Accenture discute sustentabilidade na Web Summit

  • ECO
  • 31 Outubro 2021

A consultora liderada por José Gonçalves vai promover um evento paralelo à Web Summit para discutir a tecnologia e como instrumento que incentiva a sustentabilidade.

A consultora Accenture vai estar presente mais uma vez na Web Summit. É um dos patrocinadores da conferência, que começa hoje em Lisboa, e vai promover um evento paralelo sobre a sustentabilidade e como a tecnologia permite a mudança. No dia 3, a Accenture reúne gestores como Andy Brown, da Galp, Isabel Vaz, da Luz Saúde, e Steven Braekeveldt, da Ageas.

A Accenture, liderada em Portugal por José Gonçalves, quer discutir como é que a tecnologia é um ‘enabler’ da sustentabilidade.

Neste encontro, participará também Patrick Dixon, autor e ‘futurista’, que abordará temas como os riscos que se colocarão aos negócios no futuro e as escolhas que serão necessárias fazer.

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Levar a marmita de casa para ir buscar comida fora? Mais vale começar já a poupar 0,30€

  • Capital Verde
  • 31 Outubro 2021

Levar marmita de casa para ir buscar comida pronta ao restaurante? É possível mas há quem ainda não saiba. A ZERO criou o projeto “Take It” para incentivar consumidores, restaurantes e supermercados.

A ZERO criou o projeto “Take It”, cujo objetivo é reforçar a comunicação sobre a nova lei, aprovada em julho deste ano, segundo a qual os estabelecimentos que forneçam refeições prontas a consumir em regime de pronto-a-comer são obrigados a aceitar que os clientes possam utilizar os seus próprios recipientes, trazidos de casa, desde que devidamente higienizados.

E apresenta razões económicas de peso: “Se cada recipiente descartável custar 20 cêntimos e 10 clientes por dia trouxerem recipientes reutilizáveis, a poupança anual será de 720 euros”, diz a Zero em comunicado.

Os clientes também poupam, já que a partir de janeiro cada embalagem de take away pedida (até agora grátis) vai passar custar 30 cêntimos, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Para o Estado será um encaixe de 10 milhões de euros.

Além da carteira dos clientes e restaurantes , fica também o ambiente a ganhar: a produção de resíduos per capita tem estado a aumentar nos últimos anos, sendo de 511 kg/por pessoa em 2020. Neste cenário, as embalagens (incluindo as de take away) representam cerca de 26% do total de resíduos urbanos produzidos anualmente, o que equivale a cerca de 130 kg per capita.

Na mesma lei que entrou em vigor em julho está, ainda, referido que os estabelecimentos devem comunicar esta nova possibilidade de forma clara. Neste âmbito, o projeto “Take It” pretende ajudar os restaurantes a fornecerem a informação necessária aos clientes, de forma a que estes privilegiem o uso de embalagens próprias quando vão buscar comida para levar para casa.

O movimento pretende, por isso, reunir vários estabelecimentos do setor da restauração e levá-los a promover esta iniciativa nos locais de aquisição e consumo de refeições. As empresas de restauração que quiserem aderir ao projeto terão acesso a materiais de comunicação gratuitos que poderão usar nas suas instalações, a fim de sensibilizar o cliente.

Mas, além da disponibilização de materiais de comunicação, o “Take It” também irá disponibilizar formação gratuita aos estabelecimentos aderentes, no sentido de promover um maior conhecimento sobre as melhores práticas ambientais no setor.

Os estabelecimentos que estejam interessados em fazer parte do projeto “Take It”, disponibilizado pela ZERO, podem inscrever-se no website da iniciativa.

De acordo com a ZERO, esta nova medida vai permitir aos estabelecimentos de restauração e similares reduzirem custos e, assim, recuperar de uma situação em que sofreram um elevado impacto na sua atividade (pandemia).

A associação apela, por isso, à necessidade de se aproveitarem todas as possibilidades de redução de resíduos para se conseguir reduzir o impacto no ambiente, na qual está incluída a promoção da reutilização em áreas como o pronto-a-comer.

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Chumbo do Orçamento “não é propriamente um dilúvio”

  • Lusa
  • 31 Outubro 2021

O economista e antigo ministro Bagão Félix considera que o chumbo do Orçamento "não é propriamente um dilúvio" e que o regime provisório de duodécimos "não tem só desvantagens".

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o antigo ministro das Finanças e da Segurança Social afirmou que “a não aprovação de um Orçamento do Estado, em tese, não é propriamente um dilúvio”. “É tão legítimo democraticamente aprovar um orçamento como não o aprovar, uma gestão orçamental pública com base no orçamento do ano anterior”, ou seja, 2022 com base em 2021, “não tem só desvantagens”, referiu

“Quando nós falamos de duodécimos, nós só falamos dos gastos, da despesa, não falamos das receitas, dos impostos e das taxas, essas não funcionam por duodécimos”, prosseguiu.

