Défice alivia para 4.634 milhões até setembro

Registou-se uma melhoria de 677 milhões no défice das Administrações Públicas em setembro, face ao mesmo período do ano passado. 

As Administrações Públicas registaram um défice de 4.634 milhões de euros em contabilidade pública até setembro de 2021, segundo os números divulgados pelo Ministério das Finanças em antecipação do boletim da Direção-Geral do Orçamento (DGO) que é publicado ao final da tarde. Este montante representa uma melhoria de 677 milhões face ao mesmo período do ano passado.

Este comportamento é “resultado do crescimento da receita (6,9%) ter sido superior ao observado na despesa (5,3%)”, lê-se no comunicado do Ministério das Finanças, que justifica o défice até ao terceiro trimestre do ano com a evolução da pandemia.

Olhando para a receita fiscal e contributiva ajustada, esta cresceu 5,1% “acompanhando a retoma da atividade económica associada ao desconfinamento”, explicam as Finanças. “A receita fiscal cresceu 4,4% ajustada de efeitos extraordinários, tais como os diferimentos originados pelos planos prestacionais”, sublinham.

O suporte a 100% dos salários no lay-off, em 2021 e a evolução positiva do mercado de trabalho levaram a um crescimento das contribuições para a Segurança Social de 6,7%, ajustadas dos planos prestacionais.

No que diz respeito aos gastos públicos, a despesa primária “aumentou 6,8% refletindo as medidas extraordinárias de apoio à economia e a forte dinâmica de crescimento do Serviço Nacional de Saúde”, sublinha o Ministério liderado por João Leão.

No SNS, o Governo diz ter existido um “reforço expressivo do número de profissionais de saúde”, com o número de efetivos no SNS a aumentar 4,8%, em setembro (mais 6.600 trabalhadores), bem como a aquisição de bens e serviços (+10,7%). Além disso, ocorreu também a “execução de medidas previstas no Orçamento do Estado para 2021, como, por exemplo, o pagamento do subsídio de extraordinário de risco no combate à pandemia.

Já quanto aos apoios a famílias e empresas, estes “superam em mais de 40% a despesa total realizada em 2020“, ao atingir os 4.996 milhões de euros, notam as Finanças. Entre as medidas para as empresas, destaca-se o apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade, que representou 502 milhões de euros, e o lay-off simplificado, com 367 milhões.

De sublinhar ainda um aumento de 4,9% nos salários dos funcionários públicos, “refletindo as contratações de pessoal e os encargos com valorizações remuneratórias, nomeadamente nas progressões, destacando-se o acréscimo significativo de 4,9% da despesa com salários dos professores, a par do forte crescimento no SNS”.

(Notícia atualizada às 17h35)

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Lucro da EDP Brasil sobe 70% no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

No acumulado de 2021, o lucro da EDP Brasil atingiu 1,3 mil milhões de reais (201 milhões de euros), um aumento de 67,2% considerando o mesmo período do ano passado.

A EDP Brasil fechou o terceiro trimestre com um lucro de 510,5 milhões de reais (79 milhões de euros), um acréscimo de 70,3% face ao período homólogo, um resultado impulsionado pela distribuição e transporte de energia.

Em comunicado, a empresa informou que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a 1,1 mil milhões de reais (170 milhões de euros) no terceiro trimestre, uma subida de 60,7% face ao mesmo período do ano anterior.

No acumulado de 2021, o lucro da EDP Brasil atingiu 1,3 mil milhões de reais (201 milhões de euros), um aumento de 67,2% considerando o mesmo período do ano passado, e oEBITDA totalizou 2,9 mil milhões de reais (450 milhões de euros), mais 49,8% face aos nove primeiros meses de 2020.

No que se refere à distribuição de energia, a EDP Brasil sublinhou que, “em função da recuperação da atividade económica e expansão do número de clientes, no terceiro trimestre o volume de energia distribuída apresentou um aumento de 4,2% em relação ao mesmo intervalo de 2020”.

