Galp cai com o petróleo. Energia castiga PSI-20

Lisboa desvaloriza em linha com as demais praças do Velho Continente, pressionada pela Galp Energia, mas também pelos restantes títulos do setor energético. O BCP também recua.

Em linha com as demais praça europeias, Lisboa arranca a semana abaixo da linha de água. A Galp Energia está a perder mais de 1%, pressionando a bolsa nacional, assim como as restantes cotadas do setor energético. Também o BCP pesa na praça lisboeta, numa sessão em que das 18 cotadas apenas seis estão no “verde”.

O índice de referência nacional, o PSI-20, está a desvalorizar 0,47% para 5,196.380 pontos. Lá fora, o “vermelho” também é dominante. O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,65% para 472,73 euros, o alemão DAX cai 0,7% para 15.865,37 pontos, o francês CAC 40 desvaloriza 0,89% para 6.834,47 pontos e o espanhol Ibez perde 0,84% para 8.924,60 pontos.

Por cá, é a Ibersol que protagoniza as maiores perdas. Os títulos desta cotada caem 1,64% para 6,00 euros. Também no “vermelho” está a Mota-Engil, cujas ações desvalorizam 1,04% para 1,326 euros, e a Galp Energia, cujos títulos recuam 1,37% para 8,50 euros. Isto num dia em que o Brent, em Londres, está também a registar perdas acima de 1%.

Ainda na energia, as ações da EDP Renováveis descem 0,59% para 20,28 euros e as da casa-mãe EDP valorizam 0,35% para 4,525 euros. A contribuir para as perdas do PSI-20 está também o BCP, cujos títulos desvalorizam 0,79% para 0,1261 euros, tendo estado já a cair mais de 1%.

No retalho, os títulos da Jerónimo Martins somam 0,23% para 17,585 euros, enquanto as ações da Sonae perdem 0,45% para 0,8795 euros. E entre as papeleiras, a tendência é mista. Os títulos da Navigator descem 0,26% para 3,074 euros e os da Altri recuam 0,1% para 5,215 euros, enquanto as ações da Semapa avançam 0,17% para 11,66 euros.

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Investimento captado com vistos gold cai 60% em julho

  • Lusa
  • 16 Agosto 2021

Foram concedidos, em julho, 41 ARI, dos quais 35 por via da aquisição de compra de bens imóveis (11 para reabilitação urbana) e seis por transferência de capitais.

O investimento captado através dos vistos gold caiu 60% em julho, face a igual mês de 2020, para 22,1 milhões de euros, de acordo com as contas feitas pela Lusa com base nos dados do SEF.

Em julho, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) atingiu 22.197.726,03 euros, menos 60% em termos homólogos (56 milhões de euros) e um recuo de 39% face a junho (36,4 milhões de euros).

Segundo os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no mês passado foram concedidos 41 ARI, dos quais 35 por via da aquisição de compra de bens imóveis (11 para reabilitação urbana) e seis por transferência de capitais.

A compra de bens imóveis somou em julho um investimento de cerca de 20 milhões de euros, dos quais 3,9 milhões de euros para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capitais somou 2,1 milhões de euros.

Por países, foram concedidos 10 vistos dourados à China, cinco aos Estados Unidos, cinco à Rússia, quatro ao Brasil e três à Turquia.

Nos primeiros sete meses do ano foram atribuídos 486 vistos gold, dos quais 55 em janeiro, 100 em fevereiro, 73 em março, 98 em abril, 52 em maio, 67 em junho e 41 em julho.

Entre janeiro e julho, o investimento captado por via deste instrumento ascendeu a 259,8 milhões de euros, um recuo de mais de 40% face aos 439 milhões de euros registados nos primeiros sete meses do ano passado.

O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até julho último – em termos acumulados – um investimento total de 5.898.831.577,11 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de mais de oito anos de programa soma 5.337.491.502,47 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 319.135.316,77 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 561.340.074,64 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.875 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 486 em 2021.

Até julho foram atribuídos 9.265 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 885 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 590 e 20 por criação de postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.953), seguida do Brasil (1.028), Turquia (470), África do Sul (409) e Rússia (388).

Desde o início do programa foram atribuídas 16.762 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 712 este ano.

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Bazuca já tem “buraco” de 1.600 milhões de euros

  • ECO
  • 16 Agosto 2021

As candidaturas ao PRR para a habitação de famílias com carências já ultrapassam os montantes previstos. Executivo vai ter de encontrar "outras fontes de financiamento", diz Carlos Carreiras.

As candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a área da habitação já ultrapassam o montante previsto, existindo um “buraco” de 1.600 milhões de euros, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

O PRR prevê apoiar, até 2026, 26 mil famílias com carências habitacionais, mas os acordos que o Governo assinou com as autarquias já abrangem já mais de 28 mil famílias. Assim, se o Executivo comparticipar a 100% todas as casas para as famílias que precisam de apoio, terá de avançar com investimento total de, pelo menos, 1.588 milhões, acima dos 700 milhões inicialmente previstos para este fim.

O Correio da Manhã acrescenta também que, segundo as suas contas, quando estiverem celebrados os acordos com todos os municípios o montante de investimento deverá rondar os 2.800 milhões de euros. E como o PRR tem uma dotação de 1.211 milhões, prevê-se que haja um “buraco” de 1.600 milhões de euros. Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, “o Governo vai ter de encontrar outras fontes de financiamento, porque o que está previsto não vai chegar e serão sempre os contribuintes a pagar”.

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Talibãs declaram vitória e fim da guerra no Afeganistão

  • Lusa
  • 16 Agosto 2021

Talibãs tomaram o controlo de Cabul no domingo, depois de terem entrado na capital sem encontrar resistência, com quase todas as províncias debaixo do seu domínio.

O mullah Baradar Akhund, chefe do gabinete político dos rebeldes no Qatar, anunciou o fim da guerra no Afeganistão, com a vitória dos insurgentes, após a fuga no domingo do Presidente Ashraf Ghani e a captura de Cabul.

“Conseguimos uma vitória que não era esperada (…), devemos mostrar humildade perante Alá”, disse o antigo número dois do movimento rebelde, numa mensagem de vídeo, citado pela agência Efe, na que é a primeira declaração pública de um líder talibã após a conquista do país.

