Metade dos chefes de equipa da Urgência do Hospital de Braga demitiu-se

  • Lusa
  • 25 Outubro 2021

Este é mais um “grito de alerta” para a “escassez” de profissionais e de meios que se regista “um pouco por todos os hospitais públicos do país”, diz o Sindicato Independente dos Médicos.

Uma dezena de chefes de equipa de Urgência do Hospital de Braga demitiu-se esta segunda-feira, em protesto contra a falta de condições de trabalho e o “desinvestimento” no Serviço Nacional de Saúde, anunciou o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Contactada pela Lusa, a administração do hospital diz que o Serviço de Urgência “mantém o normal funcionamento”, sublinhando que os chefes de equipa que se demitiram representam “cerca de metade do total”.

Diz ainda que está “em diálogo” com os chefes de equipa demissionários “por forma a chegar a um consenso célere entre todos os intervenientes”.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, manifestou solidariedade para com os demissionários, sublinhando que este é mais um “grito de alerta” para a “escassez” de profissionais e de meios que se regista “um pouco por todos os hospitais públicos do país”.

Quando um especialista que trabalha 40 horas semanais recebe cerca de 1.800 euros líquidos de salário, e quando um especialista que trabalha 35 horas recebe 1.150 euros, é fácil compreender a fuga para o privado”, referiu.

Para Jorge Roque da Cunha, os privados “também oferecem outro tipo de equipamento”, o que acaba igualmente por funcionar como um “chamariz” para os médicos.

O resultado, acrescenta, é um número “insuficiente” de médicos no Serviço Nacional de Saúde e um “crescente” recurso a empresas de prestação de serviços.

É fundamental atrair profissionais, não apenas através da correta remuneração, mas também oferecendo condições de trabalho e de progressão e diferenciação profissional. É fundamental tratar bem os médicos e evitar as rescisões que têm ocorrido”, refere um comunicado do SIM.

O sindicato exige que a ministra da Saúde “receba os sindicatos e negoceie uma grelha salarial”, uma negociação, acrescenta, “que o Governo se comprometeu por escrito a fazer, há oito anos”.

“Não adianta o Ministério da Saúde proclamar que tudo está bem, que há muito mais meios. A realidade prevalece em relação à propaganda”, diz ainda o sindicato.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Teresa Mesquita da SIBS integra grupo de conselheiros do BCE para o euro digital

Teresa Mesquita é Chief Marketing and Product Officer da portuguesa SIBS e será uma das 30 conselheiras do Banco Central Europeu para a criação do euro digital.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu criar um grupo de conselheiros do setor privado para contribuírem para o desenho e a implementação do euro digital. Entre os 30 profissionais especialistas desta área de pagamentos para retalho está Teresa Mesquita, Chief Marketing and Product Officer da portuguesa SIBS. Este grupo irá reunir-se pelo menos uma vez por trimestre, começando já em novembro deste ano.

Os 30 membros deste grupo foram anunciados esta segunda-feira pela instituição liderada por Christine Lagarde. Neste momento, o projeto para o euro digital está na fase de investigação, a qual foi lançada em julho e vai durar 24 meses. A task force para o euro digital é liderada pelo italiano Fabio Panetta, um dos membros da comissão executivo do BCE.

Apesar de pertencerem a bancos, operadoras de pagamentos ou outras empresas, os membros deste grupo de conselheiros estão “a título pessoal” neste papel, dando a perspetiva da indústria de pagamentos para a forma como o “euro digital pode adicionar valor a todos os intervenientes no ecossistema diverso dos pagamentos na Zona Euro”, assegura o BCE. Também haverá representantes da Comissão Europeia e dos bancos centrais de cada um dos 18 Estados-membros da Zona Euro.