“Paralelamente, o processo de reajuste tarifário da EDP Espírito Santo resultou no aumento de 9,75% na tarifa média para o consumidor e numa alta de 46% da Parcela B. Na EDP São Paulo, por sua vez, o reajuste tarifário aprovado promoveu uma elevação de 12,4% na tarifa média para o consumidor e um aumento de 32,6% na Parcela B”, acrescentou.

No segmento de transporte de energia, a empresa destacou que os empreendimentos em operação apresentaram no trimestre a receita anual permitida (RAP) de 45,8 milhões de reais (7 milhões de euros) e EBITDA regulatório de 39,8 milhões de reais (6,1 milhões de euros).

A EDP lembrou que, em 14 de outubro, adquiriu por 1,9 mil milhões de reais (cerca de 309 milhões de euros) 100% das ações da Celg Transmissão S.A (CELG-T), num leilão organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão regulador do Brasil.

Com esta operação, a EDP estima uma receita anual permitida (RAP) adicional de 223 milhões de reais (34,5 milhões de euros) no ciclo 2021/2022, através da aquisição dos 756 quilómetros de redes de transmissão e das 14 subestações da estatal goiana de transmissão.

Com a venda dos lotes 7, 11 e 24 e a aquisição da CELG-T, a EDP passa a contar com lotes de transmissão no seu portfólio que, quando operacionais, totalizarão 2.241 quilómetros de linhas em extensão e aproximadamente 702 milhões de reais de RAP.

Desde 2017, a EDP diz já ter investido 4,1 mil milhões de reais (635 milhões de euros) em obras e projetos de transmissão adquiridos em leilões da ANEEL ou no mercado secundário, o que “representa 80% de execução de seu CAPEX [investimento em bens de capital] total nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Espírito Santo, Acre e Rondónia”.

Com os investimentos efetuados, obtivemos resultados significativos na distribuição [de energia]. Já em relação às recentes operações realizadas com o mercado, fomos capazes de antecipar e cristalizar valor através do desinvestimento dos três lotes vendidos e, ainda assim, aumentar a participação da EDP Brasil no segmento de transmissão”, frisou João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil.

“Por fim, mas não menos relevante, aprovamos o primeiro investimento da EDP no segmento Solar utility scale, um passo importante em nossa proposta de substituir a geração hídrica por solar […]. São movimentos importantes que, em apenas cinco meses desde o anúncio de nosso plano estratégico, demonstram o nosso compromisso em criar valor adicional aos nossos acionistas”, acrescentou o executivo.

Na segunda-feira, a companhia informou que aprovou o cancelamento de ações próprias representativas de 4,3% do seu capital social, e que prepara a alienação de três ativos hídricos no país sul-americano – a Companhia Energética do Jari – CEJA, a Empresa de Energia Cachoeira Caldeirão S.A. e Energest S.A.

“Até o presente momento, não foram celebrados contratos definitivos para alienação de participações acionistas no âmbito do referido processo”, refere a empresa.

“Em linha com o plano estratégico de 2021-2025, os desinvestimentos nos ativos hídricos refletem a gestão do portfólio da Companhia com objetivo de redução de exposição ao risco hidrológico no Brasil”, adianta.

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A COP26 està à porta. O quer acontecerá em duas semanas de cimeira em Glasgow?

Todos os decisores estarão a olhar para Glasgow. Existe uma grande expectativa, por isso esta conferência terá um grande mediatismo em Portugal e no mundo.

O que é a COP26?

Em novembro de 2021 todos os decisores estarão a olhar para Glasgow. Existe uma grande expectativa, pelo que esta conferência terá um grande mediatismo em Portugal e no mundo. É considerada como a última hipótese de cumprir as metas do Acordo de Paris.

A COP (Conference of the Parties) é o órgão deliberativo do organismo das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.

