Oxy Capital compra grupo vidreiro na Batalha
Poucos dias após fechar a aquisição da Vidraria Mortágua, a sociedade de private equity notifica a Autoridade da Concorrência de outra operação neste setor, relativa à Vidros Cerejo e Batalhatempra.
A Oxy Capital vai avançar para a compra da totalidade do capital da Vidros Cerejo e da Batalhatempra, fundadas pelo empresário José Cerejo, instaladas na Zona Industrial da Batalha e que operam no mercado internacional com a marca Vitrer, com presença em França, Bélgica, Suíça, Inglaterra e em vários países do Magrebe.
A operação de concentração e a mudança acionista nestas duas unidades industriais especializadas na moldagem e na transformação de produtos de vidro foi notificada à Autoridade da Concorrência no final da semana passada e publicada esta segunda-feira nos jornais.
Fundada em 1991 por José Pinheiro Cerejo da Silva, que soma mais de quatro décadas de experiência na indústria vidreira, a Vidros Cerejo reclama a posição de liderança no mercado nacional, através da transformação e comercialização de vidro plano, nomeadamente vidro duplo e vidro temperado.
Para a Batalhatempra, que iniciou a atividade em janeiro de 2008, o empresário chamou outros quatro sócios experientes neste setor – Paulo Nuno, João Peixe, Fernando Oliveira e José Gonçalves –, criando a primeira empresa “totalmente autónoma” na região Centro do país para prestar serviços de tratamento térmico do vidro.
Num espaço de apenas duas semanas, esta é a segunda operação comunicada pela Oxy Capital à Autoridade da Concorrência neste mesmo setor de atividade, depois da notificação feita a 15 de novembro relativa à aquisição da Vidraria Mortágua – Vidros e Espelhos, situada no distrito de Viseu.
A Oxy Capital, que no primeiro trimestre deste ano chegou a apresentar uma proposta não vinculativa para a compra da Efacec, é liderada por Miguel Lucas e tem escritórios em Lisboa e Milão, contando atualmente com uma equipa de investimento com quase 30 profissionais divididos por Portugal e Itália.
Além do setor vidreiro, em que está agora a apostar, a sociedade gestora de fundos de private equity controla empresas em vários setores de atividade, como o ramo hoteleiro, as tecnologias de informação, a produção de cabos elétricos, de telecomunicações e para automóveis, a extração e comercialização de argilas, caulinos e areias, ou a produção e comercialização de pastas cerâmicas.
A Cabelte, a Feedzai, a Bliss, a Aleluia Cerâmicas, o Casino de Tróia e os hotéis Marriott Praia d’el Rey (Óbidos), Quinta das Lágrimas (Coimbra) ou Vilarara Thalassa Resort (Algarve) são alguns dos ativos no portefólio da Oxy Capital, com sede na torre de escritórios das Amoreiras, em Lisboa.
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