PCP quer ministra do Trabalho no parlamento sobre despedimento coletivo na Saint-Gobain

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

Os comunistas lembram que a Saint-Gobain Sekurit Portugal quer despedir 130 trabalhadores, “depois de em março de 2020 ter recorrido ao lay-off simplificado", durante três meses.

O PCP entregou esta segunda-feira um requerimento para ouvir no parlamento a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o despedimento coletivo de 130 trabalhadores em curso na fábrica de vidro Saint-Gobain de Santa Iria da Azoia, em Loures.

Num requerimento ao qual a agência Lusa teve acesso, os deputados comunistas pedem para ouvir na Assembleia da República, “com a máxima urgência”, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a Federação Portuguesa de Sindicatos Da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM) e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV), na Comissão de Trabalho e Segurança Social.

Os deputados escrevem que “a Saint Gobain Sekurit Portugal (ex-Covina), única fábrica de vidro automóvel em Portugal, tem uma vez mais em curso um processo de despedimento coletivo de 130 trabalhadores na sua fábrica de Santa Iria da Azóia, concelho de Loures, encerrando assim a produção do vidro automóvel em Portugal”.

“Este é o culminar de um processo em que a busca exclusiva do lucro e do domínio completo do setor por parte do grupo Saint-Gobain tem lesado os seus trabalhadores, a economia nacional e o Estado Português”, consideram.

De acordo com o texto, “a empresa, antes de privatizada, chegou a empregar mais de 1.200 trabalhadores, no entanto as várias restruturações de que foi alvo não só não serviram para aumentar a produção como anunciado, como resultaram em despedimentos e menos capacidade produtiva, apesar dos avultados apoios públicos canalizados ao longo dos anos”.

Os comunistas escrevem que agora, a Saint-Gobain Sekurit Portugal anuncia a intenção de despedir estes 130 trabalhadores, “depois de em março de 2020 ter recorrido ao lay-off simplificado, recebendo apoio do Estado durante três meses”.

“Fá-lo, como outras multinacionais, socorrendo-se do pretexto da pandemia para justificar quebra de volume de negócios quando, já este ano, o grupo anunciou que os seus lucros em 2020 foram superiores a 1.400 milhões de euros e quando a Autoeuropa, principal cliente, anuncia o seu terceiro melhor resultado de sempre em 2020”, apontam.

Fá-lo, insistem, “negando capacidade de investir e a fraca competitividade dos seus produtos, quando contou ao longo dos anos com apoios públicos para se financiar e com trabalho especializado que nunca soube valorizar”.

“Há um mês que os trabalhadores da Saint-Gobain estão em luta contra o despedimento coletivo, terminando sem acordo a 28 de setembro a fase inicial de informação entre a empresa e a Comissão de Trabalhadores. O PCP tem acompanhado a evolução da situação desde o primeiro momento, considerando-a um criminoso ataque à produção nacional e aos trabalhadores da empresa uma vez que não estão salvaguardadas nem a situação dos trabalhadores, nem o interesse nacional”, acrescentam.

O PCP aponta que não obteve “esclarecimentos satisfatórios” da ministra do Trabalho e do ministro da Economia e Transição Digital e vinca que “estão em causa 130 postos de trabalho e um setor produtivo em que a Saint-Gobain tem monopólio, pelo que é imperioso conhecer o posicionamento do Governo e ouvir todas organizações representativas dos trabalhadores envolvidas na negociação”.

No passado dia 30 de setembro, os trabalhadores da Saint-Gobain de Santa Iria da Azoia decidiram pedir novas reuniões ao Governo, para discutir alternativas concretas ao despedimento coletivo em curso na fábrica de vidro, antes que este seja consumado.

Segundo a empresa, os problemas da Saint-Gobain Sekurit Portugal têm mais de uma década, mas “a pandemia da covid-19 agravou uma situação já de si frágil, aumentando substancialmente a retração do mercado automóvel (a empresa transforma vidro para os automóveis, sendo essa a sua única atividade), sem possibilidades de recuperação a curto, médio e longo prazo”.

Em Portugal, o Grupo Saint-Gobain emprega cerca de 800 trabalhadores distribuídos por 11 empresas e oito fábricas e totaliza um volume de faturação correspondente a 180 milhões de euros.

A decisão de encerramento da atividade produtiva da empresa e o consequente despedimento coletivo dos 130 trabalhadores foi anunciada no dia 24 de agosto.

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Há 3.760 toneladas de plástico a flutuar no Mediterrâneo

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

A carga total anual de plásticos que vai parar ao Mediterrânico ronda as 17.600 toneladas, das quais 3.760 estão atualmente a flutuar. Do total, 84% acaba nas praias.

