Governo abre aviso de 40 milhões para apoio ao setor do vinho

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Apoio destina-se a investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas e abrange o vinho pela primeira vez desde 2018. Programa Vitis terá mais 50 milhões em 2022.

O setor do vinho pode candidatar-se a um fundo de apoio para a transformação e comercialização de produtos agrícolas, dotado de 40 milhões de euros, anunciou hoje a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

“Desde 2018 que nós não tínhamos nenhum aviso aberto como temos agora, para investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas. Temos um novo aviso aberto com 40 milhões de dotação em que o vinho, pela primeira vez desde 2018, pode concorrer”, disse hoje a ministra, numa visita à Adega de Cantanhede, distrito de Coimbra.

A governante disse esperar que a iniciativa ajude o setor a alcançar o objetivo traçado de em 2023 poder “atingir os mil milhões de euros em exportações”. “Vamos consegui-lo. Embora todas as contrariedades que temos sentido neste quase um ano e meio de pandemia, nós verdadeiramente conseguimos continuar a aumentar as nossas exportações”, sublinhou.

A ministra aproveitou o momento para anunciar ainda que programa “Vitis”, para a conversão da vinha para o ano de 2022, vai estar disponível com uma dotação de 50 milhões de euros.

Em Anadia está prevista a conversão da estação existente, para formar um centro de experimentação e demonstração para a viticultura, inclusive espumante. “[Este polo servirá para] ajudar a que nesta região se possa de forma experimental criar conhecimento, trabalhar as nossas variedades regionais, mas que também o conhecimento aqui produzido possa ser disseminado em todo o país, em todas as regiões onde se produz espumante e também o possamos pôr lá fora”, defendeu.

Na sua intervenção, a governante disse que a Adega de Cantanhede há muito queria comprar armazéns que são do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e que estão devolutos.

Nesse sentido, a ministrou indicou que, depois de um parecer favorável da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, e após autorização do primeiro-ministro em 25 de novembro, o executivo está em condições de alienar à Adega esses armazéns, para que “possa pegar neste património e pô-lo ao serviço dos seus associados e dos seus projetos, para poder continuar a fazer o excelente trabalho que tem feito pela região e que tem feito pelo país”.

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Bloco quer criminalizar utilização de contas ‘offshore’

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Proposta do BE “é simples e tão radical quanto proibir a utilização de 'offshore'", diz a deputada Mariana Mortágua, responsável pela proposta. Programa eleitoral do movimento está em discussão.

A deputada do BE Mariana Mortágua propôs hoje que o programa eleitoral das legislativas preveja “a criminalização da utilização de ‘offshore’”, considerando que são estes mecanismos que “permitem todo o crime económico” ou que encobrem os seus resultados.

O encontro nacional do BE está hoje a discutir e votar o programa eleitoral com o qual o partido se vai apresentar às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, tendo a deputada e dirigente Mariana Mortágua apresentado uma proposta, elaborada em conjunto com Izaura Solipa, para combater a utilização de ‘offshore’, ou seja, de paraísos fiscais.

“A proposta que queremos ver incluída no programa é criminalizar a utilização de ‘offshore’. Tolerância zero aos ‘offshore’, ao crime fiscal e à corrupção”, precisou.

Na perspetiva de Mariana Mortágua, com esta medida é possível contribuir “para a justiça económica”, que será aquilo que “permitirá a Portugal ter um desenvolvimento sustentável e ter recursos para investir no que conta”, ou seja, “no país, nas pessoas e em quem trabalha”.

Nos casos do BPN, BCP, BES, Operação Monte Branco, submarinos ou, mais recentemente no caso de João Rendeiro, de acordo com a bloquista, “há coisas em comum entre eles”, designadamente “fraude fiscal, a lavagem de dinheiro, a corrupção, entre as negociatas sem nome”. “São ‘offshore’ de diferentes formas, diferentes feitios, diferentes tipos”, referiu.

De acordo com Mariana Mortágua, a proposta do BE “é simples e tão radical quanto proibir a utilização de ‘offshore’”. “Se não há uma razão para alguém ter uma conta no Panamá, nas Ilhas Caimão, Ilhas Virgens Britânicas, então essa conta devia ser proibida porque nós sabemos que a sua utilização servirá para fraude fiscal, para abuso fiscal, para branqueamento de capitais”, justificou.

O encontro nacional do BE para debate do programa eleitoral 2022 será encerrado pela coordenadora bloquista, Catarina Martins.

