“Nesta indústria, a discrição e reserva são a alma do negócio”, diz advogado de CR7

O Manchester United vai pagar 15 milhões de euros pelo passe de Cristiano Ronaldo. O advogado do avançado português, Paulo Rendeiro, explicou à Advocatus algum do trabalho de bastidores.

No dia 27 de agosto – época quente das transferências de jogadores de futebol nos grandes clubes – o mundo ficou suspenso. Cristiano Ronaldo sai da Juventus, depois de três anos, 133 jogos, 101 golos e cinco troféus. Mas qual seria o futuro clube do avançado português? Essa era a pergunta de um milhão de dólares. Durante umas horas, era dada como hipótese a sua ida para o Manchester City (o que deixou alguns fãs e adeptos surpresos). Mas, ao final da tarde, a notícia chegou: CR7 iria regressar ao Manchester United.

Mas o que esteve — ou melhor quem esteve — nos bastidores deste negócio, para além do seu agente de anos, Jorge Mendes? O advogado e sócio da Morais Leitão, Paulo Rendeiro, advogado da Gestifute há anos. À Advocatus/ECO, o coordenador do grupo de desporto e entretenimento, explicou que “é preciso ter noção de que, geralmente, são três as partes de um negócio desta natureza e dois os consensos a atingir: acordo entre clubes (i.e., entre “vendedor” e “comprador”) e acordo entre jogador e novo clube, E as questões jurídicas não são o que mais importa, na maioria das vezes”, diz o sócio da ML. “Antes, há que gerir expectativas e diferentes sensibilidades, estar igualmente bem preparado para lidar tanto com assessores e gestores de clubes, como com a entourage e assessoria dos atletas”, acrescentou o advogado que integra também a equipa de comercial, M&A e mercado de capitais.

Com esta transferência, a Juventus recebeu 15 milhões de euros. A este montante juntam-se ainda oito milhões de euros dependentes do desempenho do internacional português ao serviço dos “red devils”. Cristiano Ronaldo volta assim ao Manchester ao fim de 12 anos. Na primeira passagem por OldTrafford, entre 2003 e 2009, o internacional português realizou um total 292 jogos e marcou 118 golos. Conquistou ainda dez títulos coletivos: Premier League (três vezes), Liga dos Campeões, Campeonato do Mundo de Clubes, Taça de Inglaterra, Supertaça (duas vezes), Taça da Liga (duas vezes).

Reagindo ao facto do jogador em causa já ter estado no clube, Paulo Rendeiro admite que “não usaria palavra facilitada”, relativamente a esta transferência. “Mas, tipicamente quando se trata de um regresso de um atleta ao seu anterior clube todos, sabemos que o consenso é mais fácil de atingir, sendo isto ainda mais evidente quando o desejo de ‘reencontro’ seja mútuo”, diz. Este foi um caso assim.

Cristiano Ronaldo, Jorge Mendes e Paulo Rendeiro (da esquerda para a direita)

Mal a notícia se tornou pública pelo Manchester United, o vencedor de cinco Bolas de Ouro recorreu logo às redes sociais para deixar uma mensagem de apreço aos adeptos do seu mais recente clube. “Todos os que me conhecem, sabem do meu amor interminável pelo Manchester United. Os anos absolutamente espantosos que passei neste clube e o caminho que fizemos juntos estão escritos em letras de ouro na história desta grande e espantosa instituição”.

“O que sai nos media e redes sociais, na maioria das vezes, está muito distante da realidade das coisas”

Já o advogado, desvalorizando as redes sociais quando questionado sobre o momento em que o negócio começou a ser planeado fora da cena pública, defende que “o momento em que se começa a falar publicamente da saída do jogador é relativamente irrelevante”. “Nesta indústria a discrição e reserva são a alma do negócio. Este é um princípio que aplicamos em todos os casos, dos mais famosos aos menos sonantes. O que sai nos media e redes sociais, na maioria das vezes, está muito distante da realidade das coisas”, sublinha.

“Há muito trabalho preparatório invisível, no escritório e on the road, sentado a uma secretária num quarto ou receção de hotel ou no chão de uma sala de espera de aeroporto: havendo um portátil, o resto não é problema. Importa é estar concentrado e ter capacidade de adaptação ao ambiente que nos rodeia. São muitas viagens, planeadas e nem tanto, muitos telefonemas e reuniões prolongadas”, conta Paulo Rendeiro.

