Benfica confirma acordo entre “rei dos frangos” e investidor americano

  • ECO
  • 14 Julho 2021

Agora é oficial o que se sabia na sequência da operação "Cartão Vermelho". O investidor americano pode comprar 25% da SAD do Benfica até 15 de setembro.

Agora é oficial, depois das exigências da CMVM. O empresário José António dos Santos, arguido na operação “Cartão Vermelho”, tem “dois acordos para a venda” de 25% do capital da Benfica SAD ao investidor americano John Textor, dependente do pagamento até ao próximo dia 15 de setembro. A informação foi revelada em comunicado da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Benfica à CMVM, um facto relevante que terá também consequências no calendário da emissão de obrigações do Benfica, porque as adendas ao prospeto da operação conferem mais tempo aos investidores para revogarem ordens de compra daqueles títulos.

A SAD do Benfica informa que recebeu um comunicado do empresário esta terça-feira com informações detalhadas sobre o reforço da participação na SAD do Benfica no mercado e dos acordos para a compra de outras participações, condicionadas à venda dos referidos 25% ao investidor americano. Como o ECO revelou, o empresário incorre em contra-ordenações graves por não ter comunicado ao mercado as participações diretas e indiretas que lhe são imputadas, seja porque já as comprou ou por força de contratos-promessa que lhe dá direito de exercício de compra.

Neste comunicado, além da confirmação do negócio com o investidor americano, pelo qual já recebeu um milhão de euros, José António dos Santos confirma que tem ações da SAD do Benfica diretamente (13,67 %) e indiretamente, através do grupo Valouro SGPS (1,9565%), da sociedade Avibom (0,7485%) e das Rações Valouro (0,002%). Mas não só. Tem acordos de compra das participações de José Guilherme e da sociedade Quinta de Jugais (no total de cerca de 5%).

Curiosamente, numa nota no final do comunicado, a SAD do Benfica faz uma ‘errata’ ao comunicado que recebeu de José António dos Santos. “São imputáveis direitos de voto inerentes a ações representativas de 3,7257% do capital social da Benfica SAD e não cerca de 3,65%, conforme indicado no comunicado do Sr. José António dos Santos”. No total, ao “rei dos frangos” são imputáveis um total de “23,1061% do capital social da Benfica SAD”.

A informação revelada ao mercado tem consequências nos prazos da emissão de 35 milhões de obrigações da SAD do Benfica. Os investidores que já deram ordens de compra de obrigações teriam até ao dia 16, sexta-feira, para revogarem esses investimentos, mas como há nova informação que terá de ser aditada ao prospeto da operação, o prazo para a revogação de ordens de compra vai também alargar-se, no mínimo em mais um dia se a adenda surgir já esta quarta-feira. Nestes termos, a operação de emissão de obrigações termina a 23 de julho, caso não haja novas adendas ao prospeto depois do dia 20.

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Reclamações em seguros Auto: Ocidental a pior, Crédito Agrícola a melhor

  • ECO Seguros
  • 13 Julho 2021

Foram 3 em cada 10 as reclamações em que a ASF deu razão aos consumidores. O supervisor divulgou a lista de 18 seguradoras automóvel pelo número de queixas que recebeu em 2020. Da pior à melhor.

A Ocidental Seguros foi a seguradora que maior número de reclamações suscitou junto da ASF, durante o ano de 2020, revela o Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado (RRSCM) – 2020 agora divulgado pela entidade supervisora do setor. No outro extremo a Crédito Agrícola Seguros foi a que registou menos queixas por parte de clientes.

O RRSCM faz uma exaustiva análise à atividade de ASF com especial destaque para o número de reclamações recebidas por parte de diferentes agentes económicos. Refere a ASF que faz parte das suas competências “assegurar a análise e resposta às reclamações apresentadas pelos tomadores de seguros, segurados, subscritores, participantes, beneficiários e lesados que se refiram a questões que não estejam pendentes noutras instâncias”.

As reclamações relativas aos ramos Não Vida continuam a ser as mais frequentes (87%), e 41 % das queixas dizem respeito ao ramo automóvel que se mantém o principal visado nas reclamações apesar de uma redução de 16% em relação ao período homólogo. A média de queixas do mercado é de 0,46 reclamações por mil veículos seguros no início do ano de 2020, oscilando, para as várias empresas de seguros, entre 0,83 e 0,18. Existe uma evolução positiva relativamente ao observado em 2019 (média de 0,58, variando então entre 1,08 e 0,14). As reclamações recebidas pela ASF foram então de 1 por cada 1273 veículos seguros em 2020 enquanto um ano antes, sem Covid-19, foi de 1 por cada 1724 veículos seguros.