De acordo com informação de fonte oficial do partido à Lusa, inscreveram-se para participar neste encontro mais de 400 aderentes e foram enviadas seis dezenas de contributos pelos bloquistas para incluir na proposta de programa eleitoral, alvo também de votação.

O documento programático e os seus contributos serão votados na generalidade e, para domingo, está marcada uma Mesa Nacional, órgão máximo do partido entre convenções, que fará a “discussão e votação do documento final de programa eleitoral”, bem como a aprovação das listas de deputados às eleições legislativas antecipadas.

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Congresso do Chega chumba moção para acabar com eleição de delegados

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Congresso aprovou os novos estatutos do partido, que conferem ao presidente, André Ventura, o poder de “indicar os candidatos em qualquer ato eleitoral”.

Uma recomendação apresentada hoje pelo líder concelhio de Vila do Conde ao congresso do Chega que pretendia acabar com a eleição dos delegados, que passariam a ser apenas indicados, foi chumbada depois de dividir os cerca de 400 congressistas.

Luís Vilela queria alterar o artigo 15 dos estatutos para substituir a eleição dos delegados ao congresso do partido pela “indicação” por parte da Direção Nacional, ficando para concelhias e distritais 10% dessas designações.

Esta proposta gerou polémica e dividiu mesmo os delegados, acabando chumbada com 257 votos contra, 97 abstenções e apenas 46 votos a favor. André Ventura e a Direção Nacional anunciaram que não iriam votar a recomendação.

Para justificar a proposta, Luis Vilela alegou que há militantes suspensos que continuam a questionar o partido e os seus dirigentes. “É muito triste haver militantes que já foram suspensos e nesse período, nas redes sociais através de perfis falsos, continuarem a denegrir o partido e os seus dirigentes e integrarem agora a listra de delegados. É simplesmente lamentável”, começou por dizer António Luís Vilela.

Os militantes reagiram, contestando de imediato a proposta e pedindo “democracia” e “liberdade”. Alguns, como João Leitão, lembrou que “quanto maior a participação dos militantes maior é a democracia e mais o partido cresce”.

Entre as intervenções, um militante pediu a palavra para dizer que concordava “com o que o camarada anterior disse”, mas a expressão provocou uma onda de protesto na sala que vaiou a palavra “camarada”.

“Fui e sou paraquedista e é assim que falo, e se entenderem a palavra de outra forma, o problema não é meu”, justificou o militante o que acabou por acalmar a sala da Expocenter, em Viseu, onde decorre o IV congresso do Chega.

A discussão encerrou a manhã de trabalho que também aprovou os novos estatutos do partido onde confere ao presidente, André Ventura, o poder de “indicar os candidatos em qualquer ato eleitoral” em que o partido participe, além de poder dissolver os órgãos nacionais.

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Produtos transmontanos têm uma nova marca

A Sortegel, que transforma dez mil toneladas de castanha por ano, acaba de lançar a marca Quinta de Arufe direcionada ao consumidor final. Queijo e azeite vão fazer parte do cabaz transmontano.

A Sortegel, que se assume como a maior transformadora de castanha em Portugal e um das maiores na Europa, acaba de lançar uma nova marca intitulada de “Quinta de Arufe”, em parceria com o chefe Chakall. Para além da castanha, a nova marca vai contar com produtos transmontanos como queijo e azeite, direcionados ao consumidor final.

Em declarações ao ECO, Hugo Soares, administrador da Sortegel, disse que “aproveitaram a ocasião da Expo Dubai para lançar a nova marca, Quinta de Arufe, com produtos que produzem dentro do grupo”. “Para além da castanha, que é o produto rainha, vamos comercializar queijo e azeite transmontano”, adianta. O objetivo desta nova marca é conquistar os mercados externos, mas também afirmar-se no mercado nacional.

Os produtos da Quinta de Arufe já estão disponíveis através de loja online e “em breve estará nas bancas e nas grandes superfícies”, adianta o administrador.

A Sortegel transforma dez mil toneladas de castanha por ano, têm duas quintas com produção própria de castanha e compram em toda a região castanha para transformar. “A transformação que fazemos é pelar a castanha e congelar. Toda a castanha congelada que se consome em Portugal é nossa”, conta com orgulho Hugo Soares.

