Salvador Caetano compra negócio da Renault na Hungria
Joint-venture entre a húngara e AutoWallis e o grupo de Gaia, que emprega 6.750 pessoas e está presente em 41 países, assume o negócio de distribuição das marcas Renault, Dacia e Alpine na Hungria.
A Salvador Caetano aliou-se à AutoWillis Automotive Europe para comprar a subsidiária do Grupo Renault na Hungria, assumindo desta forma as atividades de importação e distribuição das marcas Renault, Dacia e Alpine naquele país. O início das operações está previsto para 1 de junho de 2022.
Em comunicado, o grupo francês diz que selecionou o grupo de Vila Nova de Gaia e o parceiro local — representa várias marcas e está presente em 14 países da Europa Central e Oriental — pela “forte experiência na distribuição automóvel e profundo conhecimento dos mercados locais, o que permitirá capitalizar as competências das equipas locais e fortalecer a parceria com a rede de concessionários”.
O negócio envolve a transferência de todos os atuais colaboradores do Grupo Renault e a aquisição de todas as atividades da rede de concessionários na Hungria. Philippe Buros, vice-presidente da área de vendas & marketing e serviços do conglomerado francês, destacou a “parceria de longa data” com o grupo português e a “complementaridade” entre os novos sócios da operação húngara.
“Este acordo no mercado húngaro é mais um passo na parceria da Salvador Caetano com o Grupo Renault e no nosso plano de expansão na Europa. A joint-venture com o Grupo AutoWallis abre uma excelente oportunidade para desenvolver ainda mais os pilares da nossa estratégia e contribui para a Renaulution na Hungria”, resumiu Miguel Ramos, CEO do Grupo Salvador Caetano.
Este anúncio acontece quase dois meses depois de o grupo nortenho ter anunciado um acordo do mesmo género para ficar com a operação da Renault na Suécia, que inclui a sucursal na Dinamarca. Nesse caso, a aliança foi firmada com a sueca Hedin Mobility.
Apresentado em janeiro de 2021 pelo CEO do grupo, Luca de Meo, o plano Renaulution abrange a Renault, a Dacia e a Alpine, criando a marca Mobilize com quatro modelos próprios para responder às necessidades da mobilidade partilhada. Além da diminuição da capacidade de produção, com a correspondente redução dos custos em três mil milhões de euros até 2025, destaca-se o lançamento de 24 novos modelos neste período, dos quais pelo menos uma dezena serão 100% elétricos.
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