Banqueiros concordam com eleições, mas não querem país paralisado até lá
Os responsáveis dos principais bancos portugueses concordam com a realização de eleições antecipadas, depois do chumbo do Orçamento, mas não querem que o impasse deixe o país paralisado.
Os responsáveis dos principais bancos nacionais concordam com a realização de eleições em Portugal, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, mas não querem que este impasse deixe o país paralisado e se possam tomar decisões sobretudo ao nível da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Eu preservo e valorizo muito a estabilidade, mas se prefiro estabilidade ou vitalidade? Sem nenhuma dúvida, prefiro vitalidade e a vitalidade exige mudança, que as coisas sejam permanentemente questionadas”, começou por responder o líder do BCP, Miguel Maya, na Money Conference, organizada pelo Dinheiro Vivo, DN e TSF, acrescentando de seguida que concorda com Marcelo na realização de eleições antecipadas.
Miguel Maya disse não estar preocupado com a instabilidade política, pois é de curto prazo e permitirá evoluir para um quadro estável. “As instituições democráticas funcionam, vamos ser capazes de encontrar soluções rapidamente”, vaticinou o gestor.
Por sua vez, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou que “Portugal precisa de uma capacidade de transformação” e que disponha de um quadro política que permita avançar com reformas. “Não vale a pena fazer gestão corrente. (…) O que me importa é que o novo quadro possa ter capacidade de tomada de decisão“, disse Paulo Macedo sobre o resultado desejável das eleições.
Paulo Macedo espera que o atual Governo continua a tomar decisões. “Estou à espera que haja imensas coisas que não parem, pelo contrário, que até haja uma urgência de execução. Há o PRR, há a transformação digital, os nossos compromissos em termos ambientais, o plano contra a corrupção. Quer dizer, há coisas que têm de seguir”, disse o presidente do banco público. “Sobre a conversa de o país ficar paralisado, obviamente que não”, rematou.
"Estou à espera que haja imensas coisas que não parem, pelo contrário, que até haja uma urgência de execução. Há o PRR, há a transformação digital, os nossos compromissos em termos ambientais, o plano contra a corrupção. Quer dizer, há coisas que têm de seguir.”
O administrador do BPI Francisco Barbeira seguiu a linha de raciocínio. “Se todos os agentes políticos percebem que não têm essas condições, a solução que temos neste momento é absolutamente fundamental para criar um novo quadro de estabilidade política”, afirmou.
Tal como António Ramalho disse acreditar nos mecanismos da democracia para resolver estes impasses, também Barbeira sublinhou que a atual situação não é um problema. “O momento que estamos a viver é necessário para a promessa de uma nova estabilidade política“, disse o administrador do BPI.
(Notícia em atualização)
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