquia não tem a responsabilidade nem a obrigação de se tornar o armazém de migrantes e refugiados da Europa”, sublinhou.

Neste momento, a Turquia acolhe 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos, números que poderão ser superiores dado que há um número desconhecido de migrantes indocumentados.

O chefe de Estado turco indicou que cerca de 450.000 sírios regressaram ao seu país por decisão própria, enquanto 235.000 afegãos “foram enviados” de volta, sem especificar o período em que ocorreram essas repatriações.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, assegurou na quarta-feira à agência noticiosa espanhola Efe que a situação no Afeganistão vai ser diferente da guerra na Síria e da onda migratória de 2015.

A esse respeito, Borrell propôs formas de “cooperação regional” com países da Ásia Central e a Turquia.

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Fogo em Odemira consumiu área estimada em 1.100 hectares

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

O incêndio, que deflagrou quarta-feira, tinha um "potencial de dano que poderia chegar a cerca de 6.000 hectares”.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira e foi dominado esta quinra-feira, às 18:40, na zona de Sabóia, no concelho de Odemira, consumiu uma área estimada de 1.100 hectares, num perímetro de 20 quilómetros, revelou a Proteção Civil.

“A área [ardida] que apurámos tem cerca de 1.100 hectares, com um perímetro estimado de 20 quilómetros”, disse o 2.º comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme Marcos, numa conferência de imprensa em Saboia, para fazer o ponto de situação do incêndio.

Segundo o responsável, as entidades competentes irão apurar a área final ardida, mas, de acordo com as previsões, “este incêndio tinha um potencial de dano que poderia chegar a cerca de 6.000 hectares”.

Pela área que se estima ter ardido, toda no concelho de Odemira, distrito de Beja, “dá para ver a intensidade do incêndio”, o “desempenho de excelência” e “a dificuldade que homens e mulheres tiveram para que chegássemos ao dia de hoje e a esta hora com o incêndio dominado”, frisou.

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