Nesta conferência anual, delegados de todos os países (entre os quais se encontram os chefes de Estado), especialistas e negociadores juntam-se para criar acordos coordenados para responder às alterações climáticas.

COP significa Conferência das Partes. As Partes são os signatários da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Climáticas (UNFCCC) — um tratado acordado em 1994 que tem 197 Partes (196 países e a UE). A conferência de 2021, realizada pelo Reino Unido juntamente com nossos parceiros da Itália, acontecerá em Glasgow e será a 26ª reunião das Partes, por isso é chamada de COP26.

As conferências das Nações Unidas sobre mudanças climáticas estão entre as maiores reuniões internacionais do mundo. As negociações entre governos são complexas e envolvem autoridades de todos os países do mundo, bem como representantes da sociedade civil e dos meios de comunicação social.

O que é o Acordo de Paris?

O Acordo de Paris foi firmado na COP21 em 2015. Pela primeira vez, quase todos os países do mundo firmaram um compromisso legalmente vinculante para reduzir as emissões. Foi uma ação “de cima para baixo” no sentido de que todos os países — não importando se grandes ou pequenos — aderiram à redução das emissões de carbono para limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2 graus e, se possível, a 1.5 grau acima dos níveis pré-industriais.

E foi “de baixo para cima” no sentido de que deixou espaço para cada país decidir como iria alcançar a sua meta. Os documentos que registram a forma de ação de cada país são chamados Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). O Acordo de Paris também definiu metas ambiciosas para adaptação e recursos, reconhecendo que muitas pessoas em todo o mundo já estão sofrendo os impactos de um clima em mudança e que o apoio — financeiro, técnico e de capacitação — a essas pessoas seria necessário.

Quais são os objetivos da COP26?

  1. Alcançar um empenho internacional (com contribuições e medidas concretas) para que exista um progresso exponencial na redução de emissões e um alinhamento pelas trajetórias de neutralidade carbónica na próxima década;
  2. Aproveitar o período pós-pandemia covid-19 para uma reconstrução mais “forte e melhor” e para uma mudança verdadeiramente “transformadora”.
  3. Cimentar a ligação clima/natureza evidenciando as “soluções baseadas na natureza” – florestação e reflorestação, desflorestação evitada, etc, dado que esse é o caminho mais aceitável para que as empresas possam reclamar a contribuição para a neutralidade carbónica global.
  4. Fecho do rulebook sobre o novo mercado internacional de carbono – o artigo 6 do Acordo de Paris.

O que acontece na COP26?

As atividades na COP acontecem em duas zonas diferentes: a Zona Azul (Blue Zone) e a Zona Verde (Green Zone). A Zona Azul é destinada a pessoas registadas no órgão da ONU encarregado de coordenar a resposta global à ameaça das mudanças climáticas — a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Na Zona Azul, você pode fazer parte de uma delegação nacional, trabalhar para as Nações Unidas e organizações e agências relacionadas ou ser membro dos media ou de uma organização de observação sem fins lucrativos.

Na Zona Azul, os delegados dos países reúnem-se para negociações formais e consultas informais. Também podem participar de reuniões com outras delegações para esclarecer sua posição e interesses com o objetivo de chegar a um acordo ou de superar um impasse nas negociações. A UNFCCC também sediará uma série de eventos, incluindo briefings técnicos, para apoiar o processo de negociações.

A Zona Verde é destinada ao público em geral. Haverá uma ampla gama de eventos, incluindo workshops, exposições e instalações de arte, bem como apresentações, demonstrações de tecnologia e apresentações musicais para todos os participantes.

Qual vai ser agenda da COP26?

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Energia tira energia à bolsa e Lisboa contraria Europa

PSI-20 recuou pela segunda sessão consecutiva, pressionada pelo setor da energia. BCP teve um dia positivo na véspera de apresentar resultados.

GreenVolt, EDP, Galp e EDP Renováveis terminaram a sessão desta quarta-feira em terreno negativo e pressionaram a bolsa de Lisboa, que recuou pela segunda sessão consecutiva e hoje em contramão com a Europa.

