Luís Candeias é o novo CEO da Siemens Mobility em Portugal

Profissional estava até aqui ligado à operação da Siemens Mobility no Egito. Tem mais de 23 anos de carreira em projetos nacionais e internacionais.

Luís Candeias é o novo CEO da Siemens Mobility, substituindo Manuel Nunes no cargo. A nomeação surge “numa altura de forte investimento na ferrovia em Portugal”. Profissional estava até aqui ligado à operação da Siemens Mobility no Egito.

“A Siemens Mobility tem sido uma parceira de Portugal no desenvolvimento da ferrovia do país. Queremos manter este compromisso e acompanhar o crescimento deste setor tão importante ao nível do ambiente e da coesão territorial”, diz Luís Candeias, citado em comunicado.

Luís Candeias, CEO da Siemens Mobility

Além do mercado português, a equipa da Siemens Mobility mantém o “compromisso com os mercados de Angola e Moçambique”, procurando, através de soluções e serviços, “potenciar a infraestruturação no transporte de pessoas e bens nestes países.”

Com mais de 27 anos de carreira, do percurso profissional do novo CEO fazem parte cargos de direção Dimetronic em Portugal (comprada pela Siemens em 2013) e a direção do negócio de sinalização ferroviária em Portugal pela Siemens, com responsabilidade “pelo controlo e gestão de vários projetos estruturantes em ambas as empresas, nomeadamente o Plano de Expansão de Rede do Metropolitano de Lisboa e o Centro de Comando e Controlo do Porto sob gestão das Infraestruturas de Portugal”.

Até recentemente, diretor de projetos na Siemens Mobility no Egito, Luís Canelas tem ainda no seu percurso a gestão de projetos em Espanha, Moçambique, Brasil, Finlândia, Estónia, Índia.

É bacharel em Engenharia Elétrica e Eletrónica pela Universidade do Algarve, tendo ainda realizado o programa Avançado de Gestão para Executivos (PAGE), na Universidade Católica Portuguesa.

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Portagens na ponte 25 de abril sobem 10 cêntimos em 2023. E 15 cêntimos na ponte Vasco da Gama

Graças ao travão do Governo, portagens geridas pela Lusoponte vão aumentar metade do que estava inicialmente prevista. Concessionária não comenta medida até conhecer os detalhes.

Atravessar a ponte 25 de abril vai custar mais 10 cêntimos a partir de 1 de janeiro. A viagem de carro de Almada até Lisboa sobre o Tejo passará a custar dois euros, segundo as simulações de aumento feitas pelo ECO a partir das tarifas de 2022 e já tendo em conta o travão do Governo, que limita a subida das tarifas em 4,9%. Na ponte Vasco da Gama, o aumento será mais expressivo: a deslocação de Alcochete a Lisboa vai custar mais 15 cêntimos, para os 3,05 euros.

A concessionária das duas travessias, Lusoponte, tinha proposto inicialmente uma subida de 9,3% nas taxas de portagem para 2023. Se tal tivesse acontecido, os aumentos seriam ainda mais significativos: mais 20 cêntimos para a ponte 25 de abril; mais 25 cêntimos para a ponte Vasco da Gama.

Na ponte 25 de abril, motociclos pagam classe 5 se tiverem ViaCard ou Via Verde. Caso contrário, pagam o valor da classe 1

Com a medida do Governo, o aumento das portagens em 2023 é divido em três partes: os consumidores pagam 4,9%; 2,8% ficam por conta do Estado; o restante será suportado pela Lusoponte. A concessionária, no caso, terá de arcar com 1,6% da subida de custos. No entanto, de 2024 até 2027 (inclusive), poderá subir as tarifas 0,1 pontos percentuais acima da taxa definida na fórmula de cálculo da empresa.

A Lusoponte baseia a proposta de aumentos das portagens com base na inflação homóloga registada em setembro. Nas restantes concessionárias de autoestradas, a proposta de subida das tarifas depende do índice homólogo de preços no consumidor registado em outubro, excluindo habitação.

Contactada pelo ECO para comentar a medida do Governo, fonte oficial da concessionária remeteu eventuais declarações para depois da formalização da medida.

