DBRS considera timing das eleições “infeliz” e alerta para atrasos na execução do PRR
As eleições antecipadas vão atrasar o Orçamento e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, mas não devem ter um grande impacto na economia portuguesa, defende a DBRS.
Existe ainda alguma incerteza em torno do cenário político em Portugal, mas a DBRS prevê que não deverão existir grandes mudanças nem atrasos no Orçamento do Estado, apesar de trazer limitações na execução da bazuca europeia. A agência de rating considera que o timing das eleições para a recuperação económica de Portugal é “infeliz”, já que “atrasa a execução de reformas e investimentos relacionados com o Mecanismo de Recuperação e Resiliência da UE e interrompe o estímulo proposto no orçamento do próximo ano”. No entanto, as perspetivas de recuperação mantêm-se fortes.
Há uma “alta probabilidade de que esta eleição resultará num Governo muito parecido com o atual”, sublinha a DBRS, pelo que se espera “ampla continuidade em torno da formulação de políticas macroeconómicas”.
“A economia está em plena recuperação, a dívida pública já segue em trajetória de queda”, pelo que a DBRS Morningstar “não espera o atraso do orçamento nem quaisquer mudanças de política prováveis que prejudiquem as condições de financiamento público ou alterem significativamente as projeções de défice”.
Além disso, a agência admite que a eleição vai adiar o apoio fiscal à economia, mas sublinha que a convocação de eleições antecipadas “não é uma grande preocupação do ponto de vista do crédito”.
A agência de notação financeira projeta que é pouco provável que as eleições resolvam o impasse político atual, já que o PS deverá vencer de novo sem maioria absoluta. Mesmo assim, a DBRS Morningstar vê pouco risco de que Portugal se afaste da abordagem “pragmática e centrista” à formulação de políticas macroeconómicas.
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