Accenture nega “irregularidades” e vai defender-se “veementemente” de acusação da AdC
"Cooperámos com as autoridades no âmbito da investigação, mas negamos qualquer irregularidade", reagiu a consultora horas depois da acusação da Concorrência.
A consultora Accenture negou esta quarta-feira “qualquer irregularidade” e prometeu defender-se “veementemente” de uma acusação da Autoridade da Concorrência (AdC) de que a empresa e três operadoras restringiram a concorrência no acesso a gravações automáticas de televisão.
“Desde o final de 2020, a Autoridade da Concorrência tem conduzido uma investigação sobre alegadas práticas não-concorrenciais empreendidas na indústria das telecomunicações em torno do lançamento de um novo serviço de publicidade digital em Portugal”, indicou fonte oficial do grupo, em resposta à Lusa.
“A Accenture forneceu serviços tecnológicos às empresas para o lançamento do novo serviço. Cooperámos com as autoridades no âmbito da investigação, mas negamos qualquer irregularidade e vamos defender veementemente a nossa posição”, sublinhou a mesma fonte.
A AdC acusou esta quinta-feira as operadoras Meo, NOS e Vodafone e a Accenture de restringirem a concorrência “ao combinarem entre si a inserção de 30 segundos de publicidade” para o acesso a gravações automáticas de televisão.
Em comunicado, a AdC referiu que “acusou a Meo, a NOS, a Vodafone e a Accenture de restringirem a concorrência ao combinarem entre si a inserção de 30 segundos de publicidade como condição de acesso dos respetivos clientes às gravações automáticas dos diferentes canais de televisão”.
A entidade indicou que a investigação “teve origem em informação divulgada em agosto de 2020 pela comunicação social, que mencionava que esta iniciativa entre os três maiores operadores de televisão por subscrição contava com o suporte tecnológico e operacional da mesma consultora”.
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