A ideia é que o euro digital venha a ser um complemento das notas e moedas que se usam atualmente e não um substituto: terá de ser “uma forma de dinheiro do banco central sem risco, acessível e eficiente”. Mas para se chegar à fórmula ideal para o implementar será necessário dois anos (24 meses) de investigação, a qual envolverá aspetos como as necessidades dos europeus, a forma de prevenir atividade ilícitas, evitar impactos indesejáveis na estabilidade financeira ou na política monetária, por exemplo.

Além disso, será preciso estudar as alterações legislativas necessárias, um trabalho a ser realizado em conjunto com as instituições europeias. Acresce que o desenho final terá de dar a garantia de que o digital euro será “amigo do ambiente” uma vez que a energia necessária para processar dezenas de milhares de transações por segundo é “negligenciável” comparada com a energia consumo por “cripto-ativos como a bitcoin”, segundo o BCE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tranquilidade com publicidade para atacar segmento PME

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2021

As campanhas de publicidade da seguradora estão a dirigir-se a segmentos específicos. Agora o foco está nas micro, pequenas ou médias empresas com mensagem simples e produção sofisticada.

A Tranquilidade lançou uma nova campanha publicitária destinada a empresas, destacando as soluções que a seguradora apresenta para o segmento de micro, pequena ou média empresa.

A campanha vai estar em televisão, rádio, mupis, bem como na Imprensa e no digital, e tem na atriz Mariana Monteiro a cara da campanha que alerta para os imprevistos que podem surgir e as responsabilidades que tem de assumir na gestão de uma empresa. “Não é fácil gerir um negócio” é o arranque do filme publicitário.

Mariana Monteiro volta a dar a cara pela Tranquilidade

A promoção vai focar os seguros obrigatórios, mas vai dar relevo aos restantes seguros property and casualty como seguros multirrisco, responsabilidade civil e cyber risks. Vai ainda comunicar as soluções de employee benefits, englobando seguros de Saúde, Vida e Acidentes Pessoais.

Maria João Silva, Diretora de Marketing da Tranquilidade, justifica a campanha pelo facto de “neste período, ser cada vez mais importante estarmos ao lado dos nossos clientes, com soluções simples e inovadoras, de proteção e prevenção, que apoiem a atividade das empresas como um todo, de forma a sermos o seu parceiro para o seu negócio”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção seguradora até setembro ultrapassa níveis pré-pandemia

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2021

Face à posição que detinham na estrutura da distribuição de seguros em 2019, os bancos perderam algum peso refletindo ganho de quota pelos restantes canais no ramo Vida, que disparou 77,5%.

As vendas de seguros, medidas pela produção acumulada de seguro direto no final do terceiro trimestre (3ºT), alcançaram 9,48 mil milhões de euros, um volume que compara em mais 35,8% (em termos nominais) com o de igual período em 2020 e já supera em 4,1% o desempenho dos primeiros nove meses de 2019, antes do início da crise da pandemia de Covid-19.

Desde janeiro, a produção acumulada em seguros de Vida ascendeu a 5,33 mil milhões de euros, um disparo de 77,5%, revelam indicadores da Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Esta expansão reflete aceleração de 119% nos produtos Capitalização e de 71% na venda de PPR, com produção acumulada a rondar 3,25 mil milhões e 1,29 mil milhões de euros, respetivamente.

Os seguros não-Vida totalizaram cerca de 4,17 milhões de euros, acrescentando 4,4% à produção de um ano antes. Comparando com os agregados em igual mês de 2019, Vida evidencia subida inferior a 1%, mas a atividade em não-Vida já cresce perto de 9%, refletindo evoluções positivas e peso relativo de Automóvel e Acidentes e Doença na carteira de seguros gerais.

Analisando a evolução na estrutura da distribuição, a participação dos bancos, embora se mantenha ainda acima da metade do bolo, decresceu em termos gerais (passando de 55% em 2019, para 51% em setembro de 2021), com recuo mais evidente no mercado de seguros de Vida, em que o canal bancário passou de 83%, no último setembro antes da pandemia, para 79% no final de setembro de 2021.

