CGD devolve mais 400 milhões de euros ao Estado até 2023
Após obter esta semana "luz verde" do BCE para recomprar dívida que já custou 270 milhões em juros, Paulo Macedo quer devolver ao Estado perto de 400 milhões em dividendos até fim do próximo ano.
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) calcula que o Estado português pode ter a expectativa de receber perto de 400 milhões de euros em dividendos até ao final de 2023, relativos aos exercícios dos dois anos anteriores. “Se os resultados forem os que perspetivamos, existe essa possibilidade”, confirma Paulo Macedo em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).
Até este momento, a Caixa já pagou mais de 583,6 milhões de euros ao Estado em dividendos: 200 milhões de euros em 2019 e 383,6 milhões no ano passado e em duas parcelas (perto de 300 milhões de dividendos extraordinários e o restante correspondentes a resultados de 2020). Esta semana recebeu autorização do BCE para amortizar títulos de dívida perpétua emitidos na recapitalização de 2017 e pelos quais pagava mais de 10% (já custou 270 milhões em juros).
“A Caixa Geral de Depósitos teve de fazer face a novas imposições regulatórias, tal como os outros bancos. O que interessa ao acionista é que a Caixa tenha uma situação sólida, que consiga cumprir o seu papel na economia, mas ao mesmo tempo consiga desenvolver-se sem necessitar de novos aumentos ou chamadas de capital, como acionistas de outros bancos têm sido chamados a fazer”, sublinhou o gestor.
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