IL critica englobamento obrigatório de rendimentos em IRS
A Iniciativa Liberal acusa António Costa de querer fazer um aumento de impostos com o englobamento obrigatório de rendimentos prediais e outros em sede de IRS.
A Iniciativa Liberal é contra “qualquer medida” de englobamento de rendimentos prediais ou outros em sede de IRS. O partido liderado por João Cotrim Figueiredo refere, em comunicado, que a notícia avançada pelo ECO sobre um eventual acordo do PS com os parceiros de esquerda sobre o englobamento obrigatório de rendimentos representará um “agravamento fiscal”. “Depois de ter afirmado que iria baixar impostos, eis António Costa a deixar claro que a sua solução é a inversa e, em negociação com outros partidos de esquerda, se prepara para um agravamento fiscal”.
A Iniciativa Liberal lembra precisamente a entrevista do deputado único ao ECO no passado dia 30 de novembro. João Cotrim Figueiredo afirmou, então, que a descida de impostos prometida com o desdobramento de escalões de IRS “pode ser acompanhada pelo englobamento obrigatório”. Neste quadro, “não é certo que todos os contribuintes fiquem a ganhar com as mudanças que se perspetivam no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022)” .
Para os liberais, “a intenção de tornar obrigatório o englobamento revela uma profunda hipocrisia do PS e dos partidos à esquerda que lhe dão suporte. Na verdade, enquanto manifestam, mais uma vez com finalidade meramente eleitoralista e propagandística, uma grande preocupação com os problemas da habitação durante a campanha das autárquicas, estão ao mesmo tempo a preparar um golpe de misericórdia no mercado de arrendamento que prejudicará milhares e milhares de portugueses que procuram soluções de habitação”.
A Iniciativa Liberal considera que o agravamento da tributação sobre os rendimentos prediais “levará alguns proprietários a aumentar o valor pedido pelas rendas e muitos outros a perder interesse em investir para arrendar. A consequência óbvia será a rarefação da oferta e dificuldades agravadas para todos os que procuram casa para arrendar (…) enquanto os seus candidatos autárquicos prometem, durante a campanha eleitoral, soluções mirabolantes e impossíveis de concretizar”.
Como o ECO revelou, na discussão na especialidade dos orçamentos do Estado para 2020 e 2021, os socialistas chumbaram as propostas do PCP no sentido de tornar o englobamento obrigatório, mas o assunto foi ressuscitado nas negociações que estão agora a decorrer com a esquerda para o Orçamento de 2022.
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