Polónia lança unidade militar de cibersegurança
A missão da nova unidade inclui a defesa, reconhecimento e, se necessário, ações ofensivas para proteger as Forças Armadas polacas de ataques cibernéticos.
A Polónia criou uma nova unidade militar contra o ciberterrorismo, que será responsável pela defesa, reconhecimento e, se necessário, ações ofensivas para proteger as Forças Armadas de ciberataques, revelou esta terça-feira o Ministério da Defesa polaco.
O ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, nomeou um general do Exército para liderar a Força de Defesa Cibernética, que irá lançar oficialmente a operação da nova unidade.
Mariusz Blaszczak realçou que a missão desta unidade inclui a defesa, reconhecimento e, se necessário, ações ofensivas para proteger as Forças Armadas polacas de ataques cibernéticos. “Estamos perfeitamente cientes de que no século XXI os ciberataques tornaram-se numa das ferramentas de política agressiva, também usada pelo nosso vizinho”, disse o ministro polaco, numa aparente referência à Rússia. “Por essa razão, esta capacitação é fundamental para as Forças Armadas da Polónia”, acrescentou.
O general Karol Molenda foi nomeado para liderar a unidade, que irá cooperar de forma próxima com o Centro Nacional de Segurança Cibernética, criado em 2019. Empresas privadas e estatais da Polónia são ocasionalmente alvo de hackers.
Em 2021, várias mensagens de correio eletrónico foram pirateadas da conta privada de Michal Dworczyk, chefe de gabinete do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, e colocadas online. No conteúdo, eram referidos, de forma negativa, alguns funcionários de governo e decisões políticas, mas Dworczyk negou a sua autenticidade.
Também no ano passado, especialistas canadianos determinaram que um senador, um advogado e um procurador polacos, todos críticos do partido Lei e Justiça, foram alvo de pirataria informática através do ‘software’ Pegasus da empresa israelita NSO.
Este caso foi a primeira confirmação de que uma ferramenta amplamente utilizada mundialmente por governos repressivos tinha sido usada por um país da União Europeia. O partido no poder negou espiar opositores, embora tenha reconhecido que detém aquele software. A descoberta desencadeou um inquérito no Senado, controlado pela oposição.
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