O Mar Mediterrâneo tem resíduos de plástico das praias às águas superficiais e ao fundo, estimando-se que estejam a flutuar 3.760 toneladas de plásticos, indica um estudo divulgado esta segunda-feira.

A investigação, publicada na revista científica “Frontiers in Marine Science”, desenvolveu um modelo para seguir os percursos e o destino dos detritos de plástico provenientes de fontes terrestres no Mar Mediterrâneo.

No documento lembra-se que a produção de plástico tem aumentado todos os anos desde os anos 1950 e que só em 2019 foram produzidas 368 milhões de toneladas de plástico, admitindo-se que atualmente estejam a flutuar nos mares de todo o mundo 250.000 toneladas de plástico.

O estudo indica haver, diz-se na revista, “uma quantidade chocante” de plástico e microplástico a flutuar no Mar Mediterrâneo, uma região propensa à poluição por plásticos, devido ao denso povoamento, pesca, navegação, turismo e fluxo limitado das águas de superfície.

Mas o Mediterrâneo é também rico em biodiversidade, sendo uma área de preocupação no que respeita à conservação dos ecossistemas marinhos, dizem os autores da investigação.

“A poluição plástica afeta todos os níveis da biodiversidade marinha, com partículas micro e macroplásticas encontradas na superfície do mar, nas praias, no fundo do mar e no interior dos corpos de grandes e pequenos animais marinhos. Foi também relatado que os seres humanos ingerem plástico através do consumo de produtos do mar”, alerta-se na publicação.

O modelo que levou às conclusões publicadas esta segunda-feira foi desenvolvido por investigadores do Centro Helénico de Investigação Marinha, da Grécia.

Através dele os investigadores concluíram que a carga total anual de plásticos que vai parar ao Mediterrânico ronda as 17.600 toneladas, das quais 3.760 estão atualmente a flutuar. Do total, 84% acaba nas praias e os restantes 16% acabam na coluna de água ou no fundo do mar.

“O nosso modelo demonstrou uma habilidade razoável na reprodução das distribuições observadas de plásticos no ambiente marinho, podendo assim ser utilizado para avaliar o estado atual da poluição por plásticos no Mediterrâneo e avaliar o impacto de futuras ações de limpeza e planos de gestão”, disse o principal autor da investigação, Kostas Tsiaras.

O responsável assinalou que os microplásticos são menos abundantes na superfície do mar, já que afundam mais rapidamente (pela fixação em organismos marinhos), ao contrário dos plásticos grandes, como os vulgares sacos de plástico ou a esferovite, que podem flutuar durante mais tempo e percorrer longas distâncias.

No estudo, fontes de microplásticos (como estações de tratamento de águas residuais) foram encontradas principalmente perto de cidades metropolitanas e áreas densamente povoadas ao longo da costa francesa, espanhola e italiana. Microplásticos de maiores dimensões foram encontrados em áreas com águas residuais pouco tratadas, como as costas da Grécia e da Turquia.

Já os macroplásticos eram abundantes em áreas com importantes entradas fluviais, tais como as costas argelinas, albanesas e turcas, e perto de cidades metropolitanas e costas altamente povoadas (Espanha, França, Itália).

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Montepio Crédito dá kickoff a coaching com ex-árbitro de futebol

Ex-bancário de profissão e antigo árbitro de futebol, Duarte Gomes, pela sua experiência na arbitragem, abraçou uma carreira na área de formação e de motivação de pessoas.

O Montepio Crédito vai promover ações de coaching e motivação junto dos colaboradores com o ex-árbitro de futebol Duarte Gomes, o fundador do Projeto Kickoff.

“O Montepio Crédito decidiu ter esta parceria com Duarte Gomes porque encontrou no ex-árbitro, para além de um profissional que partilha a visão e valores da nossa instituição, um importante motivador de equipas e ao mesmo tempo um promotor da marca Montepio Crédito”, diz Pedro Gouveia Alves, presidente do Montepio Crédito, citado em nota de imprensa.

“É um grande orgulho, mas também uma grande responsabilidade ter esta parceria com uma instituição tão importante como o Montepio Crédito. Será sem dúvida uma mais-valia para as duas partes, nomeadamente para o projeto Kickoff. Tudo farei para estar à altura dos desafios que foram lançados para ser sobretudo um motivador dos colaboradores do Montepio Crédito”, diz, por seu turno, Duarte Gomes.

Ex-bancário de profissão e antigo árbitro de futebol, tendo arbitrado mais de 200 jogos da 1ª Liga e mais de 100 jogos internacionais (UEFA e FIFA), Duarte Gomes fez parte da equipa de arbitragem de uma final do Campeonato da Europa, uma final da Champions League, além de duas meias-finais e dois quartos de final da mesma competição. É, atualmente, comentador desportivo na SIC e SIC Notícias e colunista no Expresso e no Jornal A Bola.

