Lucro da Jerónimo Martins sobe 48% para 324 milhões até setembro
A dona do Pingo Doce registou uma subida de 48% nos lucros nos primeiros nove meses do ano, com as vendas a ascenderem a 15,2 mil milhões de euros. Soares dos Santos prevê "atingir objetivos" em 2021.
A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, registou uma subida de 47,7% nos lucros, para 324 milhões de euros, durante os primeiros nove meses de 2021, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nos primeiros nove meses do ano, as vendas da retalhista portuguesa, que tem operações também na Polónia e na Colômbia, ascenderam a 15,2 mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 7,1% face a igual período do ano passado.
No documento divulgado esta quarta-feira, o presidente e administrador-delegado, Pedro Soares dos Santos, destaca que as insígnias detidas pelo grupo terminaram os primeiros nove meses do ano com “posições de mercado mais fortes, em resultado da consistência do trabalho desenvolvido para consolidar liderança em preço e qualidade”.
“A dois meses do final do ano, com a época do Natal a aproximar-se e mesmo com incerteza em torno da evolução da pandemia, os resultados já conseguidos reforçam a nossa confiança de que atingiremos os objetivos de crescimento traçados para o ano”, acrescentou o gestor.
Se as vendas progrediram 7%, “o desempenho registado em todas as insígnias permitiu a alavancagem operacional”, levando o EBITDA a crescer 11,1%, acima do incremento das vendas, com o valor a incluiu 13 milhões de euros de custos relacionados com a Covid-19.
Os custos financeiros líquidos ascenderam a 119 milhões de euros até setembro (compara com 140 milhões de euros no período homólogo), “incorporando perdas de conversão cambial de 4 milhões de euros, relativas a ajustes de valor das responsabilidades com locações operacionais denominadas em euros na Polónia”, que no período homólogo tinham sido de 20 milhões de euros.
Impulso polaco e recuperação colombiana
O Pingo Doce e o Recheio aumentaram vendas e resultados, “apesar de as circunstâncias de mercado se terem mantido exigentes, sobretudo até julho, com a circulação de pessoas a permanecer baixa e um setor Horeca ainda muito fragilizado”. Até setembro, com mais cinco lojas, o Pingo Doce aumentou as vendas em 3,9%, para 3.000 milhões de euros; e o Recheio vendeu 660 milhões de euros (+3,2%).
Na Polónia, a Biedronka abriu 75 lojas (59 adições líquidas) e remodelou 232 localizações durante este ano, fechando os três primeiros trimestres com um crescimento de 10,3% nas vendas, em moeda local. A faturação da Hebe teve um registo semelhante (10,8%), com destaque para as vendas online, que mais do que duplicaram.
A colombiana Ara registou um “forte” crescimento de vendas (31,6% em moeda local) no período em análise, beneficiando da melhoria do “ambiente operacional” no terceiro trimestre, “à medida que o número diário de infeções foi controlado e as tensões sociais, apesar de persistirem, não terem impactado a cadeia de abastecimento nacional da mesma forma que no segundo trimestre”.
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