Tal “significa que o Governo nos próximos meses vai estar mais contido do lado da despesa”, mas do lado da receita “poderá continuar a funcionar e é provável que, embora admitindo já que a não aprovação do orçamento pode retirar alguma percentagem de crescimento no PIB [Produto Interno Bruto] – tem essas consequências laterais, mas que também são importantes – o que é certo é que no atual contexto um regime provisório limitado de duodécimos é uma maneira de diminuir o défice”, argumentou o economista.

Apesar dos duodécimos, Bagão Félix considerou que “os investimentos não vão ser muito prejudicados”, até porque “pode haver adiantamentos ou outra forma de gerar despesa sem ser despesa ainda, portanto, gerar ativos se quiser”, apontou. Por exemplo, o aumento do capital de uma empresa pública, como a CP, “para ela reduzir o passivo”.

Bagão Félix também considerou que o investimento decorrente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não será afetado. “Nada disso é prejudicado e, nesse sentido, o primeiro-ministro até pode dizer que é uma das razões por que não se demite”, considerou.

“O que é certo é que agora estamos perante um caso relativamente novo, porque provavelmente a partir dos próximos dias ou semanas deixa de haver o órgão fiscalizador”, sendo que o fiscalizado que é o Governo fica sem o fiscalizador, que é o parlamento, “o que significa que as suas competências são limitadas porque matéria reservada, exclusiva ou predominantemente ao parlamento não pode ser agora posta em prática em matérias legislativas ou de discussões dos próprios diplomas” na Assembleia da República, sublinhou.

“Isso é sem dúvida verdade, mas António Costa não se demitiu, portanto, não é um Governo de gestão (…) não está sujeito a limitações próprias de um Governo de gestão”, referiu. “O que não deixa de ser hábil da parte do primeiro-ministro”, destacou. Questionado sobre se António Costa deveria ter apresentado demissão, Bagão Félix insistiu que do ponto de vista “da tática política” o primeiro-ministro “foi hábil”. Agora, se devia ou não ter feito, disse, “há argumentos a favor de não se ter demitido e haverá argumentos a favor de se ter demitido”.

Do ponto de vista político, “acho que a demissão lhe cairia bem, do ponto de vista de alguns aspetos da gestão da coisa pública, de que o Governo é o principal responsável, também tenho de aceitar que há argumentos fortes para não se poder demitir”, sublinhou o economista.

Admitiu que não haver orçamento e estar em regime de duodécimos poderá gerar “menor confiança” e de “menor atrevimento de investimento privado”, mas “sobretudo” adiamento de decisões, incluindo de investimento estrangeiro.

Mas a gestão em duodécimos “só terá algum efeito mais nocivo se a crise se estender além daquilo que é desejável, essa é a questão mais melindrosa na posição de dissolução” da Assembleia da República, considerou.

Sobre o setor da saúde, o economista defendeu que será “dos que é menos prejudicado pelos duodécimos”, já que o orçamento deste ano, pela natureza do combate à pandemia e do esforço que foi feito, “era mais robusto”.

Quanto ao IVaucher, disse perceber a medida “do ponto de vista de relançamento económico” das atividades, mas “ao lado disso está uma regressão fiscal”.

Em termos políticos, Bagão Félix salientou que os partidos à esquerda do PS, considerando que não tinham ganhado muito “com este casamento ou este namoro durante estes anos”, avançaram com aquilo que o próprio denominou de IVG – “interrupção voluntária da geringonça” porque “acentuou-se crescentemente a ideia de uma negociação de retalho”.

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Majorações do subsídio de desemprego e adicional ao ISP mantêm-se

  • Lusa
  • 31 Outubro 2021

As majorações de 10% do subsídio de desemprego dos casais e do limite mínimo deste subsídio são renovadas anualmente via Orçamento do Estado, mas o ‘chumbo’ do documento não implica o seu fim.

Para Susana Afonso, especialista em Direito do Trabalho, a majoração do montante do subsídio de desemprego e do subsídio por cessação de atividade prevista no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) não é interrompida pelo facto de o país se preparar para entrar no novo ano sem o documento aprovado, antes se manterá “em vigor até à entrada em vigor do Orçamento do Estado do 2022”.

Tudo porque, afirma a sócia da CMS Rui Pena & Arnaut, “de acordo com a lei de enquadramento orçamental [LEO], a rejeição da proposta de lei deste Orçamento do Estado de 2022, ocorrida na passada quarta-feira, determina a prorrogação da vigência do Orçamento do Estado hoje vigente”.

Também Madalena Caldeira, especialista em Direito do Trabalho da Abreu Advogados entende que o facto de o país entrar no novo ano sem um novo Orçamento do Estado em vigor não impede a manutenção das medidas.

Sem um Orçamento aprovado, o país entra em regime de duodécimos, com a lei de enquadramento orçamental a estipular que durante este período transitório a execução orçamental não pode exceder o duodécimo das despesas.