“Trata-se agora de como servimos e protegemos o nosso povo, e como asseguramos o seu futuro, para lhe proporcionarmos uma boa vida da melhor forma possível”, acrescentou.

No primeiro dia no Afeganistão sob controlo talibã desde a invasão dos Estados Unidos, em 2001, a segurança na capital afegã e na maior parte do país amanheceu nas mãos dos insurgentes, que patrulham as ruas e controlam a circulação.

Os talibãs tomaram o controlo de Cabul no domingo, depois de terem entrado na capital sem encontrar resistência, com quase todas as províncias debaixo do seu domínio.

“O Emirado Islâmico [como os Talibãs se autodenominam] deu ordens aos seus mujahideen e mais uma vez reitera que ninguém pode entrar em casa de ninguém sem autorização. A vida, a propriedade e a honra não serão prejudicadas“, escreveu na rede social ‘Twitter’ o porta-voz talibã, Suhail Saheen.

Os meios de comunicação locais relataram imagens dramáticas de milhares de pessoas no aeroporto de Cabul tentando fugir do país, apesar do cancelamento da maioria dos voos comerciais e das restrições.

A Embaixada dos EUA em Cabul reiterou hoje o aviso aos seus cidadãos e às pessoas que aguardam o repatriamento para se manterem afastadas do aeroporto, devido à insegurança, até serem chamadas para embarcarem.

A chegada dos talibãs a Cabul precipitou a saída do país de Ashraf Ghani, após terem tomado o controlo de 28 das 34 capitais provinciais em 10 dias, e sem grande resistência das forças de segurança governamentais, no âmbito de uma grande ofensiva iniciada em maio – altura em que começou a retirada das tropas norte-americanas e da NATO do país, que deverá ficar concluída no final deste mês.

Com a partida de Ghani, um grupo de líderes políticos formou o Conselho de Coordenação para a transição de poder para os talibãs, composto pelo ex-presidente afegão Hamid Karzai, o presidente do Alto Conselho para a Reconciliação, Abdullah Abdullah, e o líder do partido Hizb-e-Islami e antigo senhor da guerra, Gulbuddin Hekmatyar.

No entanto, os insurgentes não deram até agora informações sobre como funcionará o processo de transição ou a tomada do poder.

O exército norte-americano anunciou hoje que assumiu o controlo do tráfego aéreo no aeroporto, “para permitir a partida segura do pessoal norte-americano e aliado no Afeganistão em voos civis e militares”.

De acordo com a agência de notícias France-Presse, as forças norte-americanas dispararam para o ar no aeroporto de Cabul, depois de milhares de afegãos terem invadido a pista, procurando fugir do país, após a tomada de poder pelos talibãs.

O Pentágono estima em 30.000 o número total de pessoas a retirar do país, entre diplomatas e outros cidadãos norte-americanos ou afegãos que ajudaram os Estados Unidos e temem agora pela vida.

Um porta-voz do movimento islâmico radical, que governou no Afeganistão entre 1996 e 2001, disse à televisão pública britânica BBC que os talibãs pretendem assumir o poder no Afeganistão “nos próximos dias”, através de uma “transição pacífica”, 20 anos após terem sido derrubados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos, pela sua recusa em entregar o líder da Al-Qaida, Usama bin Laden, após os atentados de 11 de setembro de 2001.

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Tarifa social da internet vai custar 6,15 euros por mês

  • ECO
  • 16 Agosto 2021

A Anacom aponta para cinco euros, mais IVA, o valor da tarifa social da internet. A consulta pública decorre até 10 de setembro.

A tarifa social da internet deve mesmo avançar com um valor de cinco euros mais IVA, ou seja, 6,15 euros. A proposta foi aprovada pela Anacom no final da semana passada e está, agora, em consulta pública até 10 de setembro, avança o Jornal de Negócios (link indisponível).

A tarifa social será uma oferta mais acessível que o Governo criou para tentar universalizar o acesso à internet. A Anacom acredita que esse valor, 5,00 euros ou 6,15 euros com IVA a 23%, “permite ir ao encontro do objetivo de garantir a acessibilidade do preço para os consumidores com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais para o serviço de acesso à internet em banda larga”.

Além da mensalidade, o regulador das comunicações admite uma cobrança de 21,45 euros no máximo (mais IVA, num total de 26,38 euros) para a ativação dos serviços, e/ou de equipamentos de acesso, nomeadamente routers. Diluindo por um ano este valor dos equipamentos, a tarifa mensal fica em 6,79 euros (8,35 euros com IVA) e por dois anos fica em 5,89 euros por mês (ou 7,25 euros com IVA).

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Produção industrial da China cresce 6,4% em julho

  • Lusa
  • 16 Agosto 2021

Crescimento ficou abaixo das previsões dos analistas, que apontavam para um aumento de 7,8%. É também inferior aos 8,3% registados em junho.

A produção industrial da China cresceu 6,4%, em termos homólogos, em julho, abaixo das previsões dos analistas, que apontavam para 7,8%, indicou o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático.

Os dados ficaram também abaixo do aumento de 8,3% registado no mês anterior.

O número beneficia do efeito de base na comparação com o período homólogo, quando a economia chinesa começou a recuperar, após a paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus.

Entre as três principais categorias em que o GNE divide o indicador, destaca-se o crescimento da indústria de produção e abastecimento de energia elétrica, combustíveis, gás e água, que cresceu 13,2% em julho.

A indústria de transformação cresceu 6,2%, em termos homólogos, enquanto a mineração aumentou 0,6%.

Na comparação homóloga dos 41 subsetores da indústria em que o GNE subdivide as estatísticas, a fonte indicou que 35 registaram um aumento da atividade no sétimo mês do ano.

Maquinaria industrial (64,6%), máquinas de corte de metal (44,2%) e equipamento de microcomputador (37,9%) destacam-se entre os produtos que registaram maior aumento de produção.

O GNE também divulgou outros indicadores, como as vendas a retalho, importantes para medir a procura do consumidor interno e um dos pilares da mudança de modelo económico preconizada por Pequim.

Esta secção registou um aumento homólogo de 8,5%, em julho, face a 12,1% no mês anterior, embora o consenso dos analistas fosse de que chegaria a 11,5%.

Por outro lado, os investimentos em ativos fixos aumentaram 10,3% no acumulado dos primeiros sete meses do ano, segundo o GNE.