Paulo Rendeiro, sócio da Morais Leitão

A Advocatus/ECO questionou quantos advogados estiveram envolvidos neste negócio em específico, mas a resposta não foi esclarecedora: “saber quem trabalha numa ou noutra operação, num ou noutro caso, se muitos se poucos, é o menos relevante”. E exemplificou: “só em 2020, o Grupo de Direito Desportivo da ML envolveu mais de 110 advogados em trabalhos para clientes e dossiês relacionados com Desporto e Entretenimento. Da contratação desportiva, ao laboral-desportivo, da propriedade intelectual ao fiscal, administrativo e contencioso, tudo são matérias onde se deve ter especialistas, pessoas com sensibilidade para as idiossincrasias que regem esta indústria”.

“Importante, portanto, é assegurar ecletismo e versatilidade, pois só essas valências permitem garantir uma assessoria multidisciplinar e transversal ao cliente”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRR é insuficiente para problemas de habitação que o país tem, diz Jerónimo de Sousa

  • Lusa
  • 19 Setembro 2021

“A habitação é um problema sério a requerer investimento do Estado e a intervenção das autarquias”, defende o secretário-geral do PCP.

O secretário-geral do PCP defendeu este domingo que o que está previsto para a habitação no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é insuficiente para responder a este flagelo, enquanto o Governo está a “sacudir a água do capote”.

O primeiro ataque do dia tinha sido dedicado ao que Jerónimo de Sousa considerou ser a complacência do Governo com os grandes grupos económicos. Agora esteve a habitação ‘na mira’ e, mais uma vez, a “bazuca europeia”. “A habitação é um problema sério a requerer investimento do Estado e a intervenção das autarquias”, advogou, enquanto discursava durante uma iniciativa autárquica da CDU na antiga freguesia da Pontinha, em Odivelas, distrito de Lisboa.

Contudo, na opinião do dirigente comunista, este problema está a ser utilizado “demagogicamente como trunfo eleitoral pelo PS e o seu Governo, prometendo mundos e fundos em nome de um PRR que para a habitação não tem, e o Governo sabe que não tem, os montantes financeiros para corresponder por inteiro à dimensão da carência”.

A postura do Governo para com as autarquias, acrescentou, também é censurável, já que o executivo socialista critica, mas deixa os municípios de mãos atadas. “É escusado o Governo andar por aí a acusar gratuitamente as autarquias de não aplicarem as verbas do PRR dirigidas à habitação, quando ainda nem definiu as verbas disponíveis para a estratégias locais de habitação, já aprovadas, nem sequer o dinheiro está disponível para ser aplicado”, sustentou.

Por isso, “pede-se mais seriedade” aos socialistas que, enquanto “agitam as responsabilidades de outros para sacudir a água do capote, a verdade é que o dinheiro que há e podia ser gasto está inscrito no Orçamento do Estado em vigor”. Jerónimo de Sousa acrescentou que há 100 milhões de euros do programa “Primeiro Direito” que “continuam por gastar quase na sua totalidade”.

A segunda ação da campanha autárquica da CDU, a exatamente uma semana das eleições, decorreu no concelho de Odivelas, um dos mais recentes do país – apenas foi elevado a esta condição em 1998 – e onde a CDU tinha quatro vereadores, mas está agora com metade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gás vai manter tendência de subida mas desce a seguir ao inverno, dizem analistas

  • Lusa e ECO
  • 19 Setembro 2021

"Espera-se que quando terminar o inverno a procura baixe e os preços voltem a equilibrar-se", adianta a energética Aldro Energia.

Os preços do gás natural deverão manter a tendência de subida nos próximos meses, mas baixarão a seguir ao inverno, desde que as tensões geopolíticas não se agravem nos principais produtores, escreve a agência Efe.

De acordo com os analistas contactados pela agência espanhola de notícias, a subida dos preços do gás natural, que está a arrastar o preço da eletricidade em toda a Europa, surge devido à recuperação económica, à subida da procura na Ásia, sobretudo na China, e ao facto de ser olhada como a principal energia de transição até à implementação plena das renováveis.

“Se olharmos para os preços dos mercados de futuros, o gás teria uma subida de 4 ou 5%, no máximo, e a partir daí, nos meses de março ou abril, pode ver-se uma descida forte, de 20 ou 30%, o que não quer dizer que seja o que se vai passar”, explicou Juan Ignacio Crespo, analista financeiro. O Bank of America antecipa que a subida do preço do gás natural rondará os 30% em setembro e 7% em outubro.

