Mais de metade dos consumidores descobriram luz mais barata no simulador da ERSE
Mais de cinco em cada dez consumidores que simularam preços na plataforma da ERSE encontraram ofertas mais acessíveis com as mesmas condições. Poupança pode chegar aos 40 euros mensais.
Se usou o simulador de preços de energia da ERSE no ano passado, provavelmente encontrou preços mais baixos em comparação com o seu contrato atual. Foi o que aconteceu com mais de metade (54%) dos consumidores que compararam ofertas de eletricidade na ferramenta disponibilizada online pelo regulador.
Num balanço divulgado esta terça-feira, a ERSE contabiliza a utilização do simulador de preços por “cerca de 120 mil consumidores”. Foram realizadas 1,4 milhões de simulações em 2021, refere, notando que o instrumento “foi lançado a 29 de maio de 2018” para permitir comparar ofertas de eletricidade (baixa tensão normal) e de gás natural (baixa pressão) em Portugal continental.
A maioria dos utilizadores em 2021 acabou mesmo por encontrar preços mais baixos face àqueles que estava a pagar no momento da simulação: “O inquérito realizado aos utilizadores do simulador revela que 54% encontraram preços mais baixos face ao seu contrato atual e, desses, 82% manifestaram intenção de mudar de comercializador”, informa a ERSE, num comunicado.
A ERSE recomenda a todos os consumidores, estejam eles no mercado regulado ou no mercado liberalizado, que se mantenham “informados sobre a eventual existência de ofertas comerciais mais vantajosas”. “O simulador de preços de energia da ERSE responde a estas duas situações, ao reunir atualmente a informação de mais de 639 tarifários do mercado liberalizado, de um total de 21 comercializadores na eletricidade e de nove comercializadores no gás natural”, acrescenta.
Poupança na luz pode chegar a 40 euros/mês
Para exemplificar a utilidade do simulador de preços no plano das finanças pessoais, a ERSE dá como exemplo um consumidor doméstico de eletricidade com uma potência contratada de 3,45 kVA e um consumo anual de 1.900 kWh. “A oferta de preço mais baixo resulta numa fatura mensal de 34,27 euros, enquanto a oferta mais cara pode implicar um custo acrescido de mais de 40 euros ao mês”, estima a ERSE, já incluindo as taxas e impostos, exceto a “taxa DGEG”.
Assim, a ferramenta do regulador deve ser usada “pelo menos uma vez por ano”, de modo a garantir que os portugueses contratam sempre a oferta mais acessível. A melhor altura será em janeiro para a eletricidade e em outubro para o gás natural, dado que “os preços das ofertas comerciais no mercado liberalizado dependem, em parte, das tarifas aprovadas anualmente pela ERSE, como é o caso das tarifas de acesso às redes”.
Isto é tão ou mais significativo numa altura em que o mercado da eletricidade vive um período atípico de preços grossistas em recordes, devido à fraca geração eólica e às baixas reservas de gás natural na Europa, que têm levado os preços do MWh para máximos históricos.
Além deste simulador, a ERSE recorda que disponibiliza outra ferramenta que “permite aos consumidores escolher a potência contratada adequada ao seu caso particular”. A ERSE estima que a redução da potência do contador para um nível mais baixo, mais adequado ao perfil de consumo, “pode gerar poupanças a partir de 24 euros anuais”. No ano passado, esse simulador “atingiu um total de 25 mil utilizadores e de 86 mil simulações”, conclui a ERSE.
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