O investimento imobiliário aumentou 12,7% entre janeiro e julho de 2021, após ter registado um avanço de 15% no primeiro semestre do ano.

A taxa de desemprego urbano, outro dos indicadores divulgados hoje, fixou-se em 5,1%, em julho, face a 5% no mês anterior, segundo a mesma fonte.

O GNE afirmou, em comunicado, que os dados mostram que o “nível de crescimento económico está em linha com as expectativas (…) e a economia nacional continua a estabilizar e a recuperar”, apesar de “múltiplos choques, como a crescente incerteza externa e a situação pandémica nacional”.

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Hoje nas notícias: Tarifa social da net, PRR e autárquicas

  • ECO
  • 16 Agosto 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A tarifa social da internet vai custar cinco euros. É este o valor da proposta aprovada pela Anacom, sendo que terá ainda de se aguardar pelo resultado da consulta pública, que acaba a 10 de setembro. Destaque ainda para as moradas estão a travar os benefícios no IRS previstos para emigrantes que regressem ao país, bem como para a bazuca que já tem um “buraco” de 1.600 milhões de euros na habitação. Sobre as autárquicas, este ano há 35 câmaras “em risco” de mudarem de partido por força da lei que limita os mandatos.

Tarifa social da internet vai custar 6,15 euros

A tarifa social da internet deve mesmo avançar com um valor de cinco euros mais IVA, ou seja, 6,15 euros por mês. A proposta foi aprovada pela Anacom no final da semana passada e está, agora, em consulta pública até 10 de setembro. A Anacom acredita que esse valor “permite ir ao encontro do objetivo de garantir a acessibilidade do preço para os consumidores com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais para o serviço de acesso à internet em banda larga”. Além da mensalidade, a Anacom admite uma cobrança de 21,45 euros no máximo (mais IVA, num total de 26,38 euros) para a ativação dos serviços, e/ou de equipamentos de acesso. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível).

Bazuca já tem “buraco” de 1.600 milhões

As candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para habitação ultrapassam o previsto e já existe um “buraco” de 1.600 milhões de euros no programa de apoio de acesso à habitação, comparticipado com verbas comunitárias. O PRR prevê até 2026 apoiar 26 mil famílias com carências habitacionais. Um número que já foi largamente ultrapassado, com mais de 28 mil famílias a serem contempladas em acordos que o Governo já assinou com 73 autarquias. Estes 73 acordos já assinados com as autarquias, se o Governo comparticipar a 100% todas as casas para as famílias que precisam de apoio, implica um investimento total de pelo menos 1.588 milhões, que já excedeu os 700 milhões inicialmente projetados em 2018. Ou seja, quando estiverem celebrados os acordos com todos os municípios, estes 1.588 milhões deverão exceder os 2.800 milhões. Como o PRR tem uma dotação de 1.211 milhões existe um “buraco” de 1.600 milhões de euros. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Limitação de mandatos dita mudança de partido em 40% das câmaras

Nas eleições autárquicas de 2017, a lei que limita os mandatos travou 41 recandidaturas e levou a “mudanças” de partido em 17 municípios. Na “corrida” deste ano, há 18 câmaras socialistas nesse “patamar de risco”, 13 do PS, três do PCP e uma do CDS. Nas autarquias onde a lei impede a continuação do presidente de câmara, “fazem-se as maiores maiores apostas, candidatos fortes para que não se perca a autarquia. São sempre considerados concelhos em risco”, afirmou o secretário-geral do PSD, no respaldo deste estudo. Até agora, a lei em causa já obrigou quase 220 autarcas a abandonarem o poder. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Morada trava bónus no IRS para emigrantes

O desconto no IRS previsto para ex-residentes está a ser travado pela discrepância entre a morada do cartão de cidadão e a morada fiscal estrangeira. Devido a este entrave, as Finanças assumem que, em alguns casos, os emigrantes não têm acesso ao benefício. Os fiscalistas já tinham alertado para o problema. “Há, de facto, um problema sério com o cartão de cidadão e que não é de hoje”, disse Luís Leon, fiscalista da Deloitte. Os fiscalistas de várias consultoras aconselharam os ex-residentes a pedirem junto das repartições de finanças uma declaração com o histórico da residência fiscal para poderem beneficiar do desconto no IRS ao abrigo do Programa Regressar. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Lojas dos shoppings processam mães que exigem folgar ao fim de semana

As lojas dos centros comerciais estão a avançar com processos contra as trabalhadoras mães que exigem folgar ao fim de semana. As decisões dos tribunais sobre o impacto dos horários flexíveis estão ainda longe de consenso. Por outro lado, as trabalhadoras argumentam que não têm com quem deixar os filhos aos sábados e aos domingos. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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Variantes fazem tremer economia mas crescimento mantém-se, com ajuda das vacinas

Economistas admitem abrandamento na economia devido ao impacto das variantes da Covid-19, mas recuperação económica parece certa.

Os avanços na vacinação trouxeram mais esperança para a evolução da pandemia e recuperação das economias, após o choque provocado pela Covid-19. Previsões apontavam para crescimento global, mas novas variantes do vírus, nomeadamente a Delta, reacenderam as preocupações com o impacto da pandemia na economia. Economistas ouvidos pelo ECO admitem que as variantes elevam a incerteza, mas o crescimento vai manter-se, até com “ritmos ainda elevados”.

Atualmente, a variante Delta da Covid-19, que foi detetada pela primeira vez na Índia, é a que está a motivar maiores receios, levando mesmo alguns países a equacionar recuos nas medidas para travar a propagação do vírus. Indicadores económicos revelados nos últimos tempos apontam para uma quebra na confiança dos investidores e um abrandamento da atividade.

Os indicadores compósitos da OCDE, por exemplo, divulgados esta semana, apontam para um ritmo de crescimento moderado na OCDE como um todo e na maioria das grandes economias. A organização alerta ainda assim que os indicadores, que antecipam pontos de viragem na atividade económica relativamente à tendência, podem ter flutuações maiores devido à incerteza.

Já pela Alemanha, a confiança no investimento piorou acentuadamente em agosto, naquela que foi a terceira queda consecutiva desde maio, motivada por preocupações com uma quarta vaga de contágio.