Ouvida pela Efe, a energética Aldro Energia considera que a tendência de subida dos preços vai manter-se porque os fatores que sustentam o aumento mantêm-se, “mas, não obstante, espera-se que quando terminar o inverno a procura baixe e os preços voltem a equilibrar-se”.

Num comentário recente, o banco privado suíço Julius Baer escrevia que “os preços altos do gás são a melhor cura para os preços altos”, mas os planos para reduzir as emissões de CO2 desincentivam os investimentos no setor gasista. Os preços, lembra a Efe, estavam relativamente baixos no princípio do ano e atualmente estão longe dos máximos históricos registados em 2005.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PT 2030 e PRR dão às empresas o dobro do que tiveram nos últimos seis anos, diz Costa

  • Lusa
  • 19 Setembro 2021

Apesar de não competir ao Estado “ser empresário”, deve “criar condições para que as empresas possam investir, ser mais fortes, encontrar melhores mercados, defende António Costa.

António Costa defendeu este domingo que, com o programa Portugal 2030 e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as empresas irão dispor, nos próximos seis anos, “do dobro daquilo que tiveram nos seis anos anteriores”.

Num comício em Parede, no distrito do Porto, no qual participava para apoiar o atual presidente e candidato do PS à Câmara Municipal local, Alexandre Almeida, o secretário-geral do PS salientou que é preciso ter em conta “três números” para se conseguir ter “noção do que é que representa o Plano de Recuperação e Resiliência para as empresas”.

Afirmando que, no âmbito do programa Portugal 2020, as empresas tiveram, em apoios dos fundos europeus, “cinco mil milhões de euros”, António Costa referiu que, no próximo programa Portugal 2030, esse número subirá para seis mil milhões de euros, “nos mesmos termos” do Portugal 2020.

Além disso, o secretário-geral do PS frisou ainda que o PRR “disponibiliza para a capitalização das empresas, e para investir na inovação tecnológica, 2.930 milhões de euros”, para além dos fundos em reserva de 2.300 milhões de euros que também serão mobilizados “se as empresas, nos próximos seis anos, forem capazes de absorver” os 2.930 milhões de euros já previstos.

“Dirão: ‘era melhor que fosse mais’. Ah, pois era! Mas, apesar de tudo, aquilo que dizemos é isto: entre o Portugal 2030 e o PRR, as empresas vão dispor nos próximos seis anos do dobro daquilo que tiveram nos seis anos anteriores”, apontou.

António Costa afirmou assim que o “casamento” entre o Estado e os municípios é “absolutamente essencial”, porque, apesar de não competir ao Estado “ser empresário”, deve “criar condições para que as empresas possam investir, ser mais fortes, encontrar melhores mercados para gerarem mais e melhor emprego, com melhor qualidade”.

“E a missão dos municípios é absolutamente fundamental, porque são eles que conhecem o território, o tecido empresarial, os recursos humanos que existem em cada terra, e são eles que estão em melhores condições de fazer a ponte entre aquilo que são as necessidades de formação profissional, da requalificação profissional, no investimento na formação dos jovens e das crianças, nas necessidades das empresas (…) que podem investir com confiança e segurança para ajudar a desenvolver cada um destes territórios”, salientou.

O secretário-geral do PS apelou assim a que, à semelhança do que aconteceu durante a pandemia, o país se “continue a ajudar” de maneira a cumprir com a “estrita obrigação” e a “exigência dos portugueses de hoje”: “fazer mais e mais depressa”. “Aquilo que é o nosso dever para com as gerações futuras é não desperdiçarmos um segundo, um minuto, um dia, uma semana, e arregaçarmos as mangas para pormos em prática imediatamente no terreno todas as oportunidades que o PRR nos abre”, salientou.

António Costa dedica hoje o seu dia de campanha autárquica ao distrito do Porto, percorrendo oito concelhos. Além do comício em Paredes, o secretário-geral do PS já esteve em Marco de Canaveses e Penafiel e, durante a tarde, irá estar em Valongo, Maia, Matosinhos, Gondomar e terminará o dia em Vila Nova de Gaia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai apostar no apoio ao investimento das empresas, diz secretário de Estado da Economia

  • Lusa
  • 19 Setembro 2021

Os atuais “sinais positivos” a nível da evolução da pandemia justificam uma nova estratégia, agora focada no apoio à recuperação económica, defende o secretário de Estado da Economia.