Descontos para reduzir impacto dos aumentos

Utilizar o sistema ViaCard ou a Via Verde pode ajudar a baixar as contas com as portagens nestas pontes.

Na ponte 25 de Abril, a redução de preços com o ViaCard varia conforme o número de utilizações: de 1 a 12 passagens, o desconto é de 10%; de 13 a 70 passagens, o desconto é de 70%; quem atravessar a ponte 71 ou mais vezes num mês não paga portagens sobre essas utilizações. Com o sistema Via Verde, aplicam-se os mesmos descontos de 13 a 70 passagens e para quem atravessar a ponte 71 ou mais vezes.

Se tiver um veículo elétrico ou um híbrido plug-in (ViaCard Eco), o desconto é de 15% para 1 a 12 passagens por mês e de 80% para 13 a 70 passagens por mês.

Na ponte Vasco da Gama apenas se aplicam os descontos da ViaCard, que dependem do horário: se usar a ponte das 7h às 10 nos dias úteis, a redução é de 5%; se usar a travessia fora desse período, o desconto é de 10%. Quem tiver um veículo elétrico ou híbrido plug-in tem o dobro dos descontos com o ViaCard Eco: 10% nos dias úteis das 7h às 10h; 20% noutros horários.

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Licença parental do pai passa a ser de 28 dias seguidos ou interpolados

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

"É obrigatório o gozo pelo pai de uma licença parental de 28 dias, seguidos ou interpolados, nos 42 dias seguintes ao nascimento da criança", indica o diploma aprovado no Parlamento.

Os deputados aprovaram esta quinta-feira, na especialidade, uma alteração ao Código do Trabalho que prevê que a licença parental obrigatória do pai passe dos atuais 20 dias úteis para 28 dias seguidos ou interpolados.

“É obrigatório o gozo pelo pai de uma licença parental de 28 dias, seguidos ou interpolados, nos 42 dias seguintes ao nascimento da criança, cinco dos quais gozados de modo consecutivo imediatamente a seguir a este“, estabelece a norma aprovada no grupo de trabalho sobre alterações laborais previstas na Agenda do Trabalho Digno.

A proposta do Governo aprovada prevê ainda que, após o gozo da licença de 28 dias, o pai tem direito a sete dias de licença, seguidos ou interpolados (em vez dos atuais cinco dias úteis), desde que gozados em simultâneo com o gozo da licença parental inicial por parte da mãe.

“Em caso de internamento hospitalar da criança durante o período após o parto”, a licença obrigatória do pai “suspende-se, a pedido do pai, pelo tempo de duração do internamento”, estabelece a proposta.

A alteração à lei laboral “pode não beneficiar o pai”, diz um advogado contactado pela Lusa. “Num primeiro reparo, parece-me realmente que se trata de uma proposta das alterações promovidas na sequência da Agenda do Trabalho Digno que pode não beneficiar o pai”, afirmou o advogado especialista em Direito do Trabalho, Pedro da Quitéria Faria.

Segundo Pedro da Quitéria Faria, o facto de a proposta mudar a lei sem a referência a “dias úteis” suscita “a questão de saber se a alteração foi efetivamente benéfica para o pai”. “Parece-me que, em determinadas situações, a passagem para 28 dias seguidos pode realmente significar o encolher do período total da licença do pai”, considera o advogado, dando como exemplo o mês de dezembro, que tem três feriados.

“Como os dias de licença deixam de ser úteis, passam a sobrepor-se aos de descanso e a não considerarem o feriado”, referiu. Contudo, o advogado salienta que a alteração na forma de contabilizar os dias de licença “pode resultar, em tese, num subsídio superior”.

A proposta do Governo que altera a legislação laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, entrou no parlamento em junho, sem o acordo da Concertação Social, tendo sido aprovada na generalidade em 8 de julho com votos favoráveis do PS, abstenção do PSD, Chega, BE, PAN e Livre e contra da IL e PCP.

O início da discussão na especialidade arrancou no dia 29 de novembro, estando a entrada em vigor das novas regras laborais prevista para o início de 2023.

(artigo atualizado às 20h21 com mais informação)

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Frente Cívica pede a PGR perícia médica que defesa de Salgado já tinha pedido

Tribunal recusou-se, no ano passado, a pedir uma perícia independente que comprovasse a doença de Alzheimer, no deocrrer do julgamento da Operação Marquês.