Ainda assim, para João Lampreia, chief investment officer do BiG – Banco de Investimento Global, “ainda parece cedo para extrapolar que esta evolução indicie já uma estabilização ou mesmo reversão do ritmo de crescimento económico na Zona Euro”.

“À medida que continuamos a assistir a uma estabilização do preço das commodities e de outros materiais utilizados na indústria, consideramos que as disrupções nas cadeias de valor tenderão a dissipar-se – aliás consideramos que o ‘ponto máximo’ dos problemas das cadeias de valor já se encontra ultrapassado”, indica o economista ao ECO.

"A trajetória de recuperação económica parece-nos claramente sustentada, apesar de eventuais percalços pontuais.”

João Lampreia

Chief investment officer do BiG

Olhando para o indicador industrial PMI, o facto de este estar “acima de 60 continua a ser um sinal claro de expansão, ainda que estejamos em crer que a recuperação do PMI ao nível dos serviços deverá ultrapassar o seu homólogo industrial à luz da redução sustentada das restrições de movimentos com o relativo sucesso da taxa de vacinação na Europa que já ultrapassou os EUA – um cenário impensável apenas há três meses“, acrescenta.

Quanto ao crescimento do PIB homólogo e sequencial na Zona Euro no segundo trimestre, este “atingiu 13,7% e 2% respetivamente, superando as previsões do mercado e situando-se em níveis historicamente elevados, pelo que poderemos vir a assistir a alguma estabilização ou desaceleração deste ritmo de crescimento. Mas a trajetória de recuperação económica parece-nos claramente sustentada, apesar de eventuais percalços pontuais”, reitera.

Esta visão é partilhada pela analista financeira da Unidade de Estudos Económicos e Financeiros do BPI. Teresa Gil Pinheiro admite que “o surgimento de variantes mais contagiosas da Covid-19, eleva a incerteza quanto ao comportamento da atividade durante a segunda metade do ano e a possibilidade de que o crescimento em 2021 se revele menos forte do que o previsto”.

"O cenário mais provável é que os efeitos destas novas variantes na atividade sejam muito menores que nas vagas anteriores, refletindo maior adaptação dos agentes económicos e forte penetração das vacinas.”

Teresa Gil Pinheiro

Analista financeira da Unidade de Estudos Económicos e Financeiros do BPI

Contudo, continua a analista, “o cenário mais provável é que os efeitos destas novas variantes na atividade sejam muito menores que nas vagas anteriores, refletindo maior adaptação dos agentes económicos e forte penetração das vacinas”. As previsões do banco são de que o crescimento na Zona Euro “revele um certo abrandamento no segundo semestre, mas que conserve ritmos ainda elevados”. “Especificamente, estimamos um crescimento de 4,7% em 2021 e de 4,9% em 2022”, nota.

O economista-chefe do Banco Montepio acrescenta também alguns indicadores do impacto das variantes. “É verdade que as novas variantes vieram trazer desafios adicionais e terão impactado no ritmo de crescimento nomeadamente no Reino Unido e em Portugal já em julho (em ambas as economias os indicadores de confianças dos empresários desceu em julho, sendo que em Portugal a confiança dos consumidores também caiu, enquanto no Reino Unido, não obstante a disseminação da variante Delta, o anúncio do dia da “Liberdade”, em que muitas das restrições associadas à pandemia foram levantadas terá suportado a confiança dos consumidores), sendo expectável que também impacte na Zona Euro em agosto (na verdade até já impactou em agosto na confiança dos consumidores)”, aponta, ao ECO.

“Também nos EUA, no Japão e na China se admite que o crescimento em agosto possa ser inferior ao de junho em resultado do aumento dos novos casos”, diz Rui Bernardes Serra.

No entanto, apesar dos efeitos da variante Delta, que levou o banco a rever em baixa as perspetivas para o terceiro trimestre, em termos de previsão para o crescimento, sobretudo para a Europa até foi revisto “recentemente e de uma forma ligeira em alta as previsões para o conjunto do ano uma vez que o segundo trimestre ficou, de um modo geral, acima do esperado e com uma dimensão superior ao corte que efetuámos para o terceiro trimestre”, indica.

Já o economista-chefe do Millennium BCP admite que ia rever em altas as previsões económicas para este ano. Caso não tivesse surgido a variante Delta que obrigou a uma reabertura mais lenta, José Maria Brandão de Brito admite que o crescimento poderia ter chegado aos 7% este ano. Por precaução optou por não mexer nas previsões, ainda que o segundo trimestre do ano se tenha revelado muito mais positivo do que todos antecipavam.

O mote é esperar para ver porque o verão é determinante para a evolução da economia tendo em conta o peso do turismo e o facto de ser um fator “irrepetível”. “Enquanto a produção industrial ou a construção podem recuperar em qualquer altura do ano, o turismo no verão é irrepetível em termos de tempo”, explica.

José Maria Brandão de Brito garante que continua “otimista” e lembra que o banco foi das instituições mais otimistas em termos de previsões no segundo trimestre e mesmo assim pecou por defeito. Para o conjunto do ano, continua a apontar para um crescimento de 5,2% apesar de reconhecer que “dificilmente o verão terá algo de muito bom”, tendo em conta as restrições de turistas. “Mas os ingleses já podem vir e isso pode ajudar, assim com o Plano de Recuperação e Resiliência”, acrescenta.

Aliás, apesar de considerar que “é difícil compensar” a quebra do turismo no verão, “fatores como o PRR” não podem ser descurados. É esperar para ver.

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Foram vacinados mais de 153 mil jovens de 16 e 17 anos

  • Lusa
  • 16 Agosto 2021

A partir de hoje, a "modalidade casa aberta está disponível para os utentes elegíveis com idade igual ou superior a 16 anos".

Mais de 153 mil jovens com idades entre os 16 e 17 anos foram vacinados neste fim de semana, disse à Lusa fonte da task force da vacinação contra a Covid-19.

A partir desta segunda-feira, 16 de agosto, “a modalidade casa aberta está disponível para os utentes elegíveis com idade igual ou superior a 16 anos”, adiantou a mesma fonte.

Quanto à vacinação dos jovens com idades entre os 12 e 15 anos, a fonte da task force adiantou que até às 23h59 de sábado (14 de agosto) “foram realizados mais de 159 mil pedidos de agendamento para os dias 21, 22, 28 e 29 de agosto”.

