“Portugal tem tantos unicórnios como Espanha, Grécia e Itália juntos”

Portugal ser conhecido por “país unicórnio” é bom do ponto de vista da imagem. Mas, para a Startup Portugal, alcançar a fasquia dos mil milhões de dólares não um fim em si mesmo.

“Há uma série de empresas não-unicórnio que são super valiosas. Queremos apoiá-las e que progridam. Ser unicórnio não é em si um objetivo final. Para nós, Startup Portugal, estamos aqui para todas”, disse António Dias Martins, diretor executivo, na palestra What will it take for Europe to dominate the next decade of tech?, inserida na Web Summit.

“Portugal acabou de anunciar o 5.º unicórnio [a Remote]. Temos mais do que Espanha, Grécia e Itália juntos. Estamos a ficar conhecidos como um país unicórnio, mas isso é uma forma de cativar a atenção”, disse ainda o responsável.

“É fantástico ter cinco unicórnios e mais ou cinco ou seis que venham, mas é apenas uma referência. Temos de trabalhar com empresas avaliadas em 10 milhões de dólares, de 50 milhões, 100 milhões. São super valiosas, criam emprego e fazem o ecossistema funcionar”, referiu também, quando questionado sobre se seriam os unicórnios a forma de garantir o posicionamento da Europa como um hub tecnológico.

A Europa acolhe um décimo dos “unicórnios” a nível mundial, com China e Estados Unidos na liderança. As startups portuguesas levantaram até setembro mil milhões de dólares em capital de risco, lembrou António Dias Martins, o dobro do montante do ano passado, tendo a Remote sido a mais recente startup com ADN português a atingir o estatuto de “unicórnio”, juntando-se à Farfetch, Outsystems, Feedzai e Talkdesk.