Pela sua experiência na arbitragem, Duarte Gomes abraçou uma carreira na área de formação e de motivação de pessoas. “Já teve de dirigir equipas, como árbitro e, nos relvados, já teve de resolver problemas complexos sob enorme pressão, com decisões tomadas em segundos, aplicando sempre a melhor solução possível a cada tipo de problema. É esta experiência que o Montepio Crédito quer levar aos seus colaboradores, através de ações de coaching promovidas pelo ex-árbitro internacional de futebol”, justifica a instituição financeira.

O Montepio Crédito vai, entretanto, apoiar o projeto Kickoff, do ex-árbitro, que se materializa num site, numa página oficial no Instagram/Facebook, no Canal Youtube e nos livros sobre arbitragem, apoiando o lançamento da segunda obra de Duarte Gomes — “O futebol explicado no relvado – guia prático das regras de jogo” –, inserida numa série sobre literacia em arbitragem de futebol.

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WhatsApp, Facebook e Instagram estão em baixo

  • ECO
  • 4 Outubro 2021

Vários utilizadores a nível mundial estão a notar problemas no funcionamento das redes sociais WhatsApp, Facebook e Instagram, quer no formato de aplicação móvel, quer na versão web.

As redes sociais WhatsApp, Facebook e Instagram, que pertencem ao grupo administrado por Mark Zuckerberg, estão neste momento em baixo. Vários utilizadores das aplicações estão a sinalizar problemas nas apps, quer na versão móvel, quer na versão web, para computador.

De acordo com o site Down Detector, que monitoriza a performance de vários sites e permite aos utilizadores reportarem quando estão com dificuldades de acesso, os problemas começaram a surgir pouco depois das 16h30.

No caso do Facebook, tanto o site em desktop como a aplicação estão inacessíveis surgindo uma mensagem de erro. Já no Instagram é possível entrar no site e aplicação, mas o feed não está a ser atualizado.

O Facebook já reagiu através do seu perfil oficial no Twitter: “Estamos cientes de que algumas pessoas estão com problemas para aceder às nossas aplicações e produtos. Estamos a trabalhar para que tudo volte ao normal o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniente.”

Como já é habitual quando estas aplicações registam falhas, é na concorrência, neste caso no Twitter, que os utilizadores dão conta dos problemas do rival. Os problemas que estão a afetar as aplicações do universo de Mark Zuckerberg são os tópicos do momento no Twitter com as hashtags #whatsapp, #facebookdown e #instagramdown.

Recorde-se que nos últimos meses têm sido vários os problemas que têm afetado o universo de redes sociais e aplicações do Facebook. No início de setembro, tanto o Facebook como o Instagram ficaram inacessíveis durante várias horas. Também em março estas redes sociais estiveram indisponíveis durante várias horas, sendo que na altura também o WhatsApp, plataforma que também pertence ao universo Facebook, registou várias falhas.

Notícia em atualização

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Petróleo em máximos catapulta Galp Energia em Lisboa

Lisboa beneficiou do "peso" da Galp Energia no índice de referência. Apesar da queda da EDP e EDPR, a petrolífera puxou pela praça portuguesa num dia de ganhos acentuados também para a Jerónimo e BCP.

Lisboa contrariou a tendência negativa das principais praças europeias. Num dia marcado pela escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais, a Galp Energia disparou na bolsa nacional, ditando a subida do PSI-20. Restantes cotadas do setor energético caíram.

Enquanto o Stoxx 600 perdeu valor, em Lisboa o “peso” da Galp Energia no índice fez-se sentir. Com a petrolífera a somar 3,54% para os 10,07 euros, a tocar máximos de meados de junho, a bolsa portuguesa acabou por encerrar a sessão com uma valorização de 0,64% para os 5.511,84 pontos.

A petrolífera seguiu o disparo das cotações do petróleo. Numa altura em que parece não haver consenso na OPEP+ quanto ao aumento da oferta da matéria-prima, tanto o Brent como o WTI registaram ganhos acentuados. O barril da matéria-prima avançou para máximos de 2014.

A Galp Energia ofuscou as perdas registadas nas restantes empresas do setor energético. A EDP e a EDP Renováveis cederam 1,27% e 2,86%, respetivamente, enquanto a GreenVolt encerrou a negociação a cair 1,18% para os 5,87 euros.