Os jovens desta faixa etária – 12 aos 15 – que não tenham feito o autoagendamento “irão receber um SMS de agendamento”, adiantou, “à semelhança do procedimento que foi efetuado pelos jovens dos 16 e 17 anos”.

Além disso, irá ainda “ser aberto um novo período de autoagendamento para os jovens dos 12 aos 15 anos”.

Portugal registou este domingo mais 2.217 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 13 mortes atribuídas à doença Covid-19, segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Hoje estavam internadas em enfermaria mais 17 pessoas, num total de 744 pacientes, e menos quatro em unidades de cuidados intensivos (UCI), onde agora se encontram 157 doentes com Covid-19.

A maior parte das novas infeções diagnosticadas nas últimas 24 horas são novamente repartidas pela zona de Lisboa e Vale do Tejo (813 novos casos) e pelo Norte (678 novos casos), de acordo com o boletim epidemiológico da DGS.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 17.562 pessoas e 1.003.335 casos de infeção foram diagnosticados.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.353.003 mortes em todo o mundo, entre mais de 206,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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“Os talibãs ganharam”, reconhece presidente em fuga

  • Lusa
  • 16 Agosto 2021

Presidente afegão, Ashraf Ghani, declarou ter fugido do país para “evitar um banho de sangue” no Afeganistão.

O Presidente afegão, Ashraf Ghani, que hoje abandonou o Afeganistão quando os talibãs estavam às portas da capital, declarou ter fugido do país para “evitar um banho de sangue”, reconhecendo que “os talibãs ganharam”.

Sem indicar para onde partiu, Ghani declarou-se convencido de que “inúmeros patriotas teriam sido mortos e Cabul teria sido destruída” se tivesse ficado no Afeganistão.

“Os talibãs ganharam […] e são agora responsáveis pela honra, a posse e a autopreservação do seu país”, acrescentou, numa mensagem publicada na rede social Facebook.

“Eles enfrentam presentemente um novo desafio histórico: ou preservam o nome e a honra do Afeganistão, ou dão prioridade a outros lugares e outras redes”, prosseguiu o chefe de Estado em fuga.

Ashraf Ghani não disse para onde ia, mas o grupo de comunicação social afegão Tolo sugeriu que terá viajado para o Tajiquistão.

Os talibãs entraram hoje na capital afegã, após uma ofensiva militar-relâmpago. Três dos seus altos responsáveis declararam que os rebeldes se apoderaram do palácio presidencial e estão a realizar um conselho de segurança.

Abdullah Abdullah, que dirige o processo de paz, tinha antes acusado Ghani de ter abandonado “as pessoas nesta situação”.

Entretanto, a estação televisiva Al-Jazira está a divulgar imagens de um grande grupo de combatentes talibãs dentro do palácio presidencial, na capital afegã.

Espera-se agora que anunciem a tomada do poder a partir do palácio, renomeando o país como “Emirado Islâmico do Afeganistão”.

A chegada dos talibãs a Cabul precipitou a saída do país de Ashraf Ghani, após terem tomado o controlo de 28 das 34 capitais provinciais em pouco mais de uma semana, e sem grande resistência das forças de segurança governamentais, no âmbito de uma grande ofensiva iniciada em maio – altura em que começou a retirada das tropas norte-americanas e da NATO do país, que deverá ficar concluída no final deste mês.

Um porta-voz do movimento islâmico radical, que governou no Afeganistão entre 1996 e 2001, disse hoje à BBC que os talibãs pretendem assumir o poder no Afeganistão “nos próximos dias”, através de uma “transição pacífica”, 20 anos após terem sido derrubados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos, pela sua recusa em entregar o líder da Al-Qaida, Usama bin Laden, após os atentados de 11 de Setembro de 2001.

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É isto que separa governo, patrões e sindicatos no trabalho digno

O Governo levou 64 propostas aos parceiros sociais no âmbito da agenda do trabalho digno. Sindicatos e patrões já fizeram saber as suas opiniões e de ambos os lados ouvem-se críticas.

Depois de vários meses a discutir o futuro do trabalho, o Governo levou aos parceiros sociais seis dezenas de propostas que dão corpo a algumas das principais reflexões que vinham sendo feitas, nomeadamente no que diz respeito ao teletrabalho, à negociação coletiva e às plataformas digitais. Sindicatos e patrões já responderam com os seus pareceres, ouvindo-se agora críticas às posições do Executivo de ambos os lados.

Da parte dos representantes dos trabalhadores, a principal exigência é que o Governo vá mais longe e que integre outras questões — como os salários e a eliminação das normas introduzidas durante o período da troika — no pacote a que chamou de “agenda do trabalho digno e valorização dos jovens no mercado de trabalho”. A CGTP, cujo parecer não foi divulgado, considera que as propostas do Executivo, como estão, são “meros paliativos“. Isso “na melhor das hipóteses”, já que estão longe de atacar “a raiz do problema”, sublinha a central sindical de Isabel Camarinha, em comunicado. E a UGT lembra que há medidas do acordo de 2018 — que deu azo à revisão laboral de 2019 — ainda por cumprir.

Já da parte dos patrões, pede-se mais flexibilidade e critica-se as propostas que oneram as empresas com mais custos e mais obrigações burocráticas. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) diz, por exemplo, que ter a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) a travar os despedimentos é “uma extravagância” que não será justificada pós pandemia. E a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) insiste na defesa da revogação da “moratória” atualmente em vigor na caducidade da contratação coletiva.

O Governo volta a sentar-se à mesa com empresários e sindicalistas para discutir a agenda laboral a 3 de setembro. Até lá, ecoam críticas em relação a todos os capítulos incluídos nesse documento.