No negócio de não-Vida, os bancos venderam 16% da produção seguradora, enquanto os restantes (mediação) entregou 84% do seguro direto, mantendo-se inalteradas as quotas de setembro de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gestão da TAP “desconhece” se é preciso mais medidas a nível de pessoal e equipamento, diz sindicato

  • Lusa
  • 25 Outubro 2021

A CEO da TAP sublinhou “a dificuldade de tomada de decisões/ações assentes em cenários ainda hipotéticos, pela falta de resolução do plano apresentado”, diz o sindicato.

A administração da TAP “desconhece” se serão precisas mais medidas ao nível dos recursos humanos e equipamentos, tendo, segundo o SNPVAC, alertado para a dificuldade de tomada de decisões sem a aprovação do plano de reestruturação.

Numa mensagem interna, a que a Lusa teve acesso, a direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) deu conta de uma reunião realizada na semana passada com a administração da TAP e que contou com a presença da presidente executiva (CEO) Christine Ourmières-Widener, do administrador com o pelouro operacional, Ramiro Sequeira, e de Valter Fernandes, da Portugália.

Teve oportunidade este sindicato de questionar sobre o ponto de situação do plano de reestruturação para o grupo TAP entregue à DG Comp [Direção-Geral da Concorrência] em Bruxelas, e sobre o qual continua a administração a aguardar análise e finalização por parte desta entidade, contando com essa informação até ao final deste ano”, indicou o SNPVAC, na mesma mensagem.

De acordo com o sindicato, a CEO sublinhou “a dificuldade de tomada de decisões/ações assentes em cenários ainda hipotéticos, pela falta de resolução do plano apresentado”, afirmando que desconhece “se serão necessárias mais medidas com implicações estruturais no grupo, tanto ao nível de recursos humanos como ao nível de equipamentos”.

O sindicato conclui indicando que os administradores “comprometeram-se em partilhar de imediato qualquer informação que venham a receber sobre este processo”.

Na semana passada, a presidente executiva da TAP adiantou que o processo de despedimento coletivo, que classificou como “muito complicado”, está agora a ser finalizado, uma das medidas para tornar a companhia mais sustentável.

Nesta crise, a TAP ajustou-se e definiu um novo plano – TAP 3.0. Ainda estamos na expectativa da sua aprovação, mas já iniciámos a sua implementação”, adiantou Christine Ourmières-Widener, na Conferência Internacional de Controlo de Tráfego Aéreo.

Neste sentido, a presidente executiva da TAP notou que o processo de despedimento coletivo está a ser finalizado, tendo por objetivo tornar a companhia mais sustentável.

Para alcançar esta meta, a transportadora também reduziu a frota para 90 aeronaves.

A CEO já se tinha mostrado confiante na aprovação por Bruxelas do plano de reestruturação da companhia.

“Eu acho que todas as indicações que temos do Governo” são as de “que estamos à espera de uma aprovação”, ainda que a data não seja “assim tão específica”, e “é nesta base que estamos a trabalhar”, afirmou a responsável, durante uma intervenção no Portugal Air Summit, em Ponte de Sor (Portalegre), em 13 de outubro.

O Governo estima injetar 1.988 milhões de euros na TAP este ano e em 2022, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2022, mantendo os 990 milhões de euros previstos para o ano.

Além disso, segundo a proposta, “é previsto no plano de reestruturação apresentado à Comissão Europeia, no seu cenário central, que 2022 seja o último ano em que o Estado português injeta dinheiro na TAP, no valor de 990 milhões de euros”.

O Governo acredita que “a TAP ficará, assim, devidamente capitalizada para poder prosseguir a sua atividade, contribuindo fortemente para a economia portuguesa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alegre diz que PS “nunca teme” eleições e critica esquerda que abre caminho à direita

  • Lusa
  • 25 Outubro 2021

"A convergência de esquerda só é possível com partidos que coloquem o país e as pessoas acima dos cálculos partidários”, defende Manuel Alegre.