A associação Frente Cívica pediu aos procuradores do Ministério Público (MP) responsáveis pelos vários processos em que o ex-banqueiro Ricardo Salgado é arguido que solicitem aos tribunais uma perícia médico-legal que determine o seu “real estado de saúde”. Apesar de o Tribunal já ter recusado., depois do pedido da defesa do arguido. O mesmo entendimento tem tido o MP ao longo das várias investigações a Ricardo Salgado.

Ainda assim, a associação — que defende a prevenção e repressão do crime de corrupção e outros crimes económicos relacionados — insiste no tema, sublinhando que os cidadãos têm o direito de saber se a doença de Alzheimer de Salgado existe ou se é “uma manobra da defesa”. Apesar de já terem sido apresentados relatórios e exames médicos a comprovar esse mesmo estado do arguido, que está, inclusive, a participar num ensaio clínico. Contactado pelo ECO/Advocatus, o gabinete da PGR não respondeu se vai aceitar esse pedido de realização de uma perícia médica.

No decorrer do julgamento do ex-líder do BES relativo aos três crimes de abuso de confiança no âmbito da Operação Marquês — o presidente do coletivo recusou a realização de uma perícia independente que, segundo a lei, teria de ser feita pelo Instituto Nacional de Medicina Legal. Na altura, o juiz Francisco Henriques considerou que o relatório apresentado pela defesa, assinado por um neurologista, era suficiente. O coletivo acabou a condenar Salgado a seis anos de prisão efetiva mas deu como provada a doença de Alzheimer. Por um lado, admitiu que a doença existia mas, por outro, não ponderou esse fator para a aplicação da pena. Esse facto parece também ter sido ignorado pelo MP.

Logo na altura da recusa, em setembro do ano passado, os advogados de defesa do ex-banqueiro Ricardo Salgado apresentaram um requerimento a invocar a nulidade do despacho do tribunal que recusou a realização dessa perícia médico-neurológica a Salgado.

Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce defenderam que o despacho de 6 de setembro, assinado pelo presidente do coletivo de juízes, Francisco Henriques, “omitiu a prática de uma diligência que se pode reputar essencial para a descoberta da verdade e boa decisão da causa, ou mesmo omitiu um ato legalmente obrigatório”. E sublinharam ainda que o exercício deste direito por Ricardo Salgado “obriga e vincula o tribunal a realizar uma perícia, quando existem indicadores nos autos de que o arguido sofre de patologia que o pode impedir de exercer este direito a prestar declarações de forma plena”.

O juiz Francisco Henriques considerou que a doença não é razão suficiente para que as “capacidades de defesa do arguido estejam limitadas de tal forma que o impeçam de se defender de forma plena. Não parece decorrer do teor do atestado médico que o arguido esteja mental ou fisicamente ausente”.

“A deficiência cognitiva, ou seja, a capacidade de reproduzir memórias, não é de todo impeditiva do exercício do direito de apresentar pessoalmente em julgamento a versão dos factos passados”, segundo o despacho do juiz.

“É preciso confirmar se Ricardo Salgado tem ou não a dita doença de Alzheimer”, segundo João Paulo Batalha, da Frente Cívica. “O arguido já disse que lhe foi atribuída uma doença e até hoje não sabemos se foi confirmada por um médico ou advogados. Precisamos de saber se Salgado teve a Alzheimer mais oportuna da história”. Mas João Paulo Batalha defende que apenas foi apresentado um atestado médico pelos advogados.

Numa carta enviada na segunda-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR), a associação refere que os advogados do antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) têm alegado que Ricardo Salgado sofre de Alzheimer, como justificação para impedir que vá a julgamento ou seja condenado nos vários processos em que é arguido. Na sequência do despacho de acusação deduzido pelo Ministério Público no denominado “caso EDP” aos arguidos Ricardo Salgado, Manuel Pinho e Alexandra Pinho, os mandatários de Ricardo Salgado requereram o arquivamento das acusações, alegando que sofre de doença neurológica que o impede de se defender em tribunal.