Em cada 10 reclamações realizadas, 3 obtiveram parecer favorável da ASF (29%), por esse motivo verifica-se que em 7 de cada 10 reclamações o Supervisor confirma a versão da seguradora. Ainda assim, a Ocidental Seguros foi a mais reclamada, em proporção ao número de veículos que segurava no início de 2020. Acima da média de mercado, ficaram ainda Mapfre Santander, Ageas Seguros, AIG Europe, Generali, Via Directa, Victoria e Allianz. Abaixo da média, em posição mais favorável, estão Lusitania, Mapfre, GNB Seguros, Euro Insurances, Una, Zurich e Liberty. No ranking do melhor desempenho, com menos queixas, ficaram no ano passado a Caravela, a Fidelidade e, a seguradora automóvel com menos reclamações de todas, apenas 1 por cada 5555 veículos seguros, é a Crédito Agrícola Seguros.

Da pior para a melhor, aqui fica o ranking das reclamações recebidas pela ASF:

Seguro automóvel – Número de reclamações concluídas por milhar de veículos seguros no início do período (2020)

Fonte: ASF – Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado 2020

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Literacia: Alunos da EB José dos Anjos, de Valpaços conquistam Prémio Seguros

  • ECO Seguros
  • 13 Julho 2021

No concurso final de literacia financeira da Fundação Dr António Cupertino de Miranda, a associação de seguros (APS) atribuiu Prémio Especial Seguros a alunos do secundário, em Fafe.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) continua a contribuir para promoção da literacia financeira junto dos mais novos, através da parceria com o projeto “No Poupar Está o Ganho”, da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (FACM).

Este ano letivo, a APS tornou ainda “mais especial a entrega de prémios a três turmas que se destacaram pelos seus trabalhos na área dos seguros”. O Prémio Seguros foi entregue à turma do 7ºF da Escola Básica (EB) José dos Anjos, em Valpaços, que recebeu um novo computador para a biblioteca, graças ao projeto “Os acidentes acontecem”, que mostra em vídeo como se preenche uma declaração amigável quando se dá um acidente de automóvel. Todos os alunos receberam ainda livros da coleção de livros “Seguros e Cidadania”.

“Procurando contribuir de forma contínua para a disseminação de conhecimento na área dos seguros, a APS tornou-se, em 2017, parceira do projeto No Poupar Está o Ganho, cujo objetivo é a promoção de literacia financeira de crianças e jovens em temas como os seguros, a poupança ou a gestão e importância do dinheiro”, explica a associação.

“Os seguros constituem um dos subtemas do Referencial de Educação Financeira e, por isso, estão bem presentes nas atividades que as turmas desenvolvem ao longo do ano letivo com o No Poupar Está o Ganho. Contar com o apoio de uma entidade de grande prestígio no setor, como é a Associação Portuguesa de Seguradores, tem grande importância para o projeto, pois reforça o incentivo dado a estas crianças e jovens para que compreendam a área dos seguros, que vai estar presente em toda a sua vida”, explica Maria Amélia Cupertino de Miranda, Presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Seguradores informa que apoiou o desafio “Seguros e Cidadania”, e ofereceu computadores às quatro escolas que desenvolveram os melhores trabalhos: Escola Básica de Monserrate (Viana do Castelo), Escola Básica da Costa (Santo Tirso), Escola Básica Júlio Brandão (Vila Nova de Famalicão) e Escola Básica e Secundária Santos Simões (Guimarães).

O projeto “No Poupar Está o Ganho”, iniciado em 2009/2010 é uma iniciativa pioneira, totalmente concebido de raiz pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda. O programa desenvolve-se ao longo de cada ano letivo e “visa combater o défice de literacia financeira e transmitir às crianças e jovens conhecimentos para o desenvolvimento de competências que lhes permitam, hoje e no futuro, a tomada de decisões financeiras informadas e responsáveis, contribuindo também para a melhoria do seu desempenho a nível escolar,” segundo a fundação.

Esta IIES, que beneficiou de cofinanciamento público e europeu de montante a rondar 690 mil euros, consubstancia-se num programa integrado, implementado em regime de continuidade. “O programa disponibiliza a professoras/es e alunas/os todos os recursos educativos necessários à aprendizagem de conceitos, concretização de objetivos e definição de prioridades, capacitando-os e dando o apoio necessário à implementação desta temática em contexto escolar. O programa está adaptado aos vários ciclos de ensino e todos os conteúdos vão de encontro aos temas constantes do Referencial de Educação Financeira,” desenvolve a fundação.

Lançado para beneficiar diretamente 17.000 jovens de diversos Municípios da Região Norte, mais concretamente da Área Metropolitana do Porto e das Comunidades Intermunicipais (CIM) do Alto Minho, do Cávado, do Ave e do Tâmega e Sousa, o projeto já chegou a 40 mil crianças de 40 municípios ao longo dos seus 11 anos de desenvolvimento.

Este ano letivo, no Concurso Final, a APS atribuiu ainda um Prémio Especial Seguros ao melhor trabalho apresentado sobre o tema “Seguros” e duas Menções Honrosas. O prémio especial foi ganho pela Turma L do 11º ano, da ES Profª Elisa Dias Gaspar, em Fafe, enquanto as menções honrosas foram entregues ao 4º FN4, da EB de Ferronho, na Maia, e à turma 2ª, EB de Vale do Mouro, em Monção.