Além da empresa liderada por Andy Brown, também a Jerónimo Martins ajudou a bolsa a valorizar, após uma subida de 2,42% para os 17,78 euros. Também a animar a negociação no mercado nacional esteve o BCP que encerrou a negociação nos 1,9% para 16,11 cêntimos.

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OPEP+ mantém aumento modesto da produção de petróleo

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

Os preços do petróleo WTI (de referência nos EUA) e do Brent do mar do Norte (de referência na Europa) subiram temporariamente mais de 3%, atingindo 78,38 dólares e 82 dólares, respetivamente.

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados decidiram esta segunda-feira continuar a sua estratégia de aumentar modestamente a produção, ignorando os apelos para um aumento mais significativo.

“Tendo em conta os atuais fundamentos do mercado petrolífero (…), a OPEP+ confirmou o ajustamento da produção global mensal com um aumento de 400.000 barris por dia para o mês de novembro“, anunciou o cartel em comunicado, após uma reunião realizada por videoconferência.

Os 23 membros da aliança não parecem ter pressa em retomar os níveis de produção registados antes da pandemia, o que tem levado a um aumento dos preços, numa altura em que as economias ainda estão fragilizadas pela crise causada pela Covid-19.

Os mercados, que esperavam uma aceleração do ritmo, reagiram a esta decisão com uma forte subida. Os preços do petróleo WTI (de referência nos Estados Unidos) e do Brent do mar do Norte (de referência na Europa) subiram temporariamente mais de 3%, atingindo 78,38 dólares e 82 dólares, respetivamente.

Estes níveis são os mais altos registados desde novembro de 2014 e novembro de 2018, respetivamente.

Os membros da aliança OPEP+ têm uma nova reunião sobre a produção no dia 4 de novembro.

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Preço da eletricidade continua acima dos 200€/MWh. Governo não vê “justificação” para baixar IVA

Para o Executivo, o atual cenário de preços altos nos mercados grossistas não serve como "justificação" para baixar o IVA que incide sobre o consumo de eletricidade.

Depois de um ligeiro recuo no fim de semana, preço da eletricidade no mercado grossista ibérico volta esta terça-feira, 5 de outubro a passar a meta dos 200 euros por MWh e vai atingir o segundo preço mais alto de sempre: 203,68€/MWh. Isto depois de o mês de outubro ter inaugurando com um novo recorde: 216,01 euros por MWh.

O horário mais caro será entre as 20h e as 21h, quando o preço da eletricidade no mercado intradiário chegará aos 256,47 euros por MWh (este sim um novo recorde), enquanto o horário mais barato será às cinco da manhã, quando o preço ficará nos 165 euros por MWh.

A eletricidade continua assim em máximos no mercado grossista ibérico, com os meses de agosto e setembro a ficaram pautados, cada um, por oito recordes.

A situação é dramática e já levou a ERSE a avançar com medidas extraordinárias para evitar falências de comercializadores de energia, como já aconteceu no Reino Unido. Do lado do Governo há a garantia que os preços da eletricidade no mercado regulado não vão subir em 2022, mas para o Executivo o atual cenário não serve ainda como “justificação” para baixar o IVA que incide sobre o consumo deste bem essencial.

Depois do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, ter dito já por duas vezes, bem recentemente, que o IVA da eletricidade é um tema que “naturalmente” será discutido em sede de Orçamento do Estado, este fim de semana um comunicado do seu próprio ministério enviado à Lusa veio tentar encerrar o assunto: “Para evitar qualquer dúvida sobre as declarações do ministro do Ambiente e da Ação Climática, informa-se que não será apresentada qualquer proposta de alteração ao IVA da eletricidade para o próximo Orçamento do Estado, nem a mesma se justifica”.

“Em sede de Orçamento do Estado, poderá ser discutido o plafond abaixo do qual o IVA que tem uma taxa reduzida pode ou não ser variado”, tinha dito, pouco antes, João Pedro Matos Fernandes, na entrevista à TSF.

Logo depois, veio a clarificação e a tentativa de ponto final no tema: “A redução do IVA já consagrada beneficia um número muito alargado de famílias. Por outro lado, e como foi tornado público as medidas de contenção do preço de eletricidade para o próximo ano são vastas e acomodarão as variações de preço registadas no mercado grossista”.

Questionado sobre se este pedido de esclarecimento às declarações de Matos Fernandes teria vindo do gabinete do primeiro-ministro, António Costa, ou do Ministério das Finanças, fonte do MAAC disse “nada mais ter a acrescentar” ao assunto.

O Governo avançou já com um conjunto de “almofadas” no valor de 815 milhões de euros para garantir que os preços das tarifas de energia não sobem no mercado regulado em 2022 (20% dos consumidores domésticos), no entanto é ainda uma incógnita o que será apresentado pela ERSE na sua proposta tarifária a entregar a 15 de outubro.

