IGCP adia reembolso de dívida de 279 milhões para 2028 e 235 milhões para 2034
A agência que gere a dívida pública portuguesa conseguiu adiar a amortização de duas tranches de dívida para 2028 (279 milhões de euros) e para 2034 (235 milhões).
São 514 milhões de euros de dívida cujo reembolso foi adiado esta quarta-feira pelo IGCP, à boleia da decisão da Moody’s de aumentar o rating da República portuguesa na passada sexta-feira.
De acordo com os dados da Reuters, a agência que gere a dívida pública recomprou obrigações com maturidade em outubro de 2022 no valor de 330 milhões de euros e com maturidade de fevereiro de 2024 no valor de 184 milhões de euros.
Posteriormente, a entidade liderada por Cristina Casalinho colocou 279 milhões de euros em obrigações com maturidade de outubro de 2028 e mais 235 milhões de euros em obrigações em obrigações com maturidade de abril de 2034.
A troca de dívida por prazos mais longos permitirá alisar o perfil de reembolsos entre 2022 e 2024, além de obter poupanças com juros mais baixos. Assim, o valor a pagar em 2022 será inferior aos nove mil milhões de euros previstos atualmente e em 2024 inferior aos 12 mil milhões de euros.
Segundo a Reuters, o IGCP pagou 103.096% do valor das obrigações de outubro de 2022 e 115,385% do valor das obrigações de fevereiro de 2024, colocando dívida por um preço médio de 116,49% nas obrigações de outubro de 2028 e de 122,73% nas obrigações de abril de 2034.
Esta terça-feira a agência anunciou que iria recomprar obrigações que vencem em 2022 (cupão de 2,2%) e 2024 (5,65%) em troca de nova dívida com maturidade em 2028 (2,125%) e 2034 (2,25%), respetivamente.
Não é a primeira vez que a agência que gere a dívida pública faz este tipo de operações este ano. Na última troca de dívida, conseguiu adiar reembolsos de 1.361 milhões de euros que teria de fazer em 2023 e 2024 para 2028 e 2037.
(Notícia atualizada às 11h23 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
IGCP adia reembolso de dívida de 279 milhões para 2028 e 235 milhões para 2034
{{ noCommentsLabel }}