Bolt quer que tenha um emprego que orgulhe a sua avó. Tem mais de 1.000 vagas, 44 em Portugal

A Bolt tem a decorrer uma campanha digital dando a conhecer os perfis de alguns profissionais que trabalham na plataforma de mobilidade que executam tarefas complexas — até um pouco incompreensíveis — mas que podem deixar a sua avó orgulhosa. A campanha surge num momento em que a Bolt acaba de fechar uma ronda de investimento de 628 milhões de euros e a plataforma tem, nos 45 mercados onde opera, mais de mil ofertas de emprego, das quais 44 em Portugal. Com cerca de 100 colaboradores no mercado nacional a plataforma quer duplicar equipa este ano. Para acelerar recrutamento, companhia está a realizar um piloto com recrutadoras externas.

“Temos cerca de 100 pessoas a trabalhar em Portugal e esperamos duplicar este número no decorrer do ano, onde a maioria das novas contratações irá apoiar a gestão das nossas operações locais de Bolt Food e Bolt Market”, adianta Janis Sadinovs, people and culture division e people partner da Bolt, à Pessoas/ECO. “Muitos dos nossos colaboradores portugueses pertencem a algumas equipas regionais e globais e trabalham em projetos à escala da empresa, quer para os nossos diferentes produtos, quer para as nossas funções centrais de apoio às empresas, tais como marketing, recrutamento e finanças”, refere ainda.

“Em Portugal, são 44 vagas que estão atualmente disponíveis para todo o talento interessado em completar as nossas diferentes equipas de trabalho”, adianta Janis Sadinovs, mas a procura de talento é global. “Neste momento, são 1.037 as vagas que temos abertas a nível global para potenciais candidatos motivados em vir trabalhar com a Bolt”, precisa.

Os interessados podem encontrar no site da Bolt a informação sobre as vagas disponíveis nos 45 países, onde a empresa opera, bem como todo o detalhe do perfil sobre cada posição e como se candidatar.

A procura é transversal. “Atualmente, tanto Bolt Food, como Bolt Market estão numa fase de hipercrescimento em Portugal e, sem qualquer dúvida, lidar com este tipo de serviços em fase inicial é o mais exigente. Nestes casos, quando a equipa está apenas a começar a formar-se, mesmo contratar a primeira pessoa pode ser um desafio. Por um lado, precisamos de entregar resultados rapidamente para que a empresa possa cumprir o seu exigente calendário de expansão e por outro, uma má decisão de contratação quando a equipa é tão pequena, poderá atrasar todo o desenvolvimento durante meses. Por isso mesmo, os nossos padrões de contratação estão sempre no seu auge quando estamos a construir as equipas de lançamento dos nossos novos produtos”, explica o people partner da Bolt.

Vendas e desenvolvimento de negócio são as duas áreas onde há “mais posições abertas”, mas “nas próximas semanas, iremos abrir várias posições relacionadas com a área de operações a maioria das quais irá apoiar a expansão dos nossos produtos em todo o país”, revela.

Piloto com recrutadoras externas para acelerar recrutamento

Até aqui a Bolt tem chamado a si o processo de recrutamento. O motivo é simples. “Na Bolt, recorremos sempre a equipas internas no que toca aos processos de recrutamento, sendo que, no passado, tentámos colaborar em pequena escala com algumas agências externas. Infelizmente, até agora, não encontrámos um parceiro capaz de acompanhar o ritmo do negócio e a nossa própria equipa de recrutamento“, lamenta Janis Sadinovs. “Visto que operamos em indústrias extremamente competitivas e em rápida evolução um pouco por todo o mundo, a abordagem das agências de recrutamento tradicionais tem ficado abaixo daquilo que precisamos para o nosso desenvolvimento. Em tom de exemplo, terminámos 2021 com mais de 1.900 contratações a nível global, onde apenas cerca de 10 foram provenientes de um fornecedor externo“, exemplifica.

Mas a empresa decidiu este ano, “pela primeira vez”, avançar com uma estratégia distinta. “Estamos a testar em formato piloto um RPO (Recruitment Process Outsourcing) que tem como objetivo apoiar a nossa engenharia de recrutamento“, revela Janis Sadinovs.

“Queremos testar se uma equipa totalmente integrada poderá resolver as lacunas que sentimos da nossa experiência de trabalho com agências. Estamos confiantes de que ter estes recrutadores externos a trabalhar em conjunto com a nossa equipa, vai refletir-se numa melhor compreensão do contexto e necessidades específicas do nosso negócio”, justifica.

“Queremos ser o mais competitivos possível ao nível de oferta”

Numa altura de crescimento, a plataforma compete pelo melhor talento. “Queremos ser o mais competitivos possível ao nível de oferta em cada um dos mercados onde operamos. Os benefícios para os colaboradores variam de país para país mas, de forma geral, incluem um valor para usar em viagens Bolt, diferentes tipos de seguros, benefícios desportivos, oportunidades de aquisição de ações da empresa e, obviamente, o seu salário competitivo”, enumera o responsável.

“Acredito que a procura pelo desafio profissional é um fator que cativa talento e sendo a Bolt uma empresa que tem crescido bastante nos últimos anos, qualquer entusiasta por agarrar um grande desafio vai querer fazer parte deste crescimento”, reforça.

Janis Sadinovs não revela, no entanto, em concreto o que a companhia tem previsto ao nível de atualizações salariais para este ano.

“Olhamos para três fatores essenciais no que diz respeito a atualizações salariais. Em primeiro lugar, adquirimos dados salariais aos principais fornecedores estatísticos globais, garantindo que a nossa oferta é competitiva dentro do mercado. Em segundo lugar, monitorizamos e analisamos as flutuações e alterações na economia global, nomeadamente a inflação, de forma a entregar um salário adequado às necessidades globais. Por fim, avaliamos constantemente a performance dos nossos colaboradores, tendo também uma equipa dedicada que o faz pelo menos uma vez por ano”, diz.

“Em alguns casos, esta avaliação se reflete nos seus salários com resultados positivos. Ainda mais, também em conta a forma como o mercado e a própria função evoluem e dado o crescimento a ritmo acelerado da Bolt, é normal que as funções que temos hoje, mudem com o amanhã e se ajustem a este crescimento”, refere ainda.