Incerto é também o que acontecerá às faturas dos consumidores em mercado livre (80%), sobre as quais o Governo não se pode responsabilizar. Várias comercializadoras de grande dimensão já admitiram ao ECO/Capital Verde que vão aumentar as tarifas para os seus clientes caso se mantenha a escalada de preços no MIbel. Em 2021, a própria ERSE já ditou duas subidas extraordinárias de 3%, cada uma, nas faturas da luz (em julho e em outubro), precisamente por causa do que se passa nos mercados grossistas.

Muito em breve, o ministro do Ambiente e da Ação Climática irá ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre os preços da luz. Quanto ao IVA da eletricidade, tanto Matos Fernandes como o seu secretário de Estado da Energia, João Galamba, já sinalizaram vontade de ver negociado no Orçamento do Estado um aumento do plafond de kWh que neste momento são taxados a 13% (100 kWh para famílias “normais” e 150 kWh para famílias numerosas, uma medida que abrange 85% dos contratos domésticos). No entanto, o Ministério das Finanças mantém-se em silêncio sobre este tema.

IVA da luz: braço de ferro entre Ambiente e Finanças?

Em julho, Galamba garantia mesmo que o Governo estava a considerar, com as negociações do próximo Orçamento do Estado, “se podem ou não ser aumentados os limites mensais” de 100 kWh e 150 kWh sobre os quais incide a taxa intermédia de 13% de IVA para potência contratadas até 6,9 kVA.

Isto porque, na perspetiva do governante, como o “preço da eletricidade subiu bastante, a receita do IVA aumentou. Pode haver uma medida de ajustamento destes limites, para, mantendo a receita de IVA, alargar a descida do imposto”.

Questionado pelo ECO/Capital Verde sobre se o Governo pode vir a aumentar para os consumidores domésticos o plafond mensal de kWh que são taxados a 13%, o Ministério das Finanças recusou comentar as declarações do secretário de Estado de Energia.

Este silêncio do ministério tutelado por João Leão sobre o tema dos impostos que recaem sobre a energia elétrica mantém-se já deste 30 de junho, depois de Espanha ter decretado uma descida do IVA da luz de 21% para 10% até ao final de 2021. Nessa altura, o ECO questionou se Portugal ia fazer o mesmo que o Governo de Madrid ou, em alternativa, podia aumentar a quantidade de energia com uma taxa intermédia de IVA de 13% para ajudar os consumidores, mas até agora não obteve qualquer resposta sobre o tema.

Fonte oficial do Ministério das Finanças diz apenas que “a medida introduzida pelo Governo em 2020 de redução da taxa de IVA constitui uma medida permanente, que não carece de ser prorrogada”.

Do lado das Finanças, e segundo as estimativas do Governo, fonte oficial disse em resposta ao ECO/Capital Verde que “esta medida [de redução do IVA] beneficiou cerca de 5,2 milhões de contratos, o que corresponde a cerca de 86% dos clientes de baixa tensão, representando uma poupança média para as famílias anual de 18,48 euros (potência contratada 3,45 kVA, consumo mensal 134 kWh) ou, no caso das famílias numerosas, 27,72 euros (potência contratada 6,90 kVA, consumo mensal 262 kWh)”.

Estas são as taxas de IVA que neste momento se podem aplicar à fatura dos consumidores domésticos, na componente de energia:

  • 13% para todos os consumos mensais até um limite de 100 kWh para potências contratadas até 6,9 kVA (150 kWh no caso das famílias numerosas)
  • 23% para toda a eletricidade além desse plafond;
  • Na parte fixa da fatura, e para quem tem uma potência contratada até 3,45 kVA, tem ainda direito a uma taxa de IVA reduzida de 6%.

Do lado de lá da fronteira, o Governo espanhol decidiu, até ao fim do ano de 2021, baixar o IVA da luz da taxa normal (21%) para a taxa reduzida (10%).

“A descida que se verificará em Espanha é de caráter temporário, ao contrário do implementado em Portugal. Os consumidores domésticos portugueses, ao contrário dos consumidores domésticos espanhóis, já beneficiaram da entrada em vigor, no dia 1 de dezembro do ano passado, da descida da taxa de IVA de 23% para 13% na componente do consumo, a qual foi alargada, a partir de março deste ano, às famílias numerosas (com uma majoração no total de consumo abrangido pela taxa intermédia)”, tinha já dito ao ECO/Capital Verde fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC).

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Angola e Portugal aprovam protocolo bilateral para facilitar vistos

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

O protocolo produzirá efeitos a partir da data da sua assinatura, por um período de cinco anos, automática e sucessivamente renováveis desde que não seja denunciado nos termos previstos.