O PSI-20, o principal índice português, desvalorizou 0,39% para 5.714,00 pontos, com dez cotadas a fechar o dia com perdas.

O setor energético foi aquele que mais pressionou a praça nacional. A GreenVolt cedeu 2,90% para 7,03 euros, depois de atingir máximos desde a estreia em bolsa, em julho. A EDP e a EDP Renováveis cederam 1,01% e 0,42%, respetivamente, e a Galp, que tem valorizado à boleia da alta dos preços do petróleo, também recuou 1,02% para 9,354 euros.

Por outro lado, sete cotadas tiveram um dia mais tranquilo, como o BCP, que avançou 0,71% para 0,157 euros, na véspera de apresentar as contas trimestrais. Esta manhã, o seu banco na Polónia reportou prejuízos de 181,2 milhões nos primeiros nove meses do ano, penalizado pelas provisões para os riscos legais com os casos em tribunal relativos a contratos de empréstimo à habitação em francos suíços.

A Ibersol registou a valorização mais expressiva, somando 1,17%, seguindo-se a Navigator, que ganhou também mais de 1%.

Apesar destes ganhos, Lisboa fechou o dia abaixo da linha de água, ainda que o cenário europeu tenha sido mais positivo. O índice de referência Stoxx 600 avançou 0,72%, tendo sido acompanhado por outras importantes praças do Velho Continente, como o alemão Dax-30 e o espanhol Ibex-35, que valorizaram mais de 1%.

“Na Europa, o setor de Viagens & Lazer liderou os ganhos, enquanto o de Recursos Naturais foi o único em queda. À hora de fecho das praças no velho continente, nas congéneres de Wall Street Nasdaq 100, S&P 500 e Dow Jones atingiram novos máximos, com o índice tecnológico a destacar-se, ao avançar mais de 1%, no dia em que se vão conhecer as contas de grandes empresas de tecnologia – Twitter, Alphabet e Microsoft”, observaram os analistas do BCP.

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Casa Branca anuncia encontro entre Biden e Macron sexta-feira em Roma

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

A reunião ocorrerá numa altura em que os Estados Unidos tentam acalmar a tensão político-diplomática entre os dois países depois do polémico acordo com a Austrália e o Reino Unido.

Os Presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, vão reunir-se sexta-feira em Roma, antes da cimeira do G20, anunciou esta terça-feira o conselheiro para a Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

A reunião ocorrerá numa altura em que os Estados Unidos tentam acalmar a tensão político-diplomática entre os dois países depois do polémico acordo com a Austrália e o Reino Unido, que prejudicou um negócio da venda de submarinos franceses aos australianos.

O porta-voz não avançou pormenores sobre o encontro, que decorrerá antes do início da cimeira dos chefes de Estado e de Governo do grupo dos 20 países mais industrializados do mundo (G20), na capital italiana.

A reunião será a primeira presencial entre os dois chefes de Estado desde o início da crise diplomática provocada pela assinatura, a 15 de setembro, do pacto AUKUS (iniciais em inglês dos três países anglo-saxónicos), que visa reforçar a cooperação trilateral em tecnologias avançadas de defesa, como a Inteligência Artificial, sistemas submarinos e vigilância a longa distância.

Uma primeira consequência foi o cancelamento, pela Austrália, de um contrato com a França para o fornecimento de submarinos convencionais e a intenção de desenvolver submarinos nucleares em coordenação com os seus novos aliados, o que originou protestos e críticas de Paris.

A França tinha um contrato para a entrega à Austrália de 12 submarinos com propulsão convencional no valor de 56 mil milhões de euros, que foi cancelado por Camberra, que comprou posteriormente os submergíveis aos Estados Unidos.

Paris expressou então insatisfação com os três países signatários do pacto AUKUS depois de Macron ter decidido chamar os embaixadores franceses em Washington e Camberra para consultas.

