Wall Street fecha o terceiro trimestre com o pior desempenho desde o início da pandemia
Os mercados acionistas norte-americanos fecharam o terceiro trimestre com o pior desempenho trimestral desde o início da pandemia.
Wall Street terminou a sessão desta quinta-feira no “vermelho”, com os investidores preocupados com o aumento das infeções associadas à variante Delta, o aumento da inflação e de olhos postos nas negociações em torno dos limites da dívida pública dos EUA. Os mercados acionistas fecharam o terceiro trimestre com o pior desempenho trimestral desde o início da pandemia.
O índice de referência S&P 500 cedeu 1,06% para 4.313,11 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvalorizou 1,46% para 33.887,21 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,31% para 14.467,29 pontos.
Em termos trimestrais, o S&P 500 fechou o terceiro trimestre com ganhos de 0,2%. Em contrapartida, o Dow Jones recuou 1,9% e o Nasdaq perdeu 0,4%. Já em termos mensais, as perdas foram ainda mais acentuadas, com o S&P 500 a ceder 4,8%, o Dow Jones a cair 4,3% e o Nasdaq a tombar 5,3%.
Neste contexto, os principais índices norte-americanos fecham o trimestre com o pior desempenho trimestral desde os primeiros meses de 2020, quando a pandemia eclodiu e suspendeu as economias a nível global, segundo a Reuters.
Nesta sessão, os investidores estiveram a digerir os dados económicos relativos ao desemprego e ao PIB. Dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos da América (EUA) apontam para um aumento de 11 mil pedidos de desemprego, na semana terminada a 25 de setembro. Há atualmente, mais 362 mil pessoas a receberem o subsídio de desemprego do outro lado do Atlântico. Ainda assim, este valor ficou aquém das estimativas avançadas pelos analistas que apontavam para 335 mil pedidos, segundo a Reuters.
Quanto ao PIB, os dados revelam que entre abril e junho a maior economia mundial cresceu 6,7%, o que representa uma revisão em alta face à anterior estimativa (6,6%).
Os investidores estiveram ainda atentos às declarações do presidente da Fed e da secretária norte-americana do Tesouro que estiveram perante a comissão dos serviços financeiros da Câmara dos Representantes. Jerome Powell abordou uma vez mais a questão do aumento dos preços no consumidor, referindo que espera algum alívio da inflação no primeiro semestre de 2022.
Em foco esteve ainda o acordo entre os legisladores dos EUA para estender o financiamento do governo federal e evitar um shutdown. O texto, que prevê a prorrogação do orçamento até 3 de dezembro, foi aprovado com apoio de republicanos e também de democratas no Senado e na Câmara dos Representantes, pelo que falta apenas ser promulgado por Joe Biden, avança a CNBC. Recorde-se que a secretária de Estado do Tesouro avisou que a capacidade de o governo federal dos EUA se financiar acabaria em 18 de outubro, se o limite da dívida pública não fosse elevado.
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