O dirigente histórico socialista Manuel Alegre considerou esta segunda-feira que a rejeição do Orçamento prejudica os portugueses, defendeu que o PS nunca temeu eleições, mas criticou a esquerda que derruba a esquerda no poder, abrindo caminho à direita.

Estas posições foram transmitidas à agência Lusa pelo antigo candidato presidencial e membro do Conselho de Estado, depois de questionado sobre a situação de impasse à esquerda para a aprovação da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022.

Continuo a ser um defensor da convergência de esquerda. Mas a convergência de esquerda só é possível com partidos que coloquem o país e as pessoas acima dos cálculos partidários”, declarou Manuel Alegre, antes de lamentar a possibilidade de estar de regresso à vida política nacional uma questão que ele próprio julgava estar resolvida na esquerda portuguesa.

Quem é para esses partidos o adversário principal? Parece que para alguns, afinal, continua a ser o PS”, disse.

Nas suas declarações à agência Lusa, Manuel Alegre afirmou-se preocupado com “o prejuízo para os portugueses” resultantes de uma não aprovação do Orçamento na generalidade, na quarta-feira, no parlamento.

“Se cair o Orçamento, caem também um conjunto de direitos que iriam ser consagrados. É isso que me preocupa. Mas em democracia há sempre soluções e o PS nunca temeu as eleições. Mesmo quando alguns até da esquerda não as queriam, o PS nunca teve medo de eleições e sempre disputou as eleições”, insistiu.

Só que, para o dirigente histórico socialista, neste momento, “o problema que se coloca” é saber se as eleições são a melhor solução neste momento para o país.

“Acho que não”, conclui, antes de salientar que no atual impasse político “há motivações diversas”, fazendo então aqui uma distinção entre o PCP e o Bloco de Esquerda.

O PCP está convencido que tem sido prejudicado com aquilo a que se chamou Geringonça, mas essa é uma análise superficial, porque o declínio eleitoral deve-se a um conjunto de fatores múltiplos, como o envelhecimento de muitos dos seus eleitores e mudanças sociológicas profundas. Por isso, não creio que esta rutura com o PS vá resolver esses problemas do PCP”, sustentou.

Já em relação Bloco de Esquerda, Manuel Alegre assinalou que “uma negociação orçamental não pode ser uma OPA ideológica de um partido sobre outro”.

“Há que ter a noção de que não se fazem revoluções ideológicas políticas ou sociais pela via orçamental, nem se devem confundir as questões que são do Orçamento com questões de outra natureza. Acho que o Bloco de Esquerda está a cometer um erro profundo, mas é o seu direito constitucional”, completou.

Numa breve análise à atual conjuntura política, o dirigente histórico socialista afirmou ficar com a ideia de que “há dois partidos da esquerda que não querem convergir com o PS, embora por razões diferentes”.

“Talvez se sintam mais confortáveis na oposição. Mas há sempre um risco, já que com essa posição podem estar a abrir o caminho a soluções que os seus eleitorados não desejam, nomeadamente soluções de direita. Havendo eleições, não há vencedores nem vencidos antecipados – e penso que o papel da esquerda não é derrubar a esquerda que está no poder”, frisou.

Segundo Manuel Alegre, essa situação da esquerda derrubar a esquerda no poder, embora em conjunturas diferentes, “já ocorreu no passado”.

“Agora, parece que acontece outra vez. Infelizmente, depois deste período que criou no país uma nova esperança e permitiu a Portugal avançar em muitos aspetos, fazendo frente à pandemia – e sempre com uma perspetiva social progressista – é uma pena que haja partidos de esquerda que, no exercício legítimo do seu direito constitucional, cheguem à conclusão de que devem romper nesta situação, deixando cair um Orçamento avançado do ponto de vista dos direitos sociais e do apoio aos serviços públicos”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos César acusa BE e PCP de “jogos de poder”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Outubro 2021

Para Carlos César, ninguém sai a ganhar com a reprovação do Orçamento do Estado para 2022. "Não devia nem tinha que ser assim", lamenta o presidente do Partido Socialista.