No entendimento da associação, “tal alegação nunca foi demonstrada de forma independente, sendo usada, por um lado, para impedir a responsabilização penal de um cidadão envolvido em inúmeros casos de grande corrupção, praticada ao longo de anos; e, por outro, para sustentar uma campanha de vitimização do arguido aos olhos da opinião pública”.

“O quadro clínico de defeito cognitivo que apresenta atualmente, nomeadamente o defeito de memória, limita a sua capacidade para prestar declarações em pleno uso das suas faculdades cognitivas”, pode ler-se no requerimento dos advogados de Ricardo Salgado, feito no âmbito da acusação no caso EDP há pouco mais de 15 dias, que acrescenta: “A situação clínica do arguido impõe o arquivamento do presente processo. A causa de arquivamento deste inquérito quanto ao arguido impõe-se num plano prévio de inviabilidade de exercício pleno do direito de defesa”.

Segundo o requerimento, datado de 25 de novembro, os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce juntam vários documentos clínicos e o parecer do neurologista Joaquim Ferreira, que atestou “um diagnóstico final e definitivo”, confirmando que o antigo líder do Grupo Espírito Santo (GES) tem Doença de Alzheimer, “apresentando um agravamento progressivo das limitações cognitivas e motoras”.

“Em suma, o ora arguido não tem capacidade para se autodefender por si”, sublinharam os mandatários do ex-presidente do BES, que defenderam que seja feita uma perícia médica do foro neurológico a Ricardo Salgado num serviço oficial de saúde, sugerindo o Laboratório de Estudos da Linguagem, da Clínica Universitária de Neurologia, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Ricardo Salgado, que foi no dia 16 de dezembro acusado pelo Ministério Público (MP) no caso EDP de um crime de corrupção ativa para ato ilícito, outro de corrupção ativa e um de branqueamento, tinha sido notificado para esclarecer se queria prestar declarações relativamente a factos descritos no despacho do juiz de instrução Carlos Alexandre que colocou (em dezembro de 2021) Manuel Pinho em prisão domiciliária.

Mas a resposta do Departamento Central de Investigação e Ação Penal do MP foi negativa quanto às pretensões dos advogados do ex-banqueiro, indeferindo o requerimento. “O MP entende que, neste momento processual, afigura-se desnecessária a realização de perícia psiquiátrica”, indicaram os procuradores Carlos Casimiro Nunes e Hugo Neto, que assinaram o despacho de acusação deste processo da EDP.

 

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BEI e Iberdrola assinam empréstimo de 70 milhões para centrais solares

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

O financiamento destina-se à construção de uma carteira de projetos com uma capacidade total de cerca de 188 megawatts.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Iberdrola assinaram um empréstimo de 70 milhões de euros para financiar as primeiras centrais solares da empresa em Portugal, foi anunciado esta quinta-feira. O banco da UE concederá um empréstimo verde de 70 milhões de euros para a construção de uma carteira de projetos com uma capacidade total de cerca de 188 megawatts (MW)”, lê-se no comunicado enviado à comunicação social.

As novas instalações foram obtidas pela Iberdrola no leilão solar de 2019 e prevê-se que produza energia renovável “equivalente ao consumo médio de mais de 65.000 casas”. O conjunto de parques implica um investimento total superior a 150 milhões de euros.

O financiamento do BEI será atribuído aos projetos Montechoro I e II (37 MWp), Alcochete I e II (46 MWp), Algeruz II (27 MWp), Conde (14 MWp) e Carregado (64 MWp) e vai incluir também infraestruturas acessórias, como estradas de acesso, subestações e interligações.

“Globalmente, as novas infraestruturas criarão quase 1.000 postos de trabalho durante a fase de construção, além dos gerados noutros setores relacionados”, estimou a empresa. Trata-se da segunda vez que o BEI financia projetos que a Iberdrola desenvolve em Portugal, depois do empréstimo de 650 milhões de euros para o projeto hidroelétrico do Tâmega.

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Stock options para startups vão ter novas regras de tributação

Regime de tributação mais favorável para as stock options para os colaboradores das startups era há muito uma ambição do ecossistema. Proposta de Lei das Startups aprovada hoje muda as regras.