Da produção anual de castanha da Sortegel cerca de 25% destina-se à comercialização em fresco sendo os restantes 75% destinados ao descasque e congelação. O grupo exporta entre 70 a 80% da produção de castanha principalmente para Itália, França e Alemanha. O ano passado a Sortegel faturou 27 milhões de euros.

A Sortegel nasceu em 1987, está localizada em Bragança, historicamente uma região de grandes plantações de castanheiros. O grupo conta com cerca de 400 hectares de produção própria de castanha com apanha mecânica e manual e emprega mais de 150 pessoas.

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Identificados dois casos da nova variante da covid-19 no Reino Unido

O Reino Unido anunciou hoje a identificação dos primeiros dois casos da Omicron no país. Angola e Moçambique acrescentados à "lista vermelha".

A notícia foi dada pelo ministro da saúde, Sajid Javid: foram identificados os dois primeiros casos da variante B.1.1.529 da covid-19, já batizada de Omicron pela Organização Mundial de Saúde. Os dois casos estão relacionados entre si e estiveram no sul de África.

“Agimos rapidamente e os indivíduos estão em isolamento enquanto o rastreamento de contacto está em andamento”, afirmou o responsável, cotado pelo The Guardian. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para proteger o público do Reino Unido contra esta ameaça emergente e é por isso que estamos a aumentar a capacidade de testagem nas comunidades afetadas”.

Sajid Javid acrescentou que o país colocou mais quatro países à “lista vermelha” de destinos proibidos: Angola, Moçambique, Malawi e Zambia.

“Este é um alerta de que ainda não saímos desta pandemia. Tomar a vacina nunca foi tão importante – por favor, apresente-se para a sua primeira injeção se ainda não o fez, e, se elegível, reserve a sua dose de reforço o mais rápido possível”, afirmou o responsável.

O ministro da saúde admitiu a possibilidade de serem tomadas novas medidas, “para proteger o progresso” já feito pelo país.

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Portugal com mais 12 mortes e 3.364 casos de covid-19

País soma 1.139.810 casos desde o início da pandemia e 18.405 óbitos. Taxa de incidência está nos 279,8 casos por 100 mil habitantes.

O relatório de situação da Direção-Geral de Saúde deste sábado dá conta de mais 3.364 casos de covid-19 e 12 mortos, números mais elevados do que na véspera. A taxa de incidência a nível nacional manteve-se nos 279,8 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) em 1,19.

Lisboa e Vale do Tejo foi a região com mais casos novos (1.159), seguindo-se o Nort (944), o Centro (720), o Algarve (294) e o Alentejo (114). Nas regiões autónomas, foram reportados 48 novos casos nos Açores e 89 na Madeira. Os óbitos registaram-se na região da capital (5), no Norte (3), no Alentejo (2), no Centro (1) e no Algarve (1).

Nos hospitais estão internados mais 3 doentes com o novo coronavírus, num total de 708. Deram entrada nos cuidados intensivos mais 4 pacientes, elevando o número total para 104, invertendo a descida verificada no dia anterior.

Recuperaram da covid-19 2.543 doentes, pelo que o país conta agora 51.689 casos ativos, mais 809 do que na véspera. As autoridades de saúde têm 59.582 contactos em vigilância, mais 2.985 do que no dia anterior.

Há uma semana, o relatório indicava 2.333 novos casos e 10 óbitos. A taxa de incidência estava em 191,2 casos por 100 mil habitantes, havendo 43.013 ativos. Nos hospitais havia 544 internados, dos quais 88 em UCI.

(Notícia atualizada às 15h25)

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CEO da Lufthansa prevê proibição de voos para não vacinados em todo o mundo

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Carsten Spohr defende a vacinação obrigatória, já adotada na Áustria, mas é algo que "os políticos têm de decidir".

O diretor executivo (CEO) da companhia aérea alemã Lufthansa, Carsten Spohr, está convencido de que serão impostas globalmente proibições de voos para pessoas não vacinadas contra a covid-19.

“Observamos essa tendência globalmente”, afirmou ao diário regional Westdeutsche Allgemeine Zeitung (WAZ), recordando, por exemplo, que os Estados Unidos só estão a aceitar a entrada de pessoas vacinadas e salientando que “a liberdade global será mantida para os vacinados e curados”.

O CEO aludiu às vantagens da vacinação obrigatória, uma vez que esta entrará em vigor na Áustria e já vigora para o pessoal de voo da Swiss, subsidiária suíça da Lufthansa.