Ainda, de acordo com a APS, o Concurso Final premiou cerca de 300 alunos de 14 turmas dos distritos de Braga (6 escolas), Porto (6), Viana do Castelo (1) e Vila Real (1). Através de vídeo, apps ou jogos as turmas provaram ao júri do concurso não só os conhecimentos de educação financeira que adquiriram, mas também a sua criatividade e capacidade de trabalho em grupo. Ao longo do ano letivo, o “No Poupar Está o Ganho” chegou a 9.000 alunos de 500 turmas.

Além da APS, que é um dos parceiros institucionais do projeto, onde se incluem universidades e organismos públicos, a iniciativa conta com mecenas privados entre os quais estão o grupo MDS, corretora de seguros e consultora de risco.

Entretanto, as inscrições para a edição do ano letivo 2021/2022 já abriram na plataforma educativa. Também foi disponibilizado, no youtube, um vídeo da cerimónia de prémios da 11ª edição do concurso.

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Jogos de Tóquio sem público custarão até 400 milhões às resseguradoras

  • ECO Seguros
  • 13 Julho 2021

A restrição à presença de espetadores nas bancadas terá impacto financeiro, mas sem afetar capital ou avaliações de rating do resseguro global.

Na última semana, as autoridades japonesas decidiram que os Jogos Olímpicos de Tóquio (JO de Tóquio) se realizarão sem público nas bancadas, devido ao estado de emergência declarado por causa de nova vaga da pandemia Covid-19 na capital japonesa. O anúncio acabou com a expectativa do comité organizador de ter espetadores nas bancadas dos recintos onde decorrem os Jogos.

Segundo estimativa da agência de notação financeira Fitch Ratings, a decisão das autoridades de barrar a entrada de público nos recintos onde decorrem as competições desportivas custará à indústria global de resseguros entre 300 milhões e 400 milhões de dólares. No entanto, o cálculo representa apenas 10% a 15% do prejuízo que as resseguradoras teriam de suportar caso os JO tivessem sido definitivamente cancelados.

As olimpíadas Tóquio’2020, já adiadas um por causa da emergência da pandemia no ano que deviam ter acontecido, tem cobertura de seguro global estimada em 2,5 mil milhões de dólares, tudo incluído: 1,4 mil milhões de dólares por conta do Comité Olímpico Internacional (COI) e do comité organizador (Tokyo Organising Committee, mais 800 milhões pelos direitos de transmissão e ainda 300 milhões de dólares investidos por outros intervenientes, entre os quais estão comitivas de atletas participantes, patrocinadores e alojamentos.

Se os Jogos sofressem novo cancelamento, o resseguro assumiria grande parte do prejuízo decorrente das coberturas, uma vez que os eventos com elevado grau de exposição a severidade são, normalmente, fortemente ressegurados, sustentam os analistas em nota primeiramente divulgada através da Fitch Wire.

Face à estimativa de perdas, reduzida, em decorrência apenas da ausência de espetadores nas bancadas, o impacto nos resultados (do setor de resseguros) também será limitado e não afetará capital nem notas de rating, adiantou a Fitch.

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RePEnSA entregou ao Governo plano de ação para nova geração de mais velhos

  • Lusa e ECO Seguros
  • 13 Julho 2021

Quatro centros regionais de referência que estão na génese da Rede Portuguesa de Envelhecimento Ativo e Saudável entregaram ao Governo um plano de ação para colocar em prática nos próximos anos.

A Rede Portuguesa de Envelhecimento Ativo e Saudável – RePEnSa entregou um Plano de Ação à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, para promover o envelhecimento saudável e ativo até 2030.

O conjunto de medidas propostas pelos quatro centros de referência do envelhecimento ativo e saudável do país (Porto4Ageing, Ageing@Coimbra, Lisboa AHA e Algarve Active Ageing) que vão integrar a RePEnSA, visa aumentar número de anos com qualidade de vida da população portuguesa.

Uma das propostas, segundo o presidente do Algarve Biomedical Center, que integra o Algarve Active Ageing (centro de referência do Algarve), Nuno Marques, chama-se “Casa + Adaptada” e parte do princípio de que “é necessário ver as condições de habitação dos idosos para estas serem adaptadas à necessidade de cada um” de modo a “promover a sua autonomia”. Este trabalho, defende, tem de ser feito de forma articulada, envolvendo atores locais, nomeadamente os “municípios e freguesias”.

Também os Serviços de apoio à Longevidade e à Vida Autónoma – SALVA, pretendem proporcionar uma maior qualidade de vida dos idosos e autonomia no seu próprio ambiente. Estes serviços de apoio domiciliário devem “ser feitos por equipas multidisciplinares – técnicos de terapia ocupacional, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais – no terreno para fazer planos individuais” para a prestação de cuidados diferenciados e para a manutenção da autonomia dos utentes, explicou à Lusa.

Outra proposta do Plano de Ação é a implementação do programa “Empreendedorismo Sénior” que quer apoiar a ideação, projeção, planeamento e execução de pequenos negócios para cidadãos com mais de 60 anos de idade através da sua capacitação.

