Investimento no hidrogénio e captura de carbono tem de chegar a 3,6 biliões em 2030
Um estudo do BCG diz que, o investimento privado em tecnologias de baixo carbono terá de chegar a 400 mil milhões de euros por ano. No total da década, estamos a falar de um montante de 3,6 biliões.
Um estudo levado a cabo pela BCG concluiu que, para se atingir a neutralidade carbónica, os investidores privados têm de apostar oito vezes mais em tecnologias emergentes de baixo carbono até 2030 comparativamente ao valor investido entre 2016 e 2021.
Feitas as contas, desde 2016, os investidores privados – incluindo capitais de risco, capitais privados, investidores corporativos (corporate ventures) e instituições financeiras – investiram apenas cerca de 140 mil milhões de euros no ecossistema de tecnologia emergentes de baixo carbono.
São elas: o hidrogénio, a captura, utilização e armazenamento de carbono, a compensação de carbono e de análise climática. Juntas são capazes de reduzir 30% das emissões de carbono, mas representam apenas 3% do investimento privado.
Diz a BCG que, para que os países consigam alcançar as metas de neutralidade carbónica, é necessário que, anualmente, se invista oito vezes mais do que o valor investido em 2021, até 2030. Ou seja, o investimento privado em tecnologias de baixo carbono terá de chegar aos 400 mil milhões de euros por ano. No total da década, estamos a falar de um montante de 3,6 biliões de euros.
O relatório mostra ainda que os corporate ventures têm sido “especialmente lentos a investir em tecnologias recentes” e avançam apenas com “pequenos montantes”.
No entanto, no que diz respeito a tecnologias mais “maduras”, como a dos veículos elétricos e da energia solar e eólica, estas sim têm captado a grande maioria do investimento privado.
Para a BCG, o papel dos investidores privados é essencial para o crescimento e amadurecimento destas tecnologias emergentes de baixo carbono, já têm o capital e a experiência de escalar negócios.
Por isso, apela a que à medida que vão sendo lançadas novas soluções no mercado, os investidores privados as encarem como oportunidades de retorno estratégico e financeiro e invistam.
“A BCG tem mostrado como os diferentes atores da economia, das pequenas às grandes empresas, públicas ou privadas, ao longo de toda a cadeia de valor, podem contribuir para a descarbonização da economia e este estudo vem revelar a importância de também os investidores privados assumirem o seu papel”, concluiu, em comunicado, Pedro Pereira, Managing Director & Partner da BCG.
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