Os Governos de Angola e Portugal aprovaram um protocolo bilateral sobre a facilitação de vistos nacionais, em passaportes comuns ou ordinários, para mobilidade jovem, por razões de saúde e de trabalho.

De acordo com o decreto presidencial 240/21, de 29 de setembro, consultado esta segunda-feira pela agência Lusa, o protocolo tem como objetivo estreitar as relações de amizade e de cooperação nos domínios académico, cultural, científico, técnico e económico com a República portuguesa, bem como eliminar as barreiras existentes ao desenvolvimento das atividades das empresas e do investimento.

Nesse sentido, as partes acordaram facilitar a atribuição de vistos de longa duração, para fins académicos, culturais, desportivos, científicos e tecnológicos, bem como cidadãos em busca de tratamento médico e respetivos acompanhantes, sendo também eleitos os vistos de trabalho de longa duração.

Relativamente aos vistos para fins académicos, culturais, desportivos, científicos, tecnológicos e de saúde são válidos para múltiplas entradas, de longa duração e prorrogáveis.

Já os vistos de trabalho são válidos para múltiplas entradas, num período de 36 meses, permitindo ao seu titular uma permanência contínua, por períodos de 12 a 36 meses prorrogáveis, para a finalidade que determinou a sua concessão.

Para a atribuição do visto de trabalho de longa duração são considerados os trabalhadores envolvidos em projetos de investimento, designadamente projetos de reconstrução nacional, contratualizados por empresas públicas, privados ou de capital misto de ambos os países.

O decreto presidencial sublinha que os signatários do protocolo deverão conceder os vistos com o objetivo de facilitar a mobilidade dos cidadãos de ambos os países num prazo máximo de oito dias úteis a contar da data da sua solicitação, enquanto para os vistos de trabalho de longa duração o prazo máximo é de 30 dias úteis desde a data do pedido.

Os signatários devem garantir as condições necessárias para assegurar a permanência dos requerentes no respetivo território durante o período de validade do visto e as renovações ou prorrogações dos vistos concedidos devem acontecer no prazo de cinco dias úteis a contar da data da solicitação.

O protocolo produzirá efeitos a partir da data da sua assinatura, por um período de cinco anos, automática e sucessivamente renováveis desde que não seja denunciado nos termos previstos, “quando um dos signatários manifestar essa vontade, notificando o outro por escrito e através dos canais diplomáticos”.

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Estado das florestas europeias está a deteriorar-se, diz TCE

Sessenta por cento das florestas da UE são detidas por entidades privadas e, em 2017, o produto bruto com origem na silvicultura, incluindo as atividades madeireiras, ascendeu a mais de 55 mil milhões

A União Europeia tem cerca de 180 milhões de hectares de florestas e outras zonas arborizadas, que cobrem 45% da sua superfície total. De acordo com o Eurostat, entre 1990 e 2020, a superfície florestal da UE aumentou 10,2 milhões de hectares. Ainda assim, e apesar da área florestal da UE ter aumentado nos últimos 30 anos, em geral o estado das florestas europeias está a deteriorar-se. A conclusão é de uma auditoria do Tribunal de Contas Europeu.

Sessenta por cento das florestas da UE são detidas por entidades privadas e, em 2017, o produto bruto com origem na silvicultura, incluindo as atividades madeireiras, ascendeu a mais de 55 mil milhões de euros. O relatório especial do TCE faz um balanço da estratégia florestal da UE para o período de 2014-2020, e das principais políticas da União neste domínio, e conclui que as práticas de gestão sustentável são fundamentais para manter a biodiversidade e fazer face aos efeitos das alterações climáticas nas florestas.

Salienta ainda que, nas zonas em que a UE tem competência para agir, a Comissão Europeia poderia ter adotado medidas mais firmes para a proteção das florestas. Por exemplo: é possível desenvolver mais esforços para combater a exploração madeireira ilegal e direcionar mais as medidas florestais de desenvolvimento rural para a biodiversidade e as alterações climáticas.

Outra descoberta passa pelo facto de o financiamento das zonas florestadas pelo orçamento da UE ser muito inferior ao da agricultura, apesar de a superfície coberta por floresta e a superfície para uso agrícola serem quase idênticas.

O financiamento da silvicultura representa menos de 1% do orçamento da PAC, centrando-se no apoio a medidas de conservação e à plantação e recuperação de superfícies florestais. 90% dos fundos da UE afetados à silvicultura são canalizados através do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).