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, acusou esta segunda-feira o BE e o PCP de “jogos de poder” nas negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). Numa publicação na sua página no Facebook, o socialista alude ainda à realização de eleições antecipadas, garantindo que o PS respeitará “a vontade do povo”.

“BE e PCP preferiram os jogos de poder! Podia, até, ser um jogo do gato e do rato entre PCP e BE. Mas não. O jogo era outro!“, lê-se logo no começo da publicação. Segundo o presidente do PS, o Governo “tornou clara a inexatidão da comunicação do BE sobre as razões” que anunciaram para o voto contra o OE, através das explicações do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro. Esta segunda-feira, o mesmo governante deu explicações para o caso do PCP, admitindo que o Executivo nunca tinha ido tão longe no diálogo com os comunistas como este ano.

Face a essas condições, Carlos César questiona “que mais podiam fazer o Governo e o PS” se, “de cada vez que o Governo avançava nas negociações ou se aproximava de um acordo, eles [BE e PCP] faziam por ignorar ou davam novos passos adiante para ficarem sempre mais longe de um consenso mínimo”.

Para o socialista, a esquerda procurou “sempre uma agenda inaceitável e irrealizável no curto prazo” e para um país como Portugal. Nesse sentido, dá como exemplo a exigência feita pelo PCP para a subida do salário mínimo nacional para 850 euros já no próximo dia 1 de janeiro. “Se assim fosse, íamos ver pequenas e médias empresas a caírem, um pouco por todo o país, como castelos de cartas, transformando salários em subsídios de desemprego e falências empresariais”, justifica. E acrescenta: “Só ‘por magia’, por ‘magia negra’, era possível contornar essa via de insensatez”.

Carlos César considera ainda que “ninguém ganha com a reprovação do Orçamento do Estado”, muito menos o país. “Bem precisávamos, agora, de prosseguir sem interrupção, com normalidade e com confiança a concretização dos novos projetos de investimento e das medidas do Orçamento e do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]. Não devia nem tinha que ser assim”, lamenta.

Rematando, por fim, que o PS cá está e cá estará, “respeitando a vontade do povo”, o presidente dos socialistas deixou ainda um elogio ao primeiro-ministro: “O PS continuará a trabalhar para recuperar Portugal e prosseguir na consolidação do percurso de crescimento que já estamos a fazer, com a liderança competente e rigorosa do nosso primeiro-ministro António Costa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

lluni cria plataforma broker-cliente com novas funcionalidades

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2021

O novo "Portal de Cliente lluni" é um canal de comunicação direto com o back office do mediador de seguros, que assegura e automatiza vários serviços.

Especialista em desenvolvimento de soluções de software para a distribuição de seguros, a lluni acaba de lançar um novo produto que considera “indispensável para o presente e o futuro do setor, O Portal de Cliente.”

A intervenção do broker não termina na subscrição.Agentes e corretores de seguros confrontam-se atualmente com a necessidade de “evoluir nos processos de gestão, fidelização e agregação de valor em todo o ciclo de vida do seguro” para acompanharem nível de serviço percecionado pelo cliente, afirma a tecnológica. E, foi com base nestas ideias que, através de projeto iniciado em 2020, a lluni desenvolveu a solução B2B para elevar a relação digital dos distribuidores com o cliente final.

A nova solução é um canal de comunicação digital entre o broker e o cliente, “que centraliza toda a sua carteira, independente das seguradoras em que possui apólices, acrescentando os serviços personalizados do agente ou corretor, tudo, num único acesso, disponível em qualquer momento e em qualquer lugar”.