O Governo aprovou esta quinta-feira uma proposta para a chamada Lei da Startups. Conceito de startups e scaleups, mudanças no regime de tributação das stock options e o reforço do sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial são algumas das propostas no diploma que terá ainda de ser submetido ao Parlamento. O ecossistema esperava até ao final do ano a aprovação da Lei das Startups, prometido pelo ministro da Economia.

A proposta aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros “define, pela primeira vez, o conceito legal de startup e scaleup, bem como o seu processo de reconhecimento”, visando promover o “ecossistema nacional de empreendedorismo e a definição de políticas específicas de investimento”, informa o Governo em comunicado.

“Esta Proposta de Lei reconhece um enquadramento especial para estas empresas, que se caracterizam por um modelo de negócio inovador, fomentando uma economia orientada para o crescimento alicerçado na digitalização e na inovação”, justifica.

Mexidas nas stock options

Entre as mudanças propostas, está uma antiga ambição do ecossistema de startups: um novo regime de tributação para as stock options.

“Atendendo às especificidades das startups e scaleups, esta proposta de lei altera o regime de tributação dos planos de opções para trabalhadores de startups e empresas do setor da inovação, designado de stock options, assegurando que a tributação passa a ocorrer no momento em que o rendimento é efetivamente realizado”, refere o Governo.

Portugal vai ter, assim, um dos regimes mais competitivos da Europa, garantindo condições eficientes para o estabelecimento e manutenção de startups e empresas disruptivas”, garante o Executivo.

A proposta de lei “reforça ainda o sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial (SIFIDE II)”, pretendendo com isso “promover e incentivar o investimento das empresas em I&D.”

Desde agosto que era conhecido que o Governo, juntamente com a Startup Portugal, estava a trabalhar numa nova Lei das Startups para apresentar ainda em 2022, tal como tinha avançado António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, em entrevista ao ECO.

Em outubro, em pré arranque da Web Summit, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva confirmava a intenção do executivo em fechar o diploma ainda este ano.

“Queremos ter uma das leis (das startups) mais competitivas do mercado europeu e quiçá também do mercado internacional”, prometeu António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, à margem do encontro com a organização da Web Summit.

“Pretendemos que seja uma lei (das startups) muito atrativa alinhada com as tendências do mercado”, disse. “Uma lei que consiga dar muito mais força ao ecossistema de startups que temos, olhar também para as questões do financiamento e do modelo de financiamento das startups e as tecnológicas e também do ponto de vista fiscal, em elementos importantes. Um deles tem a ver com as stock options, da maneira como vão ser tratadas”, continua.

“Pensamos que podemos oferecer uma lei que não só consolide o sistema, mas que seja capaz de atrair mais companhias do exterior”, refere ainda.

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Regulador multa Endesa por más práticas com os clientes

A ERSE condenou a Endesa a coima de 360 mil euros "por violação de diversas normas relativas ao relacionamento comercial com o cliente", que reduziu depois para 180 mil euros.

A ERSE condenou a Endesa a uma coima de 360 mil euros “por violação de diversas normas relativas ao relacionamento comercial com o cliente, designadamente a mudança de comercializador sem autorização expressa do cliente”.

Contudo, o Conselho de Administração do regulador decidiu reduzir a coima aplicada à Endesa para 180 mil euros, atendendo às compensações atribuídas aos consumidores lesados e ao reconhecimento das infrações a título negligente, indica a mesma nota.

O processo de contraordenação em causa foi aberto em junho de 2019 no seguimento de denúncias recebidas, reportando alegadas mudanças de comercializador de energia elétrica ou de gás natural, solicitadas pela Endesa, sem a autorização expressa do cliente para o efeito.

Neste âmbito, a Endesa cometeu várias contraordenações além de não obter o consentimento expresso do cliente para mudar de comercializador. Também não submeteu o pedido de mudança de comercializador no prazo máximo de cinco dias úteis, alterou unilateralmente o preço sem comunicar o novo preço nem informar o consumidor do direito de denunciar o contrato antes de aplicar os novos preços, não procedeu à gravação integral ou à conservação de chamada resultou na obtenção de autorização expressa do consumidor para a celebração de contrato de fornecimento de gás natural.