“As florestas da UE são multifuncionais, contribuindo para objetivos ambientais, económicos e sociais. A definição de limites ecológicos, por exemplo na utilização das florestas para produção de energia, é um processo em curso”, afirmou Samo Jereb, Membro do Tribunal de Contas Europeu responsável pelo relatório.

“As florestas podem funcionar como importantes sumidouros de dióxido de carbono e ajudar-nos a atenuar os efeitos das alterações climáticas, tais como incêndios florestais, tempestades, secas ou a perda de biodiversidade, mas apenas se estiverem em bom estado. É responsabilidade da Comissão Europeia e dos Estados-Membros intensificar as medidas para garantir a resiliência das florestas”.

O TCE constatou que as principais políticas da UE dão resposta às questões da biodiversidade e das alterações climáticas nas florestas da União, mas têm pouco impacto. Por exemplo, apesar de o Regulamento da UE relativo à madeira proibir a colocação de madeira e produtos de madeira extraída ilegalmente no mercado da União, a exploração madeireira ilegal continua a ser uma realidade.

A UE adotou então várias estratégias para fazer face ao fraco estado das florestas da União em termos de biodiversidade e conservação. Contudo, o TCE concluiu que a qualidade das medidas de conservação para os habitats florestais continua a ser problemática. Apesar de 85% das avaliações de habitats protegidos indicarem um estado de conservação mau ou fraco, a maioria das medidas de conservação visa manter esse estado, e não restabelecê-lo.

Em alguns projetos de florestação, o TCE observou agregados de monocultura. pelo contrário, a mistura de espécies de árvores teria aumentado a biodiversidade e a resiliência a tempestades, secas e pragas.

O TCE conclui ainda que as medidas de desenvolvimento rural tiveram pouco impacto na biodiversidade florestal e na resiliência às alterações climáticas, em parte devido às parcas despesas com a florestas (na prática, 3% de todas as despesas de desenvolvimento rural) e às insuficiências na conceção das medidas. A simples existência de um plano de gestão florestal (uma das condições para receber financiamento do FEADER) oferece poucas garantias de que o financiamento seja direcionado para atividades ambientalmente sustentáveis. Além disso, o sistema comum de acompanhamento da UE não mede os efeitos das medidas florestais na biodiversidade e nas alterações climáticas.

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Bolsa de Nova Iorque desce e petróleo abre em alta

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

No início da sessão, Dow Jones descia 0,09%, o Nasdaq recuava 1,40% e S&P 500 desvalorizava 0,42%.

A bolsa de Nova Iorque seguia esta segunda-feira em baixa no início da sessão, numa altura em que o preço do petróleo registava uma nova subida no mercado nova-iorquino.

Às 15:00 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones descia 0,09% para 34.293,68 pontos e o Nasdaq recuava 1,40% para 14.362,11 pontos. O índice alargado S&P 500 descia 0,42% e estava em 4.338,33 pontos.

O preço do barril de petróleo do Texas começou a negociar em Nova Iorque com uma subida de 1,69% para 77,16 dólares, pendente dos resultados da reunião da aliança da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de 10 outros produtores (OPEP+), que deverá optar por mais um ligeiro aumento na produção, após os cortes adotados devido à crise causada pela pandemia.

O mercado de dívida pública também segue em foco, depois de uma forte subida nos rendimentos dos títulos de referência. Os juros das obrigações norte-americanas a 10 anos avançavam para 1,503%.

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Ricardo Conde é o novo presidente da Agência Espacial Portuguesa

A criação de uma agenda de industrialização do setor espacial, posicionando Portugal com um grande operador nesta área, na Europa, está na agenda da nova presidência.

Ricardo Conde é o novo presidente da Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space, sucedendo a Chiara Manfletti, a primeira presidente do organismo. O profissional ocupava o cargo interinamente desde setembro de 2020.

“É com grande honra e sentido de missão que aceito a nomeação da Assembleia Geral da Portugal Space, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2019 pela minha antecessora Chiara Manfleti e que que permitirá à Agência prosseguir com os grandes objetivos traçados para o reforço da capacitação da indústria espacial portuguesa e das instituições de investigação que atuam neste setor”, diz Ricardo Conde, citado em comunicado.

Em reação a esta escolha, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior congratulou-se com a nomeação, elogiando também o processo de seleção realizado ao nível da Assembleia Geral da Agência Espacial Portuguesa.

“O ministro Manuel Heitor elogia a forma como decorreu o processo, incluindo o plano de seleção iniciado em dezembro de 2020, com a abertura de um processo de candidaturas, ao qual concorreram 14 candidatos das mais variadas origens”, lê-se em comunicado, citado pela Lusa.