Neste contexto, e numa “análise muito preliminar”, Madalena Caldeira entende que a despesa com a referida majoração estaria acautelada no âmbito do regime transitório. Mas, além disto, aponta, a LEO coloca as prestações sociais entre as situações que não estão sujeitas ao limite de despesa imposto pelo regime dos duodécimos.

Em causa está um apoio extra criado em 2012 que consiste na majoração em 10% do montante diário do subsídio de desemprego e do subsídio por cessação de atividade quando no mesmo agregado familiar, ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união de facto sejam titulares do subsídio de desemprego ou do subsídio por cessação de atividade e tenham filhos ou equiparados a cargo ou quando no agregado monoparental, o parente único seja titular do subsídio de desemprego ou do subsídio por cessação de atividade.

Esta majoração manteve-se em vigor desde então, sendo anualmente renovada pela lei do Orçamento do Estado.

A mesma leitura aplica-se à majoração do limite mínimo do subsídio de desemprego (para 504,63 euros) que entrou em vigor com o OE2021 e cuja manutenção estava prevista na proposta de OE2022.

O adicional ao Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos é outra das medidas que consta habitualmente do Orçamento do Estado, mas para Patrick Dewerbe, sócio de Fiscal da CMS Rui Pena &Arnaut, a inexistência de um OE em vigor em janeiro de 2022 não impede a sua cobrança.

Segundo o advogado especializado em temas fiscais, a cobrança deste adicional é “legalmente possível”, até porque, refere, o OE2021 estabelece no número 2 do artigo 407.º que “o adicional a que se refere o número anterior integra os valores das taxas unitárias fixados nos termos do n.º 1 do artigo 92.º do Código dos IEC.”.

Desta forma, Patrick Dewerbe considera que “este adicional foi, por disposição expressa da Lei, integrado nos ‘valores das taxas unitárias do ISP’ pelo que o adicional das taxas de ISP só poderá deixar de integrar as referidas taxas se for aprovada norma expressa nesse sentido”.

Porém, acrescenta o jurista, a não existência de um OE em vigor retira base legal à consignação de receita obtida por via deste adicional.

Recorde-se que receita o adicional ao ISP -, criada em 2004, segundo precisou esta semana o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes está consignada ao fundo permanente florestal.

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Este Honda “e” diferente

Estilo retro-futurista atrai muitos olhares. E a ausência de espelhos retrovisores causa estranheza a quem o vê, mas não quando se conduz.

Poucos automóveis têm a capacidade de nos fazer ficar com um torcicolo. Maior parte das vezes, passam por nós na estrada e nem os vemos. Vemos, mas não ligamos. É mais um… A exceção vai para aqueles desportivos que de tão raros, chamam à atenção do nosso olhar. Ou então, quando vemos efetivamente algo de diferente a cruzar o nosso olhar. E, com a devida vénia, a Honda conseguiu fazer exatamente isso com um… pequeno citadino.

Não traz nenhum ronco “daqueles”. Nada disso. Aliás, nada mesmo. Não há qualquer barulho já que o Honda e é elétrico. O que nos “obriga” a reparar nele é mesmo o look totalmente diferente de todos os outros modelos de quatro rodas. É um automóvel futurista, cheio de estilo. Uma reinterpretação do N 600 que faz rodar pescoços por onde passa. E quando estacionado, é um desbloqueador de conversa.

2020 Honda e

“Já viste”, diz uma para a outra com ar de espanto… “é um Honda. Está muito giro!”. Duas amigas, uma delas cliente da marca de longa data, não resistiram a dar umas voltas em volta do pequeno e, sem se aperceberem de que quem tinha a chave no bolso estava logo ali ao lado. Carregamos no botão para abrir o carro, saltam os puxadores das portas dianteiras e, sem querer, pregamos um pequeno susto. “Podem ver. Estejam à vontade…”. E está dado o mote para uma boa conversa improvável entre vizinhos de uma grande cidade.

Sem espelhos, mas muitos ecrãs

“É tão diferente!”. Desde os faróis redondinhos disfarçados numa grelha sem a tradicional… grelha, até à ausência de espelhos retrovisores. “Já viste onde são os espelhos?”, diz uma à outra quando abrimos a porta e ligamos o carro, fazendo acender não um, dois ou três ecrãs, mas cinco! Dois deles, nos extremos do tablier transmitem em tempo real a imagem captada pelas câmaras suspensas em dois spoilers, um de cada lado, colocados onde habitualmente estão os espelhos.

2020 Honda e

É o feature deste Honda e, que não sendo um exclusivo — o Audi e-tron já os usa —, fazem brilhar o citadino nipónico. Seria de pensar que é estranho, mas na realidade é quase natural olhar para os dois pequenos ecrãs enquanto estamos a conduzir. E quando estamos a fazer qualquer manobra, temos outro ecrã que nos permite ver o que se passa na parte de trás. Depois volta ao que se quer ver, seja a estação de todo, seja o mapa para sabermos onde virar ou monitorizar o desempenho do e. Por exemplo, perceber os fluxos de energia. Ou até usar a entrada HDMI para ligar, por exemplo, uma PS5 e aproveitar um dos dois ecrãs de 12,3 polegadas.