Por fim, não efetuou com o consumidor o agendamento da atuação no local de consumo por parte do operador da rede de distribuição, nem procurou ter o seu acordo para o mesmo, e não disponibilizou na sua página na internet, pelo menos entre 2 de junho de 2021 a 16 de março de 2022, os critérios adotados, enquanto comercializador, para determinar o valor de caução – nos casos em que se aplique – e suas atualizações a prestar pelo cliente para garantia do contrato de fornecimento.

(Notícia atualizada pela última vez às 16:45)

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Que banco cobra mais nas transferências imediatas e MBWay? Vai poder verificar no Comparador de Comissões do Banco de Portugal

Comparador de Comissões já permite confrontar custos em cada banco com a manutenção da conta, o cartão e outros serviços. Ferramenta vai passar a incluir transferências imediatas e no MBWay.

O Comparador de Comissões já permite confrontar os custos em cada banco com a manutenção da conta, o cartão de crédito e transferências a crédito e ouros serviços. O Banco de Portugal quer reforçar esta ferramenta com informação sobre as comissões associadas às transferências imediatas e às transferências por MBWay.

O supervisor colocou em consulta pública um projeto que visa adaptar o Comparador de Comissões – que pode ser consultado no portal do Cliente Bancário – “às mudanças verificadas nos mercados bancários de retalho, nas práticas de comissionamento e no quadro normativo”, segundo anunciou esta quinta-feira.

Uma das maiores mudanças diz respeito às transferências imediatas, que permite a transferência de dinheiro de uma conta para a outra em alguns segundos. Estas têm vindo a conquistar terreno às transferências a crédito, que podem demorar dias a serem concretizadas.

“Neste contexto, prevê-se que o Comparador de Comissões passe a incluir informação sobre as comissões associadas às transferências imediatas”, adianta o Banco de Portugal no projeto que estará em discussão pública até 31 de janeiro. O facto de os bancos cobrarem comissões pelas transferências imediatas já mereceu críticas do administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino.

Além disso, “também se perspetiva a divulgação de informação sobre as comissões cobradas pela prestação dos serviços Transferência MBWay com cartão de débito e Transferência MBWay com cartão de crédito, que constituem as operações realizadas nas aplicações de pagamento mais representativas”, de acordo com o supervisor.

Desta forma, acrescenta o Banco de Portugal, os clientes bancários poderão comparar as comissões exigidas pela prestação destes serviços através das aplicações de pagamento dos próprios bancos e das aplicações de pagamento operadas por terceiros, nomeadamente da app MBWay da SIBS.

Todas as informações divulgadas no Comparador de Comissões – uma ferramenta criada em 2018 – são reportadas pelos bancos, que vão agora ter de prestar mais dados sobre os preços que praticam nas transferências imediatas e transferências MBWay.

Atualmente, o Comparador de Comissões permite comparar preços em serviços como a manutenção da conta, disponibilização de cartões de crédito e de débito, levantamento de numerário, requisição de cheques, transferências a crédito, entre outros.

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Concursos para levar fibra ótica onde não há cobertura arrancam até final de março

Governo determina que os concursos públicos para levar fibra ótica às zonas onde não existe cobertura terão de ser lançados até final de março, mais tarde do que a intenção inicial.

Os concursos públicos para levar rede de fibra ótica onde ela não existe serão lançados “até ao final do primeiro trimestre de 2023”, determinou o Governo esta quinta-feira, depois de concluída a consulta pública da Anacom em torno deste dossiê.

Num Conselho de Ministros recheado de decisões (20, no total), numa altura em que o ano está prestes a terminar, o Executivo deu aval à chamada “Estratégia Nacional para a Conectividade em Redes de Comunicações Eletrónicas de Capacidade Muito Elevada 2023-2030”. “A estratégia aprovada determina o lançamento, até ao final do primeiro trimestre de 2023, dos procedimentos concursais para a instalação, gestão, exploração e manutenção de redes de capacidade muito elevada nas áreas identificadas”, lê-se no comunicado publicado após a reunião.

Em causa estão as chamadas áreas brancas, que são regiões do país onde não existe cobertura porque a dimensão do mercado não é suficiente para atrair o investimento privado das operadoras. Para universalizar a banda larga em Portugal, o Governo decidiu recorrer a fundos públicos e europeus para intervir nessas regiões.