A 22 de setembro, Biden telefonou a Macron para tentar esclarecer a questão, tendo, na altura, ambos concordado nos primeiros passos para reduzir a tensão e ficado definido que os dois chefes de Estado iriam reunir-se pessoalmente em outubro, tendo já falado uma segunda vez, também telefonicamente.

Para continuar, depois, as discussões, a vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, deslocar-se-á a Paris em novembro.

A França procura, em particular, obter o acordo dos norte-americanos para a criação de um verdadeiro sistema de defesa europeia, um projeto caro aos franceses, mas que ainda não se concretizou, 30 anos após o seu lançamento.

Também na sexta-feira, Biden será recebido no Vaticano pelo Papa Francisco, bem como pelo chefe do Governo italiano, Mario Draghi, acrescentou Sullivan, que não adiantou qualquer informação sobre eventuais encontros bilaterais que o Presidente dos Estados Unidos poderá manter à margem do G20.

O porta-voz também não avançou pormenores sobre a deslocação de Biden a Glasgow (Escócia), onde participará na Cimeira Internacional sobre o Clima (COP26), que decorrerá de 31 deste mês a 12 de novembro.

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Emirates quer recrutar 6.000 nos próximos 6 meses

Em causa está a contratação de mais pilotos e tripulação de cabine, mas também engenheiros e pessoal de terra para a sede no Dubai e outras localizações.

Com o alívio das restrições em todo o mundo e com a aceleração da vacinação contra a Covid-19, a Emirates planeia aumentar a sua equipa com 6.000 novos funcionários. O processo de recrutamento deverá acontecer já durante os próximos seis meses, sendo que podem candidatar-se profissionais de todo o mundo. Para já, não há ações de recrutamento previstas para Portugal, disse fonte da empresa à Pessoas.

“Por enquanto, candidatos de todo o mundo podem ingressar na plataforma de recrutamento e iniciar seu processo de inscrição online”, disse fonte oficial quando questionada sobre a possibilidade de a companhia avançar com alguma ação de recrutamento em Portugal, à semelhança de anos anteriores.

Em causa está a contratação de mais pilotos e tripulação de cabine, mas também engenheiros (aeronáuticos e pessoal de apoio à engenharia) e pessoal de terra (ground staff), para serem sediados no Dubai e noutros locais.

“A Emirates sempre esteve no centro do crescimento do Dubai. A nossa necessidade de mais 6.000 funcionários ilustra a rápida recuperação da economia do Dubai e conduzirá a oportunidades e outros desenvolvimentos positivos em várias outras empresas, incluindo as dos setores de consumo, viagens e turismo”, afirma Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e chefe executivo da Emirates Airline and Group, em comunicado.

“Temos vindo a restabelecer prudentemente as nossas operações em conformidade com os protocolos de reabertura de fronteiras e de requisitos de viagem. Com os sinais positivos na recuperação económica e com o crescimento contínuo da procura, esperamos estar de volta ao ponto onde estávamos antes da pandemia a partir de meados de 2022”, continua.

A Emirates já retomou 90% da sua rede de destinos e deverá atingir 70% da sua capacidade antes da pandemia até ao final do ano. Para além disso, a companhia aérea está também a instalar aviões A380 em mais rotas e operações. Até novembro, a Emirates vai disponibilizar mais de 165.000 lugares adicionais através dos seus aviões de bandeira, os A380.

Os interessados podem saber mais sobre as funções e requisitos aqui.

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PRR

Associação da construção defende fundo para cobrir aumentos de custos nas obras públicas

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

A associação aponta ainda problemas com o fornecimento de matérias-primas e com a falta de mão-de-obra. "Não sei qual deles é pior", afirmou o presidente da AICCOPN, Manuel Reis Campos.

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) defende a criação de um fundo para cobrir “aumentos significativos” nos custos de produção das obras públicas, sob pena de ficarem “desertos” muitos concursos do PRR.