Autonomia para a cidade

É diferente. É muito tech por dentro, tal como se percebe por fora, mas a Honda não se esqueceu do conforto e, claro, da qualidade na escolha dos materiais a bordo. O conforto sente-se tanto nos bancos, macios, mas também numa suspensão bem afinada e numa transferência suave da potência do pedal do acelerador para as rodas. Equipado com um motor elétrico de alta potência disponível em duas opções: de 100 kW (136 cv) ou de 113kW (154 cv), o Honda e garante a vitalidade necessária na cidade, não nos deixando ficar mal quando o caminho passa pela autoestrada. Fora do habitat é que a bateria se ressente mais.

“Qual é a autonomia?”, pergunta uma das amigas. São 313 km, na cidade, valor que cai para 220 em WLTP. “Ah… mas isso não é real. Depois quando andamos com o carro não se consegue chegar a esses valores e isso é um problema”, atira. “É preciso mais…”. É, se quisermos utilizar o Honda e para uma viagem mais longa, mas para o dia a dia, para o casa-trabalho-casa, é mais do que suficiente. Consome pouco, por isso é possível carregá-lo só uma vez por semana — 80% em 30 minutos num posto de carregamento rápido —, bastando para isso abrir o “mini capot” recortado no capot. É mais um detalhe que marca a diferença, mas todos estes detalhes valem mais de 36 mil euros?

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COP26 arranca hoje em Glasgow. Chegar a 2050 com carbono zero custa 70 biliões de dólares

A Presidência da COP26, lançou jáem Glasgow a Financial Alliance for Net Zero que representa mais de 70 biliões dólares de ativos direcionados às emissões líquidas zero até 2050.

De acordo com as estimativas da OCDE, foram mobilizados 78,9 mil milhões de dólares em financiamentos para o clima em 2018. Ao mesmo tempo, bancos de desenvolvimento multilaterais estimaram que 41,5 mil milhões de dólares foram disponibilizados para os países em desenvolvimento em 2019.

Agora, a Glasgow Financial Alliance for Net Zero representa mais de 70 biliões dólares de ativos direcionados às emissões líquidas zero até 2050. Mais de 2.000 organizações em todo o mundo apoiam as Divulgações Financeiras Relacionadas às Mudanças Climáticas (TCFD). E 17 bancos centrais comprometeram-se a submeter seus sistemas financeiros a testes de stresse contra os riscos climáticos.

“O apoio financeiro é essencial para acelerar a transição para as emissões líquidas zero e alcançar todos os objetivos do Acordo de Paris. No último ano, os setores público e privado trabalharam intensamente para instituir as bases para garantir que todas as decisões financeiras levem a mudança climática em consideração. Até a COP26 devemos desenvolver essa base por meio de compromissos com as emissões líquidas zero por parte das maiores instituições financeiras privadas do mundo e com novos mercados que ajudam a atender as necessidades do mundo em desenvolvimento”, disse o consultor de Finanças do primeiro-ministro britânico, Mark Carney, para a COP26.

Foi precisamente para estimular o setor financeiro a fazer mais, que a Presidência da COP26, os Campeões de Alto Nível do Clima na ONU e Mark Carney lançaram a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ).

A Aliança já reúne mais de 160 empresas que, em conjunto, são responsáveis por ativos superiores a 70 biliões de dólares das principais iniciativas para as emissões líquidas zero em todo o sistema financeiro, a fim de acelerar a transição para emissões líquidas zero para, no máximo, até o ano de 2050. Essas iniciativas devem ser reconhecidas pela Race to Zero, o que significa utilizar diretrizes baseadas na ciência para alcançar as emissões líquidas zero e definir metas intermediárias até 2030.

A Aliança inclui 43 bancos que representam 28,5 biliões de dólares através da Net Zero Banking Alliance, 87 gestores de ativos que representam 37 biliões através da Net Zero Asset Managers Initiative e ainda 37 proprietários de ativos que representam 5,7 biliões de dólares através da Net Zero Asset Owner Alliance.

A Aliança impulsionará e reforçará a ambição do setor financeiro para a COP26. De acordo com Carney, para cumprir o Acordo de Paris, toda a economia global precisa mudar. Empresas, bancos, seguradoras e investidores devem adequar seus modelos de negócio e desenvolver planos confiáveis de transição para uma economia de emissões líquidas zero e implementá-los.

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Elétrico, híbrido, gasolina ou gasóleo. Qual sai mais barato?

A alta dos combustíveis está a empurrar cada vez mais condutores para os carros elétricos. Mas serão a solução mais económica em todos os casos?

Se perguntar a quem trabalha num stand de automóveis o que por estes dias mais procura quem lá entra, é muito provável que a resposta seja: um carro elétrico. As vendas já vinham a crescer e o preço recorde dos combustíveis acelerou a tendência.