O primeiro semestre de 2023 será, então, o período para que sejam lançados os concursos públicos para esses trabalhos, sendo que a intenção inicial do Executivo era ter estes concursos lançados até ao final de 2022, o que não será possível. A consulta pública da Anacom terminou a 19 de dezembro, apurou o ECO, depois de o regulador ter aceitado prorrogar o procedimento.

Como foi noticiado em outubro, a Anacom identificou um universo total de 450 mil edifícios sem banda larga, num total de 470 mil alojamentos.

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Seguradoras vão pagar mais de 18,6 milhões de indemnizações pelas cheias em Lisboa

  • ECO Seguros
  • 22 Dezembro 2022

A primeira estimativa da APS, associação das seguradoras, aponta para mais de 18,6 milhões de euros em indemnizações a pagar nas 7.300 participações de sinistro devidas ao tempo na zona de Lisboa.

Dados provisórios recolhidos pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS) , através de inquérito realizado junto das empresas de seguros, indica que as seguradoras com atividade em Portugal receberam, até ao momento, 7737 participações de sinistros, pelas quais estimam pagar indemnizações no valor de mais de 18,6 milhões de euros devido exclusivamente às inundações ocorridas na Área Metropolitana de Lisboa, entre os dias 7 e 16 de dezembro.

Do inquérito concluiu-se, também, que Lisboa foi o concelho com mais sinistros participados e com o valor mais alto de indemnizações pagas e provisionadas. Em número de sinistros participados, seguiram-se os concelhos de Oeiras e Sintra.

Loures e Oeiras foram os distritos onde se registaram, a seguir a Lisboa, os maiores valores de indemnizações pagas e provisionadas.

Os principais prejuízos reportados dizem respeito a seguros de multirriscos, tanto de habitação (45%) como de comércio e indústria (37%), bem como a seguro automóvel (15%).

Entretanto a APS também divulgou as consequências para as seguradoras das fortes chuvas registadas na manhã do passado dia 5 de dezembro, no distrito de Faro. Foram participados 247 sinistros participados que vão resultar num total de indemnizações pagas e provisionadas de quase 600 mil euros para prejuízos respeitantes, maioritariamente, a seguros de multirrisco habitação.

Relembre-se que só a Fidelidade tem previsto atribuir indemnizações superiores a 4 milhões de euros aos seus clientes.

Em comunicado, a APS refere que “continua a monitorizar a evolução da situação e fará nova atualização de dados caso se venha a justificar”.

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Qatargate: Defesa pede que Eva Kaili seja libertada com pulseira eletrónica

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

A defesa de Eva Kaili, arguida e em prisão preventiva pelo seu alegado envolvimento num esquema de corrupção ligado ao Parlamento Europeu, pediu ao tribunal a sua libertação com pulseira eletrónica.

A defesa da eurodeputada socialista grega Eva Kaili, arguida e em prisão preventiva pelo seu alegado envolvimento num esquema de corrupção ligado ao Parlamento Europeu, pediu esta quinta-feira ao tribunal a sua libertação com pulseira eletrónica.

O pedido será analisado e decidido esta quinta-feira pelo tribunal de primeira instância de Bruxelas, avançou o advogado belga da eurodeputada, André Risopoulos, à saída de uma audiência no Palácio da Justiça da capital da Bélgica.

“Pedimos que Kaili seja colocada sob vigilância eletrónica com pulseira, [até porque] participa ativamente na investigação e rejeita qualquer ato de corrupção”, explicou o advogado.

Eva Kaili, que foi afastada da vice-presidência do Parlamento Europeu na sequência do escândalo de alegados subornos a eurodeputados e assistentes de grupos parlamentares conhecido como ‘Qatargate’, é acusada de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção numa rede ligada ao Qatar e a Marrocos.

Ela é inocente, nunca foi corrompida”, garantiu o seu advogado grego, Michalis Dimitrakopoulos, que viajou de Atenas para Bruxelas para assistir à audiência e visitou a eurodeputada na quarta-feira, na prisão de Harem, onde Kaili está há duas semanas.

Uma operação policial realizada em 9 de dezembro permitiu apreender mais de 1,5 milhões de euros em dinheiro, material informático e telefones, tendo sido detidas várias pessoas pelas mesmas acusações, incluindo o companheiro de Eva Kaili, Francesco Giorgi – que já reconheceu a sua participação no esquema -, e o eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri.