O secretário de Estado adjunto e da Economia disse este domingo que o Governo nunca “limitou apoios” à economia “quando a situação era difícil” e que, face aos atuais “sinais positivos”, vai agora concentrar-se em apoiar o investimento e promoção internacional.

“Não limitámos os apoios quando a situação era difícil. Agora estamos a passar para outro tipo de apoios, sobretudo ao investimento, e é aí que nos vamos concentrar. Quer no investimento do ponto de vista dos meios de produção, quer também da promoção internacional”, afirmou João Neves em declarações aos jornalistas à margem da feira internacional de calçado Micam, em Milão, Itália.

Recordando que o Governo foi “prolongando os apoios à medida da evolução da situação epidémica”, o secretário de Estado considerou que estes instrumentos “foram muito importantes para manter a capacidade de produção e limitar ao mínimo a redução de trabalhadores”. “Acho que fomos bem-sucedidos nisso, foi um esforço coletivo que não foi só do Estado, foi também das empresas”, sustentou.

Contudo, acrescentou João Neves, os atuais “sinais positivos” a nível da evolução da pandemia justificam uma nova estratégia, agora focada no apoio à recuperação económica. “É sobretudo aí que os apoios vão continuar e esse é o sinal que também podemos dar ao mercado internacional: Que as nossas empresas aguentaram este período difícil e estão prontas para aproveitar aquilo que é uma nova evolução positiva do consumo”, rematou.

Para o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), Luís Onofre, a participação portuguesa nesta edição daquela que é considerada a maior feira de calçado do mundo é “uma lufada de ar fresco”.

“Passados dois anos deste terrível tempo de pandemia, que foi extremamente exigente para as nossas empresas, é quase como uma lufada de ar fresco para muitas empresas nacionais do setor do calçado que insistem em vir, e muito bem, à Micam tentar novos negócios”, disse Luís Onofre.

Após um primeiro semestre de 2021 “muito interessante” para o setor – até julho as exportações aumentaram 10,3% face a 2020, embora se mantenham ainda 11,5% abaixo de 2019 – o presidente da APICCAPS aponta “boas perspetivas” e antecipa que “poderá haver uma recuperação em 2023 muito interessante”.

“Agora as empresas têm que ter resiliência. Sempre foram resilientes, mas [têm de o ser] cada vez mais, para se adaptarem aos novos tempos e hábitos de consumo completamente diferentes, mas a que temos que nos adaptar de alguma forma”, disse.

Relativamente à bastante mais reduzida dimensão da comitiva portuguesa – as 34 empresas presentes na Micam são cerca de um terço das que chegaram a marcar presença em edições pré-pandemia da feira – Luís Onofre admite que esteja relacionado com o “investimento avultado” que está envolvido.

“A vinda de menos clientes, se calhar, também limita as participações”, avança, lembrando que “há muitos [clientes] de fora da Europa que não vieram, nomeadamente os provenientes da Ásia, dos EUA e da Rússia, devido a restrições relacionadas com a pandemia.

“Falo por mim, que [enquanto empresário de calçado] também não estou presente na feira. Canalizei o ‘budget’ [orçamento] que tinha para outras situações, nomeadamente o ‘online’, onde estamos a apostar forte. E acho que há muitas que também estão a canalizar a sua energia para outras situações”, sustentou.

Para o dirigente associativo, os fundos públicos devem agora canalizar-se para “os apoios às feiras, à internacionalização e à sustentabilidade”: “Este é um tema em que o nosso setor tem estado em cima e é um dos pilares da minha presidência. Conseguimos fazer com que esta indústria seja uma indústria voltada para o futuro, no aspeto de ser ‘eco friendly’ [amiga do ambiente]”, afirmou Luís Onofre.

Assumidamente “positivo”, o líder da APICCAPS acredita numa “recuperação rápida” do setor e aponta 2023 como o ano da velocidade de cruzeiro, mas reconhece que não há “certezas”, porque tudo está dependente da evolução da situação pandémica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pandemia “calca” 70 anos de produção de sapatos em Portugal

Indústria perdeu 4 mil milhões de pares de sapatos em 2020, com Portugal a cair menos que Itália e Espanha. Exportações cresceram 11% até julho, mas “dificilmente” chegam este ano nível pré-pandemia.