Tanto na Swiss como na Austrian Airlines, subsidiária austríaca do consórcio, praticamente todo o pessoal de voo está vacinado e na Alemanha estão mais de 90%, sublinhou.

Carsten Spohr acrescentou que a vacinação obrigatória é algo que “os políticos têm de decidir”, ao referir-se à taxa de vacinação na Alemanha, uma das mais baixas da Europa, com apenas 68,4% da população vacinada.

“Sim, estou desiludido por um povo de poetas e pensadores não ser mais esclarecido e aberto em relação à medicina e às tecnologias modernas”, lamentou.

Segundo o representante, a regra 3G – de ‘geimpft, genesen, getestet’ (vacinado, curado ou testado) – começou a ser aplicada esta semana em voos internos da Lufthansa também para a tripulação e, por enquanto, sem quaisquer problemas.

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Rio: “Estou picado para ganhar as legislativas porque é possível”

O atual líder do PSD, Rui Rio, foi reeleito com 52,5% dos votos, derrotando Paulo Rangel na luta interna. Rio será consagrado como candidato social-democrata às legislativas no congresso de dezembro.

Perto de 46 mil militantes decidiram este sábado o futuro da liderança do PSD e quem será o candidato a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas: Rui Rio. Às 00h15 de domingo, faltavam apenas quatro secções por apurar. Rui Rio venceu Paulo Rangel com 52,49% (18.794 votos) e 47,51% (17.008 votos), respetivamente.

No total, votaram 35.802 militantes do PSD. Houve 324 votos brancos e 189 nulos. A abstenção foi de 21,8% (10.174). Rio venceu no distrito do Porto, Aveiro e Braga, enquanto Rangel venceu no distrito de Lisboa. A eleição decorreu em todo o país entre as 14:00 e as 20:00.

O atual líder tem mostrado disponibilidade para viabilizar um governo do PS, caso seja reeleito e as sondagens colocam-no como o favorito dos sociais-democratas para enfrentar António Costa. Já Paulo Rangel, que tem um apoio relevante no aparelho, tem colocado de parte a possibilidade de acordos com os socialistas.

Para Rui Rio, foram as suas terceiras diretas, tendo derrotado em 2018 Pedro Santana Lopes por 54% e em 2020 Luís Montenegro por 53%, numa inédita segunda volta no PSD. Já Paulo Rangel disputou pela segunda vez a presidência do PSD, depois de ter concorrido em 2010 contra Aguiar-Branco e Pedro Passos Coelho, que este venceu com mais de 60% dos votos após uma derrota dois anos antes contra Manuela Ferreira Leite.

Reveja aqui:

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Devoluções pós-Black Friday? Conheça os seus direitos enquanto consumidor

Na Black Friday alguns consumidores acabam por comprar produtos de que não necessitam ou, até, produtos diferentes dos anunciados. Conheça os seus direitos no que concerne à política de devoluções.

Com a avalanche de descontos e promoções apelativas, a Black Friday é um momento de tentação para vários consumidores, que acabem por comprar produtos de que não necessitam ou até, no caso das compras online, artigos diferentes dos anunciados. Que direitos têm os consumidores no que concerne à política de devoluções?

Durante este período, o consumidor mantém todos os direitos que detém num qualquer outro período, como o direito à informação”, nomeadamente no que concerne às características dos artigos, valor de desconto, preço total a pagar ou despesa de entrega “caso exista e se for uma venda online“. Os consumidores têm “ainda o direito à qualidade e garantia dos bens”, começa por explicar Luís Pisco, jurista da DECO Proteste, ao ECO.

O direito à qualidade e garantia dos bens permite que os consumidores possam “reclamar e exigir a substituição, reparação, redução do preço ou resolução do contrato” se o artigo adquirido apresentar um defeito, sinaliza o jurista.

Contudo, no que toca a artigos sem qualquer defeito há diferenças substanciais nas políticas de devolução para artigos comprados numa loja física ou através de uma plataforma online. Se o artigo não for defeituoso, se estiver em condições, e tendo sido comprado em loja física (no estabelecimento comercial diretamente) o comerciante não é obrigado a trocá-lo após a venda“, adianta Luís Pisco, acrescentando que esta situação aplica-se também se o artigo “tiver um defeito e indicar que a presente redução de preço se deve a essa situação”.