“Este programa pretende desenvolver a ‘economia grisalha’ que vai ter um grande impacto económico nos próximos anos”, frisou Nuno Marques.

E porque “as pessoas ao longo da sua vida vão perdendo algumas capacidades e necessitam de ter os seus locais de emprego adaptados para se conseguir maximizar a sua capacidade produtiva”, a RePEnSA quer apoiar esta transição gradual junto das empresas.

Esta transição, que Nuno Marques diz que também beneficiará os empregadores, implicaria “uma diminuição da carga horária ao longo do tempo” de serviço enquanto se aproveitariam “os conhecimentos” de quem já tem muita experiência.

Os centros de referência da RePEnSA têm como objetivo “preparar a população para o envelhecimento”, bem como ajudar os mais velhos “a ter maior qualidade de vida” e “promover a sua autonomia”, através de trabalho de intervenção junto da comunidade e de parceiros como as Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e os municípios.

Helena Canhão, Coordenadora do Lisbon Active Healthy Ageing (AHA), médica reumatologista e professora da Universidade Nova de Lisboa, um dos parceiros deste centro de referência, lembra, em declarações à Lusa, que “os Centros de referência do European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing são uma iniciativa da Comissão Europeia e visam oferecer soluções criativas e viáveis que melhorem a vida e a saúde dos idosos e de toda a comunidade”.

“A RePEnSA assume a missiva da responsabilidade que a Academia tem, perante a população, de propor um plano de ação independente, centrado nas necessidades da população atual, mas preparando igualmente para o que será a nova geração de idosos. Tem ainda em conta o aumento muito significativo da proporção de população idosa face ao grupos etários mais jovens, nomeadamente os em idade ativa, promovendo soluções que garantam a sustentabilidade do SNS e das estruturas de apoio social, sem colocar em causa o dever cívico e ético do acesso dos mais jovens a uma das maiores conquistas da constituição portuguesa: o direito à proteção social, seja ela por motivos de doença ou diminuição da capacidade de trabalho, viuvez e orfandade, desemprego ou outras situações de diminuição da capacidade de subsistência”, refere a coordenadora do AHA.

As propostas entregues ao Governo são para colocar em prática nos próximos 10 anos. Outro dos objetivos do RePEnSA é a criação de um observatório nacional do Envelhecimento. “Temos de ter um serviço de apoio à longevidade e estilos de vida,” afirmou Helena Canhão em declarações difundidas pela rádio Antena 2.

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De Granadeiro a Ricciardi, estes foram os testemunhos presentes no julgamento de Salgado

Amílcar Morais Pires, Henrique Granadeiro e José Maria Ricciardi marcaram presença na terceira sessão de julgamento de Salgado para testemunhar. Hélder Bataglia optou por não depor.

A terceira sessão do julgamento de Ricardo Salgado decorreu esta terça-feira, após a leitura da sentença de Armando Vara, que ditou a condenação do mesmo a dois anos de prisão efetiva pelo crime de branqueamento de capitais. Nesta sessão, presidida pelo juiz Francisco Henriques, foram ouvidas novas testemunhas e, apesar de confirmado para depor, Hélder Bataglia, ex-sócio do GES, optou por não o fazer, por ter sido arguido na Operação Marquês.

Salgado, antigo presidente do BES, está a ser julgado por três crimes de abuso de confiança no âmbito da Operação Marquês, estando relacionados com a Espírito Santo (ES) Enterprises, o já conhecido “saco azul” do GES, envolvendo um valor superior a dez milhões de euros.

A primeira testemunha a depor foi Amílcar Morais Pires, que trabalhou como responsável financeiro do BES durante a chefia de Ricardo Salgado. No tribunal, o economista referiu desconhecer o “saco azul”, e disse que a Espírito Santo era uma marca “muito valiosa”, que tinha muitas empresas.

Não participei na gestão dessa empresa [ES Enterprises], nem em qualquer ato. E nem sei quem eram os administradores”, sublinhou. O economista assegurou que todas as decisões do Conselho de Administração e da Comissão Executiva eram normalmente tomadas por unanimidade.

O Ministério Público questionou Morais Pires se alguma vez recebeu dinheiro desse “saco azul”, mas a defesa da testemunha e arguido do caso BES não deixou responder o cliente, por uma questão de autoincriminação, uma vez que é arguido no processo do universo GES.

“Não faço ideia do que está a falar”, diz Granadeiro

Um dos três crimes de abuso de confiança de que Ricardo Salgado é acusado está relacionado com transferências que a ES Enterprises fez para Henrique Granadeiro, tendo o ex-líder da PT transferido, depois, mais cerca de quatro milhões de euros para uma conta no banco Lombard Odier, aberta em nome de uma sociedade offshore chamada Begolino, que pertence a Ricardo Salgado e à respetiva mulher, Maria João Bastos.

O ex-administrador do BES recebeu oito milhões de euros em outubro de 2011 e só quando recebeu a segunda remessa de quatro milhões, em janeiro de 2012, é que registou estas entregas num contrato. Depois, os últimos dois milhões foram pagos em novembro.