A eurodeputada grega foi detida apesar de gozar de imunidade parlamentar porque as autoridades belgas consideraram que tinha sido encontrada em flagrante delito. O sindicalista italiano Luca Visentini e o pai da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu, Alessandro Kailis, também foram detidos em 9 de dezembro, mas libertados dois dias depois.

Já o ‘lobista’ e secretário-geral da organização não-governamental No Peace Without Justice (Sem Paz Não Há Justiça), Niccolo Figa-Talamanca, foi deixado em liberdade, embora com obrigação de usar pulseira eletrónica.

O caso envolve também dois outros eurodeputados, o socialista belga Marc Tarabella, cuja casa foi alvo de buscas sem que daí tenham resultado acusações, mas que foi suspenso do seu partido na Bélgica, e o socialista italiano Andrea Cozzolino, também suspenso do grupo socialista do Parlamento Europeu.

Os dois garantiram ser inocentes, tendo Cozzolino tornado público que quer testemunhar perante um juiz e que está disposto a renunciar à imunidade parlamentar.

Os advogados da política grega, que é eurodeputada desde 2014 e era uma das 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu desde janeiro de 2022, têm criticado as inúmeras fugas de informação, anunciando hoje que o Ministério Público belga abriu uma investigação.

Segundo informações de meios de comunicação belgas e italianos como os jornais Le Soir e La Republicca, Kaili confessou à polícia o seu envolvimento no esquema e reconheceu que pediu ajuda ao pai para esconder o dinheiro que tinha em casa.

Giorgi, companheiro de Kaili, também terá confessado estar envolvido no esquema, negando qualquer responsabilidade da companheira e mãe da sua filha, enquanto Panzeri terá reconhecido ter recebido pagamentos de 50 mil euros do Qatar e de Marrocos em 2019, depois de ter abandonado o mandato de eurodeputado que ocupou entre 2004 e 2019.

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Governo renova estatuto da TAP em situação económica difícil

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

O Governo permite, assim, a redução de condições de trabalho e a não aplicação ou a suspensão, total ou parcial, das cláusulas dos acordos de empresa ou regulamentação coletiva.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma resolução que renova a declaração da TAP S.A., da Portugália e da Cateringpor, de situação económica difícil, essencial para executar o plano de reestruturação.

Foi aprovada a resolução que renova a declaração da TAP, S.A., da Portugália, S.A., e da Cateringpor, S.A., em situação económica difícil”, indicou o executivo, em comunicado enviado após a reunião do Conselho de Ministros.

A portaria que declara a TAP, a Portugália e a Cateringpor em situação económica difícil foi publicada no dia 14 de janeiro de 2021, com efeitos retroativos a dezembro de 2020, e tinha sido já renovada no final do ano passado, para vigorar durante este ano.

A resolução torna oficial e efetiva a declaração destas empresas em situação económica difícil, atribuindo-lhe efeitos legais como alterar condições de trabalho e suspender, total ou parcialmente, cláusulas dos acordos de empresa ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis.

Ao declarar as empresas em situação económica difícil, o Governo permite, assim, a redução de condições de trabalho e a não aplicação ou a suspensão, total ou parcial, das cláusulas dos acordos de empresa ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis.

Fica assim suspenso o acordo celebrado em janeiro de 2015, entre o Governo e vários sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP, e da TAP – Transportes Aéreos Portugueses, que foi incluído no caderno de encargos da reprivatização e, nessa medida, conhecido e, explícita ou implicitamente, assumido nos atos subsequentes que formalizaram a reprivatização.

O Governo, na resolução, determina aplicar à TAP – Transportes Aéreos Portugueses, Portugália – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos e à Cateringpor – Catering de Portugal, “nos termos entendidos pelas empresas como adequados e necessários”, o regime de redução temporária do período normal de trabalho ou suspensão do contrato de trabalho por facto respeitante ao empregador, consagrado no Código do Trabalho.

O Governo comete ainda, com faculdade de delegação, ao ministro de Estado e das Finanças, à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, dentro dos limites estabelecidos, o planeamento metodológico, densificação, alteração ou prorrogação, por despacho, do alcance e do âmbito daquelas medidas.

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