O consumo mundial de calçado caiu 15,8% no ano que coincidiu com o surgimento da covid-19, o que significa que em todo o mundo deixaram de ser comercializados 4 mil milhões de pares de sapatos em 2020. Uma equivalência ajuda a perceber melhor o impacto da pandemia: representa 70 anos de produção de calçado em Portugal. E o cenário até chegou a ser mais sombrio, com perdas estimadas de 5 mil milhões de pares.

De acordo com o World Footwear 2021 Yearbook, o calçado nacional resistiu melhor do que os principais concorrentes internacionais. Em volume, os fabricantes portugueses registaram uma quebra de 13,2%, para 66 milhões de pares de sapatos. Isto é, cerca de metade da redução verificada em Itália (-26,8%, num total de 131 milhões de pares) e em Espanha (-26,5%, para 72 milhões de pares).

Quase nove em cada dez pares de sapatos são fabricados na Ásia, com o Vietname e a China à cabeça. Entre os principais produtores mundiais, Portugal continua a registar o segundo maior preço médio por par exportado (24,28 euros), logo a seguir a Itália. A indústria nacional destaca-se sobretudo no segmento específico do couro – ocupa a 9.ª posição, com uma quota de 3,1% – e no calçado impermeável, em que é atualmente o quarto maior fabricante à escala planetária (quota de 3,7%).

"Estamos a fazer os trabalhos de casa para que a recuperação chegue mais cedo na indústria portuguesa, previsivelmente já no próximo ano.”

Paulo Gonçalves

Porta-voz da associação do calçado (Apiccaps)

Um ano depois, os industriais portugueses regressam este domingo à maior feira de calçado do mundo, em Milão, com a comitiva reduzida a um terço e menos empresas de luxo. Ainda assim, confiantes na retoma da atividade internacional. Segundo os dados oficiais mais recentes, as exportações cresceram 11% até julho, face aos primeiros sete meses do ano passado, que fechou com uma quebra na ordem dos 16%. Mas ainda estão aquém dos números de 2019 e “dificilmente” chegarão a esse nível até ao final deste ano.

“Os estudos internacionais apontam para que a recuperação internacional do setor do calçado só aconteça em 2023. Nós estamos a fazer os trabalhos de casa para que essa recuperação chegue mais cedo na indústria portuguesa, previsivelmente já no próximo ano”, sintetiza o porta-voz da associação do setor (Apiccaps), Paulo Gonçalves, em declarações ao ECO.

Conforto balanceia quebra clássica

O setor está agora em fase de normalização, mas nem todos os segmentos de mercado estão a recuperar no mesmo ritmo. É o caso do segmento clássico, que, por regra, consegue praticar preços mais elevados e que foi “altamente penalizado no passado recente” porque quase deixou de haver casamentos, batizados, festas de finalistas e outras cerimónias. Ao invés, o calçado impermeável e de conforto, assim como o desportivo, estão em crescimento.

Uma das grandes apostas da indústria portuguesa de calçado ao longo da última década passou pela criação de marcas próprias, como tinha ficado definido no Plano Estratégico FOOTure 2020. Os dados do Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial (GAPI) do Centro Tecnológico do Calçado mostram que foram criadas 272 novas marcas de calçado no país desde 2010, das quais 203 registadas como comunitárias e as restantes 69 apenas em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Calçado português volta a Milão mais pequeno e menos luxuoso

Os industriais estão de regresso à maior feira de calçado do mundo, com a comitiva reduzida a um terço, quase sem referências premium, mas confiantes na retoma e já com mais 19 viagens no calendário.

A indústria portuguesa está de regresso à maior feira de calçado do mundo, que se realiza em Milão de 19 a 21 de setembro, com uma comitiva reduzida a 34 empresas. É quase um terço daquele que era o número de participantes nacionais nas edições da Micam realizadas antes da pandemia de Covid-19.

Paulo Gonçalves, o porta-voz da associação do setor (Apiccaps), explica, em declarações ao ECO, que esta participação mais reduzida se deve, por um lado, ao “clima de alguma indefinição” que ainda subsiste entre os empresários – “há todas as dúvidas e mais algumas no horizonte”, desabafa – e, por outro, à ausência confirmada de muitos visitantes asiáticos e americanos.