A seleção do novo presidente da Agência Espacial Portuguesa começou em outubro de 2020, com o lançamento de um concurso internacional, tendo a escolha foi conduzida por um comité de seleção composto por Paulo Ferrão, ex-presidente da Fundação para Ciência e Tecnologia, um dos membros fundadores da Agência Espacial Portuguesa, Miguel Bello, presidente do Centro Internacional de Investigação do Atlântico – Air Centre, e a anterior e primeira presidente da Agência Espacial Portuguesa, Chiara Manfletti.

A escolha recaiu em Ricardo Conde que, desde setembro do ano passado, desempenhava interinamente o cargo. Membro da direção da Agência Espacial Portuguesa desde 2019, Ricardo Conde é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa estando ligado ao setor aeronáutico e espacial desde 1993, tendo participado em vários programas nacionais e internacionais nesta área, em particular nos segmentos Espaço e Terra.

A criação de uma agenda de industrialização do setor espacial — como o “lançamento de uma constelação de satélites de observação da terra com sensores de alta resolução, posicionando Portugal com um grande operador nesta área, na Europa” –; a criação de uma política de dados de observação da terra, o chamado Digital Planet, “para levar ao reforço de um ecossistema de desenvolvimento de aplicações de downstream indo ao encontro das necessidades do País na utilização das tecnologias do Espaço em setores como a Gestão do Território à Monitorização Marítima” são alguns dos objetivos.

“Esta industrialização do setor espacial, seja pelo desenvolvimento de capacidades ao nível dos micro-lançadores, criando condições de atratividade para captar empresas líderes Europeias para a sua operação, seja na procura de soluções no segmento da segurança espacial, nomeadamente num tema de futuro como a resolução dos problemas do lixo espacial, em que Portugal pretende ocupar uma posição de liderança, serão fundamentais para o nosso reposicionamento nas cadeias de valor internacionais”, defende o novo presidente.

(notícia atualizada com reação do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor)

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Entrevista a Inês Sequeira Mendes. Edição de outubro da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 4 Outubro 2021

Na Advocatus de outubro pode ler a entrevista a Inês Sequeira Mendes, um especial sobre a liderança das firmas no feminino e ainda um balanço da Summit Porto.

Inês Sequeira Mendes chegou aos comandos da Abreu Advogados em maio deste ano. Mas recusa que o seu género tenha ditado o convite. A atual managing partner é sócia da Abreu desde 2012, tendo integrado a sociedade em 2006. Trabalha essencialmente em direito da concorrência, em estreita articulação com a estruturação de investimentos e com o desenvolvimento da atividade comercial das empresas.

Em entrevista à Advocatus, defende que a Ordem dos Advogados poderia ter um papel determinante na divulgação da faturação dos escritórios e assume que o IVA não deve ser equacionado no cálculo desse valor.

Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu, em entrevista ao ECO/Advocatus - 21SET21

Se no final de 2020 existiam apenas duas managing partners de firmas do sexo feminino – Maria João Ricou e Mafalda Barreto -, 2021 está a ficar marcado por uma mudança. Inês Sequeira Mendes e Mónica Moreira assumiram este ano o lugar de topo das respetivas sociedades. E para 2022, Paula Gomes Freire substituirá o atual managing partner da VdA. A Advocatus foi conversar com as líderes das firmas.

A Advocatus Summit esteve de regresso à cidade do Porto para uma segunda edição. Tal como na edição anterior, este ano, o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia, foi em formato digital. Os escritórios patrocinadores foram Abreu Advogados, PLMJ, AVM Advogados e PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados. Contamos ainda com o patrocínio da Universidade Portucalense. Leia na nova edição da revista o balanço.

Débora Melo Fernandes, advogada Gama GlóriaHugo Amaral/ECO

Débora Melo Fernandes é a advogada do mês desta edição. A advogada especializada em direito público da Gama Glória fez um balanço sobre as recentes alterações na contratação pública e o estado da justiça. Segundo a advogada, uma justiça lenta deixa de ser justa e, por isso, se “tivesse uma varinha mágica”, melhorava o estado da justiça administrativa. Acredita ainda que a OA não deve substituir-se à faculdade nem ao patrono, mas antes focar-se naquilo que é específico da profissão.

João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado Guerreiro, esteve à conversa com a Advocatus e contou todos os pormenores sobre a parceria com a Jingsh Law Firm, escritório chinês. O advogado garante que criar este tipo de relações com firmas internacionais dá acesso mais direto ao mercado de outros países. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado GuerreiroHugo Amaral/ECO

O Manchester United vai pagar 15 milhões de euros pelo passe de Cristiano Ronaldo. O advogado do avançado português, Paulo Rendeiro, explicou à Advocatus algum do trabalho de bastidores. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 130.ª edição.

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