Segundo dados divulgados pela Associação de Utilizadores de Veículos elétricos, em setembro foi batido o recorde mensal de vendas de carros 100% elétricos em Portugal, com 1.551 veículos comercializados, o dobro do mesmo mês no ano passado. Nos nove meses de 2021 já se venderam 19.673 veículos elétricos.

Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, detalha que 6% dos veículos ligeiros vendidos entre janeiro e setembro foram elétricos puros, 20% foram híbridos, 34% foram a gasóleo e 38% a gasolina. O que representa uma revolução num mercado que até há muito poucos anos era dominado pelo diesel.

Basta consultar algumas opções para perceber que os motores da moda obrigam a desembolsar muito mais euros do que os irmãos a combustão. Para a equação da poupança fazer sentido, é preciso que aquilo que se paga a mais seja compensado pelo menor custo de utilização. É aí que o elétrico esgrime os seus argumentos.

A primeira diferença está no custo da energia. Tomemos como exemplo um Nissan Leaf com um motor de 110 kW e que consome 171 Wh/km. Considerando o preço de referência da Galp para um carregamento em vazio com o cartão Galp Eletric (0,15 cêntimos por kWh), custa 2,55 euros percorrer 100 quilómetros. Se o carregamento for feito na rua é preciso juntar os 0,1657 cobrados pela Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica, o que perfaz 2,72 euros.

Tendo em conta os preços mais recentes da Direção-Geral de Geologia e Energia, percorrer 100 quilómetros numa automóvel a diesel que gaste 5 litros obriga a pagar 7,69 euros (gasóleo simples a 1,538 euros o litro). Se o combustível for gasolina (1,723 euros o litro), a fatura sobe para 8,6 euros. Já agora, se for GPL o mesmo consumo fica em 4,74 euros (0,79 euros por litro).

Depois há as revisões, que também ficam mais em conta num automóvel elétrico. A manutenção é menos frequente — não é preciso mudar o óleo do motor, por exemplo — e mais simples, porque o sistema do motor elétrico tem menos componentes móveis. Não há filtros de ar (só do habitáculo) e de combustível, filtro do óleo, velas ou correias de distribuição que encarecem a ida à oficina. Quem usar o sistema de travagem regenerativo, além de carregar a bateria, também poupa nas pastilhas dos travões. As marcas recomendam à mesma a passagem pela oficina a cada 15 mil quilómetros, mas a fatura será sempre mais pequena, salvo algum problema mais complexo.

Por fim há a fiscalidade. Helder Pedro assinala que os elétricos “têm isenção de imposto na compra e não pagam Imposto Único de Circulação”. Para as empresas, têm ainda a vantagem de não pagarem tributação autónoma, que também é mais reduzida nos híbridos plug-in. “Em algumas cidades não se paga o estacionamento público, mediante a colocação de um dístico”, lembra ainda.

Preço superior dos elétricos compensa?

Mas para que a equação da poupança faça sentido, é preciso que o que se paga a mais pela aquisição do elétrico seja mais do que compensado pelos menores custos de utilização. Para fazer a comparação, o ECO recorreu ao simulador da DECO Proteste, que considera, além do custo de aquisição, os encargos com combustível, seguros, imposto de circulação, manutenção e pneus para chegar ao custo por quilómetro de utilização de cada modelo.

Pegando no Peugeot e-208, um dos modelos que mais procura tem tido, as contas da DECO não o colocam como a opção mais em conta quando comparado com os motores de combustão. Considerando 15.000 km por ano, durante 5 anos, o simulador indica um custo por quilómetro de 0,372 euros para o Peugeot e-208 136 50kWh Allure Pack, superior aos 0,348 euros da versão a gasolina do 208 com potência semelhante ou aos 0,326 euros do Peugeot 208 1.5 Blue HDi.

Quanto mais anos se usar o carro, mais a diferença no custo de aquisição é amortizada. Ao fim de oito anos, o e-208 já compensa ligeiramente face ao 208 a gasolina, mas continua a ficar atrás do diesel. As simulações não incluem o “cheque” de três mil euros dado pelo Estado para os primeiros 700 que concorram ao apoio.

Quando vamos para o Hyundai Kauai, o caso muda de figura. O elétrico (Kauai EV 39kWh Premium) tem um custo por quilómetro de 0,392 euros, abaixo dos 0,393 da versão a gasolina (Kauai 1.0 T-GDI Premium) ou mesmo dos 0,418 euros do motor híbrido a gasóleo ( Kauai 1.6 CRDI 136 Premium MHEV MY21).

Se a ideia for ficar com o carro durante oito anos, a vantagem do elétrico é ainda mais evidente. Ao fim deste tempo terá poupado 3.904 euros face à versão a gasolina e 4.896 face ao híbrido a gasóleo.

Subindo para a gama alta, as conclusões repetem-se. O BMW iX3 (G08 80kWh 286 Impressive) tem um custo por quilómetro de 0,681 euros com cinco anos de utilização, inferior aos 0,647 euros do BMW X3 híbrido (xDrive 30e), aos 0,687 da versão a gasóleo (xDrive 20d) e dos 0,73 euros da versão a gasolina (xDrive 20i). Para poupar face ao elétrico, só mesmo com o sDrive 18d.

