Após um mês encerrada, bolsa de Moscovo sobe 4% com “remédios” do Governo

A bolsa de Moscovo voltou a abrir esta quinta-feira quase um mês depois da última sessão, e fechou com ganhos de mais de 4%, suportada sobretudo pelos “remédios” lançados pelo Governo para evitar a fuga massiva de investidores e a queda descontrolada dos preços das ações.

Das 50 cotadas listadas no índice de referência MOEX, apenas 33 foram autorizadas a negociar novamente durante uma sessão que durou apenas quatro horas e dez minutos.

Desde o dia 25 de fevereiro que a praça moscovita se encontrava encerrada, depois das quedas abruptas na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia e da bateira de sanções financeiras que o Ocidente impôs ao país.

Para evitar novo cenário de liquidação das ações russas, o banco central permitiu a reabertura do mercado, mas num ambiente muito controlado. Estão proibidas vendas a descoberto (short-selling), isto é, os investidores não podem especular no sentido de ganhar com a desvalorização das ações, e os investidores não residentes vão continuar impedidos de negociar até 1 de abril.

Anteriormente, o Kremlin já tinha anunciado que iria instruir o seu fundo soberano a canalizar até 10 mil milhões de dólares para comprar ações locais, ajudando a suportar os preços.

O índice abriu a disparar mais de 10% esta quinta-feira, mas foi perdendo o fulgor ao longo da sessão, fechando com um ganho de 4,37% para 2.578,51 pontos, e com os setores da energia e das matérias-primas com valorizações acima dos dois dígitos, perante a subida louca dos preços das commodities e da energia.

A PhosAgro foi a estrela da sessão, ao disparar 26,62% para 6,35 rublos. A Tatneft avançou 20,11% para 424,0 rublos. A Surgutneftegaz subiu 17,73% enquanto a Rosneft e a Gazprom somaram 16,97% e 13,38%, respetivamente.

A companhia aérea russa Aeroflot voltou a afundar: caiu 16,44% para 30,70 rublos.