Costa avalia com Marcelo nova reunião no Infarmed para discutir alívio de restrições
O Governo recebe no final da semana os pareces dos especialistas sobre as atuais medidas em vigor. Costa vai avaliar com Marcelo a necessidade de uma nova reunião na sede do Infarmed.
O primeiro-ministro vai discutir esta quarta-feira com Marcelo Rebelo de Sousa a necessidade de uma nova reunião com os peritos no Infarmed para reavaliar as restrições atualmente em vigor. O Governo recebe no final da semana os pareceres dos especialistas sobre as atuais medidas.
“Irei falar hoje com o Presidente da República sobre a vantagem de nova reunião do Infarmed”, disse António Costa esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela CNN Portugal. “No final da semana vamos ter os pareceres dos especialistas que têm apoiado o Governo, que estão a ponderar as alterações que merecem ser introduzidas” nas atuais restrições.
Uma das mudanças recentes aconteceu na segunda-feira e acabou com a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo à chegada a Portugal, mesmo tendo certificado de vacinação. Outra alteração tem a ver com a validade dos testes rápidos, que passam a ter de ser feitos nas 24 horas anteriores à sua apresentação.
Os dados mais recentes da Direção-Geral de Saúde (DGS) indicam que Portugal regista até ao momento quase três milhões de casos de coronavírus e mais de 20 mil óbitos. Nas últimas 24 horas faleceram 44 pessoas com a doença e 30.757 ficaram infetadas.
“Governo toca a música que lhe mandarem tocar”
O primeiro-ministro vai começar a reunir com os partidos com assento parlamentar, esclarecendo que “estas audições têm outra finalidade” e “nada têm a ver com a pandemia”. O objetivo é “olhar para as sugestões e prioridades dos outros partidos”, disse António Costa, referindo que não vai reunir-se com o Chega, uma vez que “não há proximidade nenhuma” com o partido de André Ventura.
Este tópico foi ponto de partida para a apresentação do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), com o primeiro-ministro a afirmar que estará “em condições” de apresentar o documento “assim que haja a tomada de posse do Governo”, que está marcada para 23 deste mês. “Espero que a discussão seja logo na semana a seguir e assim que esteja viabilizado [o OE] estamos em condições de o aprovar”, disse.
Se está disponível para incluir no Orçamento para 2022 propostas de outras partidos, o Chefe de Governo disse apenas que “a conversa com os partidos vai ser aberta” e que, “se houver alguma questão interessante”, o PS tentará considerar. “Mas os Orçamentos têm várias fases de debate e, obviamente, não se esgota nesta primeira ronda as hipóteses de debater sobre o Orçamento”, apontou.
O tema dos debates quinzenais, cujo regresso tem sido pedido por alguns partidos, António Costa afirmou que “o Governo toca a música que lhe mandarem tocar”. “Da minha parte estarei disponível para ir à Assembleia sempre que a Assembleia entenda”, disse, explicando que “nunca” foi favorável aos debates quinzenais “mais pelo modelo” em si e “não tanto pela periodicidade”. “Estavam consumidos como um duelo”, afirmou.
Relativamente à composição do novo Governo, António Costa disse ainda não ter tomado qualquer decisão e aconselhou a comunicação social a não tentar adivinhar. “Não era um bom momento para pensar nessas coisas”, disse, referindo-se aos últimos dias, em que este infetado com Covid. “Cada passo deve ser dado a seu tempo. Não farei convites antes da proximidade do dia 23. Só nessa altura farei os convites”, acrescentou.
(Notícia atualizada às 11h49 com mais informação)
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