“O que se fez em Itália, está a fazer-se em França e nós tínhamos pedido para este Orçamento do Estado, é criar um fundo para, em obras públicas em que o Estado reconhecesse que os aumentos [do custo dos fatores de produção] foram significativos, esse fundo cobrir [a diferença] e não ter de se começar, outra vez, o concurso. Porque, daqui a pouco, não temos possibilidade de atempadamente fazer as obras que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pretende”, afirmou o presidente da AICCOPN em declarações à agência Lusa.

Segundo Manuel Reis Campos, “Itália criou esse fundo, para os donos de obra terem maleabilidade e flexibilidade quando é reconhecido, através da revisão de preços oficiais, que o preço da obra ficou desatualizado, sendo esse valor automaticamente reconhecido e calculado”.

Se não for assim – sustentou – o que acontece é que há um desgaste permanente e, quando a obra for posta em concurso, já está desatualizada, os construtores não a podem fazer por aquele preço e não há nada que se possa fazer para corrigir o preço-base”.

Como resultado, acrescenta, corre-se o risco de “os concursos [de obras públicas], daqui a algum tempo, ficarem desertos”.

Para além da escalada do custo dos fatores de produção na construção – nos últimos 12 meses o preço do aço em varão para betão aumentou 55%, o do alumínio 59% e o do cobre 46%, por exemplo, a que se junta a subida dos custos dos combustíveis e da energia – a AICCOPN considera tanto, “ou até mais”, preocupante a falta de mão-de-obra no setor.

“Além deste problema das matérias-primas, temos o problema grave da mão-de-obra e não sei qual deles é pior”, afirmou Reis Campos.

Salientando que “o setor precisa de 70 mil trabalhadores”, mas “neste momento não há mão-de-obra”, o dirigente associativo questiona o porquê de, segundo os dados oficiais, estarem registados no fundo de desemprego “32 mil trabalhadores da construção”.

“Não se percebe porquê, mas é verdade”, lamenta.

Ainda assim, e apesar das “fortes disrupções em toda a cadeia de produção” que a escassez e encarecimento das matérias-primas está a provocar, o presidente da AICCOPN diz não ter conhecimento de obras paradas no país por falta de materiais.

“A falta de matérias-primas sabemos é um problema generalizado, mas não é um problema fulcral que esteja a levar à paragem de obras”, disse, explicando que “uma obra é composta por muitas especialidades, portanto há umas que vão andando e outras que atrasam” quando falta material.

Segundo Manuel Reis Campos, haverá é, certamente, obras que “não foram ainda concluídas por falta de determinadas matérias-primas ou equipamentos”, nomeadamente os que têm de ser importados, mas não têm chegado à associação relatos de “obras paradas ou sem arrancar por falta de matérias-primas”.

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Cortiça da Amorim reveste tabliê, palas e portas no protótipo da Mini

A Amorim Cork Composites, de Santa Maria da Feira, forneceu vários materiais para o interior do Mini Strip, protótipo sustentável desenvolvido em parceria com o designer de moda Paul Smith.

O grupo Amorim forneceu a cortiça integrada no tampo do tabliê, nas palas de sol e no topo das portas do novo Mini Strip, o mais recente protótipo da marca de origem britânica, desenvolvido em parceria com o designer de moda Paul Smith.

Conforto, impermeabilidade e isolamento térmico, acústico e antivibrático. Estas são as características conferidas pela matéria-prima natural, abastecida pela Amorim Cork Composites, unidade de negócio da corticeira que desenvolve aplicações para a indústria automóvel, aeroespacial, construção, desporto, energia ou design.

“A utilização de cortiça num icónico modelo automóvel como o Mini é a premissa de uma mudança no setor da mobilidade que está já em curso. Uma alteração de paradigma da qual a Corticeira Amorim faz parte integrante”, sublinha o presidente e CEO, António Rios de Amorim, citado numa nota de imprensa.