Desenvolvido em tecnologia web responsiva, acessível através de browser ou smartphone, o Portal de Cliente lluni é um canal de comunicação direto com o back office do mediador de seguros, que assegura e automatiza vários serviços:

  • Consulta de Carteira
  • Recibos Pendentes
  • Evolução de Sinistros
  • Consulta e envio de Documentos
  • Pedidos de Cotação
  • Oferta de Produtos / Anúncios
  • Contacto com o Gestor

Destinado a servir toda a rede de utilizadores da aplicação lluni seg – Gestão Integrada de Seguros, o Portal de Cliente leva até ao consumidor final toda a estrutura de conectividade online com os sistemas das principais seguradoras, numa abordagem Phygital, que otimiza a utilização de tecnologia para a conveniência dos serviços “sem descartar a componente de aconselhamento e acompanhamento humano que garante a proximidade e confiança na relação comercial”.

A inovação, explica a insurtech, “vem mitigar a dificuldade que a rede de distribuição sente em disponibilizar informação de carteira centralizada ao cliente, uma vez que as soluções fornecidas pelas seguradoras consideram apenas as suas apólices, o que obriga o cliente a instalar várias apps, com vários acessos e informação dispersa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Axa Partners segura passageiros do Eurotunnel

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2021

A Axa, através da filial britânica de serviços de assistência, assinou uma parceria com a Eurotunnel assegurando seguros de viagem e assistência médica aos passageiros do shuttle da Mancha.

A Axa Partners UK & Ireland assinou um acordo com a Eurotunnel Le Shuttle (grupo Getlink) para reforçar a proposta comercial do operador através de um “novo acordo de longo prazo para seguro de viagem“. A parceria posiciona a AXA Partners como subscritora das apólices de seguro adquiridas pelos clientes que reservam viagens no operador do túnel da Mancha.

Jason Wale, diretor de vendas da AXA UK&I disse: “Estamos entusiasmados por anunciar a nossa nova parceria com a Eurotunnel, e esperamos contribuir para o fortalecimento da sua oferta de produtos e acrescentar valor à viagem ao cliente.” Colocando as necessidades das pessoas em primeiro lugar, a AXA Partners “dá prioridade à prestação de produtos de qualidade e a um atendimento de excecionalidade. Estamos satisfeitos de partilhar esta ambição mútua com a Eurotunnel.”

A unidade britânica do grupo Axa será igualmente responsável pelo tratamento de todas as participações de sinistro e prestação de assistência médica quando necessária.

Por seu lado, Deborah Merrens, diretora comercial da Eurotunnel, acrescentou: “É importante que sejamos capazes de fornecer valor acrescentado com um seguro de qualidade, e a AXA Partners assegura-nos isso. Estamos ansiosos para trabalhar em conjunto apoiando os nossos clientes com esta nova proposta de viagem.”

Números recentes da Getlink indicam que que o tráfego de passageiros no shuttle que liga Calais a Folkestone cresceu 6% em setembro face a igual mês de 2020, beneficiando de condições de deslocação menos restritivas no quadro da pandemia de covid-19, totalizando 135,29 mil passageiros. No entanto, para o acumulado de 2021, o tráfego de passageiros mantém registo de decréscimo superior a 40%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eleições antecipadas em janeiro e Orçamento em abril. Este é o calendário de Marcelo para a crise política

Marcelo estava confiante na aprovação do Orçamento do Estado para 2022, mas as expectativas foram goradas. Saiba como o Chefe de Estado projetou os próximos meses.

Marcelo sempre disse estar confiante na aprovação do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), mas não deixou de pôr em cima das mesas os possíveis cenários em caso de chumbo. Esta segunda-feira, o desfecho da votação foi conhecido e, se nada de extraordinário acontecer, a proposta do Governo deverá mesmo ser chumbada. A dissolução do Parlamento é a consequência pensada pelo Chefe de Estado, que já tinha estimado um calendário para a crise política que se instalou entre o Governo.