Trabalho temporário

  • O que propõe o Governo? As propostas a este respeito são quase um quinto da agenda e passam pelo reforço das regras sobre a sucessão de contratos de utilização — impedindo, nomeadamente, a celebração de novos contratos com sociedades do mesmo grupo –, pela consagração da obrigatoriedade de celebrar contratos por tempo indeterminado entre as empresas de trabalho temporário e os trabalhadores sempre que este seja cedido sucessivamente a diferentes utilizadores e pelo aposta em tornar mais rigorosas as regras dos contratos de trabalho temporários, “aproximando-as dos contratos a termos”. O Governo diz estar a ponderar também a introdução de quotas de vínculos estáveis nas empresas de trabalho temporário, reforçar a ação da ACT e a responsabilização das cadeias de contratação, bem como densificar as contraordenações associadas a incumprimentos para com trabalhadores temporários e estabelecer que a integração do trabalhador, no caso da empresa de trabalho temporário não ser licenciada, dever ser feita sem termo na empresa utilizadora.
  • O que respondem os parceiros sociais? Do lado dos patrões, a CCP frisa que as propostas avançadas pelo Governo seguem a “técnica da execração do trabalho temporário”, que tem sido tradição nos últimos anos, esquecendo o papel dessa modalidade de trabalho no mercado. A confederação salienta que já há regulação há vários anos e defende que o cumprimento é “fiscalizado rigorosamente”. A CCP é, particularmente, contra a hipótese da fixação de quotas porque “diaboliza esta modalidade” de trabalho e de os trabalhadores de empresas de trabalho temporário sem licença serem integrados nas empresas utilizadoras uma vez que tal “subverte os princípios em que deve assentar a fiscalização do trabalho e da economia”. Já a CIP, diz que não vê necessidade de fazer qualquer alteração à lei a respeito do trabalho temporário até porque o “recurso abusivo” não tem verdadeira aderência à realidade. Do lado dos sindicatos, também se ouvem críticas. A UGT avisa que devem ser evitadas “soluções que remetam para a individualização de opções”.

“Falsos empresários”

  • O que propõe o Governo? Há duas grandes medidas neste ponto: ponderar o alargamento de uma taxa contributiva sobre a empresa beneficiária relativamente aos empresários em nome individual economicamente dependentes (como já acontece com os trabalhadores independentes). E tornar claro na lei que a legislação de combate aos “falsos recibos verdes” também se aplica aos empresários em nome individual.
  • O que respondem os parceiros sociais? Da parte dos patrões, a CCP critica duramente a hipótese de uma nova taxa contributiva. “É atentar contra a iniciativa privada, neste caso de pequenas unidades empresariais”, considera a confederação. E a CIP diz discordar frontalmente com as propostas do Governo, até porque podem aumentar os custos das empresas. Da parte dos sindicatos, a UGT admite que as propostas do Governo poderão “ser aperfeiçoadas”, mas saúda-as.

Contratação a prazo

  • O que propõe o Governo? Sobre o trabalho não permanente, há três grandes propostas: reforçar as regras da sucessão de contratos a termo de modo a evitar abusos (impedindo, por exemplo, que o trabalhador volte a ser admitido com um contrato não permanente para o mesmo posto de trabalho, para o mesmo objeto ou para a mesma atividade), reforçar os mecanismos de intervenção da ACT para a conversão dos contratos a termo em permanentes, e definir “critérios de estabilidade de vínculos e trabalho digno nos cadernos de encargos” dos contratos de prestação de serviços pelo Estado e demais entidades públicas.
  • O que respondem os parceiros sociais? Da parte dos patrões, a CCP responde ao Governo dizendo que quem deve “julgar” estas situações são os tribunais, não a ACT. E frisando que “não há qualquer razão objetiva” para penalizar a contratação a termo nos casos em que esta tenha fundamentos lícitos. Também a CIP manifesta reservas a respeito destas propostas. Já do lado dos sindicatos, a UGT lembra que a taxa de rotatividade ainda não saiu da gaveta, medida que foi desenhada precisamente para penalizar os empregadores que recorram a contratos precários “em excesso”.

Período experimental

  • O que propõe o Governo? O período experimental foi uma das matérias mais polémicas da revisão do Código do Trabalho de 2019 e o Governo volta agora a trazê-la para cima da mesa. Desta vez quer clarificar na lei o que ficou disposto na decisão do Tribunal, estabelecer um prazo de 30 dias de aviso prévio para denúncia do contrato durante este período, depois de decorridos os primeiros 120 dias (dos 180) e introduzir o dever de comunicar à ACT, no prazo de 15 dias, a denúncia após 90 dias, nos contratos sem termo de pessoas à procura do primeiro emprego. Propõe também avaliar a definição de trabalhador à procura do primeiro emprego, avaliar a criação de uma compensação específica para situações de denúncia do contrato durante o período experimental de trabalhadores à procura do primeiro emprego após os primeiros 120 dias, e estabelecer que o empregador tem de justificar ao trabalhador as razões da denúncia.
  • O que respondem os parceiros sociais? Da parte dos patrões, a CCP frisa que a denúncia é um ato lícito que não é acompanhado nem de justificações, nem de compensações. Diz também que “de nada serve” verter na lei o que está na decisão do Constitucional, já que esta tem por si mesma força obrigatória geral. A CIP, por sua vez, discorda das propostas do Governo, já que oneram as empresas nomeadamente com mais obrigações burocráticas. Já do lado dos sindicatos, a UGT alerta para o risco de haver “trabalhadores perpetuamente à procura de primeiro emprego”, perante a natureza ampla desse conceito.

Trabalho não declarado

  • O que propõe o Governo? Reforçar as sanções aplicadas ao trabalho totalmente não declarado, atribuir à ACT o poder de presunção da existência da prestação de trabalho no caso de trabalho por conta de outrem não declarado, aumentar para dois anos antes o período relevante para a verificação da presunção de laboralidade, bem como fixar uma sanção para as empresas associadas a trabalho não declarado, reforçar o combate à informalidade no trabalho doméstico e simplificar os procedimentos de modo a facilitar a circulação entre países de trabalhadores da mesma empresa ou grupo.
  • O que respondem os parceiros sociais? Da parte dos patrões, a CCP condena a prática do trabalho clandestino, mas salienta que sancionar as empresas pela “simples não comunicação à Segurança Social” com a conversão do contrato em permanente “subverte vários princípios de Direito”. Já a CIP vai mais longe e diz que há um foco na vertente repressiva, quando o que deveria existir era a promoção do ingresso na economia formal, através designadamente da redução das taxas e contribuições. Da parte dos sindicatos, a UGT também manifesta “dúvidas e apreensões profundas” relativamente às propostas do Governo, apelando ao esclarecimento da simplificação das regras de cedência de trabalhadores entre países.