O gestor destaca ainda o trabalho da líder mundial do setor, sediada em Mozelos (Santa Maria da Feira), a “aprimorar” a cortiça. Como? “Através de programas estruturados de inovação, apostando na diferenciação com base nas qualidades únicas da cortiça e contribuindo como nenhuma outra empresa do setor para a reinvenção deste material natural único”.

Tendo a simplicidade, transparência e sustentabilidade como premissas, o Mini Strip foi desenvolvido com base no Cooper SE 100% elétrico da marca pertencente ao grupo BMW. Ainda no interior, por exemplo, os tapetes foram produzidos com borracha reciclada e os cintos e as pegas das portas com recurso ao material usado nas cordas de escalada.

A utilização de cortiça num icónico modelo automóvel como o Mini é a premissa de uma mudança no setor da mobilidade que está já em curso. Uma alteração de paradigma da qual a Corticeira Amorim faz parte integrante.

António Rios de Amorim

Presidente e CEO da Corticeira Amorim

“As características naturais da cortiça, como a leveza, elasticidade e suavidade ao toque unem-se, proporcionado uma sensação de bem-estar, beleza natural e comodidade no interior do automóvel. Uma solução que, tendo presente a resiliência, compressibilidade e resistência ao atrito deste material único, também está preparada para resistir às exigências do quotidiano, seja pelo uso consecutivo, pela condução mais desportiva ou pelo estado das vias rodoviárias”, assegura a empresa.

Fundada em 1870, a Corticeira Amorim detém dezenas de unidades de negócio espalhadas pelos cinco continentes, emprega 4.400 pessoas e exporta para mais de uma centena de países, contando com uma carteira de cerca de 27 mil clientes. Em 2020, a empresa nortenha registou vendas consolidadas de 740,1 milhões de euros, dos quais 93% foram realizados fora de Portugal.

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Wall Street inicia sessão em alta após novos recordes

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Dow Jones somava 0,20% para 35.813,13 pontos e o Nasdaq avançava 0,64% para 15.323,85 pontos. S&P 500 subia 0,44% e estava em 4.586,45 pontos.

A bolsa de Nova Iorque iniciou esta terça-feira a sessão em alta, após ter encerrado na segunda-feira com dois dos seus três principais índices (Dow Jones e S&P 500) em níveis recorde.

Às 14h50 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones somava 0,20% para 35.813,13 pontos e o Nasdaq avançava 0,64% para 15.323,85 pontos.

O índice alargado S&P 500 subia 0,44% e estava em 4.586,45 pontos.

O otimismo de Wall Street surge numa altura em que as grandes empresas norte-americanas anunciam resultados positivos relativos ao terceiro trimestre.

Na segunda-feira, após o encerramento do mercado, o Facebook apresentou um lucro de 9,2 mil milhões de dólares (7,9 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, mais 17% do que no mesmo período do ano passado.

Esta terça-feira serão divulgados os resultados trimestrais do Twitter, da Alphabet e da Microsoft.

Entre as 30 cotadas do Dow Jones destacavam-se os ganhos da Cisco Systems (1,61%) e da Apple (1,14%).

O barril de petróleo do Texas abriu com uma subida de 0,14% no mercado nova-iorquino, seguindo a 83,88 dólares, depois de uma ligeira queda de 0,2% na sessão anterior.

Na segunda-feira, Wall Street fechou em alta, com o Dow Jones a subir 0,18%, o Nasdaq 0,90% e o S&P 500 a avançar 0,47%.

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Ferro vai reunir-se hoje com líderes parlamentares sobre trabalhos da AR

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Ferro Rodrigues justifica que convidou “os líderes parlamentares a exprimirem, em encontros individuais, a sua opinião sobre a condução dos trabalhos parlamentares no caso da não aprovação" do OE.

O presidente da Assembleia da República vai reunir-se esta terça-feira, durante a tarde, com os vários líderes parlamentares para ouvir a sua opinião sobre a condução dos trabalhos, caso seja ‘chumbada’ na quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado.