Henrique Granadeiro, que foi não pronunciado pelo juiz Ivo Rosa neste processo, marcou presença virtualmente na terceira sessão de julgamento e foi o segundo a testemunhar através de videoconferência. O ex-presidente da PT considerou “perfeitamente normal” ter recebido mais de metade de um pagamento de 14 milhões de euros por parte da ES Enterpises e só depois ter feito um contrato escrito com o Grupo Espírito Santo.

Granadeiro sublinhou que a base de quaisquer contratos é a confiança entre partes e que a maior parte dos contratos que se fazem são verbais. O procurador do MP, Vítor Pinto, retorquiu, dizendo que, se havia confiança, não era preciso contrato.

Sobre os valores transferidos, explicou que os mesmos foram investidos numa herdade no Alentejo, o Vale do Rico Homem. “[Os oito milhões de euros] foi um sinal de princípio de pagamento, porque o contrato só foi feito em janeiro. O negócio foi concebido em euros”, explicou o gestor, adiantando ter recebido uma parcela dos quatro milhões de euros em janeiro de 2012 e os últimos dois milhões em novembro desse ano.

Já em relação à transferência de cerca de quatro milhões de euros em novembro de 2011 de uma conta no banco Pictet para outra conta do banco Lombard Odier, titulada pela Begolino, que era controlada pelo ex-presidente do BES, Henrique Granadeiro justificou essa operação com a compra de uma casa, mas reconheceu “ainda não” ter formalizado isso num contrato.

“A partir do momento em que entrámos na Operação Marquês, não tive qualquer contacto direto com Ricardo Salgado e nem mexi em nada patrimonial”, explicou o antigo líder da PT.

Zeinal Bava (E), presidente executivo da Portugal Telecom (PT), acompanhado pelo administrador da PT, Henrique Granadeiro, durante a reunião de acionistas em assembleia geral da empresa de telecomunicações, Lisboa, 19 de abril de 2013. HUGO GUERRA/LUSA
Henrique Granadeiro

Durante o depoimento, Granadeiro falou ainda da mudança de investimento do setor agrícola para o ramo imobiliário por considerar “melhor”, mas recusou que uma certa mensagem trocada com Salgado tenha sido feita em código.

“Tenho boa memória, mas não faço ideia do que está a falar. Eu sou viticultor com algum prestígio… Fui o pai do Pêra-Manca”, disse, justificando, assim, que as alegadas encomendas referidas ao telefone eram sobre vinho.

Ricciardi conheceu “saco azul” pelos jornais

Outra das testemunhas que marcaram presença foi José Maria Ricciardi, ex-líder do BES Investimento e primo de Ricardo Salgado. Ligado ao GES desde os finais dos anos 90, assegurou que nunca ouviu falar da ES Enterprises e que apenas teve conhecimento da mesma “pelos jornais já depois de 2014” com o colapso do BES. “Era uma empresa de que não se falava”, referiu.

O primo de Ricardo Salgado reiterou que desconhecia os pagamentos efetuados por esta sociedade, nomeadamente suplementos remuneratórios. Refutou também qualquer ligação à Espírito Santo International VBI, da qual veio a receber dois pagamentos em 2013 e 2014.

Com a sua integração no Conselho Superior do GES, em 2011, o primo de Salgado garantiu que ficou “espantado” e que o órgão, inicialmente composto por cinco pessoas, passou a reunir nove. Ainda assim, sublinhou que o poder era completamente centralizado no antigo líder do GES e deu como exemplo as reuniões do Conselho Superior, nas quais os elementos agiam como “espetadores” em relação a Ricardo Salgado.

“Esse conselho era presidido pelo meu pai, mas a reunião não começava sem a chegada de Ricardo Salgado, sendo que ele era vogal. Era uma situação em que Ricardo Salgado descrevia o que acontecia e o que se ia fazer e as outras pessoas estavam como espetadores a assistir a isto. E está nas atas que eu perguntei se era para ouvir o que o Ricardo Salgado ia fazer ou se era uma reunião em que se punha a discussão e votação”, resumiu.

Quando começou a detetar irregularidades nas contas e movimentos do BESA para a Savoices, Ricciardi assegurou que foi logo ao MP informar o procurador Rosário Teixeira.

A testemunha relembrou também que elaborou um documento que foi assinado por seis dos nove elementos do Conselho para tentar afastar Salgado do Grupo. “Fui traído por esses elementos. Entregaram-lhe uma cópia. E na reunião seguinte ele pediu que fosse votada a tal moção de confiança”, referiu, sublinhando que é “falso” que se candidatou para o lugar de Salgado.

“Nunca mais me cruzei com Ricardo Salgado em lado nenhum. Não tive essa oportunidade. Se ele falar, eu falarei. Não é uma questão de problema de relação. As nossas vidas seguiram caminhos diferentes e não nos encontrámos fisicamente. Mas não estou de relações cortadas, não sei se ele estará. Estou a falar pela minha parte”, assegurou.

Salgado e os três crimes de abuso de confiança

Ricardo Salgado está em julgamento por três crimes de abuso de confiança no âmbito da Operação Marquês, um deles relacionado com transferências que a ES Enterprises fez para Henrique Granadeiro, como já explicado.