A organização aponta para “relativamente poucos” clientes provenientes de fora da Europa, sendo que os mercados extracomunitários foram ganhando peso ao longo da última década, até valerem quase 20% das exportações do calçado português. E esta feira na capital da moda italiana sempre foi até mais relevante para conseguir chegar a clientes do Canadá, Estados Unidos, Rússia, Japão, China ou Coreia do Sul.

“Não deixa de ser, de certa forma, frustrante porque o setor está a recuperar, a dar os primeiros sinais [de retoma] nos mercados externos, mas estamos sempre dependentes da evolução da pandemia e não está a acontecer tudo ao mesmo tempo nos diferentes países”, sustenta Paulo Gonçalves, falando, ainda assim, desta presença em Itália como “o primeiro grande momento deste ano” para os industriais.

"O online é importante, mas colocar a qualidade dos nossos sapatos na mão de um profissional do setor, achamos que continua a fazer alguma diferença.”

Paulo Gonçalves

Porta-voz da associação do calçado (Apiccaps)

Se este já tivesse sido um ano normal, a Apiccaps teria cerca de 200 empresas a participarem em 60 feiras espalhadas pelo mundo, em vez das quatro em que estiveram envolvidas até este momento. O responsável fala numa “machadada grande nas aspirações” deste setor e de algo que “limita muito a abordagem aos mercados externos”, uma vez que as fábricas nacionais exportam 98% do que produzem.

Tal como noutras áreas, também o calçado se virou para o online e fez um investimento inédito na promoção digital. Ao abrigo de um projeto da Apiccaps designado “Valorização da Oferta”, as empresas estão este ano a investir cerca de três milhões de euros só em marketing digital. Porém, “aquele serviço de proximidade, aquela relação próxima que tínhamos com os clientes, de certa forma perdeu-se neste ano e meio”.

“Por isso, estamos muito sedentos de voltar a viajar, aos mercados, ao contacto com os profissionais do setor. Até porque o calçado tem algumas especificidades, como a espessura da pele, o peso… O online é importante, mas colocar a qualidade dos nossos sapatos na mão de um profissional do setor, achamos que continua a fazer alguma diferença”, completa Paulo Gonçalves.

Tiro de partida para 19 ações no exterior

Na Fiera Milano, que por estes dias volta a ser o epicentro da indústria mundial de calçado para a apresentação das coleções para a próxima estação primavera / verão, vão estrear-se dois projetos portugueses: My Cute Pooch e Hugo Manuel / Hupa Shoes. De resto, a comitiva que vai receber a visita do secretário de Estado da Economia, João Neves, é dominada por exportadoras de média e grande dimensão e, face ao histórico, tem muito menos empresas com sapatos de luxo.

O gestor de comunicação da Apiccaps relata que a maioria dessas produtoras, apostadas sobretudo no estilo clássico, não vai estar desta vez na feira de Milão, cuja edição prevista para fevereiro deste ano acabou por ser cancelada devido às restrições aos eventos naquele período. Esse segmento foi um dos mais penalizados pela pandemia e “é normal que ainda esteja à espera de um momento de maior normalização” do negócio para voltar às feiras internacionais.

O empresário Luís Onofre é presidente da Apiccaps.Octávio Passos / Lusa

Na partida para Itália, os industriais mostram-se confiantes de que a Micam possa ser “o início de uma coisa muito boa” e “um novo momento de afirmação do calçado português nos mercados internacionais”. Até porque – assim o permita a evolução da crise sanitária no Ocidente e no Oriente –, para os próximos seis meses estão calendarizadas 19 ações promocionais no exterior: estão concentradas sobretudo no primeiro trimestre de 2022 e incluem os regressos aos Estados Unidos e ao Japão.

Para já, estas são as marcas e fabricantes portugueses que vão estar na Micam até terça-feira: Aerobics / Bella B, Ambitious, Bemood, Cloud Footwear, Coxx-Borba / Thegrls, Cruz de Pedra, Darita / Friendly Fire, Dark Collection, Esc, Felmini, Flex&Go, Hugo Manuel / Hupa Shoes, Ibershoes / Creator, J. Reinaldo, Jooze / Pretty Love, Last Studio, Mariano Shoes, Men’s Devotion, Miguel Vieira, My Cute Pooch, Overstate, Pedreira, Pratik / Imagini, Private Label, Profession: Bottier, Sónia Patrício / Bisous Confiture, Storm, Suave, Tatuaggi, Tentoes, True Shoes, Urbanfly by Vegastyle e Walkys.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais cinco mortes e 677 casos de Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia, em março do ano passado, o país contabiliza um total de 1.062.048 infeções e 17.907 óbitos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 677 novos casos de infeção por Covid-19 em Portugal, elevando para 1.062.048 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim deste domingo indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram cinco pessoas com a doença, perfazendo um total de 17.907 óbitos.

