Direto G7 quer limitar transações de ouro da Rússia. EUA e UE ultimam acordo de fornecimento de LNG

A invasão da Rússia à Ucrânia aconteceu há um mês e os impactos económicos já se fazem sentir com uma escalada dos preços da energia, dos alimentos e um corte nas previsões de crescimento. A retoma que se começava a desenhar depois da pandemia está ameaçada. Tal como está ameaçada a sobrevivência dos ucranianos, cujas cidades têm sido insistentemente bombardeadas pelas tropas russas. O conflito já provocou mais de 3,5 milhões de refugiados, um número que continua aumentar.

Esta quinta-feira, o dia foi marcado por três cimeiras de alto nível, em Bruxelas, com os líderes da NATO, do G7 e da União Europeia a procurarem transmitir um sinal de forte unidade face à guerra lançada pela Rússia na Ucrânia.

Os líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) e a União Europeia (UE) manifestaram-se disponíveis para reforçar sanções à Rússia pelo ataque à Ucrânia, nomeadamente limitando transações em ouro pelo banco central russo. E, nos bastidores das cimeiras, a União Europeia e os EUA negociaram um acordo para fornecimento de gás liquefeito (LNG, na sigla em inglês) norte-americano. O acordo, que segundo o Financial Times vai permitir aos EUA enviarem mais 15 mil milhões de metros cúbicos de LNG para a o mercado europeu até ao final de 2022, deve ser fechado e anunciado esta sexta-feira.