Plataformas digitais

  • O que propõe o Governo? A regulação do trabalho em plataformas digitais é um dos temas mais quentes do momento. Neste ponto, o Governo propõe a criação de um mecanismo de presunção de existência de contrato de trabalho com a plataforma ou com a empresa que nela opere, afastável apenas mediante demonstração com base em indícios objetivos por parte do beneficiário de que o prestador da atividade não é trabalhador subordinado. O Governo quer também estabelecer deveres de informação e transparência das plataformas quanto ao trabalho nelas prestado, bem como quanto às relações contratuais entre operadores das plataformas e trabalhadores.
  • O que respondem os parceiros sociais? Os patrões criticam duramente estas propostas. A CIP fala em incerteza, “senão mesmo inviabilidade jurídica” e a CCP atira: “Nunca um único indício, ademais um índice absurdo como este, apenas assente na natureza da pessoa do empregador, é suficiente para estabelecer tal presunção”. Da parte dos sindicatos, a UGT defende que a presunção de existência de contrato de trabalho deve ser, cada vez mais, abrangente e “aplicável a uma multiplicidade de falsos vínculos” e salienta que não deve ser esquecido o papel da negociação coletiva também na regulação destas plataformas.

Negociação coletiva

  • O que propõe o Governo? Há seis propostas relativamente a este ponto, nomeadamente alargar a cobertura da negociação coletiva aos trabalhadores em outsourcing e aos trabalhadores independentes economicamente dependentes, introduzir incentivos através do acesso a apoios públicos, financiamento comunitário e contratação pública, clarificar a articulação entre o regime da escolha de convenção coletiva por trabalhador não sindicalizado e a emissão de Portarias de Extensão, bem como clarificar na lei que o direito de afixação e distribuição de informação sindical nas instalações da empresa se estende a espaços virtuais existentes na empresa como é o caso da intranet.
  • O que respondem os parceiros sociais? “Este capítulo do [documento] mais parece uma agenda sindical”, atira a CCP. Também do lado dos patrões, a CIP faz questão de defender a revogação da suspensão atualmente em vigor dos prazos associados à sobrevigência e caducidade de convenção coletiva de trabalho. Já do lado dos sindicatos, a UGT faz uma avaliação positiva das propostas, mas defende que “estas exigem maior aprofundamento e discussão”.

Trabalhadores-estudantes e estagiários

  • O que propõe o Governo? As propostas passam pela eliminação da possibilidade de pagar aos estagiários menos do que 80% do salário mínimo, pelo alargamento da redução ou dispensa do período experimental em situações de estágios com avaliação positiva independentemente do empregador, desde que na mesma atividade, e pela uniformização das regras dos regimes de estágios profissionais previstas na lei. O Governo quer também “reforçar a proteção dos trabalhadores-estudantes, nomeadamente impedindo a perda de benefícios sociais”.
  • O que respondem os parceiros sociais? Da parte dos patrões, a CCP lembra o acordo recente de Concertação Social sobre formação profissional e defende que a retribuição dos estagiários “não pode ser agora revista mediante uma disposição legal avulsa”. A CIP também deixa críticas, considerando, por exemplo, a proposta que prevê a redução do período experimental “totalmente desconectada da realidade”. Já do lado dos sindicatos, a UGT apoia as propostas do Executivo, mas defende que deveriam ser mais “integradas e articuladas”.

Conciliação da vida pessoal e profissional

  • O que propõe o Governo? É um dos pacotes de propostas que mais tem gerado discussão. O Governo propõe, por exemplo, “alargar aos trabalhadores e trabalhadoras com filhos menores de oito anos de idade ou filhos com deficiência ou doença crónica o direito a exercer a atividade em teletrabalho, condicionado a partilha entre homens e mulheres e quando compatível com as funções”. Não está, contudo, claro se o empregador poderá ou não opor-se a esta adoção do teletrabalho. Neste capítulo, o Governo diz querer também reforçar os incentivos à partilha entre homens e mulheres no gozo das licenças parentais — designadamente através da majoração progressiva do valor dos subsídios –, reforçar as licenças complementares de apoio familiar, reforçar o regime de licenças parentais em situações de adoção, bem como criar uma licença de cuidador informal não principal a quem tenha sido reconhecido o respetivo estatuto, como direito anual. Prevê-se também o acesso a modelos de trabalho mais flexíveis para cuidadores informais.
  • O que respondem os parceiros sociais? Da parte dos patrões, a principal exigência é que o alargamento do teletrabalho a pais de filhos até oito anos possa ser rejeitado pelos empregadores. “Nem o projeto de lei do Partido Socialista foi tão longe quanto a impor a obrigatoriedade do teletrabalho”, diz a CCP. A CIP sugere, além disso, um estudo sobre os impactos (os custos) destas medidas. Da parte dos sindicatos, a UGT avisa: “As questões da conciliação não se jogam apenas nas pessoas com filhos, justificando o contexto social atual medidas concretas que permitam uma melhor conciliação a todos trabalhadores, nomeadamente os que assumem o cuidado de ascendentes”.

Autoridade para as Condições do Trabalho

  • O que propõe o Governo? São dez as propostas sobre a ACT e passam por tornar permanente o poder de suspender despedimentos com indícios de ilicitude — medida introduzida de forma transitória em 2020 –, tornar mais “célere e efetivo” o regime processual das contraordenações laborais, assegurar a interconexão de dados com outros serviços públicos relevantes, densificar os critérios de emissão de despachos de laboração contínua e tornar permanente a obrigação de registo diário de trabalhadores em explorações agrícolas e estaleiros da construção civil introduzida recentemente. O Governo quer ainda garantir a maior efetividade na responsabilização das cadeias de contratação, reforçar a autonomia institucional e a capacidade de intervenção da Comissão para a Igualdade no Trabalho e continuar a dotar de mais meios a ACT, nomeadamente ao nível dos inspetores. E defende a comunicação automática da contratação e cessação de contratos com trabalhadores estrangeiros pela Segurança Social à ACT, eliminando a obrigatoriedade de comunicação por parte das empresas.
  • O que respondem os parceiros sociais? Os patrões estão contra o reforço dos poderes da ACT. A CCP considera que o poder suspensivo dos despedimentos, por exemplo, é “uma anomalia do sistema”. “É uma extravagância” justificada apenas e só no contexto pandémico, diz a confederação, que entende que a ACT deve caminhar para um papel mais “pedagógico do que repressivo”. ” O objetivo deve ser esclarecer e corrigir, mais do que reprimir e sancionar”, defende a CCP. Já a CIP diz ter “as maiores reservas” perante o reforço dos poderes dos inspetores “mormente na perspetiva da respetiva constitucionalidade”. Do lado dos sindicatos, a UGT “concorda na generalidade com as medidas”, mas também levanta algumas dúvidas sobre o ponto relativo aos trabalhadores estrangeiros. “Questionamos de que forma terá acesso a ACT à informação sobre a cessação desses contratos”, atira a central sindical liderada por Carlos Silva.

