Governo não descarta aumento do preço da luz, mas subida será “sempre marginal”
Secretário de Estado da Energia não garante que o preço da eletricidade não vá subir na próxima revisão do tarifário, mas assegura que subida, a ocorrer, será “sempre marginal”.
O Governo não descarta uma subida do preço da eletricidade quando a ERSE fizer a revisão do tarifário no início de abril, mas a subida, a ocorrer, será “sempre marginal” e abaixo dos dois dígitos.
“Não posso antecipar que não haja subidas”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, na conferência organizada pelo ECO sobre a “Guerra na Europa e o choque energético”.
Ainda assim, o governante disse estar “relativamente tranquilo” quanto a eventuais subidas dos preços para as famílias, indicando que “não serão seguramente nada como a que se têm assistido na Europa, de aumentos de 15% ou 20%” e, “em princípio”, também não serão “aumentos de dois dígitos nem nada com o que se pareça”.
“Se houver aumentos — ainda não sabemos se haverá aumentos –, serão sempre marginais”, assegurou João Galamba.
O secretário de Estado adiantou que o Governo fará uma nova injeção de fundos “bastante significativa” no sistema elétrico nacional para conter o impacto da subida do preço da eletricidade nas famílias. “Será, no mínimo, 150 milhões de euros”, através da antecipação das receitas que o Governo conta receber este ano por via do CO2.
Galamba revelou que esta estimativa tem por base um valor “conservador” da taxa de carbono, que atualmente está a cotar nos 70 euros no mercado europeu.
O Governo já havia introduzido medidas de 800 milhões de euros para conter o impacto da alta dos preços da eletricidade nas famílias. Segundo João Galamba, o efeito dessas medidas “ultrapassa em muito os 2.000 milhões de euros”, pois inclui “um efeito de cerca de 1.500 milhões que decorre do facto de termos metade da nossa geração a tarifas fixas a um preço que é menos de um terço do preço grossista”.
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