Outro dos três crimes de abuso de confiança que é imputado a Ricardo Salgado na decisão instrutória de Ivo Rosa consiste numa transferência de quatro milhões de euros da Enterprises para a Savoices (cujo beneficiário era Ricardo Salgado), em outubro de 2011.

Finalmente, há ainda cerca de dois milhões e 750 mil euros que tiveram origem no Banco Espírito Santo (BES) Angola, passaram por uma conta do empresário Hélder Bataglia e acabaram na Savoices de Ricardo Salgado.

O julgamento de Salgado ocorreu de forma autónoma face aos restantes arguidos, já que Ivo Rosa, na altura da decisão instrutória, anunciou que iria proceder à separação de processos de Salgado, Vara, Carlos Santos Silva, João Perna e José Sócrates, os únicos arguidos que o juiz de instrução pronunciou a 9 de abril.

Ricardo Salgado estava inicialmente acusado de um total de 21 crimes: um crime de corrupção ativa de titular de cargo político, dois crimes corrupção ativa, nove crimes branqueamento de capitais, três de abuso de confiança, três de falsificação de documento e três crimes fraude fiscal qualificada.

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Allianz vai vender fundos de investimento em Espanha

  • ECO Seguros
  • 13 Julho 2021

A nova Allianz Soluciones de Inversión inicia atividade em Espanha com a comercialização de três carteiras de fundos da Allianz Global Investors.

A Allianz Seguros, subsidiária espanhola do grupo alemão, recebeu do regulador local do mercado financeiro (CNMV) autorização necessária para começar a operar um novo operador de valores mobiliários. A Allianz Soluciones de Inversión AV, S.A.U. (Allianz SI) é a nova agência do grupo em Espanha, cuja atividade estará centrada “no aconselhamento financeiro, planeamento imobiliário e outros serviços financeiros”.

Com a autorização do regulador, a companhia dá mais um passo no objetivo de se tornar um agente “importante na gestão de poupanças dos espanhóis”. Miguel Colombás será o diretor geral da nova empresa e Rafael Hurtado, o diretor de investimentos e estratégia. No desenvolvimento do negócio serão apoiados por uma equipa de consultores de investimento, explica a seguradora num comunicado.

Com o apoio de expertise global da Allianz, a nova entidade vai iniciar atividade com a comercialização de três carteiras de fundos da Allianz Global Investors (Allianz GI). Esperando atender às diferentes necessidades dos investidores e a oferta irá sendo progressivamente ampliada, promete a agência financeira.

Allianz GI aposta em zero emissões em todas as carteiras a partir de dezembro

Por seu lado, a Allianz Global Investors anunciou que, a partir de dezembro, as restrições ao carbono que atualmente aplica à gama de fundos sustentáveis serão estendidas “a toda sua a oferta de produtos”, tendo em vista alcançar a meta de zero emissões líquidas nas suas carteiras até 2050.

“O desenvolvimento desta política entra em vigor em dezembro de 2021 para todos os fundos em que a Allianz GI atua como sociedade gestora – referenciada como Fundos da Allianz GI – e será a norma para todos os novos fundos e mandatos após esta data, sujeita à autorização das jurisdições competentes”, adiantou em comunicado citado pela Agência Lusa.

A nova política de exclusão vai abranger todos os fundos de investimento e inclui um processo de validação por mandatos, ressalvando que os fundos sustentáveis da Allianz GI mantêm a sua ampla política de exclusões já existente.

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Marcelo entende preocupação do Governo com nomeação de Vítor Fernandes para Banco de Fomento

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

O Presidente da República afirmou hoje compreender que "a preocupação do Governo" de se assegurar "de que não há problemas" com a nomeação de Vítor Fernandes para o banco de fomento.

O Presidente da República disse compreender que “a preocupação do Governo” de se assegurar “de que não há problemas” com a nomeação de Vítor Fernandes para o Banco de Fomento, antes de este iniciar funções.

Em declarações aos jornalistas, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa não quis tomar posição sobre se Vítor Fernandes tem ou não condições para exercer essas funções nem pronunciar-se quanto ao seu envolvimento na operação Cartão Vermelho.

“Não vou agora estar a comentar uma questão que está em justiça, portanto, só a justiça poderá dar resposta a essa matéria”, considerou.

Questionado sobre a decisão do Governo de suspender a nomeação de Vítor Fernandes para o Banco de Fomento, o chefe de Estado começou por responder: “Eu não vou comentar, é uma opção do Governo”.

Depois, referiu que foi informado desta decisão antes de o ministro de Estado e da Economia a anunciar publicamente, acrescentando: “Não quero estar a comentar, mas percebo a preocupação de, num posto tão importante, querer ter a certeza, antes do início de funções, de que não há problemas que venham a afetar aquilo que é essencial para os portugueses”.

O empresário e presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, que entretanto se autossuspendeu do exercício dessas funções após ser detido no âmbito da operação Cartão Vermelho, está impedido de contactar com os outros arguidos deste processo, à exceção do filho, e ainda, entre outros, com Vítor Fernandes.