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Portugal integra operação da UE e está disponível para receber afegãos

  • Lusa
  • 16 Agosto 2021

Portugal receberá cidadãos afegãos "a partir de um país europeu, possivelmente a Turquia", uma vez que não tem meios para ir buscá-los a Cabul.

Portugal vai integrar a operação da União Europeia e da NATO para proteger cidadãos no Afeganistão e está disponível para receber afegãos, disse o ministro da Defesa, sublinhando que o Governo acompanha a situação “com grande preocupação” .

“Acompanhamos com grande preocupação” a situação no Afeganistão, onde os talibãs estão prestes a retomar o poder, disse João Gomes Cravinho à RTP.

“O nosso objetivo imediato é apoiar, criar condições para que possam sair do país em segurança os funcionários que trabalharam com a NATO, com a UE, com as Nações Unidas e, nessa matéria, Portugal participará evidentemente num esforço coletivo que se está agora a desenhar”, disse o ministro.

João Gomes Cravinho disse também que, “neste primeiro momento”, o Governo português está “a dar conta às autoridades da UE, da NATO e das Nações Unidas” da sua “disponibilidade para apoiar, para receber afegãos em território português”.

O número de refugiados a receber em Portugal ainda está a ser avaliado mas, segundo disse, “em relação aos funcionários do aeroporto” em Cabul da força portuguesa destacada no país nos últimos anos, “há 243 funcionários afegãos, mais as suas famílias, o que dá cerca de mil pessoas que precisarão de sair do país”.

Sobre os refugiados, Portugal receberá cidadãos afegãos “a partir de um país europeu, possivelmente a Turquia”, uma vez que não tem meios para ir buscá-los a Cabul, explicou Gomes Cravinho.

O ministro da Defesa disse não ter conhecimento de cidadãos portugueses no Afeganistão neste momento, mas indicou que essa informação só poderá ser confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, com quem a Lusa já tentou o contacto, mas ainda não foi possível.

João Gomes Cravinho salientou que a situação no Afeganistão é uma matéria em que Portugal “estará muito ativamente empenhado, com os estados membros da União Europeia, na procura de uma posição comum europeia e com os países da NATO” e que “não terá uma iniciativa própria, nem isolada”.

Sobre o regresso dos talibãs ao poder e o futuro regime no Afeganistão, o ministro defendeu que é preciso “ver até que ponto é possível dialogar com as novas autoridades”.

“Mais do que as suas palavras e mais do que a sua reputação, que é muito preocupante, importa saber como se vão comportar e a nossa expectativa é que o futuro regime no Afeganistão se comporte de acordo com todas as normas internacionais, seja no seu diálogo externo, seja na forma como trata a sua população”, realçou.

Segundo defendeu, “o fundamental é o respeito pelos direitos humanos, muito em particular os direitos das mulheres e das raparigas que sofreram abusos terríveis entre 1996 e 2001 quando os talibãs estiveram no poder”.

“A expectativa é de que agora o comportamento seja diferente. Isso naturalmente será uma ponte para um diálogo com a comunidade internacional. Não havendo essa ponte, será extremamente difícil haver um diálogo produtivo com o regime talibã”, afirmou Gomes Cravinho.

Segundo o ministro, neste momento ainda há um controlo por parte de forças internacionais no aeroporto de Cabul que pode ser utilizada para apoiar a saída dos afegãos.

Neste momento, a União Europeia não tem forças nacionais no terreno, disse.

João Gomes Cravinho fez duras críticas ao acordo assinado entre os Estados Unidos e os talibãs em fevereiro de 2020 sobre a retirada de tropas estrangeiras do Afeganistão.

“Depois desse acordo, aquilo que se está hoje a passar iria acontecer em algum momento e, infelizmente, esse acordo entre os Estados Unidos e os talibãs foi feito de uma forma extremamente imperfeita, foi feito com um calendário de retirada das tropas estrangeiras negociado unilateralmente pelos Estados Unidos e não pela NATO”, disse o ministro.

O governante reforçou que “este desfecho tornou-se inevitável” e que “era uma questão de mais uns meses ou menos uns meses” para que acontecesse.

“Há muitas lições a retirar deste processo, que é um processo profundamente infeliz, do qual os países ocidentais não se podem orgulhar”, frisou o ministro da Defesa.

O Presidente afegão, Ashraf Ghani, que hoje abandonou o Afeganistão quando os talibãs estavam às portas da capital, reconheceu esta noite que “os talibãs ganharam” e declarou ter fugido do país para “evitar um banho de sangue”.

“Os talibãs ganharam […] e são agora responsáveis pela honra, a posse e a autopreservação do seu país”, referiu, numa mensagem publicada na rede social Facebook.

Os talibãs entraram hoje na capital afegã, após uma ofensiva militar-relâmpago. Três dos seus altos responsáveis declararam que os rebeldes se apoderaram do palácio presidencial e estão a realizar um conselho de segurança.

Entretanto, a estação televisiva Al-Jazira está a divulgar imagens de um grande grupo de combatentes talibãs dentro do palácio presidencial, na capital afegã.

Espera-se agora que anunciem a tomada do poder a partir do palácio, renomeando o país como “Emirado Islâmico do Afeganistão”.

Um porta-voz do movimento islâmico radical, que governou no Afeganistão entre 1996 e 2001, disse hoje à BBC que os talibãs pretendem assumir o poder no Afeganistão “nos próximos dias”, através de uma “transição pacífica”, 20 anos após terem sido derrubados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos, pela sua recusa em entregar o líder da Al-Qaida, Usama bin Laden, após os atentados de 11 de Setembro de 2001.

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