Já no caso do comércio online, “existe um direito harmonizado a nível europeu” intitulado direito de cancelamento ou também conhecido por direito de arrependimento que permite, que, “numa janela temporal de 14 dias consecutivos após a entrega do bem, seja possível ao consumidor devolver um determinado produto, independentemente de este poder ter, ou não, alguma desconformidade“, acrescenta o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, em declarações ao ECO.

Estes 14 dias são o prazo mínimo, mas há muitas empresas que promovem um prazo mais alargado para trocas e devoluções no comércio eletrónico e também no comércio físico, onde esta regra não existe. Há muitas empresas com práticas de cortesia comercial que são bastante permissivas.

João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor

Nesse sentido, no caso das devoluções de artigos comprados online o consumidor deve, nesses 14 dias, “comunicar por escrito ao vendedor a sua intenção, sem que seja necessário indicar o motivo da sua decisão”. Este prazo é estendido para 12 meses caso o vendedor não tenha informado o consumidor sobre essa possibilidade, explica Luís Pisco.

Importa ainda sublinhar que depois de manifestar a sua intenção o “consumidor deve devolver o produto ao vendedor no prazo de 14 dias” a contar dessa data e os custos de devolução devem ser suportados pelo mesmo, a menos que o vendedor não tenha “transmitido a devida informação” ao consumidor.

Posteriormente, “o vendedor dispõe de um prazo de 14 dias para proceder ao reembolso de todos os pagamentos recebidos, incluindo os custos de entrega do bem, sob pena de ficar obrigado a devolver o dobro desse valor, no prazo de 15 dias úteis, ficando ainda sujeito ao pagamento de uma indemnização pelos eventuais danos causados pelo atraso”, adianta

Apesar de não ser obrigatório, lojas físicas tendem a promover trocas e devoluções

Ainda assim, e apesar de não haver nenhuma obrigatoriedade legal para as lojas físicas, tal como João Torres já tinha adiantado ao ECO, os operadores económicos “tendem a promover prazos bastante mais alargados para as trocas e para as devoluções, quer no comércio online, cujo prazo legal mínimo é de 14 dias, quer nas lojas físicas, “tipicamente por cortesia comercial”, sinaliza.

Segundo o jurista Luís Pisco, esta diferenciação “justifica-se pelo facto de, nas compras online, o consumidor não poder contactar fisicamente com os bens, estando por isso numa posição mais fragilizada e suscetível de causar enganos”, bem como pelo facto de o comércio digital recorrer muitas vezes “a técnicas que têm como função baralhar, apressar ou levar o consumidor a uma compra por impulso não desejada”.

No ano passado, face ao contexto pandémico e dado que a maioria dos estabelecimentos comerciais estavam sob fortes restrições, o Governo assinou um protocolo com diversas associações comerciais, para permitir que as compras feiras entre 4 de novembro a 25 de dezembro de 2020 pudessem ser trocadas até 31 de janeiro de 2021. Contudo, para este ano o Governo não pretende retomar a iniciativa, dado que atualmente Portugal não enfrenta “a mesma intensidade de restrições” e “há uma grande sensibilidade dos operadores económicos para com as políticas de trocas e devoluções”, justificou o secretário de Estado, ao ECO.

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Detetado um primeiro caso suspeito da variante Omicron na Alemanha

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Caso suspeito da nova variante Omicron foi detetado no estado de Hesse, numa pessoa recentemente regressada da África do Sul, anunciaram hoje as autoridades regionais.

Um primeiro caso suspeito da nova variante Omicron foi detetado na Alemanha numa pessoa recentemente regressada da África do Sul, anunciaram hoje as autoridades regionais no estado de Hesse (oeste).

“A variante Omicron provavelmente já está presente na Alemanha”, assumiu o ministro regional de Assuntos Sociais, Kai Klose, na rede social Twitter, aludindo à nova onda da pandemia de covid-19 no país.

Os testes realizados na noite de sexta-feira a um passageiro que chegou ao aeroporto de Frankfurt, oriundo da África do Sul, revelaram “várias mutações típicas do Omicron”, acrescentou.

A nova variante do coronavírus, detetada na quinta-feira pela primeira vez na África do Sul, é considerada “preocupante” pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentando um risco aumentado de contágio em comparação com outras estirpes, incluindo a Delta, dominante e já muito contagiosa.

“Por causa dessa forte suspeita, essa pessoa está isolada na sua casa. A análise completa dos resultados ainda está em andamento”, disse o ministro. A nova variante já foi detetada também na Bélgica.