Esta foi uma das medidas de coação aplicadas a Luís Filipe Vieira enquanto arguido deste processo, que investiga suspeitas de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais. O empresário está em prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros, e proibido de sair do país, com a entrega do passaporte.

A propósito da nomeação do presidente do Banco de Fomento, o Presidente da República realçou o papel desta instituição na gestão dos fundos europeus e defendeu que seria importante que “não houvesse logo ao início dúvidas sobre a equipa que vai avançar com uma posição chave na execução” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou a mensagem de que deve haver “uma certa continuidade” na aplicação do PRR e de todo os fundos europeus, “independentemente de quem for Governo em cada momento”.

“Como sabem, o plano é muito longo, é um plano a seis anos, e o quadro financeiro plurianual é de sete anos. Vai haver muitas eleições pelo meio. Importaria que o essencial do plano não fosse afetado por eleições”, disse.

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Benfica avança para eleições antecipadas ainda este ano

O Benfica vai promover eleições antecipadas ainda este ano, anunciou o clube agora liderado por Rui Costa, depois de Luís Filipe Vieira ter sido detido para responder perante a Justiça.

O Benfica vai promover eleições antecipadas ainda este ano, depois de a Operação Cartão Vermelho ter levado à detenção de Luís Filipe Vieira, até recentemente o presidente do clube “encarnado”, mas agora suspeito de ter desviado dinheiro das “águias”. A informação foi avançada num comunicado.

Decorreu ao longo da tarde o plenário dos Órgãos Sociais do SL Benfica e “foi analisada em pormenor a situação do clube e de todo o grupo Benfica em clima de coesão e unidade”. O comunicado nota que todos os intervenientes mostraram “a preocupação de defender os interesses da instituição acima de quaisquer outros”.

A curto prazo, foram definidos os objetivos de:

  • “Preparação da época desportiva no futebol”;
  • “Qualificação para a Champions League”;
  • “Preparação da época desportiva nas diversas modalidades”;
  • “Garantir a normalidade na gestão”;
  • “Assegurar um adequado fecho do mercado de contratações e vendas”;
  • “Conclusão, com sucesso, do empréstimo obrigacionista em curso”;
  • “Unidade no universo benfiquista”.

Segundo o comunicado, a direção está “seriamente empenhada em garantir que esses objetivos sejam alcançados”. Feito isso, é tempo de ir a eleições.

“O presidente da direção, Sr. Rui Costa, sublinhando a unanimidade de todos os vice-presidentes, informou o plenário que, finda essa missão, irá promover todas as diligências tendentes à realização de uma consulta aos sócios. O ato eleitoral deverá ocorrer até ao final do corrente ano”, lê-se na nota divulgada ao início da noite.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h13)

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42% da população portuguesa já tem vacinação completa

Mais de 4,3 milhões de pessoas têm a vacinação completa, o que corresponde a 42% da população.

Mais de 4,3 milhões de portugueses têm a vacinação contra a Covid-19 completa, o correspondente a 42% da população portuguesa, de acordo com o relatório de vacinação divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

O último relatório de vacinação mostra que 4.337.479 pessoas já têm a vacinação completa. Contando com quem já iniciou a vacinação, mas ainda não a completou, o número passa para 6.213.798 pessoas, 60% da população.

A região do Alentejo tem 49% da população vacinada, seguindo-se o Centro com 46%, o Norte com 41% e Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve, ambos com 40%. Nas regiões autónomas, os Açores têm 45% da população totalmente vacinada, enquanto a Madeira tem 43%.

Relatório de vacinação de 13 de julho:

A discriminação por grupos etários mostra que 99% das pessoas com idades de 65 anos em diante têm agora pelo menos uma dose. Esta é a faixa de pessoas mais vulneráveis à doença provocada pelo novo coronavírus. Tendo apenas em conta a vacinação completa, a percentagem mais alta é, naturalmente, a das pessoas com mais de 80 anos, grupo em que 95% da população está totalmente vacinada.

Portugal já recebeu um total de 11.510.810 doses de vacinas contra a Covid-19. Distribuiu, até ao momento, 10.694.447 doses, segundo o relatório.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h21)

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Governo negoceia OE 2022 ainda em julho, incluindo com Bloco

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

O Governo fez hoje um balanço “muitíssimo positivo” da atual execução Orçamento do Estado para 2021 e comprometeu-se a realizar uma reunião sobre o documento de 2022 ainda em julho.

O Governo fez um balanço “muitíssimo positivo” da atual execução Orçamento do Estado para 2021 e comprometeu-se a realizar uma reunião sobre o documento de 2022 ainda em julho, para a qual já convocou também o BE.

No final de reuniões com os partidos e deputadas que viabilizaram o Orçamento do Estado em vigor – PCP, PEV, PAN e deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira -, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, fez um balanço “muitíssimo positivo” da execução neste primeiro semestre.

