Campos Ferreira e Sá Carneiro saem da sociedade a que deram nome
Escritório fatura cerca de 11 milhões por ano. Foi fundado por Fernando Campos Ferreira,Francisco Sá Carneiro, Maria Castelos, Martim Morgado, Duarte Brito de Goes e Bernardo Abreu Mota, em 2009.
Fernando Campos Ferreira e Francisco Sá Carneiro estão de saída da Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados (CS Associados). Mas por razões diferentes.
Segundo o que fonte oficial do escritório esclareceu o ECO/Advocatus, “a CS Associados entra num novo ciclo, orgulhando-se dos seus princípios fundadores, a que sempre se manteve e se manterá fiel. É com naturalidade que chegamos a este momento de viragem e transição geracional, com a saída no final do ano de Fernando Campos Ferreira, por ter atingido a idade de reforma prevista nas regras da sociedade, e de Francisco Sá Carneiro que por opção não acompanhará o novo ciclo da sociedade”.
Francisco Sá Carneiro tem mais de trinta e cinco anos de prática profissional, assessorando clientes e instituições financeiras, tanto portugueses como estrangeiros, em, por vezes, complexas e inovadores transações ou em assuntos relacionados com governo corporativo, estratégia e reorganização. Licenciou-se em 1982, pela Escola de Lisboa da Faculdade de Direito, Universidade Católica, dois anos depois da morte do pai, o ex-primeiro ministro de quem herdou o nome completo. Antes de fundar a CS, esteve como sócio e managing partner da Uría Menéndez em Portugal, antes desta se tornar Uría Menéndez- Proença de Carvalho. O sócio fundador do escritório criado em 2009 é especialista em Bancário e Financeiro, Comercial e Societário, Fusões e Aquisições e Mercado de Capitais, a área core do escritório.
Partilhava a fundação do escritório com Fernando Campos Ferreira. Com cerca de quarenta anos de experiência profissional, este advogado dedica-se sobretudo ao aconselhamento jurídico-estratégico no contexto de operações societárias e de aquisições. É também especialista em Bancário e Financeiro, Comercial e Societário, Fusões e Aquisições, Mercado de Capitais e Private Equity. Foi monitor de Direitos Reais na Faculdade de Direito de Lisboa no período de 1978 a 1980.
“Volvidos 12 anos desde a constituição da sociedade, período durante o qual nos afirmámos como um escritório de referência no mercado português”, o ciclo dos seus sócios fundadores chega assim ao fim. “É amplamente reconhecido o papel de ambos na construção da sociedade e muito agradecemos o legado que nos deixam, que integra a nossa cultura e valores e sempre fará parte da nossa história. Ao Fernando, que já vem preparando a sua saída, desejamos as maiores felicidades nesta nova etapa da sua vida, após uma carreira plena de desafios e conquistas. Ao Francisco, desejamos o maior sucesso na continuação da sua vida profissional“, explica a mesma fonte, questionada pela Advocatus.
O ECO tentou saber junto de Francisco Sá Carneiro as razões da saída, mas não obteve resposta.
“Estamos preparados para este novo ciclo e confiantes no talento e coesão da nossa equipa para continuarmos a crescer e dar resposta aos desafios cada vez mais exigentes dos nossos clientes”, concluiu a mesma fonte. Certo é que ainda não foi formalizado o novo nome da sociedade — ou se será o mesmo — já que ambos os sócios davam nome ao escritório.
O escritório foi fundado por Fernando Campos Ferreira, Francisco Sá Carneiro, Maria Castelos, Martim Morgado, Duarte Brito de Goes e Bernardo Abreu Mota, a 30 de dezembro de 2009. Situado na Avenida da Liberdade, o escritório conta com 14 sócios (agora terá 12), sete consultores, seis associados séniores, 15 associados e ainda 12 estagiários.
No ano passado, a VdA liderou a tabela de operações de M&A em Portugal, com um valor de 3,796.00 milhões de euros. Segundo o relatório do Transaction Track Record (TTR)r referentes ao segundo trimestre de 2020. Em segundo lugar encontrava-se a Morais Leitão, com um valor estimado de 3.786 milhões de euros, seguindo-se da Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados com o valor de operações a ascender os 2.433 milhões de euros.
Em maio, a Iberian Lawyer apresentou os resultados da faturação de 2020 das 30 maiores firmas, mas sem confirmação oficial dos escritórios, e sim através de valores estimados pela publicação, juntando dados das empresas/clientes. Segundo a mesma fonte, o ano de 2020 registou uma faturação no total de 538,83 milhões de euros, uma subida de 6,1% face a 2019. A Vieira de Almeida foi a sociedade que mais faturou em 2020, 70 milhões. Nesta lista estava a CS em 16º lugar, com uma faturação de cerca de quase 11 milhões, mais 5,8% que no ano anterior, em que registou cerca de 10,3 milhões.
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