A maioria dos infetados encontra-se a recuperar em casa, sendo que as hospitalizações continuam a descer. O número de pacientes internados nos hospitais caiu nas últimas 24 horas: menos dois internados, num total de 455, de acordo com o boletim epidemiológico. Destes, 86 estão em unidades de cuidados intensivos (menos quatro).

Boletim epidemiológico de 19 de setembro:

O boletim da DGS dá conta de que 651 pessoas recuperaram da doença face ao balanço de sábado. Já o número de infeções ativas também cresceu: há mais 21 casos ativos face ao balanço anterior, com Portugal a registar 33.973 casos ativos neste momento.

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo foi a região com mais casos (228) e mais mortes (3), seguida do Norte, que registou 221 casos e uma morte. O Alentejo identificou 34 casos e um óbito. As restantes regiões não tiveram óbitos nas últimas 24 horas, sendo que o Centro reportou 86 casos, o Algarve 68, os Açores 21 e a Madeira 19.

Há ainda 30.438 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 554 face a sábado.

(Notícia atualizada às 14h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase dez anos depois, há ainda menos mulheres no setor tecnológico

De 2011 para 2020, a percentagem de mulheres entre o número total de profissionais que trabalhavam e tinham formação no setor da TIC, recuou de 20,1% para 19%.

Numa década o fosso entre as mulheres e os homens que abraçaram uma carreira nas tecnologias de informação e comunicação (TIC) aumentou. Em Portugal, no ano passado, a percentagem de mulheres a trabalhar nas tech fixou-se nos 19%, um recuo de 5,3 pontos percentuais em relação a 2012, revelam os dados mais recentes do Eurostat.

Em 2020, os homens representavam 83% das 2,7 milhões de pessoas na União Europeia (UE) que estavam empregadas no setor das TIC, a sua área de formação. Em Portugal, os números são igualmente distantes: 81% são homens e apenas 19% mulheres. Mais alarmante ainda é que a trajetória não tem mostrado uma evolução positiva. A desigualdade é inclusive mais acentuada do que há quase dez anos.

Em 2011 — último ano sobre o qual o Eurostat tem dados — entre o total de pessoas que trabalham e tinham formação na área das TIC, 79,9% eram homens e 20,1% mulheres. Passados quase dez anos, em 2020, os valores não mostram uma evolução rumo a uma distribuição de género mais igualitária, antes pelo contrário.

Em 2013, por exemplo, a distribuição das percentagens foi exatamente igual à verificada em 2020. E 2012 e 2015 foram os anos — dentro do período temporal analisado — em que, apesar de ainda muito desigual, a diferença entre homens e mulheres no mundo das tech foi menor. Nesses anos, 75,7% eram homens e 24,3% mulheres. Por outro lado, 2018 foi o ano em que a distância foi mais acentuada (85,1% versus 14,9%).

No ano passado, a percentagem de mulheres no setor tecnológico em Portugal revelou, de facto, um crescimento, passando de 15,6% (em 2019) para 19%, mas, comparativamente a 2012, por exemplo, o valor diminui 5,3 pontos percentuais, evidenciando uma trajetória instável e pouco sustentada.

Mas há países com desigualdades ainda mais acentuadas. No ano passado, a Letónia registou a maior percentagem de homens no número total de profissionais com formação em TIC (94%), seguida da Eslovénia (90%), Bélgica e República Checa (ambos com 89%).

No extremo oposto, embora ainda longe da distribuição 50-50, as mulheres representavam mais de um quarto dos trabalhadores do setor tech com formação nas TIC em países como a Dinamarca (33%), Grécia (31%) e Chipre (28%).

A situação não é exclusiva da Europa, como revela um estudo conhecido esta semana da OCDE — que agrega 37 países da América do Norte e do Sul, da Europa e da Ásia-Pacífico. O relatório “Education at a Glance 2021” vai ao encontro deste cenário pouco igualitário. Ao nível da formação, em Portugal, as mulheres representam apenas 17% dos novos estudantes de tecnologias de informação e comunicação, em linha com o valor médio apurado nos países da OCDE (20%).