A Alemanha está a ser particularmente afetada pela nova vaga da pandemia de covid.19. Dados do Instituto Robert Koch (RKI) indicam que a taxa de incidência do novo coronavírus na Alemanha continua a somar novos picos diários desde o início deste mês e situa-se hoje em 444,3 novas infeções por cada 100.000 habitantes em sete dias, o que contrasta com as de 438,2 de sexta-feira e as 362,2 de há uma semana, numa altura em que a campanha de vacinação continua a mostrar sinais de lentidão.

Segundos os dados do RKI de virologia, atualizados hoje de madrugada, a Alemanha contabilizou 67.125 novos casos nas últimas 24 horas e 303 mortes associadas à covid-19, com o número de infeções ativas a rondar os 813.400.

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Há casos “em investigação” para identificar nova variante, diz Graça Freitas

Até à data não foi detetado nenhum caso em Portugal. Diretora-Geral de Saúde deixa apelo a quem viaje da África Austral ou de Angola que de dirija a uma farmácia para fazer um teste antigénio.

As autoridades de saúde portuguesas já estão a investigar casos de covid-19 para verificar se correspondem à Omicron, a nova variante da covid-19, afirmou este sábado Graça Freitas. Até à data não foi detetado nenhum caso em Portugal, garantiu.

Neste momento há casos em investigação. Não quer dizer que sejam casos suspeitos, estão a ser investigados. É óbvio que estamos preocupados”, afirmou a diretora-geral de Saúde. Explicou ainda que, quando é detada uma situação que pode ser de risco, os casos são sinalizados e feita a investigação genómica.

Graça Freitas deixou ainda um apelo: “Todas as pessoas que venham da África Austral ou Angola por favor dirijam-se a uma farmácia e façam um teste rápido. É gratuito e ficam a saber se estão ou não infetados. Cinco dias depois voltam a fazer o teste para saberem de estão bem”.

A nova variante do coronavírus, detetada na quinta-feira pela primeira vez na África do Sul, é considerada “preocupante” pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentando um risco aumentado de contágio em comparação com outras estirpes, incluindo a Delta, dominante e já muito contagiosa. Na Europa, já foi detetada na Bélgica e há um caso suspeito na Alemanha.

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61 passageiros da África do Sul positivos na chegada a Amesterdão

  • Lusa
  • 27 Novembro 2021

Autoridades sanitárias holandesas estão a analisar se se trata da nova variante Omicron. Passageiros foram colocados em quarentena num hotel perto do aeroporto Schipol, em Amesterdão.

Pelo menos 61 passageiros de dois voos da África do Sul testaram positivo para a covid-19 na chegada a Amesterdão, anunciaram hoje as autoridades sanitárias dos Países Baixos, que estão a analisar se se trata da nova variante Omicron.

“Sabemos agora que 61 dos resultados [dos testes ao novo coronavírus] foram positivos e 531 negativos”, indicou a autoridade de saúde holandesa (GGD), acrescentando que os passageiros com teste positivo, que chegaram todos na sexta-feira, foram colocados em quarentena num hotel perto do aeroporto Schipol, em Amesterdão.

Os que tiveram resultado negativo podem continuar viagem caso não residam na Holanda. Caso contrário, terão de ficar em isolamento profilático nas suas residências.

“Os testes positivos vão ser agora analisados para determinar o mais rápido possível se se trata da nova variante”, acrescentaram as autoridades sanitárias holandesas.

Uma nova variante do coronavírus, o Omicron, detetada pela primeira vez na África do Sul é considerada “preocupante” pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na sexta-feira à noite, o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) alertou para o facto de a nova variante representar um risco “alto a muito alto” para a Europa, apresentando um potencial elevado de contágio em comparação com outras variantes, incluindo a Delta, dominante e já muito contagiosa.

Além da África do Sul, o Omicron foi detetado no Malauí, origem também do único caso detetado em Israel, Botsuana, Hong Kong e Bélgica, este último país membro da União Europeia (UE).

Mais países estão a suspender as viagens de e para a África Austral para conter a Omicron. A preocupação quando à nova variante “afundou” os mercados de ações mundiais e os preços do petróleo, desferindo mais um golpe na economia global ainda numa fase de recuperação.

Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), divulgado na sexta-feira, a covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Omicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a OMS, o “elevado número de mutações” pode implicar maior infecciosidade.

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