Depois de a proposta do Governo para o OE2022 ser conhecida, não tardaram a aparecer as primeiras declarações de um possível voto contra no Parlamento. Bloco de Esquerda e PCP — com quem o Governo tem uma coligação — não se intimidaram ao mostrar que estavam descontentes com o documento pensado pelo Executivo e, mesmo após várias negociações, dizem estar decididos a votar contra a proposta.

Do lado do Bloco, Catarina Martins disse que o partido ainda estava disponível para mais negociações, mas o PCP disse que seria necessário um “golpe de magia” para que o sentido de voto dos comunistas fosse diferente. O certo é que a votação do documento na generalidade acontece esta quarta-feira e, mantendo-se as coisas como estão — PS a votar a favor; Chega, IL, PSD, CDS, PCP e BE a votar contra; e PAN e deputadas não inscritas a absterem-se — a proposta do Governo vai mesmo ser chumbada.

Marcelo sempre se mostrou confiante e, mesmo depois de serem conhecidos os sentidos de votos do Bloco e PCP, continua a dizer ter esperanças de que seja possível chegar a acordo. Ainda assim, o Presidente da República já se tinha preparado para o pior dos cenários: eleições antecipadas. E hoje, em declarações aos jornalistas, afirmou não ter mudado de ideias a esse respeito.

“A minha posição é muito simples: ou há Orçamento ou não há Orçamento [e, nesse caso], avanço para o processo de dissolução” da Assembleia da República, disse Marcelo, referindo que vai “ponderar até ao último segundo” e perceber se “é possível, de alguma forma, encontrar o número de deputados para viabilizar o Orçamento”. “Se isso for impossível, inicio logo a seguir o processo de dissolução e convoco um Conselho de Estado”, disse.

Este domingo, quando o Bloco de Esquerda confirmou o voto contra, o Chefe de Estado clarificou que se o documento não passar no Parlamento, vai dissolver a Assembleia da República e o país irá para eleições antecipadas. “A alternativa é a dissolução”, disse, afirmando, contudo, que mesmo nesse cenário o Governo de António Costa “deve continuar em funções”.

E explicou: “Uma coisa é o Governo não se demitir e outra coisa é ser dissolvido o Parlamento. Que é dissolvido o Parlamento se não houver OE, já sabem qual é a minha posição. Outra coisa é o Governo continuar em funções. Se se demitisse agravava a situação crítica“.

O que acontece em caso de chumbo na votação na generalidade?

Se a proposta do Governo for aprovada na votação na generalidade, que acontece esta quarta-feira, dia 27 de outubro, o documento passará para a apreciação na especialidade. Assim, durante um mês, os vários ministros do Executivo e entidades serão ouvidos no Parlamento, sendo que, durante este tempo, os partidos poderão apresentar propostas de alteração ao documento, até ao dia em que ocorrerá a votação final global. Contudo, este cenário parece estar longe de ser possível, tendo em conta os sentidos de voto contra que são conhecidos até ao momento.

http://videos.sapo.pt/DcaJ5zonhY6IzeGse6i6

Se nada de extraordinário acontecer até quarta-feira, então o documento chumbará na generalidade, que é a hipótese mais provável de acontecer. Neste caso, o Governo poderá continuar a governar em duodécimos, ou seja, em cada mês, até haver novo Orçamento aprovado, só pode usar 1/12 da despesa autorizada no OE2021, o que pode limitar a execução dois fundos europeus. Contudo, esta hipótese já foi afastada por Marcelo Rebelo de Sousa, que apontou para a convocação de eleições antecipadas. “Ao escolher-se o caminho do chumbo, escolhe-se o caminho que tem passos seguintes”, disse.