“Para o Governo era fundamental fazer com os partidos com quem negociámos a viabilização do OE 2021 uma reunião onde fôssemos claros quanto ao nosso compromisso relativamente à sua execução. É muito importante para existir a confiança por parte destes partidos”, salientou.

Questionado sobre futuras reuniões com vista à negociação do próximo Orçamento, Duarte Cordeiro afirmou que a primeira está marcada para o final de mês de julho e incluirá, além destes partidos, o Bloco de Esquerda que, no ano passado, votou contra o documento.

“Teremos essas reuniões ainda durante o mês de julho, mas depois do final da sessão legislativa, e já foram aceites por parte desses partidos”, referiu.

Também aos jornalistas, a secretária de Estado do Orçamento Cláudia Joaquim transmitiu alguns dos números da execução orçamental do primeiro semestre, frisando que a despesa primária subiu 4,4%.

“Este Orçamento do Estado permitiu e tem permitido ao Governo uma execução de medidas para fazer face aos efeitos da pandemia”, destacou a governante, realçando os apoios às empresas na manutenção do emprego, os apoios sociais e o reforço do Serviço Nacional de Saúde com a contratação de cerca de 2.500 profissionais.

Bloco vai negociar com o Governo

O Bloco de Esquerda (BE) vai negociar com o Governo o Orçamento do Estado (OE) para 2022 e pretende que sejam retiradas “lições” do OE em vigor, definido por Catarina Martins como “incapaz” nos apoios sociais.

“Nós iremos negociar, iremos sentar-nos com o Governo, isso já está previsto para negociar o próximo Orçamento do Estado. E para estudar como é que o próximo Orçamento do Estado pode responder às necessidades do país, aliás, retirando as lições do Orçamento do Estado que está em vigor”, disse aos jornalistas a coordenadora do BE.

Em declarações em Cantanhede, distrito de Coimbra, à margem de uma reunião com a administração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, a líder bloquista reforçou que o BE — que votou contra o OE de 2021 — “tem muita disponibilidade e muita vontade” de debater “um Orçamento do Estado que possa responder às necessidades do país”.

Sobre o “Orçamento do Estado passado [que está em vigor em 2021], a vida veio a demonstrar que não respondeu a essas necessidades”, argumentou Catarina Martins, acrescentando que o OE em vigor “falhou ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, exemplificando com a incapacidade de fixar profissionais ou o aumento do número de utentes sem médico de família.

“Embora haja mais contratações, continua sem conseguir fixar profissionais. No primeiro mês sem estado de emergência, em que os profissionais já se podiam despedir, mais de 100 médicos saíram do SNS”, revelou.

Também nos apoios socais, segundo Catarina Martins, “a vida veio a demonstrar que o Orçamento do Estado não é capaz”. “O Governo fez alguns remendos, mas há tanta gente sem apoios”, declarou, lembrando a recusa, no OE em vigor, de que “quem tem subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego (…) pudesse ver as prestações a manterem-se durante o tempo da pandemia”.

“Não tiveram, houve depois uma renovação por seis meses, porque o Governo percebeu que o Orçamento era incapaz, mas em agosto a questão vai-se colocar novamente”, avisou.

O OE em vigor, “para além dos eventuais problemas de execução, tem sobretudo problemas de ser incapaz de dar respostas às questões centrais do Serviço Nacional de Saúde e dos apoios sociais”, resumiu.

“Esperamos sempre, aprendidos os erros, [que o Governo] possa agora, quando começar a negociar um novo Orçamento, negociar um Orçamento do Estado que seja capaz e que responda às necessidades do país”, frisou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

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Perto de 30% dos portugueses já têm o certificado digital europeu da Covid-19

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

Mais de três milhões de pessoas, o equivalente a cerca de 30% da população portuguesa, já dispõem do certificado digital europeu, anunciaram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Mais de três milhões de pessoas, o equivalente a cerca de 30% da população portuguesa, já dispõem do certificado digital europeu, anunciaram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

“Até hoje [terça-feira], já foram emitidos mais de 3,1 milhões de certificados digitais Covid da União Europeia” que atestam que o seu portador foi vacinado contra a covid-19, efetuou um teste com resultado negativo ou já recuperou da infeção pelo vírus SARS-CoV-2, adiantou à Lusa fonte dos SPMS.

Estes certificados começaram a ser emitidos em Portugal em 16 de junho e entraram em vigor em toda a União Europeia em 1 de julho, com o objetivo de facilitar a livre circulação dos cidadãos nos Estados-membros de forma segura durante a pandemia.

Além deste objetivo, em Portugal este comprovativo tem outras funcionalidades, como permitir o acesso, desde o último fim de semana, a estabelecimentos turísticos e de alojamento local em todo o território continental.

Além disso, os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado passaram a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à Covid-19 a partir das 19h00 de sexta-feira e aos fins de semana para refeições no interior.

Já para viajar dentro da União Europeia, assim como para os países do Espaço Económico Europeu – Islândia, Liechtenstein e Noruega -, o portador do certificado deixa de estar sujeito às restrições impostas à entrada pelo país de destino para controlar a pandemia da Covid-19, a menos que sejam necessárias para proteger a saúde pública.

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