Investidor português oferece 2,3 mil milhões para comprar Chelsea
Fundo com sede em Londres Aethel Partners, do português Ricardo Santos Silva e que tentou comprar o Novobanco, apresentou uma proposta de 2,3 mil milhões de euros para comprar o clube inglês Chelsea.
O fundo de investimento com sede em Londres Aethel Partners, do português Ricardo Santos Silva e que tentou comprar o Novobanco, acabou de apresentar uma proposta de 2.000 milhões de libras (mais de 2.300 milhões de euros) para comprar o Chelsea, avança a Sky Sports.
De acordo com a mesma fonte, a Aethel Partners está ainda disponível para injetar no imediato cerca de 60 milhões de euros no clube londrino para superar os problemas de tesouraria, depois de as sanções ao dono Roman Abramovich (por causa das ligações a Vladimir Putin) terem fechado as portas do estádio e das lojas, sendo que o emblema também está impedido de vender jogadores.
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O fundo Aethel Partners foi fundado em 2014 por Ricardo Santos Silva e pela americana Aba Schubert, e tem interesses em vários setores: gestão de ativos, advisory, tecnologia, metais e mineiras, telecomunicações.
Foi um dos que mostrou interesse na compra do Novobanco, que acabaria por ser vendido ao fundo Lone Star em 2017. Antes, juntamente com outros investidores, incluindo Miguel Relvas, também tentou adquirir o banco Efisa à Parvalorem (gestora dos ativos tóxicos do BPN) em 2015, mas a proposta do grupo Pivot, que juntava estes investidores, também não teve sucesso.
Em 2019, a Aethel Mining, empresa do qual Ricardo Santos Silva também é co-fundador, recebeu a autorização da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para assumir o “controlo da mina” de ferro de Torre de Moncorvo, prometendo então levar “Portugal de volta a uma posição de liderança na mineração europeia”.
Ricardo Santos Silva estudou economia na Universidade de Lisboa e física (mecânica) na Universidade de Harvard, de acordo com a sua biografia no site do fundo. É membro do Institute of Physics.
Mais 20 candidatos ao Chelsea
O fundo do investidor português não está sozinho na corrida para comprar o Chelsea, que se estima que esteja avaliado em cerca de três mil milhões de libras (cerca de 3,6 mil milhões de euros). A BBC (conteúdo em inglês) adianta que são mais de 20 os candidatos para adquirir os azuis de Londres.
Para já é conhecido o interesse de Barbara Charone e o jornalista britânico Daniel Finkelstein, que se juntaram ao bilionário suíço Hansjorg Wyss e ao empresário americano Todd Boehlybid. Wyss tem uma fortuna avaliada em mais de 46 mil milhões de euros e Boehlybid é um dos donos do clube de beisebol Los Angeles Dodgers.
Também na corrida está o turco Muhsin Bayrak, dono do grupo AB, fundado em 1999, e que tem investimentos em criptomoedas, construção, turismo e no setor da energia.
O dono do New York Jets Woody Johnson e um consórcio saudita também estarão interessados.
Por outro lado, o bilionário britânico Jim Ratcliffe, dono da Ineos e que comprou o clube francês Nice em 2019, já mostrou interesse em adquirir o Chelsea, mas não vai avançar agora por considerar que não vê valor no negócio.
Roman Abramovich colocou o clube à venda no início do mês, cerca de duas décadas depois de ter comprado o emblema de Londres por cerca de 155 milhões, e anunciou que as receitas líquidas do negócio vão doadas a “todas as vítimas da guerra na Ucrânia” causada pela Rússia.
(Notícia atualizada as 17h54)
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