Numa nota, Ferro Rodrigues informa que vai estar ausente do plenário a partir das 16h30, durante o primeiro dia do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2022.

O presidente do Parlamento justifica que convidou “os líderes parlamentares a exprimirem, em encontros individuais, a sua opinião sobre a condução dos trabalhos parlamentares no caso da não aprovação da proposta do Orçamento do Estado”, prevendo regressar à sessão plenária antes do seu término.

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Costa será recandidato se houver eleições antecipadas

Costa sublinha que o seu dever é enfrentar as dificuldades e pede ao Bloco de Esquerda para não votar contra o Orçamento do Estado para 2022. Rio diz que a geringonça está numa "cadeira de rodas".

Arranca esta terça-feira o debate na generalidade em torno do Orçamento do Estado para 2022, documento cuja aprovação o Governo ainda não conseguiu garantir. Tanto o Bloco de Esquerda como o PCP já revelaram que irão votar contra e criticaram o Executivo de António Costa por não dar as respostas de que o país precisa, depois de mais de ano e meio de crise pandémica. Ainda assim, continuam disponíveis para negociar.

Acompanhe o plenário que conta com a participação do Governo e siga os principais momentos neste liveblog.

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PSD Madeira abre a porta a negociar OE2022: “Sabem onde estou”, diz Miguel Albuquerque

Apesar de ter dito que ia votar contra e que preferia a queda do Governo, o presidente do Governo Regional da Madeira abre agora a porta a negociações com o Governo socialista.

O presidente do Governo Regional da Madeira abriu a porta esta terça-feira a negociar o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) com o Governo de António Costa, depois de o Bloco e o PCP terem anunciado que vão votar contra, o que a confirmar-se levará ao chumbo da proposta do Executivo. Miguel Albuquerque, que diz que o Orçamento é “péssimo” para a Madeira, tinha dito que anteriormente que “a melhor coisa que podia acontecer a Portugal” era o Governo PS “ser derrubado e desaparecer”.

Em declarações transmitidas pela RTP, Miguel Albuquerque respondeu a questões sobre o Orçamento dizendo que, “em primeiro lugar, está a Madeira”. Depois, acrescentou: “Se quiserem, eventualmente, ou precisarem de nós, sabem onde é que estou“, afirmou, deixando em aberto possíveis negociações com o Governo socialista para contar com os três votos dos deputados nacionais do PSD eleitos pelo círculo da Madeira. Mas importa recordar que António Costa disse há um ano que, no dia em que tiver de pedir o apoio do PSD, o Executivo se demite.

Antes de mostrar abertura para negociar, o presidente do Governo regional da Madeira afirmava que “este Orçamento é péssimo para a Madeira” — ao prever uma redução de 15 milhões de euros das verbas para a região — e que “nem sequer nos passa pela cabeça votar a favor do Orçamento”. “É melhor termos a crise política do que um orçamento que leve o país à ruína. E, se funcionar em duodécimos, é uma forma de evitar as loucuras desta esquerda, que não tem a noção da realidade e que acha que se pode fazer tudo, pondo em causa o futuro do país”, afirmou Albuquerque.

Esta segunda-feira, o Expresso noticiou que tanto os deputados sociais-democratas da Madeira como os dos Açores vão votar contra a proposta do Governo na votação na generalidade. Entretanto, também o líder do PSD, Rui Rio, veio confirmar esse sentido de voto, garantindo que “a Madeira não está à venda”.

Há precedente nesta hipótese de um apoio à direita ao Orçamento socialista. Antes da pandemia, no Orçamento para 2020, os três deputados eleitos pela Madeira abstiveram-se, votando ao lado da esquerda. Perante esta atitude, o presidente do PSD, Rui Rio, denunciou-os ao conselho de jurisdição do partido​, que instaurou um processo disciplinar aos respetivos.

(Notícia atualizada às 20h55)

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