Petróleo cai mais de 2% com Irão a ofuscar Ucrânia
Barril acumula uma desvalorização de quase 4% esta semana, e prepara-se para interromper um ciclo de oito semanas sempre a subir. Perspetiva de acordo no Irão faz esquecer tensão na Ucrânia.
As cotações do petróleo estão a cair mais de 2% esta sexta-feira, com a perspetiva de aumento da oferta de barris do Irão a ofuscar os receios de um conflito entre Rússia e Ucrânia. A matéria-prima vai mesmo a caminho da primeira semana de quedas desde o Natal.
Em Nova Iorque, o contrato WTI que expira a 22 de fevereiro cai 2,76%, para 89,23 dólares, depois de uma semana a negociar acima da barreira dos 90 dólares. Em Londres, o Brent para entrega a 28 de fevereiro está em baixa de 2,67% para 90,49 dólares.
Ambos os contratos de referência recuam 3,5% esta semana, e preparam-se para interromper um ciclo de oito semanas sempre a subir.
Petróleo volta a cair
Apesar de toda a tensão em torno da Ucrânia, que pode provocar disrupções na oferta petrolífera na medida em que a Rússia é um dos principais produtores do mundo, os investidores estão a dar maior atenção às negociações com o Irão por causa do nuclear. O processo para recuperar o acordo nuclear entre as grandes potências e o Irão de 2015 está mais próximo de chegar a um bom porto.
Há várias medidas a serem tomadas gradualmente, como a suspensão do enriquecimento de urânio acima de 5% por parte dos iranianos. Isso levaria a um levantamento das sanções ao petróleo iraniano, com mais barris a entrarem no mercado, o que está a forçar uma descida dos preços nos mercados esta semana.
“Os relatos de que os EUA e o Irão se aproximam de um novo acordo nuclear não poderiam ter chegado em melhor hora e os preços do petróleo estão a cair com a perspetiva de mais de um milhão de barris de petróleo reentrar no mercado. Na ausência de um acordo, já poderíamos estar falando de preços de petróleo de três dígitos”, frisa Craig Erlam, analista da OANDA.
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