A autonomia e durabilidade das baterias

Há ainda outros fatores que deve ter em consideração, como a desvalorização previsível do carro, caso pretenda vendê-lo ao fim de alguns anos. No caso dos elétricos, há a questão da durabilidade das baterias. É frequente a garantia destas abranger apenas 8 anos, pelo que a partir daí o valor do carro poderá ser residual. “Se o circuito do dia-a-dia for citadino, face às vantagens fiscais para particulares e empresas, pode compensar”, aponta Hélder Pedro.

Outra variável a ter em conta é a autonomia dos automóveis elétricos. Para quem necessite de fazer viagens longas, o limite das baterias pode ser insuficiente, embora o número de pontos de carregamento público esteja a crescer a bom ritmo, facilitando o recarregamento, em modo lento ou rápido. Já para uma utilização mais citadina, a autonomia dos novos modelos é suficiente.

As simulações apresentadas são meramente ilustrativas. Nada como fazer as contas de um caso concreto para descobrir qual a solução onde mais poupa. “Nós defendemos a neutralidade da tecnologia e não uma imposição do Estado ou da União Europeia. As marcas têm ofertas diversas e a opção cabe ao consumidor”, remata o secretário-geral da ACAP.

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Dos contratos ao “streaming”, saiba como poupar nas telecomunicações

Renegociar contratos, fazer simulações ou diversificar os serviços por operadora. Por ocasião do Dia Mundial da Poupança, o ECO sondou o ComparaJá e a Deco em busca de dicas para aliviar a fatura.

Muitos portugueses não sabem que é possível renegociar os contratos e os equipamentos com as operadoras de telecomunicações. Outros não fazem ideia de que atualmente já existem pacotes que oferecem serviços de streaming gratuitamente. Por ocasião do Dia Mundial da Poupança, o ECO dá-lhe a conhecer algumas dicas que podem gerar boas poupanças e aliviar a despesa das famílias.

Esteja atento ao fim da fidelização

Há formas de poupar na fatura das telecomunicações, desde que esteja fora do período de fidelização, ou caso este esteja a aproximar-se. Se for o caso, a melhor altura para tentar baixar o valor que paga mensalmente é estar atento ao final dos contratos.

“Muitas das vezes, e por distração ou esquecimento, deixamos a data do contrato expirar e acabamos por pagar uma mensalidade que não pagaríamos se renovássemos o contrato a tempo”, diz fonte oficial do ComparaJá.

Compare todas as ofertas na sua área

Além disso, nem sempre é vantajoso continuar na mesma operadora ou no mesmo pacote. É importante comparar preços e ofertas.

“Comparar o preço é importante, mas é necessário que se tenha um produto adequado às necessidades, pelo que é fundamental analisar as condições”, explica fonte do Gabinete de Proteção Financeira da Deco.

Assim, a associação recomenda a que os consumidores façam uma simulação para saber quanto pagariam efetivamente pelos serviços contratualizados em cada uma das operadoras que cobrem a área de residência.

Contrate só o que precisa (na medida do possível)

Outra dica é só contratualizar o que se necessita. No mercado, existem ofertas personalizadas “que permitem que se contrate apenas o que se necessita, permitindo economizar a fatura”, sinaliza a Deco.

Neste âmbito, fonte oficial do ComparaJá alerta que, à primeira vista, “pode parecer mais barato agrupar todos os produtos (TV, internet, voz e telemóvel)”. No entanto, para a carteira das famílias, pode ser mais vantajoso “diversificar os produtos por operadora”.

No mesmo sentido, a Deco aconselha a “analisar os consumos habituais para se escolher e alterar o tarifário compatível com a utilização pretendida”. Mas, para isso não se esqueça do referido em cima: é preciso saber quando acaba a fidelização.

Negoceie a renovação dos equipamentos

Na hora de renovar contrato, e se for cliente há vários anos, uma das possibilidades está relacionada com a negociação da renovação dos equipamentos. “Esta pode ser uma solução para conseguir equipamentos atualizados, nomeadamente a box ou o router“, sublinha o Comparajá.

Há pacotes que oferecem streaming

Por fim, e numa altura em que as plataformas de streaming já entram nas despesas mensais de muitos portugueses, o ComparaJá lembra que “atualmente já existem pacotes de telecomunicações que oferecem esses serviços gratuitamente“, pelo que não terá que desembolsar mais dinheiro para ter acesso a alguma das principais plataformas.

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Pires de Lima também vai abandonar o CDS-PP

No mesmo dia em que Adolfo Mesquita Nunes anunciou que vai sair do partido, o histórico militante do CDS-PP António Pires de Lima também bate com a porta.

No mesmo dia em que Adolfo Mesquita Nunes anunciou que vai sair do partido, histórico militante do CDS-PP, António Pires de Lima também anunciou que está de saída.

