ECO do Dinheiro. Tem a palavra o BCE

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Se havia dúvidas, elas acabaram definitivamente em janeiro. A taxa de inflação da Zona Euro registou neste primeiro mês de 2022 um novo máximo de 5,1% em comparação janeiro do ano passado. Portanto, Frankfurt, temos um problema

A tendência de subida de preços mantém-se desde o segundo semestre de 2021, puxados pelo setor da energia. A taxa de inflação registada em janeiro é um novo recorde desde o início da série, em 1997.

De acordo com o serviço de estatísticas da União Europeia, os 5,1% de taxa de inflação homóloga comparam-se com os 0,9% de janeiro de 2021 e os 5% registados em dezembro. O que é que está a pressionar uma subida do nível geral de preços? A energia, claro, a alimentação, álcool e tabaco, os serviços e os bens industriais não energéticos (2,3%, contra 2,9% de dezembro).

É verdade que a chamada inflação core, sem contar com a energia, subiu apenas 2,3%, mas os efeitos de contaminação a outros setores estão a sentir-se… E os consumidores europeus estão a pagar mais pelo que compram, diminuindo o rendimento disponível.

Esta quinta-feira o BCE vai realizar mais uma reunião e aumenta a vocalidade daqueles, mesmo dentro do banco central europeu com sede em Franfurt, para um aumento dos juros… Definitivamente, a inflação vai ser a palavra ‘económica’ mais ouvida em 2022.