A lei diz que as eleições têm de ser convocadas com, pelo menos, 55 dias de antecedência, mas o Presidente da República referiu, a 13 de outubro, que não gostava que estas acontecessem na época do Natal. Assim, apontou-as para janeiro. A verdade é que a Constituição prevê que entre a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições haja um prazo de 60 dias, sendo que esse prazo começa a contar apenas a partir do momento em que o decreto da dissolução é publicado em Diário da República.

Seguindo essa linha cronológica, o novo Governo tomaria posse em fevereiro, sendo que um novo Orçamento emergiria em abril. Mas Marcelo já avisou que, neste cenário, as consequências para o país seriam muitas, sobretudo numa altura em que se sai de uma pandemia e em que a economia precisa de fundos europeus. Portugal “não deve ter seis meses de paragem no pior momento por causa de eleições”.

A última vez que houve a dissolução da Assembleia da República em Portugal foi em 2011. Na altura, o primeiro-ministro José Sócrates demitiu-se, justificando não ter condições para governar. Isto depois de ter proposto uma série de cortes para evitar o aumento do défice público, que acabaram rejeitados pelo Parlamento. O na altura Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, anunciou a dissolução do Parlamento e convocou eleições. Foi nessa altura, em junho, que o PSD venceu as eleições, com Passos Coelho a assumir a liderança do país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EMA aprova terceira dose da vacina da Moderna a partir dos 18 anos

  • Lusa
  • 25 Outubro 2021

Uma terceira dose da “Spikevax” administrada entre seis a oito meses após a segunda “pode levar a um aumento dos níveis de anticorpos em adultos cujos níveis de anticorpos estavam a diminuir”.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu esta segunda-feira luz verde à administração da terceira dose da vacina da Moderna contra o SARS-CoV-2 a partir dos 18 anos para aumentar os níveis de anticorpos.

Em comunicado, a agência refere que os dados apontam que uma terceira dose da “Spikevax” administrada entre seis a oito meses após a segunda “pode levar a um aumento dos níveis de anticorpos em adultos cujos níveis de anticorpos estavam a diminuir”.

Assim, a EMA conclui que poderá ser considerada uma dose de reforço desta vacina, que consiste em metade da dose utilizada na primeira vacinação.

Segundo a reguladora, os dados atuais mostram que os efeitos secundários após a dose de reforço são semelhantes aos da segunda dose.

A agência europeia adianta ainda que “o risco de doenças cardíacas inflamatórias ou outros efeitos secundários muito raros após um reforço não é conhecido e está a ser cuidadosamente monitorizado”.

No início do mês de outubro, a EMA já tinha dado luz verde a terceira dose da vacina da BioNTech/Pfizer, que em Portugal começou a ser administrada há duas semanas em pessoas com mais de 65 anos de idade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Valor de mercado da Tesla atinge um bilião de dólares

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Outubro 2021

Ao atingir o bilião de dólares em valor de mercado, a fabricante norte-americana junta-se à Alphabet e à Amazon, que também já atingiram essa marca.

A Tesla atingiu esta segunda-feira pela primeira vez um valor de mercado de um bilião de dólares. Estes resultados acontecem numa altura em que as ações da empresa fundada por Elon Musk subiram mais de 9%, estando a negociar num máximo de 994,14 dólares. No total, as ações da Tesla já aumentaram 41% em 2021.

A fabricante norte-americana de automóveis elétricos junta-se assim a gigantes como a empresa mãe do Google, a Alphabet, e a Amazon, dois gigantes tecnológicos que também já ultrapassaram a marca de um bilião de dólares em bolsa. A Apple e a Microsoft, entretanto, já superaram os dois biliões de dólares de valor de mercado.

Ao mesmo tempo, foi anunciado esta segunda-feira que o modelo 3, da Tesla, foi o automóvel mais vendido em setembro no continente europeu, sendo a primeira vez que um veículo elétrico lidera as vendas mensais. Além disso, a empresa recebeu uma encomenda de 100 mil veículos da companhia de aluguer de automóveis Hertz, que poderá ascender a 4,4 mil milhões de dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.