Pires de Lima anunciou a decisão esta noite, numa entrevista à SIC Notícias. “O que o presidente (Francisco Rodrigues dos Santos) fez nas últimas 48 horas é a maior desqualificação dos militantes do CDS”, disse Pires de Lima à estação de televisão.

O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou na madrugada de sexta-feira o adiamento, para depois das eleições legislativas, do congresso eletivo do partido, que deveria realizar-se a 27 e 28 de novembro, em Lamego.

Esta decisão levou Adolfo Mesquita Nunes a bater com a porta e desfiliar-se do partido. O ex-secretário de Estado do Turismo justificou a sua saída num longo post no Facebook, onde escreveu que “o partido em que me filiei, o CDS das liberdades, deixou de existir”.

Depois do ex-secretário de Estado do Turismo, agora é a vez do histórico militante do CDS-PP, António Pires de Lima, anunciar a saída.

“Faço-o com enorme tristeza”, disse à SIC Notícias, acrescentando já não ter “condições interiores de continuar a ser militante depois do que aconteceu”.

Na sexta-feira, António Pires de Lima já tinha afirmado à agência Lusa que o adiamento do congresso do partido é “sobretudo um ato de incoerência”.

A possibilidade de um adiamento do congresso é sobretudo um ato de incoerência de quem já tinha marcado este congresso e de quem apela sistematicamente à liberdade de escolha dos cidadãos, na educação, à liberdade na saúde, à liberdade na segurança social, para depois, quando é o seu poder e aquilo que o seu poder representa que pode estar em causa no partido, sonegar a liberdade de escolha aos militantes do CDS a liberdade de poderem decidir com que presidente e com que direção querem ir a eleições”, afirmou António Pires de Lima, em declarações à Lusa.

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Eleições à vista a 16 de janeiro. Há consenso à esquerda e à direita

Os partidos políticos foram recebidos pelo Presidente da República e parece haver um consenso à volta do dia 16 de janeiro como data provável para as legislativas antecipadas.

Antes de convocar eleições, o artigo 133.º da Constituição determina que o Presidente da República tenha de ouvir os partidos políticos e o Conselho de Estado. Os partidos políticos estão a ser ouvidos este sábado e os conselheiros de Estado vão ser ouvidos na próxima quarta-feira, dia 3 de novembro.

Sendo quase certo que o país irá para eleições antecipadas, o tema de conversa com os partidos ao longo desta tarde foi a data das eleições. E parece começar a haver um consenso, à esquerda e à direita, à volta do mês de janeiro e, mais especificamente, do dia 16.

Marcelo Rebelo de Sousa, mesmo antes do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, tinha antecipado a possibilidade de eleições para o mês janeiro.

Até agora a destoar do 16 de janeiro, apenas João Cotrim de Figueiredo, do Iniciativa Liberal, que prefere a data de 30 de janeiro. Cotrim de Figueiredo aponta como justificação a “campanha eleitoral demasiado curta, a época natalícia” e, por outro lado, a necessidade de dar tempo aos partidos que estejam em processo de alteração de liderança interna.

O Chega, o segundo partido a ser ouvido em Belém, também defendeu a realização de eleições legislativas em 16 de janeiro e pediu “cautela” ao Presidente da República para que “não passe a ideia” que pode estar envolvido na disputa de liderança do PSD.

Isto porque Marcelo Rebelo de Sousa recebeu Paulo Rangel no dia da votação do Orçamento do Estado, sendo que o candidato a líder do PSD pediu eleições mais tarde, a 20 ou 27 de fevereiro.

À SIC, Rui Rio defendeu esta sexta-feira que a data que o Presidente da República escolher para legislativas vai revelar se “quis dar uma ajuda” ao PSD “e, neste caso, mais a um candidato”, Paulo Rangel. O atual líder do PSD, nessa mesma entrevista, afirmou que “é impossível [eleições] antes de 9 de janeiro, mas pode ser a 16.”

Este sábado, à saída da audiência em Belém, José Luís Ferreira também disse que, “havendo eleições, que elas se pudessem realizar por volta de 16 de janeiro”. “Tendo em conta o calendário imposto pela lei, que são os 55 dias de antecedência, e depois também as festividades de Natal”, existem condições para, “havendo eleições, que elas se pudessem realizar por volta de 16 de janeiro”, explicou o líder do PEV.

Para o PAN, as legislativas devem realizar-se “entre final de fevereiro e início de janeiro”, sem serem atrasadas por “interesses político-partidários”, mas com tempo para o parlamento fechar alguns diplomas. Inês Sousa Real assegura que “o PAN estará mais do que preparado para na data de 16 de janeiro irmos a eleições”.

O CDS, através do seu líder Francisco Rodrigues dos Santos, disse acreditar que as eleições devem realizar-se “logo, logo que possível”, propondo as datas de 9 ou 16 de janeiro.