Contrariamente, em áreas de formação como a educação, as mulheres estão em larga maioria (77%), evidenciando uma acentuada diferença de género na distribuição dos participantes pelas várias áreas de formação.

Além disso, as mulheres possuem, de uma maneira geral, níveis mais altos de escolaridade. Contudo, continuam a receber salários mais baixos e a ter taxas de empregabilidade inferiores às dos seus colegas masculinos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turistas espaciais transportados pela SpaceX regessaram à Terra

  • Lusa
  • 19 Setembro 2021

Quatro turistas espaciais norte-americanos tornaram-se a primeira tripulação de um voo espacial sem astronautas profissionais.

Os quatro turistas espaciais norte-americanos transportados pela empresa privada SpaceX regressaram à terra, com uma amaragem no Atlântico na costa da Florida depois de três dias em órbita.

A amaragem da cápsula Dragon, que desceu suspensa de quatro paraquedas, aconteceu à hora prevista, pouco depois das 19:00 de sábado na costa leste dos Estados Unidos (00:00 de hoje em Lisboa), e foi transmitida em direto pela SpaceX.

O multimilionário Jared Isaacman, de 38 anos, que fretou o “cruzeiro espacial” e comandou a missão; Hayley Arceneaux, de 29 anos, uma sobrevivente de cancro e assistente médica no Hospital de Investigação infantil de St. Jude, que se tornou na pessoa mais jovem a voar para o espaço orbital; a professora universitária Sian Proctor, de 51 anos, a quarta mulher afro-americana a chegar ao espaço, e o engenheiro aeroespacial e veterano da Força Aérea Chris Sembroski, de 42, tornaram-se a primeira tripulação de um voo espacial sem astronautas profissionais.

A SpaceX, empresa do multimilionário Elon Musk, pretende “democratizar” as viagens espaciais.

A missão conclui um verão marcado por viagens ao espaço de multimilionários, primeiro o britânico Richard Branson, fundador da Virgin, em 11 de julho, e alguns dias mais tarde o magnata norte-americano Jeff Bezos, fundador da empresa de comércio online Amazon, a bordo do foguetão New Shepard, da empresa Blue Origin, que fundou. Ambos os voos duraram apenas alguns minutos.

A SpaceX tem previstos outros voos de turismo espacial, devendo o próximo realizar-se em 2022, com três homens de negócios a bordo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹Os novos Certificados do Tesouro têm valor? Perguntou ao Google, nós respondemos

Chegaram os novos Certificados do Tesouro Poupança Valor (CTPV). Quais as diferenças face os anteriores certificados? Quanto pode receber?

Os novos Certificados do Tesouro Poupança Valor (CTPV) já podem ser subscritos. Em média, os novos certificados pagam 1% ao longo dos sete anos de maturidade. Mas quanto pode vir a receber com este tipo de investimento? Saiba mais no vídeo:

http://videos.sapo.pt/0qLB97MKzqrmsHARZ3iy

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas poderão ter de pagar aumentos de energia e Internet em teletrabalho

  • ECO
  • 19 Setembro 2021

Propostas do Bloco e PS apontam para a obrigatoriedade das empresas suportarem as despesas adicionais com o teletrabalho, como custos com energia e net, se existir aumento de gastos.

O Bloco de Esquerda e o PS apresentaram propostas sobre o enquadramento do teletrabalho que apontam para a obrigatoriedade das empresas de pagar as despesas adicionais relacionadas com este regime, como os custos com a energia e com a Internet, se a comparação mostrar que houve um aumento de gastos, avança o Público (acesso pago).

A concordância neste ponto abre a porta à aprovação de um novo enquadramento legal do teletrabalho. Segundo as propostas, as empresas serão obrigadas a pagar as despesas adicionais relacionadas com o teletrabalho, como a energia e Internet, se se verificar, na comparação com as despesas que o trabalhador tinha antes de aderir a este regime, que houve um acréscimo dos gastos.

O PS já tinha apresentado em abril um projeto de lei no Parlamento neste sentido, mas cai agora do texto a referência ao “acordo do empregador”, o que para o Bloco é uma diferença fundamental. A líder parlamentar socialista esclarece, no entanto, que “a existência do regime do teletrabalho tem como pressuposto o acordo entre as partes e dentro desse acordo está o pagamento das despesas adicionais que são compensadas pelo empregador”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.