Jerónimo de Sousa concorda: “Se vamos para eleições, então que se vá o mais depressa possível”. O líder do PCP defende que a data “não deveria passar do dia 16 de janeiro, tendo em conta a quadra natalícia, o Ano Novo, e permitir a realização da campanha” eleitoral.

Seguiu-se nas audiências em Belém Catarina Martins do Bloco que também defendeu que as eleições devem acontecer “o mais depressa possível”, e alinhou com a maioria dos partidos: “Será impossível [haver eleições] antes de 16 de janeiro; depois dessa data o Presidente da República ponderará”.

Na conversa com Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio disse ter transmitido a ideia de que “estamos numa crise política, que quanto mais depressa for resolvida, melhor”. O líder do PSD apontou a data de 9 de janeiro, mas referiu que “se quisermos afastar a campana do Natal, pode ir a 16 de janeiro”. Justificou a preferência da data com a economia e com a necessidade de pôr em marcha o PRR, cujos fundos têm três anos para serem aplicados.

José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, também defendeu que, dada a decisão do Presidente da República de dissolver o parlamento, a “data adequada” para as eleições seria 16 de janeiro, de maneira a garantir “as condições de governabilidade adequadas”.

(Notícia atualizadas às 21h20 com a posição do Partido Socialista)

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G20 acorda imposto global mínimo de 15% sobre grandes empresas multinacionais

  • Lusa
  • 30 Outubro 2021

Os líderes do G20 acordaram hoje, em Roma, um imposto global de pelo menos 15% sobre as grandes multinacionais para garantir um sistema tributário mais justo.

De acordo com estas fontes, citadas pela agência Efe, os líderes chegaram a este acordo histórico após quatro anos de intenso debate, sendo o objetivo evitar que as grandes empresas multinacionais beneficiem de regimes fiscais complacentes, não pagando impostos nos países onde operam.

O mecanismo, a adotar até 2030, segue a trajetória já traçada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), de um sistema baseado em dois pilares e que aborda os desafios fiscais gerados pela digitalização e globalização da economia.

O primeiro pilar estabelece que o volume do lucro residual das empresas (o que resta depois de o país onde estão sediadas ter cobrado o imposto correspondente a 10% do lucro) será repartido entre os países onde as companhias operam, enquanto o segundo pilar determina um imposto mínimo de 15% para empresas com uma faturação acima de 750 milhões de euros.

Em 08 de outubro passado, a OCDE informou que 136 países e jurisdições dos 140 que participam nas negociações, representativos de mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, acordaram que, para o primeiro pilar, a percentagem seria de 25% do lucro residual, quando até lá estava a ser discutido um valor entre os 20 e os 30%.

Abrangidas por esta medida estão as grandes empresas com um volume de negócios global superior a 20.000 milhões de euros e uma rentabilidade superior a 10%, sendo a distribuição dos lucros feita entre os países onde cada empresa tem receitas superiores a um milhão de euros (ou 250.000 euros, nos Estados mais pequenos).

As fontes citadas pela Efe destacaram que o acordo agora alcançado garante regras tributárias justas, modernas e eficientes, que são também essenciais para estimular o investimento e o crescimento.

Segundo adiantaram, o acordo do primeiro pilar inclui o compromisso de eliminar os impostos sobre os serviços digitais existentes e outras medidas unilaterais semelhantes, bem como de não introduzir novos impostos do mesmo tipo no futuro, quando as novas regras entrarem em vigor.

Nesse sentido, a Itália, Áustria, França, Reino Unido e Espanha firmaram um pacto com os Estados Unidos sobre a transição dos impostos sobre os serviços digitais existentes para os novos padrões internacionais.

Os Estados Unidos, por sua vez, comprometeram-se a acabar com as sanções comerciais adotadas pelo Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, do inglês United States Trade Representative) contra esses países.

Na primeira sessão da cimeira do G20, os dirigentes debateram também a aprovação da nova emissão de direitos especiais de saque pelo FMI e o mecanismo inovador para sua realocação.

A cimeira começou hoje com uma sessão dedicada à economia e saúde globais e termina no domingo com uma conferência de imprensa do primeiro-ministro italiano Mario Draghi, que irá resumir os acordos alcançados em questões como a tributação, pandemia, recuperação económica e alterações climáticas.

A reunião conta com a presença dos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da França, Emmanuel Macron, da Argentina, Alberto Fernández, e o do Brasil, Jair Bolsonaro, entre outros chefes de Estado, bem como do chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, como convidado permanente.

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Portugal regista 911 novos casos, três mortes e descida nos internamentos

  • Lusa e ECO
  • 30 Outubro 2021

Portugal regista hoje mais 911 casos confirmados de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, três mortes associadas à covid-19 e uma descida nos internamentos, segundo dados oficiais.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje, estão agora internadas 318 pessoas, menos 13 do que na sexta-feira, das quais 64 em unidades de cuidados intensivos, menos uma nas últimas 24 horas.

Os quatro óbitos foram registados nas regiões de Lisboa (1) e Centro (2).

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